interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, February 24, 2007

Vendaval de Bobagens

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Anselmo Heidrich


“So, the hurricane passed, - tearing off the heads of the prodigious waves, to hurl them a hundred feet in the air, - heapin up the ocean against the land, - upturning the woodw. Bays and passes were swollen to abysses; rivers regorged; the sea-marshes were changed to raging wastes of water.”


In the ruins, The New Yorker, set.12 2005


Quase ia passando despercebido ao que um físico amigo meu me chamou a atenção:

(“Furacão Globalizado”, Carta Capital)

Agora, dêem uma olhada no site da National Oceanic and Atmospheric Adiministration (NOAA):
Names for Atlantic Tropical Storms em http://hurricanes.noaa.gov/prepare/title_basics.htm

Como se pode ver, os EUA têm mais de 10 tempestades tropicais por ano no Oceano Atlântico, Mar do Caribe e Golfo do México. Muitos destes permanecem sobre o oceano e cerca de seis se tornam “furacões”. E, a cada três anos, cinco grandes furacões atacam o litoral dos EUA, matando de 50 a 100 pessoas do Texas ao Maine. Sua força chega a mais de 110 mph. Após o Katrina, ainda tiveram o “R”, ou seja, o furacão Rita que atingiu a costa da Flórida.[1]

Qual é a “anomalia”? A única que percebo é no cérebro do editorial de alguns tablóides sensacionalistas.

Um furacão é um tipo de ciclone tropical, que é um termo genérico para um sistema de baixa pressão que geralmente se forma nos trópicos. Ou seja, se forma no Caribe e evolui para o norte se alimentando das altas temperaturas da Corrente do Golfo que afluem em direção à Europa. Algo comum, já que ocorre todos os anos.












O maior problema com o Katrina não foi, necessariamente, sua força, mas a rota percorrida, em área densamente povoada.











De acordo com a Escala de Furacões Saffir-Simpson, a força deste tipo de tempestade vai da Categoria 1 para a 5. No entanto, isto por si só não diz qual trará o pior desastre, o que depende da área atingida, podendo um furacão de categoria inferior causar maior destruição se atingir área mais habitada que um de categoria superior. A força do vento em si não é o único problema, mas também o risco de enchentes.

Dito isto, é impressionante a afirmação categórica da Carta Capital de que uma tempestade como essa “só acontece uma vez a cada cem anos”! Só para termos uma idéia de tamanho disparate:

- Em setembro de 1935, o Furacão do Dia do Trabalho com cerca de 200 mph atingiu Florida Keys;
- Agosto de 1969, o Furacão Camille atinge o Mississipi com ventos de 190 mph;
- Agosto de 1992, o Furacão Andrew atinge o sudeste da Flórida com 165 mph;
- Em agosto de 2004, o Furacão Charley de Categoria 4 (todos os anteriores foram de Categoria 5) atinge Punta Gorda, na Flórida com ventos de 150 mph.

http://www.ncdc.noaa.gov/oa/climate/research/2005/katrina.html

No entanto, se a Carta Capital quisesse analisar alguma anomalia, poderia dizer que a atividade de ciclones na Bacia do Atlântico tem sido acima do normal a partir de 1995. Foram 13 novos nomes de furacões por ano em média comparados com 8,6 nos 25 anos precedentes. Isto sim poderia ser assinalado: uma intensificação na média destas tempestades.[2]

Mas, isto por si só não é suficiente para se falar em conseqüência do aquecimento global, uma vez que o período de 1970 a 1994 é visto também por uma atípica baixa atividade. De acordo com a teoria "aquecimentista", o fenômeno global advém da Revolução Industrial para cá. Do pós-guerra até o início dos anos 70, o mundo viveu uma época de grande crescimento econômico, logo, de consumo de combustíveis fósseis (que causariam o aquecimento). Se formos lógicos, o período dos anos 70 aos 90 deveria impor com maior freqüência tempestades e ciclones que são algumas das conseqüências do fenômeno. Fato que não ocorreu, segundo o NOAA.

