interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, September 08, 2007

Uma voz do bom senso

Realmente, fiquei surpreso. Eu não imaginava alguém do Greenpeace, mesmo que um ex-membro, como alguém tão lúcido. Muito boa a entrevista.
a.h



ENTREVISTA
Visionário ou vendilhão?
Após fundar o Greenpeace, Patrick Moore virou a casaca e passou a defender tudo que os ecologistas odeiam. Será que ele ficou doido? Ou enxergou o que ninguém viu?
Por Bruno Garattoni

ILUSTRAÇÃO: CÁSSIO BITTENCOURT


A Guerra do Vietnã continua firme. Secretamente, EUA e União Soviética aceleram a corrida armamentista. Estamos em 1971 e o clima é tenso. Mas aí uma turma de pacifistas se junta pra fazer algo nunca visto. Alugam um barco e navegam até o Alasca para protestar contra os testes nucleares americanos.

Incrivelmente, dá certo: pressionado pela opinião pública, o governo interrompe os testes. Os ativistas ganham a atenção do mundo e formam o que viria a se tornar uma superpotência ambiental - o Greenpeace, hoje presente em mais de 40 países.

Um dos tripulantes nessa primeira missão era o canadense Patrick Moore: na época, um hippie com 24 anos e cabelos longos. Três décadas depois, tudo mudou. A Guerra Fria e os hippies estão extintos.

As grandes preocupações são a emissão de poluentes, a comida transgênica e o aquecimento global. Patrick Moore, agora um senhor, também está diferente. E como: hoje defende tudo o que os ecologistas clássicos mais detestam.

Execrado por seus antigos colegas, ele se tornou o inimigo número 1 do Greenpeace: talvez porque, além de ter cometido "traição", defenda com inteligência suas opiniões. Será que ele tem razão? Ou simplesmente se vendeu?

Recentemente, você escreveu: "Fico triste em ver os ativistas ecológicos se equivocando tanto, com informações e prioridades tão erradas". De fato, às vezes ongs ambientalistas são acusadas de agir politicamente, ignorando a ciência. O que aconteceu?

Na década de 1980, o movimento ambiental começou a ficar mais extremista. E existem dois motivos para isso. Primeiro, naquela época a maioria das pessoas já aceitava as nossas propostas (dos ecologistas). Então, a única forma de continuar "do contra", questionando o establishment, era adotar posições mais e mais extremas - eventualmente abandonando a ciência e a lógica.

O outro motivo foi o fim do comunismo. Muitos ativistas políticos de esquerda migraram para o movimento ambientalista. Eles aprenderam a usar termos "verdes" para defender seus projetos - que têm muito mais a ver com anticapitalismo do que com ecologia.

Em 1985, eu era o único diretor do Greenpeace com formação científica, um mestrado em ecologia. Os meus colegas não respeitavam isso e diziam: "Somos todos ecologistas".

Aí você resolveu sair.

Eu estava cansado de ser contra tudo, queria achar soluções para as coisas. Em 1982, ouvi pela primeira vez o termo desenvolvimento sustentável e percebi que esse era o desafio: incorporar ao dia-a-dia os valores ecológicos.

Mas o Greenpeace não estava interessado. Defendi, por exemplo, o cultivo de peixes como alternativa à pesca indiscriminada. Eles não concordaram. Além disso, na época o Greenpeace queria banir o uso de cloro.

Eu disse que a água clorada era o maior avanço na história da saúde pública. Eles não se importaram e iniciaram uma campanha contra o cloro que dura até hoje. Eu não podia continuar numa organização assim.

E hoje? Como você vê o Greenpeace?

O Greepeace influencia muito as políticas públicas. Mas está fazendo mais mal do que bem. Suas campanhas contra alimentos transgênicos, energia nuclear, cloro, criação de peixes em cativeiro e exploração florestal são todas baseadas em medo e desinformação.

Eles dizem que querem reduzir o consumo de combustíveis fósseis - mas aí se opõem às principais alternativas, que são a energia nuclear e a hidrelétrica. Eles falam como se fosse possível resolver tudo com energia solar e eólica - o que é claramente impossível.

Você costuma ser acusado de trair o movimento ecológico, de se vender ao inimigo porque hoje dá consultoria a empresas, inclusive da área nuclear. Você virou a casaca?

Eu não mudei de lado, pois sempre acreditei que nós precisamos equilibrar as necessidades das pessoas com a proteção do ambiente. O que há de errado em ajudar a indústria a vencer desafios ambientais? Afinal é ela, com seus produtos e serviços, que torna a vida civilizada possível. Al Gore e os líderes do Greenpeace vivem com todos os confortos modernos, mas querem que nós voltemos a uma espécie de era pré-industrial.

O aquecimento global é o tema ambiental que mais mobiliza a atenção do público hoje. Na sua opinião, esse é um problema que merece tal importância?

O aquecimento é uma questão importante, merece a nossa atenção. Mas não sou alarmista e não acho correto usar termos como caos ou catástrofe climática. E também não acho possível provar, cientificamente, que os seres humanos são a causa do aquecimento global.

Não é razoável supor que os fatores ambientais que sempre guiaram o clima, durante toda a história da Terra, deixaram de existir - e nós, agora, somos os grandes causadores das mudanças.

As elites políticas estão tentando assustar o público para ganhar controle sobre ele. Na minha opinião pessoal, a maior questão ecológica é a pobreza. Sociedades pobres não conseguem limpar a água que sujam, nem replantar as árvores que cortam.

Mas e os relatórios divulgados recentemente pela ONU? Um deles afirma que, se a temperatura subir 1,5°C, 30% de todas as espécies animais e vegetais correrão perigo de extinção.

Essa afirmação parece absurda. A Terra já foi muito mais quente. Hoje, a temperatura média está em 14,5°C. Por boa parte da história do planeta, chegou a 22°C - nem existia gelo nos pólos. As espécies que hoje estão vivas sobreviveram a esses períodos quentes.

Eu até acho que seria uma boa idéia reduzir o consumo de combustíveis fósseis, mas pela qualidade do ar e por questões geopolíticas, como reduzir o conflito com o Oriente Médio.

Você defende a energia nuclear. Mas o fato é que ela sofre rejeição maciça da sociedade.

O movimento ambiental, especialmente o Greenpeace, foi criado sob o temor de uma guerra nuclear (entre os EUA e a antiga União Soviética). Nós cometemos um erro, que foi tratar a energia nuclear da mesma forma que as armas nucleares - como se fossem parte do mesmo holocausto.

Não faz sentido banir uma tecnologia só porque ela pode ser usada para o mal. Se fosse assim, os humanos jamais teriam usado o fogo. A energia nuclear não sofre rejeição maciça - na verdade ela é cada vez mais aceita em todo o mundo.

Mas e o lixo nuclear, ou a possibilidade de vazamento de radiação?

Atualmente é fácil controlar o lixo nuclear. Ele não vaza, pois não é líquido - é um material sólido envolvido por camadas de metal e concreto. Não escapa para o ambiente, como a poluição produzida pela queima de combustíveis fósseis.

Além disso, creio que o perigo da radioatividade tem sido exagerado, para assustar as pessoas. Todos nós somos expostos e recebemos radiação todos os dias. Mas só altos níveis de radiação são perigosos - e só Chernobyl lançou esses níveis no ambiente até hoje. Nunca mais, porém, existirá um reator tão mal projetado quanto o de Chernobyl.

Você é a favor dos alimentos transgênicos?

Nunca se provou que as plantações geneticamente modificadas façam algum mal à saúde - ou ao ambiente. Pelo contrário, há muitos efeitos positivos, como menos uso de pesticidas, menor exposição do lavrador a produtos químicos, menos erosão do solo. Alguns tipos de transgênicos poderiam acabar com a desnutrição - como o arroz dourado, que incorpora ferro e vitaminas A e E. E essa tecnologia já existe. Mesmo assim, o Greenpeace continua a bloquear a utilização. É um crime contra a humanidade que deveria ser julgado em tribunal internacional. A oposição aos alimentos transgênicos se baseia em ignorância e medo.

