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Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, November 26, 2005

O comum entre Islã e Brasil

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Neste fantástico texto, Reinaldo Azevedo expõe as chagas que ainda assolam a França e há muito apodrecem o Brasil, a saber: liberdade sem responsabilidade. Papo de velho conservador, sim e daí?
Qualquer um que estude o Liberalismo, Adam Smith e quetais, sabe que não se pode ter liberdade sem a mesma proporção de senso de responsabilidade. Todos têm que ser julgados pelos seus atos...
Aí, a extrema esquerda e a extrema direita, o socialismo e islamismo de um lado, o fascismo de outro mostram-se iguais nos efeitos, que é o que realmente importa, para além das ideologias. Um se beneficia do outro e, em sua luta interna, acabam com o equilíbrio democrático e o sentido de república.
a.h
"Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis.
O problema é liberdade sem responsabilidade".
Milton Friedman
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Por Reinaldo Azevedo

Ainda bem que o mundo avança malgrado o que dele dizem humanistas, pensadores, mídia, toda essa teia de gente bem intencionada que pretende só um futuro melhor para nós todos, mesmo que seja flertando com o crime ou a irresponsabilidade. Fico feliz que homens reacionários e perversos, alheios a essa verdadeira torrente de lágrimas que inunda as causas, empurrem a civilização. Ou estaríamos todos danados. Não tenham dúvida: deixássemos os países para ser governados por esses humanistas por uns seis meses, eles implementariam uma ordem fascista. Eliminariam a democracia em três tempos. Ainda estou meio enigmático, sei disso. Mas vou me explicando, fiquem certos.

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Primeiro tempo: a França

O jovem repórter penetrou na zona do perigo na França. Foi ver como vivem os imigrantes e filhos de imigrantes em Clichy-sus-Bois, uma das áreas rebeladas. O garoto que liderava aquela gangue em particular era filho de um imigrante de Gana. Ele mesmo é francês. Mas chama “franceses” os seus “inimigos”. Não se informou ao telespectador com o devido cuidado que eles têm casa de graça, escola de graça e hospital de graça. Os desempregados têm direito à assistência social e estão muito longe de ter um padrão de vida que lembre, ligeiramente que seja, os pobres do Brasil ou, anotem aí, os pobres dos Estados Unidos.

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A França é um dos países europeus mais generosos no trato com os imigrantes e na concessão de benefícios sociais. Tanto é assim que, como reação, existe uma forte extrema direita que combate ferozmente tais concessões, que custam caro — entenda-se este “forte”: na faixa dos 20% do eleitorado. Sempre esteve longe do poder. Quem sabe a “intifada” colabore para que chegue mais perto nas próximas eleições... Será a grande “contribuição” dos arruaceiros à democracia francesa.

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O repórter não quis saber de contradições, não. Milhões de espectadores brasileiros foram expostos às verdades daqueles “pobres garotos”, alguns deles saídos de um carro em ótimo estado. Todos visivelmente bem alimentados e educados. O prédio que receberam de graça para morar estava meio emporcalhado, é verdade. Eles reclamavam que o governo não ia lá fazer reformas. Por conta própria, aquela “pobre gente” não quer passar nem uma miserável mão de tinta na parede. Eles querem pichar. O governo que limpe. E o repórter lhes dá voz e dá a entender que a República francesa está em perigo. Que a integração é uma mentira, uma falácia. Os “líderes” da revolta só falaram porque não era uma TV nacional, que eles acusam de manipular o noticiário. Quando o jornalista se identificou como brasileiro, sentiram-se com gente amiga. Foram bem-sucedidos no seu intento.

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Não se disse — aliás, não se disse em lugar nenhum do mundo, nem na França — quanto é que essa gente custa à Assistência Social e quanto os benefícios de que gozam consomem de imposto. Também ninguém está interessado em estimar os prejuízos de quase 20 dias de rebelião. Pra quê? A reportagem é toda ela simpática à causa. Numa máquina de lavar, lia-se a “homenagem” a Nicolas Sarkozy, o ministro do Interior: “fdp”. A sigla serve em francês e em português. O jornalista lembrou que o ministro detestado pelos baderneiros é ele próprio filho de imigrantes. A ilação óbvia é que se comportava como um traidor da causa. Em vez de candidato à Presidência, entende-se, Sarkozy deveria estar botando fogo em automóveis. Nem uma miserável palavra sobre o fato de a maioria dos rebelados, não aqueles, ser adepta do islamismo.

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Da forma como foram tratados, não resta outro corolário: os pobres, os discriminados (ou os que se julgam pobres ou discriminados), se saírem botando fogo no país (ora, por que não o fazer também no Brasil, com mais “motivos”?), estarão apenas reivindicando justiça e respondendo à opressão. Até agora não se quis saber a real participação de filhos de imigrantes no establishment francês. Aposto meu braço direito que há mais pessoas oriundas desses grupos em posições de comando do que filho de camponeses. Mas e daí? Gostamos de rebelião, gostamos de revolta, gostamos que cada um tome à força aquilo que julga lhe fazer falta. João Pedro Stedile tem de fazer um curso com os líderes da intifada magrebina. Vamos ver como reage a “progressista” imprensa nativa. O “reacionário” aqui, como sabem, já disse o que pensa sobre tais métodos de “luta”.

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Segundo tempo: as jovens grávidas

Depois surgiu o doutor. O homem é um fenômeno de mídia e muito bom naquilo que faz. Mas está se tornando, também, perigosamente, um pensador, um guia moral. Mais do que isso, um verdadeiro moralista. E corre um bom risco de estar indo além das suas sandálias.

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A série tem um lado interessante, que remete à incúria do poder público. A distribuição gratuita de anticoncepcionais, uma das diretrizes do Ministério da Saúde, não está se dando a contento. Muito ao contrário. As pílulas não chegam às áreas mais pobres do país. Não estou necessariamente endossando que o Estado distribua o remédio. Se é uma política oficial, no entanto, que seja, então, cumprida. Até aí, vá lá.

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Mas depois vêm os dramas humanos, individuais, que exemplificam e justificam a causa, a teoria. Aparece lá a garota de 19 anos. Pobre, sim, mas, vê-se, não abestada. Está na terceira gravidez. Cada filho de um pai diferente. Sua irresponsabilidade sexual, sua moral lassa no que concerne à sexualidade, sua decisão de praticar o ato que ela sabe que leva à gravidez, tudo isso é atribuído à sua pobreza — pobres talvez tenham hormônios mais inquietos... — e à falência das políticas públicas de combate à reprodução irresponsável.

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Mesmo erro

Não sei se percebem: há um mesmo erro — politicamente correto, é claro — que torna a escória incendiária da França e as grávidas irresponsáveis do Brasil “vítimas do sistema”. Aqueles dizem que querem ser “ouvidos”. Com que pauta? Ninguém sabe. Reclamam do desemprego. Mas suas lideranças reivindicam também o direito de viver a sua “própria cultura” em oposição aos “franceses”. Ao universalismo da República, opõem o seu comunitarismo como um ato de resistência. No índice de 40% de seus desempregados, estão as mulheres, que não podem botar o nariz fora da porta, trabalhar fora tampouco, ainda que quisessem e houvesse emprego. Querem islamismo com ar refrigerado pago pelo Estado.

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No Brasil, fazer sexo de forma irresponsável tornou-se um “direito”, pelo qual não deve responder quem se deita com o outro e, como direi?, põe “aquilo naquilo”. Não, nada disso! É uma necessidade, uma imposição da natureza — e sei lá o que mais —, e o Estado é que tem de arcar com as conseqüências, fornecendo camisinha e pílula de graça. Como este Estado tem-se mostrado incompetente na sua ação, a gravidez indesejada só pode ser, ora essa!, culpa do governo! Mesmo quando, aos 19 anos, a mocinha constata a sua terceira (!) gravidez. Como na piada do Casseta & Planeta, chegará o dia em que a mulher ou o marido encontrará o parceiro na cama com outra pessoa e vai exclamar: “E o governo não toma providência!”.

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Nos dois casos, os humanistas de plantão expropriam os indivíduos de sua responsabilidade pessoal. Os incendiários da França não têm culpa de sair destruindo o país que lhes dá, sem custos, moradia, saúde e educação. Os brasileirinhos e brasileirinhas que saem por aí fazendo filhos também não podem responder por seus, quem sabe?, instintos. Podem até votar. Podem decidir sobre os destinos da nação. Mas não podem responder pelo momento em que tiram a calça.

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Não se tocou uma miserável vez na moral individual dos praticantes de sexo e fazedores de filho. Atenção: não estou pedindo o fim da distribuição de camisinhas. Que se distribuam. Não estou pedindo o fim da distribuição de pílulas. Que se distribuam. Pessoalmente, sou contra. Mas esse é outro problema. Que o governo siga a lei. Que o Estado leve a sério a sua política. Não haverá, no entanto, menos gravidez indesejada no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo até que os indivíduos não sejam chamados à sua responsabilidade. De que outras franquias da cidadania deveria estar desprovido um indivíduo que não pode nem mesmo fazer sexo sem que o Estado zele pelas conseqüências? Mais um pouco, vamos ter de criar a “Orgasmobrás”. Tenho algumas sugestões para o cargo...