O cenário apocalíptico pintado pela Carta Capital também não encontra ressonância nas freqüentes conseqüências desses fenômenos naturais. É importante notar neste item que o aumento da atividade de cliclone tropical não se traduz necessariamente em um aumento do índice de chuvas de tempestades tropicais ou furacões. Seis dos onze anos passados tiveram menor índice pluviométrico ao longo da costa do Golfo devido aos furacões.[3]

Se houve alguma tragédia maior do Katrina, esta deu-se devido a construção de um sistema de diques que evitava a entrada das águas do Mississipi e do Lago Pontchartrain. Com o Kartrina, as águas impelidas para a zona urbana foram represadas após a inundação.

A revista The New Yorker de 12 de setembro de 2005 comentou que “os desastres naturais estão sempre espreitando em algum lugar em frente a mente de Nova Orleans – especialmente desastres aquáticos e, mais especialmente furacões. Furacões são um eterno tema na literatura de Nova Orleans, por razões que têm mais a ver com Nova Orleans do que com a literatura”.

“Chita” foi o nome de um famoso furacão de 1856, cujo romance foi publicado em 1888 para, cinco anos mais tarde dar lugar a outro devastador na costa do Golfo. Em 1927, uma grande enchente no Rio Mississipi e em 1965, outro famoso furacão, o Betsy. A consciência literária da vulnerabilidade do ambiente da Lousianna meridional é antiga. Com o Katrina, outra seção da consciência de Nova Orleans é ativada: a falibilidade de sua organização social.

Nova Orleans se espreme como um largo arco raso entre o Rio Mississipi e o Lago Pontchartrain. Nada na cidade é mais alto que as margens (naturais) do rio. As camadas mais pobres da população moram nas partes mais baixas como se pode igualmente constatar na maior parte do mundo. Isto é efeito da lógica imobiliária, as áreas mais insalubres e menos valorizadas da cidade são ocupadas pelos pobres. Dois bairros são símbolos desta divisão: o Garden District no nível superior e Stanley Kowalski na área pantanosa.

Nova Orleans fica abaixo do rio e lago que a margeiam, como um poço esperando ser enchido.

Chuvas torrenciais em Nova Orleans são suficientes para formar enchentes-relâmpago dentro de seus diques. A água simplesmente não tem para onde ir. Deixada a si própria, o sítio urbano daria lugar a um lago. Assim, ela tem que ser bombeada. Cada gota que cai é evaporada ou bombeada para fora da cidade. Não há vazão natural suficiente para compensar o influxo do regime hídrico. Ao reduzir o nível de água dos baixios, a cidade acelera sua subsidência.[4] Onde os pântanos têm sido drenados para formar novas habitações, o chão também se retrai.

Muitas casas foram construídas em restos de lajes empilhadas de outras construções que cederam. Na medida em que o gramado ao redor também afunda, a lama sobe. Onde uma vez uma rua foi nivelada com a garagem, surge um desnível. A frente da casa cede como uma rede para dormir. A lateral cede. O impacto aumenta com a constante pressão do tráfego, o suficiente para tirar as rodas da frente de alinhamento. Algo tão lento e certo quanto as areias de uma ampulheta que cedem a saída do ar que, no caso daquela cidade portuária, é a água drenada do subsolo.
Como se pode observar, o destino da vazão das águas de Nova Orleans seria o Lago Pontchartrain e o Rio Mississipi que estão acima do próprio sítio urbano.