Você disse que, para o ambiente, "os automóveis são a tecnologia mais destrutiva já inventada pela humanidade". Como vê o carro a álcool? E o carro a hidrogênio?

O carro a hidrogênio não será viável num futuro próximo, pois há muitos obstáculos técnicos. Já o álcool é uma boa alternativa, pode ser o biocombustível do futuro.

Num de seus textos, você diz que a humanidade deveria consumir mais madeira e que isso faria bem ao planeta. Como assim?

A madeira é a maior fonte de energia renovável que existe. E sua exploração leva ao reflorestamento. O que prejudica as florestas é a agricultura. Quando compramos madeira, estamos estimulando a plantação de mais árvores para satisfazer à demanda. Os países que mais consomem madeira são os que têm as florestas mais saudáveis.

Certo, mas isso não acaba reduzindo a biodiversidade? Afinal, geralmente vários tipos de árvore são derrubados - mas apenas uma espécie é replantada no lugar.

A exploração florestal mexe, sim, com a biodiversidade. Mas, tendo um sistema de áreas intocadas e reservas ecológicas, é possível preservar ao máximo a biodiversidade - e ainda assim ter uma boa produção de madeira.

Os ativistas ecológicos tendem a fazer previsões pessimistas para o futuro. Qual é a sua?

Acho que há motivos para ser otimista. As pessoas estão vivendo mais, e com mais saúde. As espécies não estão desaparecendo no ritmo que os catastrofistas previam. A população mundial deve se estabilizar em 9 bilhões - e nós vamos conseguir alimentar toda essa gente. A tecnologia está ficando mais limpa, mais verde - e as pessoas estão mais conscientes do que nunca sobre o ambiente.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_249232.shtml

Friday, September 07, 2007

Fogo


Incêndio em floresta no Pará ameaça reserva indígena
Fumaça e ventos fortes dificultam trabalho de helicóptero.


É a notícia do site http://www.ambientebrasil.com.br/ que não explica a causa, o que seria a primeira coisa a se investigar ou perguntar.
Talvez porque não seja uma "obra" do grande capital, das transnacionais que, caso tivessem alguma conexão, mesmo que longínqua, já seriam as primeiras a serem acusadas e, sumariamente julgadas. Como disse Luís Roberto Do Carmo Lourenço do Gabinete de Segurança Institucional da República Federativa do Brasil acerca dos fogos em Roraima em 2003:


As queimadas, segundo um relatório da ONU/Governo do Estado, atingiram 33 mil
quilômetros quadrados em Roraima. O relatório condenou a maneira como o INCRA
desenvolve o processo de colonização no Estado, que tem uma área de 225 mil quilômetros
quadrados habitados por um total de 247 mil pessoas. O relatório confirma que os incêndios
começaram nos assentamentos de pequenos agricultores, com queimadas feitas para
preparar a terra para novos cultivos
.


O mesmo ocorrido em 1997, também em Roraima. Fogos dos quais, alguns veículos de imprensa internacional se apressaram a relacionar à mudanças climáticas globais. Na verdade, uma conjunção de fatores entre a tradicional e arcaica prática de atear fogo à mata para preparar terreno ao plantio e um ano excepcionalmente seco devido ao fenômeno do El Niño.

Abaixo, segue um antigo artigo meu:


Bushfire
por Anselmo Heidrich em 24 de janeiro de 2004
Resumo: Já faz algum tempo a notícia soava como escândalo, Bush quer cortar árvores para impedir incêndios e uma chuva de spams, mais tentando incendiar do que apagar a proposta do presidente americano se disseminou pela web.
© 2004 MidiaSemMascara.org

Já faz algum tempo a notícia soava como escândalo, Bush quer cortar árvores para impedir incêndios e uma chuva de spams, mais tentando incendiar do que apagar a proposta do presidente americano se disseminou pela web. Ironias dos internautas como mais uma “solução genial de Bush”, associadas às contumazes “falhas” e “lapsos” de jornalistas eram algumas gotas no oceano de calúnias que se tornou comum em torno do nome de Bush.
Enquanto nossos jornalistas tupiniquins entendem que “podar” pode significar o mesmo que “cortar” árvores, para a engenharia florestal não é bem assim. Há uma sensível diferença entre cortar totalmente a árvore impedindo que ela cresça e poda-la nos galhos impedindo que um incêndio se alastre pela mata. Mas como se diz por aí, uma calúnia é como a cinza jogada ao vento que ninguém consegue agarrar:
“O presidente americano, George W. Bush, defendeu nesta segunda-feira seu plano de cortar árvores de florestas nativas (...)” e “nós devemos podar nossas florestas” (AFP/notícias UOL, 11/08/2003).
Mas como o ambientalismo é cheio de contradições, não me surpreendeu quando lia Ecologia do Medo de Mike Davis, um professor de teoria urbana californiano e, claramente ligado aos movimentos da esquerda americana. O livro é basicamente uma crítica à especulação imobiliária da Califórnia Meridional, mas não deixa de ser coerente quanto à pesquisa factual. Independente das conclusões que Davis possa tirar, isto não me impede de utilizar seus próprios dados que, justamente, pela sua afiliação ideológica, me deixam a vontade para usa-los, ou seja, usar o veneno da esquerda contra ela própria.
Por que é importante ter um plano de manejo ambiental como proposto por Bush? Acho que os dados abaixo, levantados por Davis, falam por si:

TEMPESTADES DE FOGO EM MALIBU, 1930-96
Ano e mês Localidade Hectares Residências Mortes

1930, outubro Potrero 6.000
1935, outubro Latigo/Sherwood 11.554
1938, novembro Topanga 6.700 351
1943, novembro Woodland Hills 6.200
1949, outubro Susana 7.710
1955, novembro Ventu 5.106
1956, dezembro Sherwood/Newton 15.165 120 1
1958, dezembro Liberty 7.215 107
1970, setembro Wright 12.500 403 10
1978, outubro Kanan/Dume 10.100 230 2
1982, outubro Dayton Canyon 22.000 74
1993, novembro Calabasas/Malibu 7.500 350 3
1996, outubro Monte Nido 6.000 2

Total 1636 16
Mais pequenos incêndios aprox. 2.000

Fonte: Registros do Los Angdes Fire Department.
Tais dados poderiam ser negados por quem quer que seja como trágicos? Isto significa encampar a tese da destruição completa das florestas para manutenção das habitações? Não, pois não é disto que se trata, mas da simples poda das árvores embasada em técnicas de engenharia florestal para evitar desgraças humanas e compatibilizar um equilíbrio entre sociedade e ambiente.
Pode se observar nas fotos de satélite da NASA os últimos incêndios californianos em novembro passado


http://visibleearth.nasa.gov/data/ev261/ev26153_California.A2003331.1840.721.500m.jpg


Mas se os socialistas travestidos de ambientalistas são tão bons para criticar as propostas republicanas de manejo ambiental, o que proporiam a isto?


http://visibleearth.nasa.gov/data/ev259/ev25950_Peru2.A2003244.1815.1km.jpg

Os focos em vermelho correspondem aos incêndios na fronteira amazônica entre Brasil e Peru de setembro passado que são bem, mas bem mais intensos que os fogos norte-americanos.