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Eu, o reacionário

Claro, escrevo essas coisas porque sou reacionário. Os outros justificam incendiários na França ou expropriam indivíduos de sua responsabilidade até na hora de gozar porque são progressistas. Disso eu já sabia. Realmente, é detestável que eu suponha que uma pessoa de 19 anos, a caminho da terceira gravidez, seja, afinal de contas, dotada de alguma moralidade também — ou amoralidade, que seja. Como alguém pode ter tão perverso como sou?

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Tanto é que o programa mostrou um caso exemplar. Um casal — ela, 19; ele, 18 — que pratica sexo regularmente, com o consentimento dos pais, claro (gente moderna e rica!), e a devida assistência médica. Mal se percebe a armadilha: a nova moralidade que se tenta vender está de tal sorte atrelada aos sinais explícitos de uma classe social, que, parece-me, o que era para ser exemplo acaba saindo pelo avesso. Sem aquelas condições que cercam o casalzinho bacana, parece que se está reivindicando apenas mais eficiência na esterilização dos pobres.

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Sem contar, obviamente, que, tanto no caso da jovem mãe a caminho do terceiro filho, de três pais diferentes, como no do casal-bacana-e-informado, há um valor subjacente: a prática do sexo, além de ser entendida como uma espécie de direito público a ser regulado pelo Estado, é evidenciada como uma quase obrigação, um ato corriqueiro que independe de valores individuais, familiares, comunitários, religiosos, culturais.

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Meu tédio

Já tinha esgotado a minha cota profissional do dia. Aí fui tentar descansar assistindo a um programa de televisão excepcionalmente feito por gente que tem miolos, alguns são meus amigos. Mas também há que os que não têm nada entre as orelhas. O sujeito resolveu que Bush é culpado de todas as porra-louquices protagonizadas por Hugo Chávez. Desisti.

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A televisão foi tomada de assalto pelas pessoas boas. E eu descobri que não sou um homem bom, já disse isso a vocês. Eles já são maioria. Nós, os “franceses”, estamos acuados.

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[
reinaldo@primeiraleitura.com.br]

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O Islã e suas alianças

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O pacto Hitler - Maomé


David Duke é um ex-lider do Ku Klux Klan. David Duke defende activamente a supremacia da raça branca (vulgo raça “ariana”). David Duke é um descendente ideológico de Hitler, Heidegger, Hegel e outros (assim como Francisco Louçã descende directamente da Escola de Frankfurt e dos que a fundaram).
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Numa manifestação na Síria de apoio ao presidente daquele país, Bashar Al-Assad, David Duke marcou presença com um discurso notável. “O meu país também é ocupado pelos sionistas”, berrou David Duke. Ver o discurso
aqui.
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Quando o nazismo e o islamismo se juntam e o politicamente correcto da
EDF e da "esquerda moderna” se abstém de intervir, em concordância tácita, só posso ter uma certeza: estou no caminho certo no que respeita às minhas convicções ideológicas.
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Depois do Pacto Marx-Maomé, assistimos agora ao Pacto Hitler-Maomé.
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http://www.garfos.letrascomgarfos.net/archives/category/religiao/islamismo/
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Friday, November 25, 2005

Hong Kong

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O Sucesso de Hong Kong
Rodrigo Constantino




"A autoridade tem que enfrentar a alternativa: ou aceita o mercado e suas leis como são, ou tenta substituir a economia de mercado por um sistema sem mercado, ou seja, pelo socialismo."
Mises


Uma análise sobre a economia de Hong Kong é mais que suficiente para derrubar uma infinidade de mitos divulgados pela esquerda protecionista e estatolatra. O país é realmente um caso de expressivo sucesso da free market economy, desmentindo uma por uma das falácias tidas como dogmas por certas pessoas. Entender o que permitiu que esse pequeno país se tornasse rico é fundamental para mudarmos a mentalidade do nosso povo.
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Em primeiro lugar, Hong Kong é totalmente pobre em termos de recursos naturais. Praticamente inexiste agricultura lá, tendo os alimentos que serem importados. O país não produz sequer um barril de petróleo. De cara, vemos que não há necessidade de recursos naturais para ser rico. O fator genético do povo não poderia explicar o sucesso também, posto que quase todos são chineses, e a China é paupérrima. O homem acaba sendo um produto do meio, e é o modelo de Hong Kong que faz toda a diferença no final.
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Esse modelo é baseado em uma forte liberdade econômica, sendo Hong Kong o líder no ranking do Heritage Foundation, que mede justamente o grau de liberdade das economias. O país é praticamente duty free, não existindo cotas ou políticas de anti-dumping. Licenças são requeridas para poucos produtos apenas, e a autorização costuma ser muito rápida. A intervenção estatal na economia é praticamente nula, e os gastos públicos giram em torno de 10% do Produto Interno Bruto. O governo de Hong Kong é um dos mais receptivos do mundo em termos de investimentos externos, sem discriminar entre investidores estrangeiros ou locais. Virtualmente, não existem restrições ao capital estrangeiro e ao controle de propriedades e empresas. Não existem controles para a repatriação de lucros. Os bancos são independentes do governo, e quase não existem restrições para os bancos estrangeiros. Não existe salário mínimo para os trabalhadores locais, e o mercado costuma ser livre para acordos entre patrões e empregados. O governo garante o direito de propriedade privada, e exige o cumprimento dos contratos. As regulações governamentais são poucas, e aplicadas de maneira uniforme. A burocracia é ínfima, e abrir ou fechar uma empresa é tarefa relativamente simples, que leva menos de uma semana. O sistema legal é baseado no common law inglês, bastante objetivo.
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A economia de Hong Kong é absurdamente aberta, e as exportações são maiores que o próprio PIB. Mesmo antes do país ser devolvido pela Inglaterra a China, em 1997, o comércio com esta era bastante elevado. A China responde por cerca de 40% tanto das importações como das exportações. O setor de serviços corresponde a mais de 88% do PIB, enquanto a participação da agricultura é praticamente nula. Trata-se de uma nação na terceira onda, pelo conceito de Alvin Toffler.
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De forma resumida, foi este modelo, altamente liberal e com intervenção estatal bastante limitada, que garantiu o sucesso desse país com quase 7 milhões de habitantes. A taxa de mortalidade infantil, por exemplo, é de apenas 2,97 para cada mil nascimentos, uma das menores do mundo. A expectativa de vida está em 81,5 anos. Praticamente não há analfabetos. O PIB cresceu 5% ao ano de 1989 a 1997. Em 2004 cresceu 8%. A inflação oscila abaixo de 3% por anos. O desemprego está abaixo de 6%. Em 2003, cerca da metade da população já tinha acesso à Internet, e existem mais celulares que habitantes. A renda per capita, medida pela paridade de poder de compra, estava em torno de US$34 mil em 2004. Hong Kong é um dos países mais ricos do mundo, por habitante!
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Tudo isso sem milagres, sem recursos naturais, sem governo impondo muitas regras ou intervindo na economia. Não há a mentalidade paternalista lá, mas sim um forte individualismo, e enorme respeito pela meritocracia do mercado. Não há políticos tomando quase metade da riqueza produzida pelo setor privado em nome da "justiça social". Não há a crença de que burocratas irão proteger os trabalhadores e os consumidores da "exploração" do capital ou das multinacionais. Não existem "conquistas" trabalhistas empurradas na marra pela caneta estatal, mas sim bons salários pela alta produtividade do capital humano, com ampla liberdade de atuação. Hong Kong possui uma das economias mais livres do mundo, e não por acaso, é um exemplo de sucesso. Exemplo esse que deveria ser seguido, mas que desperta pânico nos burocratas, políticos populistas e pseudos-intelectuais socialistas, que acabam enganando os leigos por interesses pérfidos. A ignorância não é uma bênção! O povo perde, pois teria muito a aprender com o sucesso de Hong Kong.
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24/11/2005
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Colômbia e suas organizações subversivas: dos ideais revolucionários aos "burros-bomba"

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A guerrilha na Colômbia

por Carlos I.S. Azambuja em 25 de novembro de 2005
Resumo: Um quadro completo das forças irregulares que atuam na Colômbia, em especial as FARC.
© 2005 MidiaSemMascara.org

Na legislatura de 1949 os liberais, que detinham a maioria no parlamento colombiano, ante a onda de violência e a política de “sangue e fogo” do presidente Ospina Perez, aprovaram uma lei antecipando as eleições que deveriam realizar-se em 1950, para novembro de 1949.

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O governo reagiu, aumentando a repressão e desencadeando uma ofensiva dos chamados conservadores contra os liberais. Inclusive, quando os liberais realizaram uma manifestação de seu candidato a presidente – Dario Echandia, até pouco antes ministro do governo Ospina Perez – a polícia disparou contra os presentes matando o irmão de Echandia. Ante essa situação, os liberais decidiram retirar-se das eleições e deixaram os conservadores concorrendo sozinhos com seu candidato, Laureano Gomes. Os comunistas, ligados aos chamados liberais, igualmente decidiram pelo boicote eleitoral.

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Nesse contexto, um setor liberal dirigido por um político de nome Plínio Mendonça Neira, juntamente com os comunistas do Partido Comunista Colombiano, decidiram organizar uma resistência armada contra o governo surgindo daí as primeiras guerrilhas e a verdadeira origem da luta guerrilheira na Colômbia.