Se há alguma tragédia esta se dá pela falha na adaptação humana. E, assim como a globalização exige adaptações econômicas e institucionais, o clima e o solo exigem adaptações, planejamento, desenvolvimento tecnológico que uma economia como a dos EUA tem plenas condições de alcançar. Enquanto Mino Carta torce por um apocalipse no centro do mundo capitalista, os impactos ambientais são apenas mais um vetor que força ao aprimoramento de um país que nunca se furtou a um desafio.
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[1] When the winds from these storms reach 39 mph (34 kt), the cyclone is given a name. Years ago, an international committee developed six separate lists of names for these storms (The History of Naming Hurricanes). Each list alternates between male and female names. The use of these easily remembered names greatly reduces confusion when two or more tropical cyclones occur at the same time. Each list is reused every six years, although hurricane names that have resulted in substantial damage or death are retired. The names assigned for the period between 1999 and 2004 are shown below. The most deadly hurricane to strike the U.S. made landfall in Galveston, Texas on September 8, 1900. This was also the greatest natural disaster to ever strike the U.S., claiming more than 8000 lives when the storm surge caught the residents of this island city by surprise.

[2] Uma media de 7,7 furacões e 3,6 furacões de grande intensidade desde 1995 comparados com 5 furacões e 1,5 de grande intensidade para o período de 1970 a 1994.

[3] However, it is important to note that increased tropical cyclone activity does not necessarily translate into an increase in the number of landfalling tropical storms or hurricanes. Six of the past 11 years have had one or fewer landfalling hurricanes along the Gulf Coast, and there is no long-term trend in the number of landfalling hurricanes since 1900. Below is a synopsis of the conditions that produced historic Hurricane Katrina, as well as some information of rain and wind records and a very preliminary description of the major impacts. Note that reports are constantly being updated as a result of new information, and this page will be updated during the next month as new reports and data become available. Cf. alterações climáticas : Climate Monitoring / Climate of 2005

[4] Em geral, uma submersão de nível, assentando o terreno para uma posição inferior ou retornando a um estado normal que não seja para cima. Para maiores definições consultar Dictionary of Geography de Audrey N. Clark da Penguin Books.