A origem desses fogos é a mesma que provocou o mega-incêndio de 1998. À época, nossa “sensata imprensa” noticiou que uma área equivalente à Bélgica, baseando-se em imagens de satélite que retratavam a fumaça. Se, é verdade o dito popular que “onde há fumaça há fogo”, não é verdade no entanto, que a extensão do fogo é a da própria fumaça. A área queimada na Amazônia brasileira foi enorme sim, mas não do “tamanho da Bélgica” e sim equivalente à área urbana da cidade de São Paulo. Também não foi verdade que este mega-incêndio ocorreu em área florestal, mas em savanas1, o cerrado de Roraima (llanos, como são conhecidos na vizinha Venezuela), tendo se expandido para as matas posteriormente.

Os ambientes mediterrâneo do sudoeste americano e superúmido da alta floresta amazônica são muito distintos, necessitando de manejos distintos – a poda não seria possível em nosso caso. Mas o que se vê é uma falta generalizada de informação, pressa na apresentação dos fatos e dados e um “molho crítico” de um esquerdismo que beira a infantilidade. Se Bush propõe uma solução passível de crítica por técnicos e especialistas do setor, não se quer saber, pois ele pode levar algum crédito com isto. Se no Brasil, malgrado ano de El Nino, fenômeno climático que provoca anomalias climáticas globais, muito difundido e pouco entendido, coincide com a estação das queimadas, a culpa é totalmente do governo que não faz nada. Ou seja, a população local com suas técnicas arcaicas, num passe de mágica, é totalmente isenta de sua responsabilidade. E se as ongs ambientalistas, líderes europeus, a própria ONU sugerem que a própria Amazônia brasileira (e dos países vizinhos) deva ser administrada por uma comissão internacional, nada parece indignar nossa incauta imprensa ávida pelo antiamericanismo que ajuda a engrossar.

O que nossos militantes cegos pelo ódio aos EEUU lembram? De uma mentira amplamente divulgada na internet, um conhecido hoax que volta e meia retorna, de um suposto livro de geografia escrito para o ensino médio nos EEUU que defende a Amazônia como área de controle internacional sob um projeto da ONU2.

As queimadas (“coivara”) consistem numa ancestral e tradicional técnica indígena herdada pelos colonos pobres de preparar a terra para o plantio, inclusive de pastagens que devastam a biomassa. Não se trata de “grande capital” ou de “descaso da civilização capitalista”, mas de falta de adequação às técnicas de produção modernas e hipocrisia ambientalista que sustenta a exploração ambiental em moldes ultrapassados.

Talvez Bush tivesse alguma boa idéia para nós já que os próprios ambientalistas se perdem em informações falsas e análises tendenciosamente espúrias.

1 http://hps.infolink.com.br/psenna/roraima.htm

2 http://www.quatrocantos.com/lendas/54_amazonia_finraf.htm

Thursday, September 06, 2007

Assim é sacanagem!

A lista sueca de espécies ameaçadas inclui um ser mitológico, uma serpente-monstro. Daqui a pouco vão falar em Boitatá por aqui.
The eco-conscious Swedes take protections of rare and threatened creatures very seriously. So seriously, in fact, that in 1986, Swedish government officials even added a mythical monster to their "endangered species" list.

The specious species in question is the "Lake Storsjoen Monster," legendary resident of one of the country's largest lakes. According to the Associated Press, the monster "was first mentioned in print in 1635, when Mogens Pedersen took down a legend about two trolls who were boiling a mixture in a large kettle on the shore of the lake. Having boiled the mixture for many years, the contents of the kettle began to wail and groan and then there was a loud bang. 'A strange animal with a black serpentlike body and a catlike head jumped out of the kettle and disappeared into the lake. The monster enjoyed living in the lake, it grew incredibly big and terrorized the people living on the shores. After some time it extended all the way around the island in the middle of the lake, and could bite its own tail,' Pedersen's chronicle said."
Now some folks may find this rather thin evidence for the creature's existence. But you can find supporting documentation on the monster's own Web site, where you can even view an impressive artist's rendition of the creature. What more proof does one need?
Anyway, the Storjoen Serpent's official "endangered species" designation came to public attention in recent weeks when businessman Magnus Cedergren asked a Swedish parliamentary ombudsman to intervene on his behalf. Cedergren wants to hatch and raise baby monsters and turn them into a tourist attraction. But the environmental court in Jaemtland province cruelly denied him permission to search for the alleged monster's alleged eggs in its alleged home at the bottom of Lake Storsjoen. "The environment court turned down his application," the A. P. soberly explains, "saying local nature preservation rules stated that 'it is prohibited to kill, hurt or catch animals of the Storsjoe monster species,' or 'take away or hurt the monster's eggs, roe or den.'"
Parliamentary Ombudsman Nils-Olof Berggren has now dutifully interceded, asking the environment court to clarify why it denied Cedergren permission to search for the purported eggs of the purported beast. More courageously, he has also asked the Jaemtland county administrative board to send him documents justifying its 1986 decision to declare the Lake Storsjoen Monster an "endangered species" in the first place.
As you laugh, remember that in the U. S., hundreds of obscure weeds, bugs, and critters--whose genetic and biological distinctiveness is often just as mythical--have been granted "endangered species" protection. Note also that these fanciful designations come at a steep cost: the annual price tag simply to enforce the federal Endangered Species Act is a whopping $3 billion, billed to you, the taxpayers. Yes, we may chuckle at imaginary endangered lake serpents; but that price tag--plus the many horror stories stemming from laws that pit the well-being of people against that of "endangered species"--are no laughing matter. [Posted 5/10/04]

http://www.econot.com/page3.html

Transporte individual

Encontrei um estudo americano que comenta a eficiência do transporte individual sobre o coletivo. E aqui um comentário do site EcoNot:
Mass transit = death by environmentalism--
Environmentalists hate the automobile, deeming it one of the greatest of Man's assaults upon Mother Earth. And qua socialists, 'viros also hate the automobile because it is a symbol and means of Man's individuality and independence, allowing each of us to travel wherever he wants to, whenever he wants to. Small wonder, then, that the greens yearn to pack all of us into crowded, government-run cattle cars, hauling us en masse to destinations chosen by central planners. To advance their collectivist vision of people-moving, environmentalists make glowing claims about the relative eco-friendliness and safety of public transportation--buses and light rail trains--compared to the alleged "energy inefficiency" and "danger" of private automobiles. The only problem with these claims is that they are totally false. The Independence Institute has just released a study of the matter titled "Great Rail Disasters," based on the federal government's own safety and energy efficiency statistics. "Turns out overall that buses are much, much safer than light rail, and cars even safer than buses," concludes Institute president Jon Caldara. "Here are the boring stats for fatalities nationally, per billion passenger miles, from the National Transit Data Base: 3.9 for urban interstate highways, 4.3 for transit buses, 11.3 for commuter rail and 14.8 for light rail." As for energy efficiency: "Energy consumption is measured by BTUs (British Thermal Units) per passenger mile. Here are those boring stats nationally: 3,500 for passenger cars, 4,800 for buses and 4,100 for light rail." So, a word to environmentalists: If you want to waste more energy and kill more commuters, then by all means continue to force people out of their private cars and into public transportation. But while doing so, please don't pretend that noble motives and rational considerations underlie your deadly efforts. [Posted 2/25/04]
E aqui vai o arquivo do estudo citado:
Para conhecer um autor brasileiro que estuda o mesmo assunto:

Wednesday, September 05, 2007

A religião dos ateus urbanos

http://jewishworldreview.com/0307/blankley030707.php3




Jewish World Review March 7, 2007 / 17 Adar, 5767
Al Gore's remission of sin
By Tony Blankley


http://www.jewishworldreview.com/ Some neuro-scientists see evidence that man is genetically hard-wired to be disposed to religious conviction. If this is so, it might explain why amongst even the French — the most secular culture on Earth — only 25 percent claim to be atheists, and a full 60 percent believe in a spiritual component to life. It might also explain why the environmental movement tends to veer toward a religious, rather than a scientific, sensibility.


