Em
The Loss of Independence, Patrick J. Buchanan se parece muito muito com líderes terceiro-mundistas e caudilhos populistas latino-americanos (
apud Vargas, Perón, Chávez e Morales), para os quais o livre-comércio e a mútua dependência comercial são uma forma de "dependência total".
Como se fosse possível (e desejável) em época de Globalização se tornar independente e auto-suficiente economicamente. Ele esquece que mesmo os EUA não são um estado, mas estados e que o comércio interno gera, necessariamente, uma dependência mútua.
Se os EUA são assim, internamente (e aposto que está aí uma das razões de seu sucesso), como querer que não induzam o mesmo para o mundo inteiro? A "dependência" não é unilateral, ela é uma "via de mão dupla". Ou seja, não ocorreria se não fosse benéfica para outros países, outras economias. Buchanan lamenta e diz que não há mais independência a comemorar. Ora, a dependência mútua criada economicamente é fruto da independência, autonomia e vontade dos cidadãos americanos na sua grossa maioria ao internacionalizarem suas economias. Seja a Coca-Cola, Hollywood, commodities várias, capitais nas bolsas de valores e tudo o mais... Não há "vítimas" de uma "Nova Ordem", mas conflitos que se produzem e reproduzem a partir de um jogo de interesses.
Normal e eterno.