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Thursday, February 22, 2007

Como espalhar fogo no pasto: a paranóia como senso histórico

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Quem mais poderia espumar preconceitos e sofismas tão mal acabados como o paranóide-mor Jeffrey Nyquist, um dos gurus do http://www.midiasemmascara.com.br/? Em seu Falta de senso histórico, o sociólogo da costa oeste, cujo cérebro já deve ter torrado com o abrasador Sol da Califórnia, destila uma montoeira de sandices jogadas quase que aleatoriamente com informações históricas anacronicamente desconectadas.
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A descrição do avanço das hordas alemãs que cruzaram o Reno no inverno de 406-7, trazendo violência, estupros, desordem, pilhagem e tornando pessoas “livres” reféns inicia o artigo, como já se antevisse o fim da civilização. Nossa civilização equiparada ao Império Romano. Nossa? Não, quando Nyquist fala em “civilização”, bem entendido que se refere aos Estados Unidos da América e, quando muito, a um ou outro país europeu. O resto não é resto, é uma maioria ameaçadora, “bem armada”, bem articulada e disposta a tudo para destruir sua civilização.
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Assim, traçando analogias entre os bárbaros da antiguidade e imigração mundial atual, cita o avanço vândalo através da África por volta de 420:
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"Em seu furor bárbaro, eles até tomavam crianças dos peitos de suas mães e lançavam os bebês inocentes no chão. Seguravam outros pelos pés, de cabeça para baixo, e os cortavam em dois..."
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Tais feitos servem para contrapor a barbárie à civilização judaico-cristã. Mas, se tais fatos horripilantes servem para se contrapor à lei e à ordem instituídas, não pode servir para acusar esta mesma civilização que igualmente endossou prática similar alguns séculos mais tarde alhures. Conforme a dica de uma testemunha ocular:
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“Os espanhóis, com seus cavalos, suas espadas e lanças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e as faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas sobre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem, mais habilmente e mais destramente, de um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe. Arrancavam os filhos dos seios da mãe e lhes esfregavam a cabeça contra os rochedos enquanto que outros os lançavam à água dos córregos rindo e caçoando, e quando estavam na água gritavam: move-te, corpo de tal?! Outros, mais furiosos, passavam mães e filhos a fio de espada.”
(LAS CASAS, Frei Bartolomé de. O Paraíso Destruído: a sangrenta história da conquista da América. Porto Alegre: L&PM, 2001, p. 33-35.)
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Mas, isto seria apenas um detalhe inconveniente no curso de nossa civilização... Que por “civilização” se entende mais pros que contras, não discordo. O problema é que não há o menor senso auto-crítico no raciocínio de Nyquist. Eu poderia apostar que, dada sua falta de relativização histórica, que o autor poderia justificar tais atrocidades em nome de um “bem comum” a ser hipoteticamente alcançado por todos. E, vale a pergunta, os fins justificam os meios? Se não para o comunismo ou o nazismo, por que valeriam para o conservadorismo judaico-cristão?
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O esquema recorrente a este tipo de artigo é de que a civilização e o “motor econômico do mundo” ameaçaram ser estancados por uma “estúpida crença na doutrina da igualdade universal”. Nyquist coloca no mesmo saco invasões bárbaras aos fluxos imigratórios hodiernos. Tudo não passa de uma ação coletiva querendo destruir os fundamentos de uma civilização que já teria atingido, tão ao gosto biológico, seu clímax. Esquece o sociólogo que muitos destes braços foram convidados pelos governos centrais a suprir uma demanda reprimida por trabalho. Enfim, pior do que igualar pessoas em busca de empregos a bandidos, ele os iguala aos bárbaros. Se o crime existe em qualquer sociedade, não necessariamente qualquer sociedade sucumbiu ou sucumbirá à barbárie. A paranóia de Nyquist é de, claramente, demonizar os imigrantes tratando-os como uma chaga, uma verdadeira peste.
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“[P]or quanto tempo ela continuará pacífica?”
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É sua pergunta sobre a organização internacional entre os diversos países e seus fluxos de trabalhadores. Como se o destino final, fatalistamente traçado, fosse uma hecatombe de sentidos que abalará toda a moral ocidental.
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Seu mal disfarçado preconceito e senso discriminatório, torna-se explícito onde diz:
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“[U]m dos historiadores mais respeitados dos Estados Unidos", que fez uma brincadeira com um candidato à presidência "perguntando-lhe quais foram os cinco anos mais perigosos da história americana". O candidato ficou confuso com a pergunta. Os anos mais críticos foram certamente os da fundação da República, a Guerra da Independência, ou a Guerra Civil, ou talvez a Segunda Guerra Mundial. ‘Não’, disse o historiador, ‘são os próximos cinco anos’".