This oft-observed aspect to environmentalism in general, and global warmingism in particular, has been shrewdly analyzed in a new book, "The Future of Everything: The Science of Prediction," by former University College London professor Dr. David Orrell. Among other things, Dr. Orrell focuses on the similarity between global warming advocates' powerful predictive urge and the inherent prophetic nature of the religious instinct.


While I suspect that most global warming alarmists would be offended if they were called pagan neo-animists, in fact, some leading religious scholars have written cogently on the point. For example, Graham Harvey, professor of religious studies at King Alfred's College, England, has written two approving books on the topic: "Contemporary Paganism: Listening People, Speaking Earth," (New York University Press) and "Animism: Respecting the Living World." (Columbia University Press).


As Professor Graham writes: "This new use of the term animism applies to the religious worldviews and lifeways of communities and cultures for which it is important to inculcate and enhance appropriate ways to live respectfully within the wider community of [non-human animate and inanimate] persons."


Moreover, there has been a conscious awareness that religious fervor would be needed to energize the environmental movement. As Joseph Brean points out in his recent National Post review of Dr. Orrell's book:


"Forty years ago, shortly after Rachel Carson launched modern environmentalism … a Princeton history professor named Lynn White wrote a seminal essay called the Historical Roots of our Ecological Crises: 'By destroying pagan animism, Christianity made it possible to exploit nature in a mood of indifference to the feelings of natural objects. Since the roots of our trouble are so largely religious, the remedy must also be essentially religious, whether we call it that or not.' It was a prescient claim. In a 2003 speech … Michael Crichton … closed the circle, calling modern environmentalism 'the religion of choice for urban atheists … a perfect 21st Century re-mapping of traditional JudeoChristian beliefs and myths."


Now, there is nothing wrong, and a lot right, with the human instinct to try to understand man within a larger transcendental context. The arrogant and monstrously dilated individual human ego is the direct cause of much of mankind's suffering throughout our benighted existence.


And while I have my own religious thoughts, I will not disdain any man's search for the transcendent. But a religion should be understood by both its adherents and others for what it is — a religion. The trouble with global warming believers is that probably most of them delude themselves into thinking they are practicing science — not religion.


And yet, the signs of religiousness are readily to be seen. Al Gore and his Hollywood coterie have almost comically manifested one aspect of their new religion in the last few weeks — the sense of sin and the search for remission of such sin.


At the Academy Awards last month, their spokesman proudly announced that this year's show was "the first green Oscars." These vast consumers of energy — in their 30,000-sqare-foot houses, their Gulfstream jets and even in their high-energy consumption film production process — claimed green remission of sin by virtue of driving the last hundred yards to the Kodak Theatre in Priuses and by buying carbon credits.


Likewise, when Al Gore was revealed to be using high quantities of energy to heat and cool his large home, he claimed it was OK because he had purchased carbon offset credits. Substantively, these offsets are of dubious environmental value (see Daily Telegraph article: "Is Carbon Offsetting a Con"; BBC's "U.K. to Tackle Bogus Carbon Schemes"; Wall St. Journal's "The Political and Business Self-interest Behind Carbon Limits.")


But as, what the Catholic Church calls "indulgentia a culpa et a poena" (release from guilt and from punishment), paying carbon offset fees makes perfect religious sense. The Christian sinner pays the church for "a remission of the temporal punishment due, in G-d's justice, to sin that has been forgiven, which remission is granted by the church in the exercise of the powers of the keys, through the application of the superabundant merits of Christ and of the saints, and for some just and reasonable motive." (Catholic Encyclopedia)


In the animistic church, any using or changing of the physical world (such as burning carbon) is a sin against the sacred, holistic, living world (the Gaia hypothesis). But as everyone uses energy (just as every Christian sins), the neo-animist church, too, must provide for a remission of sin (and also, a handy source of profit for the carbon-offset company owners — such as Al Gore who, according to news reports, pays his indulgences to Generation Investment Management, of which he is the chairman.)


In the neo-animist church of global warming — as in all religions — the truth is acquired by faith — not science. And as in all religions, the faithful should be on guard for charlatans.


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Tony Blankley is editorial page editor of The Washington Times. Comment by clicking
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(I)logística

Dá pra acreditar? Dois portos, um de frente para o outro, no mesmo município? Isto é que é logística tupiniquim!!!


www.polibiobraga.com.br -
Porto Alegre, quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Empresários pedem que governo não atrapalhe transporte hidroviário

Um dos repórteres desta página anotou esta fala do presidente da ABTP, Wilen Manteli, ao falar nesta segunda-feira do Seminário Dia da Navegação, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha:
- O transporte hidroviário gaúcho receberá grande incremento com a decisão da Aracruz de instalar terminas fluviais em Rio Pardo e Cachoeira do Sul”.
A Aracruz, que já tem fábrica de celulose e papel em Guaíba, RS, investirá mais US$ 1,2 bilhão no Estado. StoraEnso e VCP, com investimentos parecidos já programados para a mesma área, usarão menos os rios, mas a VCP pretende botar dinheiro grosso na Lagoa dos Patos, do outro lado de Rio Grande, em São José do Norte, pelo menos enquanto não sair o túnel ligando as duas cidades.
Wilen Manteli aproveitou para se queixar do governo gaúcho (ele não estava se referindo a ninguém em especial, mas ao conjunto da obra. "Somente no governo Rigotto tivemos três secretários de Transportes, o que atesta a falta de continuidade de projetos". Manteli disse ainda que o uso das hidrovias no Estado servirá de indutor de desenvolvimento dos municípios localizados ao longo dos rios navegáveis. "Trata-se de um fator de desenvolvimento que tem sido negligenciado ao longo dos anos", avisou.
Aliás, o presidente da ABTP, Wilen Mandeli, está montando uma comitiva de empresários peso-pesados para ir à governadora Yeda Crusius reivindicar a gestão compartilhada, entre os setores público e privado, do Porto do Rio Grande. "Sem essa medida, vamos continuar à mercê da burocracia e do adiamento de importantes investimentos", adverte o dirigente. Falta planejamento e ação.
O presidente da ABTP está forrado de razão. Vale a pena lembrar que a decisão da Aracruz de construir um terminal fluvial em Cachoeira do Sul, por exemplo, criará uma situação sui generis no Brasil: será o único município brasileiro a ter dois portos independentes, um em frente ao outro.
Uma bagunça.. O terminal já existente foi construído pelo Estado em 1993. A obra foi ordenada pelo então secretário dos Transportes, Matheus Schmidt. Não houve estudos prévios de demanda de cargas para movimentar o terminal.
Nunca será usado pela Aracruz, cuja área de florestamento fica na margem oposta.

América Latina al Día



América Latina parece que não tem jeito mesmo...Enquanto países membros tentam integrar um bloco econômico composto por países extremamente competitivos, os asiáticos, o México cria mais um imposto reduzindo assim a capacidade de competividade interna.







Edición 626
Miércoles 5 de septiembre, 2007


El próximo 8 y 9 de septiembre, las 21 economías que integran el Foro de Cooperación Económica Asia-Pacífico decidirán la incorporación de nuevos socios, entre los que se cuentan algunas naciones latinoamericanas. La lista incluye a Colombia, Ecuador, Costa Rica y Panamá.Leer Artículo

México:
PAN propone impuesto adicional a combustibles
El Partido de Acción Nacional presentó una iniciativa en la Cámara de Diputados que busca aplicar un nuevo gravamen de 5,5% a las gasolinas y diésel a contar de 2008.Leer Artículo

México:
Las compañías mexicana y noruega firmaron un convenio de cooperación en investigación energética, desarrollo científico y tecnológico.