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A luta rapidamente se estendeu a distintos lugares no período de dezembro de 1949 a julho de 1953. Surgiram diversos focos armados que se transformavam em guerrilha na medida em que eram atacados pela Polícia e Exército. Em decorrência, na região de Tolima surgiu o hoje legendário guerrilheiro Pedro Antonio Marin, também conhecido como “Manuel Marulanda Vélez” e “Tirofijo”, então um jovem agricultor.

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Em 13 de junho de 1953 ocorreu um golpe militar, assumindo o poder Rojas Pinilla que passou a ser apoiado pelos liberais, ao contrário do Partido Comunista Colombiano que se manteve na guerrilha. Tais decisões deram fim a essa primeira etapa do movimento guerrilheiro colombiano.

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No Sul de Tolima, entretanto, o Exército conseguiu o apoio dos antigos guerrilheiros liberais para combater a guerrilha comunista e lançou uma grande ofensiva para aniquilar os guerrilheiros de “Tirofijo”, que se retiraram, iniciando assim uma guerrilha de movimentos.

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Em 8 de junho de 1954, em Bogotá, uma manifestação estudantil foi reprimida pelo Exército e pela polícia matando 19 estudantes. Ao final desse ano teve início uma grande ofensiva militar contra a região de Villarica, onde os guerrilheiros de Tolima se haviam refugiado, dando início ao que se denominou de segunda fase da luta guerrilheira que se estendeu a várias regiões vizinhas. A partir de então, quem dirige efetivamente a luta é o PC Colombiano e a guerrilha, restrita às áreas rurais, passou a representar um fator de peso na vida nacional.

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Os partidos liberal e conservador decidiram por um plebiscito, realizado em novembro de 1957, a fim de criar um sistema de governo que denominaram de “responsabilidade compartilhada”, no qual a metade do governo seria liberal e a outra metade conservadora. Isso se estenderia ao Congresso que também seria metade liberal e metade conservador. Quanto ao presidente, um partido teria a presidência por 4 anos e o período seguinte corresponderia ao outro partido, e assim seguiria a rotação. Com a vitória no plebiscito, sob a alegação da “busca da paz”, o chamado “sistema paritário” começou a funcionar, sendo eleito presidente o liberal Alberto Lleras Camargo, em cujo governo surge o fenômeno do bandoleirismo. Ou seja, antigos guerrilheiros liberais se transformam em bandos armados que dedicam-se a atos de depredação e ataques a fazendas, para saqueá-las. A partir daí, o movimento guerrilheiro do PC retomou as armas.

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Graças a um artigo constante do plebiscito realizado em novembro de 1957, segundo o qual “todas as modificações introduzidas na Constituição nos últimos anos passariam a ser consideradas nulas”, o Partido Comunista que em uma dessas modificações havia sido tornado ilegal foi, da noite para o dia, tornado legal e reabriu suas sedes.

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No período presidencial de Alberto Lleras Camargo ocorre o triunfo da revolução cubana, o que provocou um enorme entusiasmo nos setores estudantis, operários e camponeses. A guerrilha se agitou e, ao final do governo Lleras foi realizado pelo Exército um ataque a uma região camponesa – Marquetália – dominada pela guerrilha e logo a seguir um outro, em 1964, tão logo o político conservador Guillermo Leon Valencia – considerado “mais reacionário” - sucedeu Lleras Camargo.

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Ante o anúncio de uma outra ação contra Marquetália, os comunistas, com o apoio dos parlamentares liberais, protestaram politicamente e foi nesse momento que teve início um grande debate nacional, surgindo na cena política o sacerdote da igreja católica Camilo Torres Restrepo que se dispôs a ir a Marquetália a fim de mediar o conflito, sendo proibido por seu superior, Arcebispo de Bogotá, o que fez com que Camilo Torres rompesse com a hierarquia.

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Nesse ínterim foi desfechado o ataque do Exército contra Marquetália, fazendo com que os guerrilheiros se retirassem do local. Esse ataque é considerado como tendo dado origem às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – até então denominadas “Bloco Guerrilheiro Sul” - e, a partir daí, a guerrilha se estendeu a outras regiões do país. O Partido Comunista todavia, manteve-se na legalidade, impossibilitado assim, de dirigir a guerrilha, mesmo porque ela possuía sua própria dinâmica, sua própria direção e seus comandos operativos.

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Entrementes, surgiu dentro do Partido Liberal um grupo dissidente que passou a lutar contra o sistema paritário – a tal “responsabilidade compartilhada” -, propondo a volta da antiga democracia representativa, considerando que a alternância governamental entre dois partidos era vergonhosa. Esse grupo era dirigido por Alfonso Lopez Michelson que constituiu o Movimento Revolucionário Liberal (MRL), que proclamava a solidariedade com a revolução cubana, transformando-se, assim, automaticamente, em um aliado do PC Colombiano.

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Mais adiante, surgiu um novo movimento guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional (ELN), constituído por jovens colombianos que haviam ido a Cuba receber treinamento armado. Viram o exemplo da revolução cubana e pretendiam fazer algo semelhante na Colômbia. O ELN se organiza ao Norte do país, no Departamento de Santander.[*]

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Teve início então, uma espécie de rivalidade entre o ELN e as FARC, no sentido de que representavam dois estilos distintos: as FARC eram uma organização puramente camponesa, composta por camponeses e peões agrícolas, enquanto o ELN tinha uma base estudantil: era integrada majoritariamente por estudantes que decidiram tomar o caminho da guerrilha. Outro aspecto da rivalidade foi o fato de que o ELN se proclamava representante da revolução cubana e acusava as FARC de serem apenas uma organização de autodefesa.

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A partir de 1964, apesar dos constantes ataques do Exército e da Polícia, o ELN e as FARC se sustentaram e cresceram.

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Camilo Torres, depois de sua intenção de ser mediador em Marquetália, se destacou com suas ações políticas na Universidade e propôs a fundação de uma frente única com uma ampla plataforma: a Frente Unida de Movimentos Populares, recebendo imediatamente, esse projeto, o apoio dos comunistas, pois em qualquer situação, seja qual for o país, sejam quais forem as famosas condições objetivas e subjetivas, os comunistas sempre lutam pela construção de uma Frente. Essa Frente Unida logo se transformou em um movimento de massas e as viagens de Camilo a várias partes do país eram verdadeiros acontecimentos populares, sempre acompanhado pelos comunistas do partido comunista ortodoxo, pelos comunistas seguidores de Mao-Tsetung e pelos liberais de esquerda. Os comunistas consideraram que desde essa histórica campanha de Camilo, os cristãos e boa parte do clero da igreja católica passaram a ter um importante papel na revolução colombiana. Parece que Camilo Torres morreu sem entender nada disso...

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O trabalho dos maoístas cresceu rapidamente e como falavam de luta armada e de que o poder nasce do fuzil, logo organizaram a sua guerrilha fundando o Exército Popular de Libertação (EPL) na região de Córdoba. Paralelamente, o padre Camilo Torres ingressou na guerrilha do ELN, uma vez que essa organização sustentou que Camilo abandonasse a vida pública e se integrasse à guerrilha, pois estava “queimado” pela prisão, pelos militares, de um “correio” da organização com correspondência comprometedora a seu respeito. A partir daí, a Frente Unida praticamente desapareceu. Camilo Torres foi mandado a Cuba em janeiro de 1966 a fim de participar da Conferência Tricontinental e, no regresso, um mês depois, em 16 de fevereiro, morreu em combate. O Partido Comunista sempre defendeu a versão segundo a qual Camilo, um sacerdote, foi assassinado pela decisão do ELN de incorporá-lo à guerrilha como um simples combatente e com a tarefa de conquistar seu próprio fuzil, uma vez que era norma que cada guerrilheiro deveria conquistar sua própria arma.

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Em 1968, finalmente, foi tornado sem efeito o chamado sistema paritário com uma reforma na Constituição que determinou que, a partir das eleições de 1970, esse sistema de alternação mecânica de presidentes terminaria. No entanto, todos os partidos que vieram a ser fundados na Colômbia em decorrência dessa reforma, fracassariam, sobretudo quando chegavam as eleições, sempre dominadas pelos Partidos Conservador e Liberal.

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O Movimento 19 de Abril, por sua vez, nasceu no interior da Aliança Nacional Popular – ANAPO - em 1973, um partido que reunia conservadores e liberais, fundado pelo general Rojas Pinilla. 19 de Abril foi o dia em que foram realizadas as eleições presidenciais em que Rojas Pinilla disse ter sido eleito, mas que foi roubado. O M-19 surgiu como o braço armado da ANAPO, dirigido por ex-dirigentes da Juventude Comunista colombiana.

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Essa foi a época do apogeu do Movimento Tupamaros, no Uruguai, que concorreu para a radicalização desses jovens do M-19. Na ANAPO havia uma grande quantidade de militares ligados a Rojas Pinilla que logo se integraram ao M-19.

