interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, February 15, 2007

Entrevista sobre aquecimento global

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Obrigado pela ajuda Anselmo. Eis as perguntas:
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1) Qual a sua visão sobre o aquecimento global?

Há três vertentes teóricas sobre o aquecimento global:
1. A de que é induzido por causas antrópicas, isto é, humanas mesmo, como as emissões de gás carbônico e metano, por exemplo;
2. A de que é natural. Devido aos ciclos de resfriamento - eras glaciais - e seus intermezzos, que são de aquecimento. Estaríamos, neste sentido, vivendo um período de aquecimento por que acabamos de sair (em termos geológicos) de uma Era Glacial;
3. A de que é natural, porém incrementada pela ação humana. Ou seja, os dois fatores em conjunto estariam atuando neste sentido.
Uma quarta visão seria possível, a da causa humana com incremento natural, mas não conheço defensores desta. Mesmo por que, ao que me consta, a força das mudanças naturais é mais abrangente que os indícios de influência humana.
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2) Como você prevê o futuro do planeta no caso de um aumento do problema?

A cada sete anos, a ONU promove o Painel Internacional de Mudanças Climáticas, no qual são aventados vários cenários possíveis para o futuro. Não só nossa mídia, como a estrangeira mesmo prima por divulgar justamente as "imagens" mais catastróficas. Por quê? Ora! Por que notícia ruim e desgraça vendem! Quando da erupção do Monte Pinatubo nas Filipinas em 1992, uma nuvem de partículas bastante espessa foi formada em baixas latitudes, o que reduziu substancialmente as médias térmicas globais. A partir de então, os cientistas começaram a introduzir novas variáveis em seus modelos e previsões, como a nebulosidade. Vejamos como o raciocínio funcionaria: com o aquecimento aumentariam as taxas de evapo-transpiração. Num primeiro momento, teríamos aumento da temperatura para depois vir a queda da mesma. Em suma, ninguém sabe ao certo o que virá...
Qualquer informação com certezas neste campo é fruto de "achismos" e especulações proto-religiosas de quem confunde previsão com profecia.
O que eu acho? Que a nova idade do gelo ou era glacial poderá ser retardada ou ter efeito diminuído minimizando a perda de biodiversidade. Por isto desejo o aquecimento? Claro que não! Apenas desejo e torço para que cientistas e governantes não se deixem seduzir pelo catastrofismo ambientalista de políticos com interesses em maior controle estatal sobre a economia (como Al Gore) e de ONGs que amedrontam o cidadão comum para deter maior influência política e ganhos econômicos com subsídios e doações. Detalhe: sem pagar qualquer tipo de imposto definido democraticamente. Seriam como estas seitas religiosas que cobram de seus crentes prometendo o paraíso, só que, no caso, afirmando o inferno. E, pior ainda, criticam o que fazem os empresários e propõem tributos nos quais ganhariam cotas sem, necessariamente, fazer nada.
O pior cenário seria a elevação do nível dos oceanos e a retenção da vazão dos rios tropicais, nos quais grande parte da agricultura dos pobres é praticada. Daí, não restaria alternativa senão a fome e o controle populacional natural, i.e., via aumento da mortalidade no curto e médio prazos. O melhor cenário seria a adaptação tecnológica no longo prazo (um século, p.ex.) em que novas matrizes energéticas seriam popularizadas. E a não popularização de alternativas como hidroelétricas na África de hoje em dia é culpa de ONGs como o Greenpeace que, distantes dos povos subdesenvolvidos e no conforto de seus lares de primeiro mundo, condenam sua adoção devido a formação dos lagos das represas. Em suma, o Greenpeace não está nem aí para a espécie humana, particularmente em regiões como a África Subsaariana onde até 90% da população não têm acesso à eletricidade! Se seguíssemos seus conselhos no Brasil, voltaríamos ao lampião e ao desmatamento para obtenção de lenha...
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3) Quais as soluções práticas para o aquecimento global?

Hoje são os "sumidouros de carbono". Medidas propostas pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (M.D.L.) do Protocolo de Kyoto, nas quais o crescimento da biomassa absorveria o excesso de carbono na atmosfera, o que já está sendo aplicado em larga escala no Brasil (assim, como já foi na Europa Oriental).
Não confundir isto com o equivocado conceito de "pulmão do mundo"...
Não há consenso científico sobre os tais "sumidouros", mas eu os endosso pois são grandes fontes de negócio e influxos de investimentos externos. A Campanha Gaúcha tem sido um laboratório vivo para este tipo de ação que, além do compromisso ambiental com recursos do Bird via Bndes, tem dado uma alternativa à pecuária estagnada.
Novas tecnologias, como o tão propalado veículo a hidrogênio (http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2003/12/031227_carrosolarss.shtml) são extremamente promissoras; além disto, a flexibilização da matriz energética, prioritariamente baseada no petróleo em nível mundial e em hidroelétricas em termos nacionais. Não que uma, como a eólica, possa suprir toda nossa demanda, mas quanto mais diversificação houver, melhor será para se evitar o consumo desenfreado de um único recurso e também (o que não é menos importante) evitar blackouts econômicos, como ocorreu no Brasil e (bata na madeira) estamos prestes a ter novamente devido a incompetência do Ibama em autorizar a construção de mais de 40 novas usinas hidroelétricas.
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4) O que você diria para aqueles que possuem uma visão mais apocalípticado futuro do planeta?