Mundo:
Ambos países señalaron que la firma del Tratado de Libre Comercio se realizará dentro de los próximos meses.
Artigo: Rui Nogueira Mata atlântica, mico-leão, eucalipto, transgênico
Articulista diz que não há vantagem em deixar monoculturas nas mãos das transnacionais "voltadas para o lucro, indiferentes ao meio ambiente e à humanidade".
»»» Tolice nacionalista-protecionista. Por acaso, o extrativismo nacional é menos predatório? As técnicas adotadas de exploração dos recursos naturais pelos próprios brasileiros, tais como a famosa "coivara" não são altamente degradantes? A questão da origem do empreendimento suplanta a forma de regulação da atividade e a transparência da empresa?

APEC deve ter discussões acaloradas em torno das mudanças climáticas
Os líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico se reúnem no próximo final de semana.
Brasil está pessimista com reunião ambiental proposta por Bush
O encontro de Washington pode abrir as portas para que os EUA participem de um acordo global.
»»» Qualquer discussão, só a discussão vejam bem, proposta por países asiáticos que compõem maioria da APEC parece ter crédito. Mas, se a mesma for proposta pelos EUA, não vale nada. Isto é o que se conclui das manchetes acima.


Ministros propõem mudança urgente no sistema de governança ambiental
Também foi decidido que é necessária a implementação efetiva dos acordos multilaterais, que é preciso haver transferência de tecnologias entre os países e aporte de recursos adicionais para as estruturas que lidam com o meio ambiente hoje.

»»» Tecnologia não é gratuíta e "aporte de recursos" sem nenhuma garantia de sua aplicação significa investimento à fundo perdido.

Índios da reserva Raposa Serra do Sol levarão carta-compromisso ao presidente da Funai
Representações indígenas das cinco etnias que vivem na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, não querem mais se envolver nos conflitos pela retirada dos não-índios que ainda permanecem no local.
Funcionários da Funai e índios sofrem ameaças em cidade de onde ativistas foram expulsos
Segundo o chefe da Funai em Juína (MT), Antônio Ferreira de Aquino, a sede do órgão foi invadia por fazendeiros contrários à ampliação das terras indígenas.
Procurador pedirá investigação da Polícia Federal sobre expulsão de ativistas de Juína/MT
O incidente em Juína teria sido articulado por um grupo de fazendeiros locais, contando com a participação de autoridades locais contrárias à ampliação da terra indígena dos Enawene-Nawe.

»»» E a investigação sobre a expansão de reservas em terras cujo valor foi adicionado produtivamente? Não vale à pena investigar nada?

Este é o "Brasil Profundo" ou o que se encontra bem na superfície? A corrupção come solta, o ministro da fazenda diz que o imposto da CPMF é "gasto social" e uma quantia similar destinada às ONGs não tem fiscalização e não passa por investigação nenhuma.
a.h
Porto Alegre, 5 de setembro de 2007 - Videversus nº 790
PROMOTORIA APONTA DESVIO DE VERBAS EM METADE DAS PREFEITURAS DE TOCANTINS
Cerca de metade das prefeituras do Tocantins está envolvida em um esquema de desvio de verbas por meio da compra de notas fiscais frias, segundo acusação do Ministério Público do Estado. Uma quadrilha fabricava e vendia notas falsas a integrantes de administrações municipais interessados em adulterar relatórios de gastos encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado, segundo a Promotoria. O dinheiro atribuído nos balancetes a despesas das prefeituras era embolsado pelos participantes da fraude. Pelo menos cinco ex-prefeitos já foram denunciados pelo Ministério Público. O esquema funcionou entre 2001 e 2004 e foi identificado em 65 cidades, segundo um promotor. Na maior parte dos municípios em que foi detectada, a negociação envolvia prefeitos e secretários da Fazenda, de acordo com a Promotoria. Os promotores do Tocantins dizem acreditar que o esquema também tenha atingido cidades de Mato Grosso e do Pará.
MANTEGA QUER REFORMA TRIBUTÁRIA E VINCULA CPMF COM GASTO SOCIAL
O fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) só será discutida pelo governo após a reforma tributária, que ainda não está pronta, começar a surtir efeitos. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), é "temerário" fixar uma data para se fazer essa mudança na tributação. "A ocasião de melhorar o sistema tributário é a reforma tributária. Ao fazermos isso, já vamos modernizar o sistema tributário e simplificá-lo. Vai ter arrecadação adicional aos Estados com redução da informalidade. Então é o momento de analisar a mudança da CPMF", afirmou Mantega, após ouvir os questionamentos do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) sobre a CPMF. Segundo ele, a reforma tributária começará a produzir efeitos dois ou três anos após a sua implementação. Na avaliação do ministro, essa reforma trará como resultados positivos a redução da sonegação e o aumento de arrecadação. Dessa forma seria possível abrir mão dos recursos da CPMF (previsão de R$ 35,5 bilhões neste ano). Para Mantega, a prorrogação da CPMF é necessária para garantir o financiamento da saúde e de programas sociais. Sem os recursos do tributo, ele afirmou que o alcance desses programas será reduzido, assim como a economia para o pagamento de juros, o chamado superávit primário. "Seria trágico para o País o fim da CPMF. Seria uma sinalização de que o desequilÍbrio fiscal poderia ser cometido. A confiança no País seria reduzida. Significaria taxa de juros mais altas”, falou Guido Mantega, fazendo terrorismo explícito sobre o Congresso Nacional. Quatro ministros participaram da audiência: além de Guido Mantega (Fazenda), José Gomes Temporão (Saúde), Luiz Marinho (Previdência Social) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).
SENADO ADIA MAIS UMA VEZ A CRIAÇÃO DA CPI DAS ONGs
O Senado Federal adiou mais uma vez, nesta terça-feira, a instalação da CPI das ONGs. Desde o final do ano passado, a oposição insiste na instalação da comissão, mas a base aliada do governo vem conseguindo adiar a sua criação. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), autor do pedido de instalação da CPI, acusou os governistas de manobrarem para impedir que a comissão investigue irregularidades do governo Lula: "Existe um mistério que ainda não conseguimos desvendar. Estamos na Câmara alta do País, estamos com um assunto que a Nação toda quer saber, é um ralo de mais de R$ 30 bilhões nos cofres públicos da nação, e está se levando com a barriga este assunto desde o ano passado". Heráclito Fortes anunciou que a oposição vai obstruir as votações do plenário do Senado enquanto a CPI não for instalada. O DEM e o PSDB já vêm obstruindo as votações na Casa desde que as denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vieram à tona. "Quero dizer que vou contar com a compreensão do líder do meu partido, mas a partir de agora, não se votará nada, desde que mais dois ou três companheiros contribuam para isso, enquanto não se definir a questão da instalação da CPI das ONGs nesta Casa. É uma desmoralização para todos nós”. O líder do DEM no Senado Federal, senador José Agripino (RN), disse que o partido vai acatar o pedido de Heráclito: "Só temos uma maneira de conseguir essa instalação, obstruir os trabalhos em busca de um entendimento com a base aliada".