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A primeira ação do M-19 foi o roubo da espada de Bolívar de um museu e, a seguir, partiram para ações mais audazes, das quais a mais famosa foi o roubo de armas de um quartel do Exército em Bogotá: construíram um túnel e roubaram 3 mil armas desse quartel. Isso já no governo do liberal Julio César Turbay que aceitou o Tratado de Extradição dos Narcotraficantes

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A linguagem utilizada pelo M-19 era uma linguagem nova para os padrões das guerrilhas, pois a organização não se proclamava marxista e sim nacionalista e opta, no início, pela guerrilha urbana. Todavia, depois do roubo das armas passaram a sofrer uma terrível repressão por parte do Exército e se retiraram para uma região indígena do Departamento de Cauca. Mais tarde, no final dos anos 80, o M-19 renunciaria à luta armada e se transformaria em um partido político tradicional.

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Em setembro de 1987 foi constituída a Coordenação Guerrilheira Simon Bolívar (CGSB) e se adotou uma declaração conjunta destinada a coordenar as ações militares guerrilheiras, marcando uma nova etapa do movimento guerrilheiro, sem nunca chegar, no entanto, a unificar o ELN e as FARC que continuaram atuando apesar da maior ou menor repressão dos governos que se sucederam.

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Entretanto, além das organizações guerrilheiras abordadas nesta matéria, na Colômbia foram criadas – e algumas ainda existem – muitas outras organizações e grupos de fachada:

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- A Luchar, constituída em 1984;

- MAS-Movimiento Anti-Seqüestradores, uma espécie de “Esquadrão da Morte”, constituído em 1986;

- MIR-PATRIA LIBRE – Movimiento de Izquierda Revolucionária Patria Libre, surgido em 1975;

- MPL-Movimiento Paz y Libertad, movimento de orientação maoísta que logo se integraria ao grupo A Luchar;

- PRT-Partido Revolucionário de los Trabajadores;


- PST-Partido Socialista de los Trabajadores, grupo trotskista que também se integrou ao A Luchar;


- Quintin Lame – Movimento guerrilheiro indígena;


- Unión Patriótica – Frente política surgida em 1985, com origem nas FARC e outros grupos, em aliança com o Partido Comunista;


- UNIR-União Nacional Esquerdista Revolucionária, fundada em 1933 por Jorge Eliezer Gaitán, surgida de uma corrente liberal que adotou as idéias socialistas;


- UNO-Unión Nacional de Oposición, criada pelo Partido Comunista e outros setores de esquerda em 1973;


- PSR-Partido Socialista Revolucionário, criado em 1926;


- MOEC-Movimiento Obrero Estudantil de Colombia, constituído no início dos anos 60 baseado no exemplo da revolução cubana;


- MOIR-Movimiento Obrero Independente, uma cisão do MOEC;


- Ligas Campesinas, criadas pelo Partido Comunista Colombiano a fim de estimular a luta pelo acesso à terra;


- FUAR-Frente Unido de Acción Revolucionária, surgida em 1958;


- CTS-Colectivos de Trabajo Sindical, organização político-sindical marxista que seguia as teses de Camilo Torres. Logo se incorporou ao grupo A Luchar;


- COR-Coordinadora Obrera Revolucionária, setor sindical marxista-leninista que agrupa os funcionários públicos;


- AUI-Acción Unitária de Izquierda, integrada pela União Patriótica, A Luchar e Frente Popular, fundada em setembro de 1988.


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Há que ser feita, também, uma menção às Forças de Autodefesa Unidas da Colômbia.

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As AUC começaram a se organizar ao final do século passado como um bando de assassinos apoiados pelos poderosos cartéis de drogas colombianos. Porém, quando a guerra de guerrilhas se intensificou, as AUC converteram-se em unidades paramilitares de direita, independentes, que matavam camponeses suspeitos de apoiar e colaborar com a guerrilha. Logo essas forças paramilitares se transformaram em um exército de combatentes preparados para a luta que estão diretamente travando enfrentamento com as guerrilhas e ganhando extensas áreas de território.

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As AUC conseguiram um importante grau de respaldo popular entre a classe média da Colômbia. Com 11 mil combatentes e com o respaldo dos proprietários de terras, empresários, cultivadores de coca, as forças paramilitares se expandiram para várias regiões, especialmente as áreas fortes do cultivo de coca no Sul do país.

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O crescimento das AUC pode ser atribuído, em parte, ao fracasso da administração dos sucessivos governos em erradicar a guerrilha ou mesmo avançar nos esforços de paz.

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Carlos Castaño, dirigente das AUC, em duas entrevistas na TV sumamente emotivas no segundo trimestre de 2000, descreveu-se como um protetor da classe dos proprietários de terra e dos trabalhadores de classe média, temerosos de serem seqüestrados. Segundo um professor de Bogotá, "Castaño é o único colombiano que se atreve a atacar as guerrilhas e isso o converte num bom tipo".

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As AUC, graças aos atuais esforços de paz do presidente Álvaro Uribe Velez, vêm sendo progressivamente desmobilizadas e seus membros integrados à vida civil.

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Atualmente, as FARC e o ELN, embora constem da lista de organizações terroristas elaborada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), pelo governo dos EUA e pela União Européia, não mais são consideradas organizações guerrilheiras e sim uma reles bandidagem revolucionária. Uma multinacional do crime organizado. Esqueceram os ideais pelos quais foram constituídas, de conseguir uma mudança em favor dos oprimidos e dos explorados e se transformaram numa organização narcoguerrilheira, embora sem deixar de realizar seqüestros de pessoas, assaltos e explodir carros-bomba, bicicletas-bomba e até burros-bomba.

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Como escreveu o dr Ramiro Anzit Guerrero, - presidente del Centro Argentino de Estudios sobre Terrorismo (CAET), especialista en Contraterrorismo, consultor de
KLA - BE news.com., as FARC são o grupo terrorista mais poderoso da Colômbia e dominam 40% do território colombiano com a seguinte estrutura:

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ESQUADRA – unidade básica, composta por 12 homens;

GUERRILHA – duas Esquadras (48 homens);

COMPANHIA – duas Guerrilhas (96 homens);

COLUNA – duas Companhias (192 homens);

FRENTE – mais de uma Coluna (mais de 384 homens);

e BLOCO – 5 ou mais Frentes (mais de 1720 homens).

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Em 2002 as FARC operavam através de pelo menos 105 Frentes organizadas em 1.050 municípios (Fontes: Grace Livingstone, Inside Colombia (London: Latin American Bureau, 2003), 8; James F. Rochlin, Vanguard Revolutionaries in Latin América (London: Lynne Reinner Publishers, 2003), 99; FARC-EP, FARC-EP Historical Outline (Toronto: International Commission, 2000), 14; Jesus Bejarano Ávila, Camilo Enchandia, Rodolfo Escobedo & Enrique Querez, Colombia: Inserguridad, Violencia y Desempeño Económico en las Areas Rurales (Bogotá: Universidad Externado de Colombia, 1997), 133; Timothy Wickham-Crowley, Guerrillas & Revolution in Latin America (Princeton, N. J.: Princeton University Press, 1992), 109-10; Jorge P. Osterling, Democracy in Colombia (Oxford: Transaction Publishers, 1989).

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Considerando que as FARC têm cerca de 105 Frentes, a uma média de 300-600 insurgentes por Frente, isto resulta no total conservador de 46 mil combatentes.

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As FARC possuem militantes que se intitulam membros do Departamento Internacional, desde a Argentina até o México, passando pelo Paraguai e Honduras. Nesses países mantêm vínculos com membros de grupos de pressão de extrema esquerda e, em muitos lugares, realizam juntamente com o chamado crime organizado, atividades ilícitas como seqüestros, tráfico de drogas e contrabando de armas, além de inserir seus simpatizantes dentro de grupos sociais e de pressão. O Departamento Internacional das FARC tem representantes na União Européia, Japão, Austrália, México, Canadá, EUA, Honduras, Costa Rica, Panamá, Cuba, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Brasil, isso apesar de ser considerada pelos EUA, OEA e União Européia uma organização terrorista!

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Um dos chefes máximos das FARC, “Raul Reyes” (Luiz Antonio Devia), declarou em entrevista à Folha de S. Paulo de 27 de agosto de 2003: “As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais”. Folha: “O senhor pode nomear as mais importantes?”

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Reyes: “Bem, o PT e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas”.

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Folha: “Quais intelectuais?”

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Reyes: “Emir Sader, frei Betto e muitos outros”.

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Em uma outra entrevista, definindo a “política de fronteiras das FARC”, “Raul Reyes” assinalou que “a política de fronteiras das FARC consiste no compromisso de não realizar operações militares fora das fronteiras colombianas. Sem renunciar à construção e consolidação de relações com organizações políticas, sociais e populares de diversos países, incluídas suas autoridades governamentais”.

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Essas relações, inclusive com autoridades governamentais, são enormemente facilitadas pelos contatos estabelecidos pelos membros do Departamento Internacional, bem como dentro do
Foro de São Paulo, do qual as FARC e o ELN são membros. Mas essa é uma outra história...

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[*] Nota editoria MSM: o ELN chegou a receber cerca de 3 milhões de dólares anuais, a título de "pedágio", pagos pela empresa petrofífera Occidental Petroleum, para não atacar o oleoduto da empresa que passava pela região onde os terroristas operavam. Toda a operação foi autorizada pelo proprietário da Occidental, o empresário americano Armand Hammer, antigo agente e contato da URSS nos EUA. Graças ao dinheiro pago por Hammer, o poderio do ELN foi consideravelmente aumentado durante a década de 1980, conforme o publicou o jornalista Edward Jay Epstein em seu livro Dossier Armand Hammer.