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O futuro da estabilidade mundial, particularmente de seu EUA, está no fechamento das fronteiras nacionais... É uma das mais enfáticas vozes anti-Globalização que já ouvi. Com “liberais-conservadores” desta estirpe, quem precisa de comunistas? Quando digo e afirmo que os conservadores têm os mesmos mecanismos intelectuais dos comunistas, ambos totalitários, não brinco.
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As “inovações podem ser perigosas”, por suposto que sim. E, por isto mesmo, o que resta de pragmatismo e bom senso ao presidente Bush, dada sua malfadada operação no Iraque se trata de um arremedo de solução para a inovação do conceito de “guerra preventiva”. Mas, não para Nyquist – o totalitário enrrustido -, mas a “inovação” democrática é que é perigosa:
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“A nova maioria democrata no Congresso tem seu próprio conjunto de inovações assustadoras (como uma legislação para compensar o aquecimento global, que pode ser devastadora para a economia americana). Há inovações que não queremos ver, como a dos mulás iranianos com suas bombas atômicas. Há inovações que gostaríamos de ver, como a eliminação da velhice através da ciência genética. As conseqüências de todas elas porém, são difíceis de prever. Uma inovação leva à outra e inovações geralmente conduzem à barbárie. Os nazistas surgiram da inovação, assim como os comunistas da Rússia soviética e da China. O Ocidente não quer que os iranianos controlem armamentos nucleares mas a inovação do bombardeamento preventivo da infra-estrutura nuclear de um país, expõe a força que age preventivamente a conseqüências imprevisíveis. O Presidente Truman rejeitaria um ataque preventivo ao programa nuclear de Stálin. Diz-se que o Presidente Nixon defendeu o programa nuclear de Mao contra a proposta de um ataque preventivo dos soviéticos.”
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O que a “inovação” em sedimentar eleições como prática comum em um país que vive ditaduras há décadas pode ser comparada (e igualada) ao nazismo e o comunismo? E, para tanto, toda sorte de conspirações sobrepõe-se a estratégia da Guerra Fria. Quando este furtivo analista diz “diz-se” não faz mais que adotar um recurso conveniente para deixar na indefinição de sua autoria. Quem poderia ser o autor de uma ação especificada? Descompromissadamente assim, espalha-se a mentira, como se o efeito fosse, de fato conhecido por todos por que não se prova um sujeito, um autor que poderia ser investigado e cuja acusação desmentida.
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Nyquist ainda tem o vício de um estrategista de jogo de tabuleiro em tarde chuvosa ao superestimar o poder de fogo dos EUA ao propor a destruição, literalmente, de todo arsenal nuclear de outro país. Nada de ONU se temos marines...
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A pílula anticoncepcional é tão devastadora quanto a bomba atômica? O autor sugere algo, mas não explica. Fica o dito pelo não dito e tem gente que engole este tipo de bazofia como “análise”:
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“Nós não nos inspiramos mais em modelos históricos porque ‘a bomba’ e ‘a pílula’ (ou seja, o controle da natalidade) tornaram os modelos anteriores obsoletos. (...) A bomba atômica é uma arma terrível mas uma espada é também uma arma de destruição em massa, já que uma simples espada pode cortar 10 mil gargantas.”
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A espada mata sim. Mas, tanto quanto bombas atômicas? Ridícula a comparação. O que sugere o autor? Que se invada quaisquer países que a utilizem com a mesma ênfase dos que detêm armas de destruição em massa, já que estas não foram encontradas?
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E quando Bush mudou a tônica da operação para a democratização virou por isto mesmo um “esquedista”. Ou o autor é que um ao defender a imposição de qualquer padrão de política externa pela simples força? O que o cérebro de batata cozida do Nyquist não percebe é que, mesmo detendo superioridade militar, este não é o caminho óbvio em se tratando de auferir benefícios políticos e que, se a política é a perpetuação da guerra por outros meios, isto não significa que não haja diferença entre ambas.
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“As políticas da administração Bush falharam porque elas têm a mesma perspectiva esquerdista de sua oposição democrática. O presidente Bush, a despeito do ‘rótulo de conservador’ é, na realidade, em seu modo de ver o mundo, um esquerdista. Sua missão no Iraque, iniciada como uma caça preventiva por armas de destruição em massa, mudou para a de democratização. Isso significa que a grande estratégia dos Estados Unidos dobrou a esquina da utopia e promete não dar em lugar nenhum. A causa da prevenção saiu desacreditada e agora a da democracia enfrenta o mesmo destino.”
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E, para fechar com chave de ouro, levar a democratização desacredita a propria democracia. Ué? Coisa de doido! Mas, a busca pela democracia não se constituía em um erro? Nyquist nem sabe por que escreve.

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A política endossada por Nyquist bem poderia ser caracterizada como a seguinte, quando expressa características claramente xenófobas:

A posição atual do governo americanos com relação aos brasileiros é um claro indício de como a paranóia pseudo-sociológica de Nyquist está anos-luz distante de uma preocupação de estado:

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