Tuesday, September 04, 2007



Terça-feira, 4 de Setembro de 2007

Projeto Portais da Cidade desperta interesse internacional


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) encerrou a etapa de manifestação de interesse de consultorias para a prestação de serviços na cooperação técnica firmada com a prefeitura de Porto Alegre, no valor de 500 mil dólares, visando o desenvolvimento do projeto “Portais da Cidade”. Nove empresas ou consórcios, representando cinco países, enviaram manifestação: Asesores de Infraestrutucras, Getinsa e Taryet (Espanha); Asssessoria para Projetos Especiais (Brasil); Ayesa (Espanha); CPCS Transport Limited (Canadá); Ingenieros Economsitas Planificadores (Argentina); Logit, SDG, MMMSO, LCA Consultoria, JGP Consultoria e Participações (Brasil); Magna Engenharia, Ineco, STE (Brasil); Nathan Associates, SisTran Engenharia (EUA); PricewaterhouseCoopers, Albino Advogados Associados (Estados Unidos). Seis farão parte da chamada lista curta e deverão apresentar uma proposta detalhada para a execução do trabalho. A consultoria a ser contratada pelo BID deverá executar as seguintes tarefas: fortalecimento institucional e suporte à consolidação da unidade de Parcerias Público-Privadas (PPP) da prefeitura; estruturação do fundo garantidor para a PPP; realização de estudos técnicos e econômicos de viabilidade para a modelagem financeira e legal do projeto, incluindo também uma avaliação global de riscos; análise dos impactos ambientais e avaliação da possibilidade de o projeto obter créditos de carbono pelas reduções de CO2. O projeto Portais da Cidade prevê que os ônibus procedentes dos bairros farão a transferência integrada nos três portais para veículos articulados, que circularão por 18 pontos da região central, unindo os Portais por meio dessa linha exclusiva. Nos horários de pico, a circulação será a cada 1min30 e nos outros horários em até 4 minutos. No sistema integrado, os passageiros pagarão uma única passagem pelo sistema de bilhetagem eletrônica. O objetivo é reduzir o número de veículos em circulação no centro, sem prejuízo para o deslocamento dos passageiros, contribuindo para a revitalização do bairro. Hoje, o transporte público em Porto Alegre atende mais de um milhão de passageiros em 33 mil viagens diárias ao centro, mas apenas 30% dos usuários tem como destino final a região central.

http://poncheverde.blogspot.com/

Vaticano se redime

... das emissões de carbono.


Terça-feira, 4 de Setembro de 2007

Vaticano vai plantar floresta na Hungria para compensar suas emissões de carbono



O Vaticano já aceitou a oferta de uma companhia húngara, a Klimafa, para plantar 15 hectares de floresta em uma área deserta perto do rio Tizsa, na Hungria. O lugar será chamado de Floresta Climática do Vaticano. Com a medida, o Vaticano pretende se tornar o primeiro Estado nacional a neutralizar suas emissões de gases poluentes. O papa Bento 16 tem falado com freqüência de temas ecológicos e tem defendido que existe um dever moral de ajudar a salvar a criação divina.

Edição N° 2407 - 04/09/2007
[O que se conclui disto? Que para evitar a extinção das espécies convém "privatizar" os recursos naturais, dos quais animais fazem parte, uma vez que o javali, assim como outros animais, estaria extinto se não fosse domesticado...]



Porto Alegre, 4 de setembro de 2007 - Videversus nº 789


PREFEITURA DE BELO HORIZONTE FAZ UMA LICITAÇÃO DO LIXO COM CARTA MARCADA
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Damata Pimentel (PT), tem todos os motivos do mundo para ficar preocupado: na manhã desta terça-feira, o administrador de empresas gaúcho Enio Noronha Raffin, dono do site Máfia do Lixo (www.mafiadolixo.adm.br), terá um encontro com a Procuradora-Geral do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Ele vai denunciar a enorme fraude que se constitui no processo de licitação aberto pela prefeitura da capital mineira para concessão dos serviços de limpeza por meio de uma PPP (Parceria Público Privada), que tem abertura dos envelopes marcada para o dia 3 de outubro.

LICITAÇÃO DO LIXO EM BELO HORIZONTE É FEITA PARA A QUEIROZ GALVÃO
A coisa é tão escandalosa que a licitação já tem vencedor: trata-se da empresa Queiroz Galvão, uma das mais fortes componentes do cartel do lixo atuante no Brasil, que mapeou e divide entre si os contratos de limpeza das 700 maiores cidades brasileiras, com mais de 40 mil habitantes. A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas (SMURBE), no processo administrativo nº 01.089205.07.10 está promovendo um “Credenciamento” visando à contratação de Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade Concessão Administrativa, para a prestação do serviço público de “disposição final em aterro sanitário e tratamento dos resíduos sólidos” provenientes da limpeza urbana do Município de Belo Horizonte, envolvendo o prazo contratual de 25 anos, e o valor de R$ 444.960.000,00 (quatrocentos e quarenta e quatro milhões e novecentos e sessenta mil reais). Ou seja, o valor inicial do contrato, sem aditamentos, sem correções, é de quase meio bilhão de reais. A data de entrega e abertura da documentação do processo de credenciamento ocorrerá em 3 de outubro de 2007, quarta-feira, às 9 horas, na Avenida do Contorno, nº 5454, 9º andar.

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE DEIXOU ESGOTAR SEU ATERRO PARA JUSTIFICAR ENTREGA PARA EMPRESA PRIVADA
O órgão responsável pela área de limpeza urbana em Belo Horizonte é a SLU - Superintendência de Limpeza Urbana. O município de Belo Horizonte possui, para destino final de seus resíduos domiciliares urbanos, o aterro sanitário denominado “Central de Tratamento de Resíduos Sólidos” da BR-040, que ocupa uma área de 145 hectares. Os resíduos sólidos de Belo Horizonte destinados para lá são os seguintes: a) resíduos sólidos provenientes da coleta domiciliar; b) resíduos sólidos provenientes da coleta comercial, denominada por coleta especial; c) entulho da construção civil; d) resíduos provenientes da limpeza de vias e logradouros públicos; e) terra. Considerando 309 dias por ano, em 2007, o município de Belo Horizonte produz cerca de 3.116 toneladas de resíduos sólidos (conforme está explicitado no edital). Ora, é de conhecimento público que o aterro sanitário do município de Belo Horizonte está com sua capacidade parcialmente esgotada. Qualquer adolescente com pouca informação sabe que, ao ser concebido o projeto de um aterro sanitário para o destino final dos resíduos sólidos urbanos de uma cidade, já se conhece a vida útil do empreendimento. A prefeitura de Belo Horizonte tem o Departamento de Tratamento e Disposição de Resíduos (DP-TDR) como responsável pelo aterro sanitário denominado BR-040, localizado no quilômetro 531, Bairro jardim Filadélfia.

PREFEITO FERNANDO DAMATA PIMENTEL PODE SER CONDENADO POR CRIME DE DESÍDIA
A administração do prefeito Fernando Damata Pimentel está cansada de saber que esse empreendimento está com seus dias contados. Ora, o prefeito petista, para não incorrer no risco de ser processado por improbidade administrativa, deveria ter se preocupado em tomar providências para que não haja a descontinuidade dos serviços considerados essenciais (lixo é um dos serviços essenciais). Para isso, deveria ter previsto antecipadamente o término da vida útil do Aterro Sanitário da BR-040 e realizado todas as ações necessárias para que a capital mineira tenha um local apropriado tenha o local apropriado para o destino final de seus resíduos sólidos urbanos (lixo). Mas, não ocorreu nada disso. O nome para essa situação é incúria, desídia. É crime. Acontece um crime quando a autoridade pública (o prefeito) deixa de tomar as providências legais para concretizar atos administrativos imperiosos e indispensáveis. O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul já decidiu sobre isso, quando condenou o ex-imperador do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) da prefeitura de Porto Alegre, Darci Barnech Campani, que ocupou a direção do órgão durante 13 dos 16 anos do império petista na capital gaúcha. Ele foi condenado a devolver um milhão de reais aos cofres da prefeitura. De maneira criminosa, mas previsível (assim como aconteceu em outras cidades dominadas pelo partido), a administração petista em Belo Horizonte deixou de considerar a “vida útil” do Aterro Sanitário da BR-040 e não tomou as providências para implantar um novo empreendimento. Mas, claro, isso faz parte do jogo. O negócio consiste exatamente nisso (o que já foi descoberto e desmascarado pelo Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, pelos competentes procuradores Cezar Miola e Geraldo Costa da Camino): deixar vencer os prazos. Quando nada mais é possível fazer pela administração pública, então se lança uma concorrência pública que atende exatamente ao “modelito concorrencial” proposto pelo Cartel do Lixo. Consiste em a prefeitura fazer uma concessão dos seus serviços (como em São Paulo, na administração Marta Suplicy, uma megalicitação para a concessão de 20 anos mais 20, no valor mínimo de 30 bilhões de reais, que foi a ultracorrupta de todas as licitações de lixo no País até hoje), e mais recentemente, apela-se ao uso das PPPs.