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Carlos I. S. Azambuja é historiador.

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Argentina 2

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Para um país com governo perdido entre suas súplicas ao FMI e alianças inconsistentes na América Latina (Lula e Chávez), o que se pode esperar?

Agora, basta culpar os empresários nacionais e estrangeiros... se realmente há cartelização, por que o governo argentino não cria condições para uma melhor distribuição dos gêneros alimentícios ao apoiar a proliferação de mais super-mercados? É fácil com isenção fiscal, mas não é fácil para quem não quer assim abrir um precedente (para outras empresas) com a redução de impostos.

Daí, a saída é culpar o outro, o que produz. E quem simplesmente arrecada sai ileso e isento de culpa e responsabilidade.

a.h

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Viernes 25 de noviembre, 2005
Kirchner critica a propietarios de supermercados por fuertes alzas de precios
(AméricaEconomía.com)

El presidente argentino, Néstor Kirchner, criticó duramente a los propietarios de las cadenas de supermercados Coto y Jumbo, de capitales argentinos y chilenos, respectivamente, y advirtió de que "el Gobierno se va a organizar y a organizar a los consumidores" para frenar las alzas en sus precios. Kirchner, quien en 2004 llamó a un "boicot nacional" contra la petrolera anglo-holandesa Shell por aumentar los precios de los combustibles, acusó ayer a las cadenas de supermercados de formar "un cártel" por imponer alzas en los valores de las mercaderías que "atentan contra los bolsillos" de la población.
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La reacción del jefe de estado tiene su origen en las declaraciones del empresario argentino, Alfredo Coto, quien durante un foro empresarial realizado en Buenos Aires, afirmó que la inflación de 2006 alcanzará, por lo menos, un 12%: tres puntos porcentuales sobre las estimaciones oficiales.
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"El señor Coto dice que los supermercados no se cartelizan y que la inflación del año que viene será del 12%. Usted ya está anunciando la inflación del año que viene. Fíjese la perspectiva que tenemos con empresarios como usted, que están tratando de justificar y profundizar sus ganancias", expresó Kirchner durante un acto en la Casa Rosada.
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Pero sus críticas no quedaron ahí. También se dirigieron al presidente del grupo chileno Cencosud, Horst Paulmann, quien hace algunos días celebró la proximidad de una resolución judicial favorable a la fusión entre esa cadena y la de Disco, comprada a la holandesa Royal Ahold. "El señor Paulmann que nos explique cómo hace para saber que va a tener un fallo favorable antes que salga el fallo, es algo que a nosotros realmente nos deja atónitos", sentenció Kirchner.
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"Es tremendamente grave que el señor Paulmann sepa que va a tener una resolución favorable de la Justicia porque entonces estamos ante un grave problema (...) estamos ante indicios de corrupción realmente gravísimos", agregó.
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"En Argentina se está invirtiendo", destacó Kirchner. Sin embargo, hace "falta mayor inversión" y el país necesita "empresarios comprometidos" con el desarrollo, argumentó. "Algunos empresarios creen que los argentinos no tenemos memoria, que no analizamos y somos tontos. Si tenemos que dar la batalla por los bolsillos de los argentinos, este presidente va a estar al frente de la pelea", advirtió el presidente argentino.
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Wednesday, November 23, 2005

RS: o ambientalismo que dá certo

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Você acredita que plantar árvore dá mais dinheiro do que criar boi ?
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Pois pode acreditar. Os cálculos que são feitos no interior gaúcho e até entre os técnicos que cuidam do programa Proflora da Caixa RS são os seguintes:
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1) um hectare de pecuária rende 50 kgs de boi, ou seja, R$ 80,00 por ano, calculado o quilo do boi a R$ 1,60.
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2) este mesmo hectare de floresta de acácia, pinus ou eucalipto rende R$ 500,00 ao ano. É claro que a equação levou em conta o prazo para maturação dos dois tipos de investimento.
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O RS descobriu isto muito antes do que os outros Estados. A Caixa RS passou a pilotar um ambicioso programa para a área, usando o Proflora, do Bndes, que ninguém utilizava. O próprio Presidente da Caixa RS, Dagoberto Godoy,comanda o Arranjo Produtivo de Base Florestal do Rio Grande do Sul.
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Os resultados em apenas três anos são espetaculares. Apenas para ficar nos mega-projetos, já foram anunciados investimentos de US$ 1,3 bilhão da Stora Enzo, US$ 300 milhões da Votorantim (se ela decidir por uma planta de celulose, o valor também irá a US$ 1,3 bilhão) e outros US$ 1,3 bilhão que poderão ser anunciados até o final do ano pela Aracruz. A Aracruz, é bem verdade, também está de olho no Espírito Santo, Bahia, Uruguai e Argentina.
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Cada investimento deste equivale a uma montadora. É uma montadora verde.
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O Proflora gaúcho quer dobrar a área de florestas do Estado, que pularia de 400 mil para 800 mil hectares, num prazo de 10 anos. "Sem disputar um só palmo com a agricultura, com a pecuária e preservando como nunca o meio ambiente", avisou, ontem, a esta página, Floriano Isolan, Consultor Florestal que presta serviços para a Caixa RS. Serão 200 mil novos empregos.
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Dá para chegar lá ?
Dos 4 mega-projetos necessários, 3 estão praticamente na mão.
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E-mail de Floriano Isolan: isolan@caixars.com.br
Site da Caixa RS: www.caixars.com.br
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Os anúncios já feitos pela Stora Enzo e pela VCP, mais o iminente anúncio da Aracruz, mexeu com os mercados de trabalho e de terra do interior do RS.
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Os preços da terra, que estavam caindo em função do fracasso das safras no último verão, estabilizaram. Eles não subiram, mas pararam de cair.
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As mudanças mais sensíveis ocorrem no mercado de trabalho, com a procura de agrônomos, biólogos, engenheiros, técnicos de nível médio e trabalhadores comuns. Quem visitar municípios como Encruzilhada do Sul e Piratini, como fez o editor desta página nos últimos dias, perceberá que neles já se importa mão de obra. O Jornalista Adroaldo Streck, que tem florestamento em Encruzilhada e já ganha dinheiro com a atividade, está neste caso. Em Pinheiro Machado e Pedro Osório, avisos sobre busca de mão-de-obra começam a acontecer.
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A Universidade Federal de Santa Maria, que está concluindo o desenho do Programa Floresta e Indústria, possui um cálculo que diz que para cada 20 hectares de florestas novas é gerado um novo emprego.
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O florestamento é o novo Eldorado do RS. Ele sairá todo na Metade Sul, a mais pobre.
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França e multiculturalismo

Os distúrbios que começaram na periferia de Paris, se espalharam pelo centro da capital francesa e atingiram outras comunidades em diversas partes do país. Milhares de carros foram queimados e a polícia e até médicos e paramédicos foram atingidos por tiros.


Como muitos outros distúrbios, na França e em outros países, esse começou com um incidente passível de acontecer em qualquer lugar e foi usado para aglutinar ressentimentos e liberar a violência. Dois garotos, num bairro predominantemente islâmico, tentaram fugir da polícia escondendo-se numa subestação de energia elétrica e, acidentalmente, morreram eletrocutados.


Essa foi a centelha que inflamou as emoções voláteis. Mas essas emoções estavam prontas para se inflamar, há muito tempo.


Uma grande população islâmica vive na França, mas não é realmente francesa. A maior parte vive em isolamento social e em conjuntos residenciais longe do centro de Paris, conhecidos tanto dos parisienses quanto dos turistas.


Como nos EUA, muitos desses conjuntos são lugares de degeneração social, ilegalidade e violência. Três anos atrás, o profundo crítico social britânico, Theodore Dalrymple, escreveu sobre “carcaças queimadas de carros saqueados, espalhadas por todos os lugares” nesses conjuntos residenciais, como sinais de degeneração social, dentre outros. Esse comentário apareceu num ensaio intitulado “Os bárbaros às portas de Paris”, reimpresso de seu criterioso livro "Our Culture, What's Left of it".


Enquanto o Dr. Dalrymple chama essa população islâmica de “bárbaros”, um ministro francês a chamou de “escória”, o que provocou, contra ele, uma indignação instantânea, incluindo críticas de, pelo menos, um seu colega de gabinete. Esses escrúpulos nas palavras e nos atos e a recusa em enfrentar as óbvias realidades constituem a maior parte do pano de fundo que possibilita a ruptura da lei e da ordem e a conseqüente degeneração social.


Nada disso é peculiar à França. É um sintoma comum da fuga da realidade e das duras decisões que ela exige, não somente na Europa, mas também nas sociedades derivadas do continente europeu, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia – e os Estados Unidos da América.


Os países europeus, especialmente, têm escancarado suas portas a um amplo influxo de imigrantes islâmicos que não têm nenhuma intenção de se tornar parte das culturas dos países que os acolhem, mas objetivam recriar neles suas próprias culturas.


