interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, July 06, 2006

Exportando a poluição

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05/07/2006
Petrobras quer refinar petróleo pesado da Bacia de Campos em refinaria do Uruguai



A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (5) a intenção de refinar parte do petróleo pesado extraído do Campo de Marlin, na Bacia de Campos (RJ), na refinaria de La Teja, em Montevidéu, capital do Uruguai.
A informação é do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Segundo ele, a estratégia faz parte da intensificação das atividades da Petrobras na América do Sul, que busca atuar de forma integrada no setor de energia e, ao mesmo tempo, utilizar a unidade como base de distribuição de derivados para a América do Sul. "A idéia é ampliar a capacidade de refino da unidade, atualmente em cerca de 50 mil barris diários, e adaptá-la para processar também petróleo pesado proveniente de Marlin".
O plano de expansão da refinaria de La Teja será desenvolvido em parceria com a Ancap, estatal petrolífera do Uruguai. Os 50 mil barris processados hoje pela refinaria uruguaia - a única daquele país - equivalem quase que a todo o consumo interno do país.
Embora Gabrielli não tenha definido o volume de investimentos necessários para a ampliação e adaptação para o processamento do petróleo tampouco a carga extra a ser processada, o presidente da Ancap, Daniel Martinez, estimou os custos de adaptação entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. O volume extra a ser processado na unidade ficaria entre 10 mil a 20 mil barris por dia. (Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)


http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=25512

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O imperialismo regional brasileiro ou "subimperialismo", se formos utilizar categorias terceiro-mundistas para analisar o que se passa, dá as caras. Particularmente, eu não vejo assim, a expansão das atividades da Petrobras é interessante para a integração regional latino-americana, desde que esta não seja uma desculpa para, meramente, "exportar a poluição" levando os problemas decorrentes da poluição para outro país, ao invés de tratar efluentes aqui, o que poderia ser mais caro.
Mas, também não deixa de ser interessante que nossa esquerda socialista, que é tão eficaz para criticar imperialismos alheios, não faça nenhuma consideração à respeito.
a.h
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Monday, July 03, 2006

Evils of Secular Welfare: Faith-Based Programs in Nazi Germany (Book Notes: The Holy Reich)

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An important argument behind the Republican drive for "faith-based programs" and religiously motivated public services is the idea that purely secular programs and services lack the appropriate values and morals to be very successful; churches, which have traditionally provided these services, also provide the values people need. This is not the first time such arguments have been made.

In June 1933 [Reich Interior Minister Wilhelm Frick] denounced the expansion of public, secular welfare during Weimar, which confessional organizations had resented as an invasion and secularization of their domain. Emphasizing that welfare could never do without a Christian sense of charity and love of neighbor, Frick promised that church organizations would be called on to help build the new Volksgemeinschaft. That same month, Göring issued a similar statement, proclaiming that the Nazi State should seek active cooperation with Christian welfare organizations.
This really isn’t very different from something that could have been written recently in America. Imagine:
In June 2003 Faith Czar Jim Towey denounced the expansion of public, secular welfare during Democratic administrations, which conservative Christian organizations had resented as an example of “militant secularism” and invasion of their domain. Emphasizing that welfare could never do without a Christian sense of charity and love of neighbor, Towey promised that church organizations would be called on to help build the new national community. That same month, Dick Cheney issued a similar statement, proclaiming that the Republican State should seek active cooperation with Christian welfare organizations.
That really didn’t take much re-writing. All I needed to do was replace a couple of names, re-word a couple of phrases that don’t apply exactly right to America, and I have a new quote which almost no would have questioned as genuine. So what? Does this mean anything?
Well, it’s not evidence that Republicans are Nazis, if that’s what you are wondering. It’s certainly evidence that the Nazi Party was not as anti-religious and militantly secular as many seem to believe — they were at least as religious as the GOP is today. Some may argue that this was all just rhetoric designed to placate voters, but don’t some make the same argument about the GOP? Either way, the comparison is apt.
It’s also a point of evidence about how totalitarian, fascist regimes work hard to integrate religion into their agenda because religion is such an important part of people’s lives. When people believe that one political party embodies all religious values and as representing the nation’s religion, then it’s harder for people to see how that same party is political rather than religious — it’s harder for them to see it’s flaws, corruption, errors, etc. Religion is a good way to rally people behind you, so political parties naturally reach out to popular religion as much as possible.
You’d think that, eventually, religious people would start to get wise and figure this out — both on a personal and a historical level. You’d think that they’d eventually start to resist such pandering and the political corruption of their religious beliefs. Some always do, obviously — some resisted in Germany and didn’t fall for what the Nazis did. More seem to fall for it than not, however.
There’s a sucker born ever minute, and part of the problem might be religion itself. After all, it’s not as though most religious leaders actively promote skepticism, critical thinking, doubt, and questioning in their followers. Instead, they promote faith in authority figures. That’s very fertile ground for authoritarian politicians looking to use religion for political purposes and authoritarian religious figures looking to impose their religion by force.
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http://atheism.about.com/b/a/257757.htm?nl=1
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Sunday, July 02, 2006

Matas ciliares

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02/07/2006
Matas mais protegidas



O Estado de São Paulo acaba de ganhar mais um instrumento legal de preservação dos ecossistemas florestais. A publicação do Decreto Estadual nº 50.889, no último dia 16, impõe aos proprietários de imóveis rurais uma série de obrigações para a manutenção, recomposição e condução da regeneração natural ou compensação das áreas de reserva legal dentro das propriedades.
“Antes de mais nada, o importante é que o decreto regulamenta a reserva legal em São Paulo, algo que não existia”, disse o professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, à Agência FAPESP. O pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo e coordenador do programa Biota/FAPESP ajudou nas discussões para elaboração do texto final do decreto.
Com as novas regras, fica garantido, pelo menos em tese, que 20% de todas as matas paulistas serão preservadas ou regeneradas, quando for o caso. Essas áreas não podem ser as mesmas definidas pelo Código Florestal como zonas de preservação permanente. As matas ciliares nas margens dos rios, por exemplo, como estão protegidas pelo texto anterior, não podem entrar agora no cálculo da reserva legal.
“Outro ponto importante é que o decreto prevê, no caso dos pequenos produtores, que a recuperação das áreas de reserva legal poderá ser feita, por um prazo determinado, pelo plantio de espécies nativas ou exóticas de valor comercial”, disse Rodrigues. Segundo o pesquisador, mesmo a exploração de eucalipto, em mata que está sendo regenerada, não causa impacto ecológico negativo. “Isso acaba funcionando bem para recuperar a área.”
Uma série de outros dispositivos está presente no texto com intuito de facilitar a regeneração de áreas degradadas. Um deles diz respeito aos condomínios, em que proprietários poderão se reunir para criar uma única reserva legal. “Outro ponto importante é que, na eventualidade de uma propriedade ter que compensar a falta dos 20%, ele terá que fazer isso na mesma bacia hidrográfica”, explica Rodrigues. (Fonte: Eduardo Geraque / Agência Fapesp)

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Dois pontos positivos além da preservação da mata nativa: o lugar do eucalipto nas áreas regeneradas e um interessante mercado em formação e expansão, que é o de produção, venda e plantio de espécies nativas. Muito bom...

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