CONCESSÃO OU PPP, TRAVESTI PARA SIMPLES CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS NO LIXO COM PRAZOS ALONGADOS
Na verdade, uma ou outra, são travestis de simples contratações para prestações de serviços, que tentam elidir a Lei das Licitações. Assim, o lixo de Belo Horizonte, que ia para um aterro da própria prefeitura, agora irá para a iniciativa privada, que vai ganhar com ele, e ganhar muito. Desde o mês passado a prefeitura de Belo Horizonte já está destinando os resíduos sólidos urbanos (lixo caseiro e outros) para um aterro sanitário privado, implantado no município de Sabará , distante a 20 quilômetros da capital mineira. De quem é esse aterro sanitário? Bidu..... Ganha uma viagem para Taubaté, para tomar chá com a Velhinha de Taubaté, quem disse que pertenceu à empresa Vital Engenharia Ambiental. E a quem pertence a empresa Vital Engenharia Ambiental? Ora, ganha o direito de almoçar com a Velhinha Taubaté quem disse: Grupo Queiroz Galvão. E por que isto é importante? Ora, por uma razão muito simples: o prefeito Fernando Damata Pimentel mandou confeccionar um edital para direcionar o contrato para a empresa Queiroz Galvão. De que forma? Simples, o edital da concorrência diz que o concorrente para vencer a licitação precisa ter aterro sanitário próprio em distância de até 20 quilômetros de Belo Horizonte. Ora, quem tem aterro sanitário a 20 quilômetros? A Queiroz Galvão..... Por que o prefeito petista Fernando Damata Pimentel, quando constatou que o aterro sanitário da prefeitura de Belo Horizonte não comportava receber mais lixo, não contratou outros aterros existentes na periferia de Belo Horizonte? A razão é evidente, é que já fazia parte do plano para entregar a concessão da destinação final do lixo da capital mineira para a Queiroz Galvão.

PREFEITO FERNANDO DAMATA PIMENTEL TEM AS MÃOS CHEIAS DE DINHEIRO DO LIXO
Agora, se alguém pensa que o prefeito Fernando Damata Pimentel é um anjinho, não se engane. Ele tem as mãos sujas de lixo, e não é de agora. A sua campanha eleitoral de 2004 teve o patrocínio de grandes empresas lixeiras, importantes membros do cartel do lixo. A empresa Consita Ltda (CNPJ nº 16565111000185) financiou a campanha eleitoral de Fernando Damata Pimentel (PT), com uma primeira doação ocorrida na data de 03/09/2004, no valor de R$ 243.000,00 por meio do cheque nº. 010131872; a segunda doação ocorreu no dia 01/10/2004, no valor de R$ 257.000,00 através do cheque nº 010131962. Os dados estão na prestação de contas do próprio candidato Fernando Damata Pimentel, no Tribunal Superior Eleitoral. E, na época da campanha, a Consita tinha contrato com a prefeitura de Belo Horizonte, comandada pelo PT. Mas, tem mais dinheiro do lixo nas mãos do prefeito Fernando Damata Pimentel. O Grupo Camargo Correa, por meio de suas empresas Construções e Com. Camargo Correa e Camargo Correa Equip. Sist. SA, financiou a campanha eleitoral do candidato Fernando Damata Pimentel (PT), em 2004. A primeira empresa doou na data de 21/09/2004 o valor de R$ 100.000,00 por meio do cheque nº 010131947, e a segunda empresa na data de 26/10/2004 fez a doação de outros R$ 100.000,00 por meio do cheque nº 010131987. A Camargo Correa, para quem não sabe, é dona da Cavo Serviços e Meio Ambiente S/A, o seu braço no lixo. A Camargo Correa (Cavo) é outra das importantes líderes do cartel do lixo no Brasil. Com todo esse dinheiro recebido das empresas de lixo, pode-se dizer com toda segurança que o prefeito petista Fernando Damata Pimentel é o queridinho do lixo, é o amorzinho das empresas cartelistas do lixo mineiro e brasileiro. E o prazo de 25 anos indicado no processo concorrencial que abriu na prefeitura de Belo Horizonte indica que ele pretende condenar a popular da capital mineira a pagar pelo próximo quarto de século à iniciativa privada para receber o seu lixo, a custos sempre exorbitantes e sem controle (nunca esquecer, quem forma os preços no Páis inteiro é o cartel). Coitados dos mineiros que moram em Belo Horizonte. Da Câmara Municipal não devem esperar nenhuma proteção, porque todos os vereadores parecer em estar devidamente “convencidos”. A única esperança dos moradores da bela cidade onde Oscar Niemayer planta a lindíssima igreja da Pampulha parece ser o Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas de Minas Gerais. O que é esperado do Tribunal de Contas é que anule essa licitação, porque o edital publicado é uma tremenda fraude ao direito concorrencial. É uma licitação típica da chamada “carta marcada”.

Monday, September 03, 2007

América Latina al Día







Edición 625
Martes 4 de septiembre, 2007


Asía-Pacífico:
Entra en vigencia acuerdo comercial entre Chile y Japón
Ambas naciones promulgaron el convenio de Asociación Económica Estratégica que convertirá a Chile en el mayor socio comercial del país asiático en Sudamérica. La iniciativa establece una reducción gradual de las tarifas arancelarias que finalizará en un plazo de 10 años.
Leer Artículo

Michelle Bachelet, presidente de Chile y Shinzo Abe, Primer Ministro de Japón
América del Sur:
Petrobras inicia proyectos en Brasil y Colombia
La estatal petrolera brasileña anunció que este mes comenzará a producir crudo en Piranema, al noreste del país. Además, la empresa construirá dos refinerías en la región de Pernambuco y comenzará la exploración de campos de crudo en Colombia.
AmCen:
Los trabajos en el paso interoceánico consisten en la excavación de un nuevo tramo y la construcción de otra compuerta.

São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007


A subnotificação das estatísticas oficiais de mortes no trânsito indica que a insegurança viária é um problema mais grave do que muitos imaginam.


"A morte de 35 mil por ano já seria inconcebível, uma barbárie. A sociedade está pagando por não dar a devida atenção a ações preventivas e educativas. O acidente de trânsito é evitável, não é um desastre natural", afirma Ailton Brasiliense, que esteve na presidência do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), no começo do primeiro mandato de Lula.


Um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado em 2004 apontava que países da África tinham média de 28,3 mortos por cem mil habitantes, contra a marca de 11 de países desenvolvidos da Europa -e de 18,7 no Brasil, conforme os registros oficiais, sem considerar as subnotificações.


Um dos motivos para as diferenças estatísticas entre os registros oficiais e os do DPVAT é que estes embutem também vítimas que morreram meses ou anos depois de um acidente viário, e não só no local ou após dias ou semanas de internação.


Isso porque a reivindicação do pagamento não precisa ser no mesmo ano do acidente.