Em nome da tolerância, esses países têm importado intolerância, da qual o crescente anti-semitismo, na Europa, é apenas um exemplo. Em nome do respeito a todas as culturas, as nações ocidentais têm recebido indivíduos que não respeitam nem as culturas, nem os direitos das populações no seio das quais eles se estabelecem.


Durante as últimas eleições, alguns republicanos que organizavam uma manifestação a favor do presidente Bush, na Universidade Estadual de São Francisco, foram perseguidos por estudantes provenientes do Oriente Médio, incluindo uma mulher que se aproximou de um desses americanos e lhe deu um tapa na cara. Eles sabiam que podiam fazer isso impunemente.


Em Michigan, a comunidade islâmica brada suas preces diversas vezes ao dia, sem se importar se o barulho incomoda os habitantes nativos da comunidade. [Tem é que retaliar, tocando HEAVY METAL em volume MÁXIMO na porta de suas mesquitas!]


O povo holandês ficou chocado quando um de seus cineastas foi assassinado por um extremista islâmico, por se atrever a ter opiniões divergentes daquelas do extremista, num grau maior do que ele poderia tolerar.


Ninguém deve se chocar. Há pessoas que não vão recuar, até que sejam obrigadas a isso – e a maior parte da mídia, da classe política e das elites culturais do Ocidente não conseguem nem sequer criticar, muito menos, enfrentar os perigos e a degeneração desses grupos vistos, com simpatia, como vítimas.


Nem todos os descendentes árabes, nem necessariamente a maioria islâmica, constituem perigo cultural ou físico. Mas, mesmo organizações islâmicas ocidentais moderadas que deploram a violência e tentam desencorajá-la, encorajam, contudo, seus membros a permanecerem estrangeiros, ao invés de se tornarem parte dos países nos quais eles vivem.


Assim também fazem nossa inteligentzyia e a nossa elite política e cultural. O termo balcanização tem sido glorificado como “diversidade”, e diversidade tornou-se excessivamente sagrada para ser manchada com coisas tão grosseiras como os duros fatos da realidade. Mas a realidade não é opcional. Nossa sobrevivência pode estar ameaçada, a longo prazo, pela degeneração interna – proveniente de muitas fontes e em formas diversas – como foi o caso do Império Romano.




Publicado por Townhall


Tradução: Antônio Emílio Angueth de Araújo

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Tuesday, November 22, 2005

"Paristina"

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Vocês conhecem aquela velha canção francesa? Vamos lembrar, como é que é mesmo?

É fogo Jacques, é fogo Jaques

Tomaramnocu, tomaramnocu

Só pelos mártires, só pelos mártires

Bum bum bum, bum bum bum...


"Gloriosa França" eh eh

Não falavam tão mal do Bush?

a.h

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A Solução Para a França: um Estado Paristino

Tudo bem, já chega. Está claro que a França já não controla mais sua população. Está claro que milhões de pessoas dentro de suas fronteiras estão lutando por liberdade e independência. Está claro que essas pessoas não estão fazendo tumultos violentos apenas por fazer, eles respondem à opressão por parte das autoridades francesas. Está claro que seu levante não pode ser respondido com violência por parte do estado, pois isto apenas levaria a um círculo vicioso de violência. Está claro que estes “combatentes da liberdade” – que eu apelidei de “paristinos” – querem seu próprio estado. Está claro que a comunidade internacional deve forçar a França a sentar-se numa mesa de negociações com esses que lutam pela liberdade, para iniciar um processo de paz que inevitavelmente levará à criação de um estado autônomo e independente da “Paristina”. Se isto é bom o bastante para Israel, também é bom o bastante para esses traquinas franceses da redenção, que têm sido os líderes de um movimento global para forçar o estado judeu a conciliar-se com terroristas. Precisamos parar de nos referirmos a esta “intifada” na França como meros “distúrbios”. Trata-se de um movimento de auto-determinação. Trata-se de um movimento por independência. Trata-se de um movimento para libertar-se do imperialismo. A analogia é válida.

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Não é mais “Frère Jacques” que eles cantam na França. É “Fogo, Jacques!”[1].O presidente da França é capaz de ver o cisco nos olhos dos outros, mas não a pedra que lhe atiram no próprio olho. O que é bom para o fígado de ganso é bom também para o tolo habitante.[2] O frango à cordon bleu voltou para ficar.[3] É hora da França acabar com a hipocrisia. É hora da França tomar uma boa dose da medicação que tem receitado para os judeus de Israel. É hora de acabar com o apartheid em meio à sua população. É hora da França parar de tratar aqueles pobres imigrantes muçulmanos como cidadãos de segunda classe. É hora de aceitar a única solução permanente capaz de arrancar a raiz do problema na sociedade francesa: o reconhecimento dos “paristinos” como parceiros legítimos de negociação.

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Chega de balas de borracha! Chega de repressão policial!

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Chega de exigir moderação!

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Chega de ameaças!

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Antes que este ciclo de violência se espalhe por toda a Europa, a França precisa fazer a coisa certa. Os franceses têm falado demais por ambos os lados de suas bocas durante muito tempo. Têm falado demais por suas duas narinas durante muito tempo, também. Se o apaziguamento era a solução no Iraque, também é a solução para a revolta “paristina” de agora. Se o apaziguamento era a solução para Hitler,I'S", também é a solução para a revolta “paristina” de agora. Se o apaziguamento era a solução para Israel ao lidar com o problema “palestino”, é também a solução para o atual levante “paristino” na França. Como eu disse em minha coluna de ontem, se a França tem esse tipo de problemas sistêmicos com sua população muçulmana, então é hora de partilhar a França. É hora de se criar um estado muçulmano independente. Afinal, não é isto o que a França e outros países europeus determinaram ser a solução apropriada para Israel? Esses ataques não são apenas tumultos violentos. Isto é uma intifada – exatamente como a que se iniciou, no ano 2000, dentro de Israel e ao seu redor. A França e outros países, incluindo os Estados Unidos, têm demandado que Israel reaja àqueles ataques com concessões de terra aos amotinadores e homens-bomba suicidas. Esta é a única solução viável, de longo prazo, segundo eles. Alegam que tal violência jamais cessará até que aqueles que são oprimidos por Israel sejam contemplados com um estado próprio, independente e autônomo. Por que a solução deveria ser de alguma forma diferente na França? Parem a violência! Agora – não a passo de tartaruga. É chegada a hora de começar a conversar com os “paristinos” sobre a sua futura nação da “Paristina”.

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[1] Alusão à semelhança sonora entre o substantivo francês “frère” (frade, irmão) e o verbo inglês “fire” (atear fogo, queimar). (N. da T.)

[2] A frase original, em inglês, é: What's good for the goose liver is good for the gander liver. O substantivo “liver” significa tanto “fígado” quanto “habitante”. (N. da T.)

[3] A frase original faz uma brincadeira sonora com o nome de uma escola culinária francesa, cordon bleu, e a expressão inglesa “to come home to roost”, que significa “voltar para ficar”. (N. da T.)


Escrito por: Joseph Farah - Publicado no World Net Daily. Traduzido por Gisella GonçalvesPublicado no site em: 21/11/2005



http://www.deolhonamidia.org.br/Publicacoes/mostraPublicacao.asp?atual=true
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"Tolerância Islâmica" 4

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Dr Nasr Abu Zaid
Egypt
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In 1990, Dr Nasr Abu Zaid, a former Cairo University lecturer in Koranic Studies, published his book The Concept of the Text. He received death threats from Muslim extremists and was harassed in public. In 1995, Egypt's highest court declared that he was an apostate and he was forced to divorce his wife. Under Islamic law an apostate cannot be married to a Muslim.
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Dr Zaid argued that "the Koran is a literary text, and the only way to understand, explain, and analyze it is through a literary approach". Dr Zaid remained in Egypt for some time in order to contest the charges of apostasy, but he later moved to the Netherlands, with his wife, in the face of continuing threats to his safety.
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Direitos Humanos vs. Shari'a

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Islam and Human Rights

There are widely conflicting views in the Islamic world on the issue of human rights, and in particular on women’s rights, freedom of expression, and freedom of religion. Views range from the liberal to the most repressively conservative. Whilst many Islamic countries (Saudi Arabia in fact being the only exception) signed the Universal Declaration of Human Rights (UDHR) in 1948, many of them have since modified their stance. For Abu’l A’la Mawdudi there was a clear conflict between the rights of women as enshrined in the UDHR and the need to protect and preserve the chastity of women. But Mawdudi’s antipathy to the west often led him to exaggerate the decadence and carnality to be found there, the extent to which western permissiveness forced women into shame, and the extent to which, with government connivance, western armies, as distinct from Islamic armies, resorted to rape and pillage. He claimed that no legal system other than the Sharia offered women protection from sexual molestation, assault and rape. Given the enormous obstacles faced by any woman in proving rape under the Sharia, and the risk that she will suffer stoning for fornication should she fail to prove it, this claim seems wildly misplaced.

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Muhammed Naceri, a member of the Morocco Council of Religious Scholars has said:

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“The Universal Declaration of Human Rights was for complete equality for man and women. For us, women are equal to men in law, but they are not the same as men, and they can’t be allowed to wander around freely in the streets like some kind of animal”.

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But men can, presumably. So much for equality.

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Muslim women living in the west, particularly younger women, see little reason why they should be treated as second-class citizens. They expect to have the same kind of freedom as their sisters from a western background even though few of them, for reasons of personal dignity and family honor, are likely to be seen hanging around drunk in the streets late at night. Yet even second or third generation Muslim girls in the west have fewer choices than their western sisters when it comes to finding a husband. Many are forced through family pressure into marrying strangers or, if they do decide to marry against the wishes of their family, may even find themselves the victims of “honor” killings.

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Islamic misgivings about the incompatibility of the UDHR with Islam have led to a number of alternative formulations of human rights in Islam while at the same time attempting to demonstrate the compatibility of Islamic law with Human Rights.

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Ann Elizabeth Meyer, in her book Islam and Human Rights: Tradition and Politics discusses the Universal Islamic Declaration of Human Rights of 1981 and compares its provisions with those of the UDHR. The UIDHR has been published in two versions: in Arabic and in English. We are told in the English version that the Arabic text is definitive. What is not at all evident is that the Arabic version is actually different from the English in several respects, with the Arabic version being substantially more conservative in tone. In no sense would the English version be acceptable as a certified translation of the Arabic. One is left with the impression that the wording of the English version has been watered down for western consumption.

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In other articles we compare the rights of women as they exist in Islamic countries with the rights supposedly guaranteed under the UDHR; show how the rights of non-Muslims are limited in many Islamic states; how freedom of expression is severely curtailed and how freedom of religion and belief are practically nonexistent.

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Central to the fair and equitable administration of justice is a codified system of law. The absence of a formal written criminal code in Saudi Arabia, for example, leaves the authorities virtually a free hand in defining what is illegal. In 1996, a Syrian national, Abd al-Naqshabandi was executed for witchcraft, a crime against which no Saudi law exists. (See Victims of Political Islam).

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It is not only women and non-Muslims but Muslim men too that deserve the protection of a modern, fair and equitable system of justice based on internationally accepted standards, and a respect for human rights as enshrined in the UDHR.

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Perhaps the greatest obstacle to human rights under Political Islam is its strong adherence to the Sharia. Many aspects of the Sharia are inimical to the ideas enshrined in the UDHR. In an Islamist state no individual or group of people can have any rights that do not conform to the tenets of the Sharia. Oppression, intimidation, lack of freedom, and ferocious censorship and public executions are the undeniable facts of life in many Islamic societies. The UDHR enumerates the rights of the individual that governments are obliged to protect. But Political Islam is opposed to any concept of individual freedom that is not subordinate to its brutal interpretation of the Sharia.

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“What they call human rights is nothing but a collection of corrupt rules worked out by the Zionists to destroy all true religions.”
Ayatollah Khomeini

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“When we want to find out what is right and what is wrong we do not go the United Nations; we go to the Holy Koran . . .”
Ayatollah Moussave-Khomenehi

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The views of Ayatollah Khomeini were extreme even within Islam, of course, but perhaps more insidious are the claims of the apologists that there is no contradiction between Islam and human rights, straining to identify modern human rights within Islamic law. These claims do not succeed. For example, and as Ann E. Mayer has pointed out, what Mawdudi claimed to be human rights can be seen on closer analysis to be either privileges granted by God, or human duties towards God.

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Many Islamists claim that the UDHR is an attempt to force western standards and ideals on to others who do not share them. But abuse of human rights cannot be excused by cultural relativism. If we believe that everyone has the right to life, freedom, and the pursuit of happiness then we must oppose any system that seeks to deny those rights to others. To accept religion, culture or tradition as a justification for human rights abuses is to discriminate against the abused and to send the message that the victims are undeserving of humane consideration.

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Perhaps the most unsavory aspect of Islamic law from a human rights perspective is the severity of the punishments it prescribes. Like the most prurient voyeur, the Sharia pries into every aspect of private life and condemns with the utmost violence any conduct that fails to conform to its narrow standards of acceptable “family” behavior. Adultery, or indeed any behavior that fails to conform, is punishable by flogging, amputation or stoning to death. Homosexuality, too, is forbidden and punishable by flogging, sometimes to death. To add to the inhumane nature of the executions, they are frequently carried out in public – to act as a warning to others.

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A later attempt to demonstrate – if not exactly the compatibility – at least some similarity between Islamic human rights schemes and human rights as understood internationally, was the Cairo Declaration on Human Rights in Islam presented at the World Conference on Human Rights held in Vienna in 1993. This declaration too is more impressive for what is omitted than for what it includes. In particular it offers no support for freedom of religion or belief. Again quoting Ann Elizabeth Mayer:

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“The Islamic human rights schemes … are the products of the political contexts in which they emerged. Their Islamic pedigrees are dubious and the principles they contain do not represent the result of rigorous, scholarly analyses of the Islamic sources… Instead, they seem largely shaped by their conservative authors’ negative reactions to the model of freedom in Western societies.”

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http://www.ntpi.org/html/humanrights1.html

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Cristandade européia vs. Islã dos imigrantes

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Violência étnica e crise econômica na Europa


por Jeffrey Nyquist em 22 de novembro de 2005
Resumo: O Ocidente brinca com a idéia que chegamos no "fim da história", mas o não-europeu sente o contínuo vigor da história. O europeu "iluminado" fantasia com uma irmandade entre os homens, mas tribos, nações e seitas religiosas do planeta jamais cooperarão com essa "irmandade".
© 2005 MidiaSemMascara.org

Jovens muçulmanos começaram um motim na França em 27 de outubro. No dia 5 de novembro, cerca de 1.000 automóveis foram destruídos, muitos prédios foram queimados e cidadãos foram mortos. Mais de 9.000 policiais foram mobilizados para restaurar a ordem, realizando a prisão de milhares de pessoas. No dia 8 de novembro, mais de 1.400 carros foram destruídos em uma única noite. A violência espalhou-se de Paris para outras 300 comunidades francesas, e depois para a Bélgica, onde jovens muçulmanos atearam fogo em cinco carros nas proximidades da estação ferroviária central de Bruxelas. Após aproximadamente duas semanas de motins étnicos, o presidente francês Jacques Chirac declarou estado de emergência e o governo francês tomou a controversa decisão de deportar os rebeldes estrangeiros. O primeiro-ministro Dominique de Villepin prometeu aliviar os sofrimentos do povo enquanto o presidente Chirac admitia que a situação dos muçulmanos não era nem feliz nem aceitável, e que medidas seriam tomadas para melhorar as condições gerais.

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Os motins começaram em Clichy-sous-Bois, um subúrbio de Paris, quando dois adolescentes muçulmanos tentaram fugir da polícia entrando numa subestação de energia, quando foram eletrocutados. Os garotos eram de origem tunisiana e mauritaniana. O ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, foi culpado pelas mortes por causa de sua promessa de travar uma "guerra sem piedade" contra a "ralé" dos bairros muçulmanos. Como resultado de tudo isso, o governo francês está constrangido com as conseqüências. É claro, o constrangimento é ainda maior pelo fato de os intelectuais e políticos franceses afirmarem que o racismo que supostamente existe nos Estados Unidos é a causa imediata dos motins em bairros não-brancos. A França se imaginava isenta de tais distúrbios.

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O primeiro-ministro Villepin é famoso por suas declarações de que a força da Europa encontra-se em sua "diversidade" e na "coesão cada vez maior entre os povos línguas e culturas". De acordo com Villepin, "Enquanto o mundo hesita entre uma aspiração para o universal e uma chamada para as identidades específicas, o empreendimento europeu mostra sua capacidade de forçar o destino". Mas, notou Villepin, "os faróis fornecem luz para que outros navios tenham um curso seguro". Não para si mesmos.

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É fácil apontar o erro dos outros, mas é difícil evitar os próprios. O conflito étnico entre cristãos e muçulmanos é incurável, a exemplo dos séculos de lutas nos Bálcãs (isto é, Bósnia, Kosovo etc).* Muçulmanos africanos e asiáticos lutaram contra europeus por anos a fio. A violência não vai terminar de um dia para outro. Enquanto a Europa buscar a unidade na diversidade, a contradição não vai cessar. O círculo quadrado é uma utopia eterna, e "forçar o destino" não passa de uma expressão de teimosia. Os motins na França, e a reação do governo francês, enfatizam o declínio econômico e político da França. Prometer o paraíso para imigrantes pobres só vai conseguir exacerbar a luta no longo prazo na medida em que a França mistura seus pecados com promessas que não pode cumprir. Corrigir desigualdades econômicas entre imigrantes africanos e franceses nativos exigirá uma ilimitada transferência de riqueza de um grupo para outro em meio a uma economia que sofre com altos impostos, alta taxa de desemprego e produtividade comprometida.

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O legado do racismo europeu é bem documentado. O que acontece hoje é uma política de culpa, aparente em muitas nações onde europeus étnicos dominam. À luz dos resultados políticos reais, a política de culpa é uma vã tentativa de jogar migalhas para povos não-europeus oprimidos. Não há quantidade de transferência de riqueza que consiga corrigir esses problemas ocultos. O racismo europeu ainda existe, mesmo entre os que não sentem orgulho racial ou inimizade racial. A desigualdade econômica entre europeus e não-europeus não vai desaparecer exceto por meio de uma redução dos padrões de vida da Europa. E essa redução não vai trazer nada de positivo para o mundo muçulmano. Vai somente interromper a fonte da inveja, mas nunca curar os sentimentos raciais (reconhecidos ou não reconhecidos) que existem sob a superfície dos dois lados. Povos humanos e esclarecidos existem em todo o mundo, mas são sempre minoria. O instinto tribal no homem é real, e ler Michelet não vai superar a maré alta de sentimentos étnicos de ambos os lados.