Além disso, a prescrição para pedir as indenizações, que atingia até 20 anos, passou a três anos em janeiro de 2003 -e, em muitos casos, os prazos se esgotaram nos últimos anos, quando houve também divulgação maior do seguro. (AI)

Eco – ideologia e suas contradições







Fábio Medina Osório*




As organizações não governamentais (ONGs) têm fundamental importância na representação do terceiro setor, que ocupa espaços públicos não estatais e movimenta a economia global de forma intensa. Em países desenvolvidos como o Japão, ou os Estados Unidos, movimenta de 3,2% e 6,3%, dos PIBs, respectivamente, segundo pesquisa da Johns Hopkins University. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta 1,4% do PIB, equivalente a R$ 32 bilhões. Muitas ONGs, em nosso país, sobrevivem com incentivos públicos e estão aparelhadas pelo Governo, atuando contaminadas por interesses e ideologias. Algumas atuam também em nome de terceiros, que não podem aparecer, além de servirem a propósitos políticos subalternos, quando não ao crime organizado. Há numerosos organismos financiados com dinheiro público que, rigorosamente, não integram o terceiro setor, mas o Estado, que sobrevivam à sua sombra.


Tais distorções, que não são novas, devem ser denunciadas e combatidas. Daí por que, na Constituição de 1988 (clique aqui), o Ministério Público – Estado que fiscaliza o Estado – recebeu atribuições e garantias no direito comparado, não se deixando substituir por ONGs. A instituição, nos planos estaduais e federal, atua com independência e poderes para defesa do meio ambiente urbano e natural. Esses poderes são mais amplos nas questões de defesa do meio ambiente, porque incluem toda a fase investigatória, com o inquérito civil e investigação criminal. Ademais, pressupõe níveis avançados de imparcialidade e sofisticação técnica.

Todavia, tanto as ONGs quanto o Ministério Público padecem, não raramente, da eco-ideologia e suas contradições. Promotores de Justiça e Procuradores da República nem sempre estão preparados para compreender os direitos fundamentais envolvidos no processo social e se deixam alimentar e influenciar por concepções eco-ideológicas. A eco-ideologia é a exacerbação de sentimentos e pré-julgamentos em favor da preservação absoluta da natureza e meio ambiente como um todo, em detrimento do progresso material ou social, sob o argumento de que existiriam alternativas melhores para esse progresso.
O desenvolvimento sustentável há de compatibilizar direitos fundamentais aparentemente contrapostos, como o direito ao meio ambiente equilibrado, pleno emprego ou à erradicação da pobreza, direitos que se associam a grandes empreendimentos potencialmente impactantes. O impacto é uma decorrência lógica do processo civilizatório, já que não é possível avançar, criando empregos, distribuindo rendas, erradicando pobreza, sem o mínimo de dano. Resta saber em que medida e limites esse pode ocorrer. A agenda positiva do Brasil passa por esse questionamento.


O que não se pode aceitar é uma visão romântica de que o meio ambiente deve ser preservado a todo custo, como se houvesse um direito absoluto. A eco-ideologia, nesse contexto, é uma deformação da ciência. Sob o pretexto do princípio da precaução, não é raro ver "cientistas", muitas vezes militantes de ONGs ambientalistas, professarem "ciência" com base em crenças pessoais, sem alicerces probatórios ou evidências incontestáveis.
No direito positivo brasileiro, o princípio da precaução tem seu fundamento na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (lei n. 6.938, de 31/8/1981- clique aqui), artigo 4, I e IV, que expressa a necessidade do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a utilização racional dos recursos naturais, inserindo a avaliação do impacto ambiental. Salienta-se que o princípio foi incorporado no ordenamento jurídico, artigo 225, § 1o, V, da Constituição Federal, e também através da Lei de Crimes Ambientais (lei n°. 9.605/1998, art. 54, § 3o - clique aqui). A construção e o fortalecimento de um sólido sistema de proteção é medida que se impõe na atualidade, pois existem áreas francamente desprotegidas, como a Amazônia. Porém, não pode ocorrer a deformação operacional do princípio da precaução, porque, dessa forma, a sociedade ficaria condenada à paralisia e os empresários, em grande medida, transformados em "criminosos" ou "infratores". A preparação das autoridades é medida urgente: é necessário eleger prioridades, sob pena de os grandes transgressores restarem impunes (vide o caso da Amazônia) e boa parte do empresariado ficar paralisado. Essa contradição seria peculiar à Era da Eco-Ideologia, mas não seria compatível com um autêntico Estado de Direito Ambiental, que almeja o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e a proteção da natureza e de outros bens jurídico-ambientais.
_______________
*Advogado do escritório Medina Osório Advogados.
Terça-feira, 4 de setembro de 2007

2ª Guerra do Golfo - 2

Presidente fez viagem surpresa ao Iraque.

A possibilidade de sedimentação de um governo de coalizão em Bagdá é extremamente pequena. O que fazer? Manter a estratégia corrente? O que é mais cômodo, mas não configura uma saída detectável, tampouco um Norte a longo prazo. Ou um cancelamento gradativo? Estratégia endossada pelos democratas centristas e por um número crescente de republicanos. Se, por outro lado, a opção for um rápido e brusco aborto de operações, conseqüências fatais sobrevierão. Todas opções, no entanto, têm conseqüências negativas.


A continuação do atual estado de coisas, sem uma alteração de percurso parece ser a única alternativa que nega, taxativamente, algum insucesso. Como se quisesse provar que há "sucesso" na empreitada. Bush prevê reduzir tropas no Iraque se 'sucesso continuar' é a manchete da BBC. Interpreto-a como "apesar do insucesso, não podemos admitir como tal, sob risco de perdermos mais politicamente". Mas, sair rápido ou lentamente, sem assegurar alguma força em Bagdá significa deixar um vácuo que será, rapidamente, preenchida pelo Irã. O custo da presença americana é de cerca de 1.000 a 2.000 vidas de soldados ao ano, em média. Arcar com isto tem como efeito um outro custo... político. O maior número de forças em terras árabes significa também um enfraquecimento americano em outras regiões do globo. Ficar no Iraque para que milícias jihadistas não tenham chance de evoluir já corrobora a realidade de que há um processo em recrudescimento no país.


3/9/2007
Quando impera a bagunça
Destaques


Especialista em planejamento de transportes, o engenheiro e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ronaldo Balassiano acredita que o grande erro do sistema de transporte alternativo da cidade é a sua desregulamentação.
- Aqui o que o Estado fez foi legalizar as vans. Mas não existe regulamentação, como no caso dos ônibus, em que se sabe quantos veículos operam determinada linha, o quadro de horários de circulação dos ônibus.
Responsável pelo desenvolvimento de um sistema que monitora congestionamentos em tempo real, Balassiano diz que, apesar de contribuírem, não são as disputas entre vans e ônibus que complicam o trânsito da cidade. Segundo o pesquisador, os carros de passeio são, disparados, o grande nó a se resolver na cidade.
- Quando há um desequilíbrio entre a oferta de vans e a demanda de passageiros, complica, sim. Não é coerente eu ter uma van operando na Avenida Brasil, a não ser que os ônibus não dêem conta da demanda. O papel desses sistemas menores é alimentar os maiores. Mas na questão específica dos congestionamentos, o pivô é o carro de passeio mesmo - avalia.
Uma solução para integrar racionalmente as cerca de quase 40 mil vans em circulação no Rio à rede de transportes da cidade seria aprimorar as integrações modais, elogiadas por ele, entre ônibus, trem e metrô.
- É por aí que o governo tem de trabalhar - diz.
Para Ronaldo Balassiano, que cursa pós-doutorado na Universidade de Berkeley, na Califórnia, a questão do transporte alternativo é tão desorganizada que até iniciativas boas, segundo ele, como o uso de carros de passeio particulares para o transporte de passageiros, acabam caindo no redemoinho de irregularidades que atinge a cidade.
- Em São Francisco, na Califórnia, acontece muito esse tipo de carona. Principalmente, para atravessar uma ponte parecida com a Ponte Rio-Niterói. O motorista divide o pedágio com os outros. O transporte solidário é benéfico sim, mas tem sempre um esperto querendo ganhar vantagem e cobra passagem de quem entra no seu carro. Aí vira terra de ninguém - diz.

Por Jornal do Brasil