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Os muçulmanos não-europeus não vão imigrar para a Europa e se transformar em cristãos europeus (ou em intelectuais seculares franceses). Como os europeus, os muçulmanos são filhos da história. Além disso, são filhos do profeta Maomé. Os europeus são filhos dos impérios colonialistas de cem anos atrás. A raça humana é dividida em famílias, tribos e nações. A relação entre tribos e nações sempre foi mediada por lutas intermináveis. Villepin acha que pode contornar a história, traçando um novo caminho da "unidade pela diversidade". Que Deus abençoe seus esforços, mas a história ensina que seu objetivo está fora do alcance dos homens mortais. Em vez de admitir a natureza utópica de seu projeto, as classes políticas e econômicas da França estão determinadas a redobrar sua campanha utópica e reafirmar uma série de ideais ilusórios.

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Por enquanto, a Europa perdeu a vontade de organizar cruzadas contra o Islã. Mas a Europa continua firme no esforço fútil de homogeneizar e europeizar os povos não-europeus do mundo. É uma tentativa inconsciente de colonizar o planeta, intelectual e espiritualmente. É por meio do racionalismo intelectual que o homem europeu vê a si mesmo como "cidadão do mundo". Mas tal cidadania não existe – ou é insignificante. Em vez de realmente reconhecer a diversidade, essa postura sutilmente nivela todas as distinções religiosas e étnicas ao pronunciar sua superficialidade. Quando finalmente será admitido que tais distinções não são superficiais?

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O Ocidente secular acredita no que os chineses acreditavam antes de sua civilização ruir, há 160 anos. O Ocidente vê a si mesmo como a civilização central da história. O Ocidente aceita como fato consumado que seus preceitos e padrões intelectuais são permanentes e universais, ao invés de transitórios e peculiares. A arrogância ocidental contém, agora, uma suposta tolerância para com o "outro". Mas o "outro" dirá que se trata de forma sem substância. Seu vácuo é encontrado em promessas vazias de igualdade e desenvolvimento, em prescrições socialistas e em auto-congratulações prematuras. O não-europeu sente e sabe que a ideologia européia é falsa porque o não-europeu está mais próximo da natureza humana e das realidades trágicas da história. Ele vê que a ideologia européia minou os instintos da Europa, mas apenas superficialmente.

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O Ocidente brinca com a idéia que chegamos no "fim da história", mas o não-europeu sente o contínuo vigor da história. O europeu "iluminado" fantasia com uma irmandade entre os homens. As tribos, nações e seitas religiosas do planeta jamais cooperarão com essa "irmandade". Em última análise, cada tribo – incluindo a européia – quer uma irmandade em seus próprios termos. O secularista quer um mundo secular, tolerante. O crente quer um mundo religiosa e teologicamente correto. O europeu quer um mundo europeizado. Todas essas demandas, sonhos e esquemas não podem se harmonizar. Eis a verdade contra a qual os políticos europeus lutam. É uma verdade que a Europa não reconhecerá, mesmo que a história da Europa tenha ensinado isso tantas e tantas vezes.

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A promessa de igualdade universal dada pelo presidente Chirac não pode e não será cumprida. O programa do primeiro-ministro Villepin vai resultar no oposto do que Chirac prometeu, não porque Villepin ou Chirac sejam racistas, mas porque a natureza, para ser comandada, tem de ser obedecida. E isso vale para a natureza humana também. O governo francês agora faz amor com um erro perigoso. Chirac e Villepin não têm outra escolha porque continuam acreditando na irmandade entre os homens.

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© 2005 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com
Tradução: MSM.

Jeffrey Nyquist é formado em sociologia política na Universidade da Califórnia e é expert em geopolítica. Escreve artigos semanais para o Financial Sense (
http://www.financialsense.com/), é autor de The Origins of The Fourth World War e mantém um website: http://www.jrnyquist.com/

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* Ao contrário de Nyquist, acredito na solução dos conflitos, mas a longuíssimo prazo, quando estado estiver, definitivamente, separado de religião. E, todos os cultos estiverem sob controle, ou seja, limitados à espiritualidade coletiva ou individual.
a.h
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Totalitarismo islâmico

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Rid Pakistan of Reactionary Laws

by Ishtiaq Ahmed

Each time the state tries to enforce Islam as a deen it assumes totalistic or totalitarian characteristics. Both the religious establishment and the state should respect the freedom of the individual

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President Pervez Musharraf’s recent statement criticising ‘honour killings’ and his suggestion that the Blasphemy and Hudood laws should be debated at all levels in society is a step in the right direction. In his subsequent meeting with ulema and mashaikh, telecast by the national TV, he urged them to eradicate extremism from mosques and seminaries and cooperate with him in fighting terrorism. It was a most useful follow-up.

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All sensible Pakistanis should support his move because it is in the best interest of Pakistan and Islam. A powerful rightwing lobby has begun to demonise Musharraf as a renegade but students of history know that no Muslim reformer has escaped the wrath of such elements. Indeed the war on terrorism will never be successful if it does not seek to eradicate the extremist mindset in all societies that thrives on outmoded, intolerant and repressive edicts.

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Nobody is born a terrorist, a racist or a religious fanatic, although individual personality disturbances can be congenital and some people are prone to violent and extremist behaviour. Socialisation processes produce either a liberal and tolerant culture or a reactionary and intolerant one. In this regard, two institutions, besides the immediate family, play an important role in forming attitudes and opinions — the religious set-up and the state.

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Let us address the religious set-up first. Unfortunately, since the Iranian revolution and the ensuing fierce competition between the Saudi and the Iranian state to establish their influence in the Muslim world, Muslims have been only exposed to two sectarian versions of extremism. The traditional Islamic polity based on Sunni moderation and the middle path has been sidelined. While the Shias have discarded their quietism in favour of political activism, the Sunnis have come increasingly under Khawarji fanatical influence represented by its modern permutation such as Wahhabism.

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I grew up learning about Islam from my grandfather’s conduct. He was a pious man who believed that the Prophet’s (PBUH) message to humankind was to help the poor and needy. In his own simple way he practised an Islam that put a high premium on charity and helping the needy. We grew up hearing that the Caliph Umar would disguise himself and roam the streets of Madina to see if someone was in need of help? We never grew up thinking of Islam as a punishing or intolerant creed.

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But just look around the Muslim world. Can we find even one example of an Islamic state that practises a gentle and caring Islam? Wherever the expression ‘Islamic state’ is used to describe a polity, its record of barbaric punishments stands out conspicuously.

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Consequently, the fact that the Muslim world today is in the stranglehold of extremism cannot be blamed on external sources alone. The USA, Israel, India and Russia are indeed guilty of crimes against innocent Muslims and that understandably generates an angry reaction, but the malaise has its roots within the world of Islam. Quite simply Islam has to go through a reformation. An Islamic reformation will need to accept the autonomy of the individual and his freedom to voluntarily choose to believe in Islam or any other religion or philosophy.

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There is clear evidence that unscrupulous people in this country have used the blasphemy law to gain worldly ends. In any case, there is a need to look at the whole thing logically. There are always people in some societies who offend public sensibilities but they do not deserve to be given much attention. Also, it just requires one look at the sectarian sub-literature to see how low extremists on all sides of the divide can stoop. Millions of Muslims live in the West and our families are now settled here for good. We would find it totally unacceptable to be told that we could be charged for blasphemy in a court of law for not believing that Jesus was the Son of God.

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The Western world realised that it should not be the business of the state to interfere in the personal beliefs of its citizens, only after inflicting the holocaust on Jews. That is a tragic way of finding the truth or gaining wisdom. We, immigrants, have benefited most from the new approach. Nobody can deny that Western democracies have not only created the most dynamic societies ever known to humankind, but also provided the freedom to every individual to follow his/her conscience in matters of religion.

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Does it make any sense to say that Islam (officially) did not establish a church and each individual is personally responsible for ensuring his/her salvation and, then(unofficially), go on to make the state the guarantor of true Islam? The purpose of the state should be simply to take care of the worldly needs and rights of its citizens. Saying this does not mean that one is reducing the purpose of life to some material needs. Worldly needs include the right to freedom of thought and expression as well as a reasonable standard of living. Without an all-round enjoyment of material and intellectual freedoms a mature attitude towards God or truth cannot be established.

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It is time to challenge the cliché that Islam is a complete code of life, a deen (worldview) and not a madhab (ritualised religion). It has been employed for too long as a self-evident truth with the result that no serious discussion ever takes place to establish the full implications and ramifications of such rhetoric. Each time the state tries to enforce Islam as a deen it assumes totalistic or totalitarian characteristics. Take any example — Iran, Saudi Arabia, Afghanistan under the Taliban, and the Zia period in Pakistani history. Therefore, both the religious establishment and the state should respect the freedom of the individual to find his own path to salvation.

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http://www.ntpi.org/html/reactionary.html

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