Estudem. Não para pensar como eu, mas para poder propor algo. "Ecologismo" e não ecologia é o que tem sido feito, meramente. Há mais gente vivendo da ecologia do que para a ecologia. Como dizia o historiador Paul Veyne "crenças baseadas na paixão prestam mau serviço à própria paixão". Quer dizer que se você tem uma paixão, projeto, ambição não adianta, simplesmente, propor mudanças, ainda mais drásticas, sem conhecer em detalhe o que almeja mudar. Quem é ambientalista radical, se verdadeiramente ama a ecologia, deveria começar por ler, pelo menos isto, os missivistas da teoria do aquecimento global tal como é evidenciada hoje em dia.
Gente como o geógrafo inglês Philip Stott (http://greenspin.blogspot.com/); diplomatas como Paul K. Driessen que conhecem o Greenpeace e seus desmandos na África (http://www.eco-imperialism.com/main.php); Richard S. Lindzen, físico e meteorologista do MIT que é um dos mais severos críticos da teoria do aquecimento (http://www.cato.org/pubs/regulation/regv15n2/reg15n2g.html); Howard J. Herzog, pesquisador de alternativas energéticas do MIT que disponibiliza informações (http://web.mit.edu/catalogue/overv.chap6-lfee.shtml); Willie Soon, físico de Harvard (http://www.marshall.org/experts.php?id=44); e, a obra magistral de Lomborg (http://www.lomborg.com/) O Ambientalista Cético, já publicada no Brasil é obrigatória;
ou o básico sobre estas questões em páginas de divulgação científica (http://www.ncdc.noaa.gov/oa/climate/globalwarming.html#Q3), pois até hoje há quem confunda "aquecimento global" com "efeito estufa", p.ex., são passos iniciais básicos para adentrar em uma temática apaixonante com propostas e não, visões hollywoodianas apocalípticas de gente que enriquece espalhando o medo. (Não sou contra filmes de ação, mas não dá para levar a sério quem utiliza como argumento para o debate, thrillers como O dia depois de amanhã.
(Seus erros, por si só, já renderiam outra entrevista...)
O mínimo que se pode pedir, é que sempre se atente para dois pontos de vista ou mais para formar o seu. Tomemos um exemplo que são os incentivos para o reflorestamento e o florestamento (plantio de árvores onde não havia tal ecossistema): http://www.alerta.inf.br/index.php?news=532 que se opõe (através da proposta de criação de um fundo internacional de incentivo para a redução do desmatamento em países em desenvolvimento) e http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/mogno_cites.html que conclui de modo distinto. Se queremos mesmo nos aparelhar para entender qualquer problema, devemos conhecer o problema e seus oportunistas de "direita" e "esquerda" que pretendem capitalizar poder com o mesmo.
Hoje em dia, em tempos de internet, não há mais desculpas para a perenidade da ignorância. Só é ignorante quem quer. Basta clicar em dissidentes aquecimento global no Google e pronto, há farto material para começar uma pesquisa.
Amar a natureza e lutar por ela não significa ser um derrotista a priori que acha que o mundo é errado devido a nossa espécie, fruto de uma fantástica evolução que... também é natural.
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Audiência sobre 'aquecimento global' é cancelada após tempestade de neve

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Analysis: Al Gore Ducks Northeast Blizzard
As a blizzard of snow and ice pummels the Northeast after trouncing the Midwest, and waves of Arctic cold fronts drop much of America below sub freezing weather, the $64,000 question is, Where is Al Gore?
Gore claims that global warming is an immediate problem facing the United States and the world, and places like New York and Chicago could feel like Caribbean haunts.
If there is any doubt that God has a sense of humor, it has to be dispelled by a headline in Wednesday's Drudge Report: "House hearing on 'warming of the planet' canceled after ice storm."
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Wednesday, February 14, 2007

Energia emPACada e possibilidades do mercado externo

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Povo da montanha vai ter que esperar uma nova multinacional para aumentar a quota de milho e frango em suas áridas paragens:
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PETROBRAS DESCARTA AUMENTAR PREÇO DO GÁS BOLIVIANO
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, descartou nesta terça-feira alterar a política de preços de importação do gás natural boliviano, na véspera da visita ao Brasil do presidente da Bolívia, Evo Morales. "Essa é a nossa posição. Tem uma fórmula que rege o contrato, e é essa fórmula que deve se manter", disse Barbassa. A fórmula, que tem por base uma cesta de óleos do mercado internacional, ajusta trimestralmente o preço do gás importado da Bolívia, seguindo um contrato assinado em 1999 com prazo de 20 anos. (...)
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Quem expropria não é multinacional, mas os próprios estados-nacionais. Se bem que tem sempre exceção: negociar com gringo estadunidense inclui respeito aos contratos e como brinde, o aumento de produção da Petrobras; negociar com "líder da revolução bolivariana" implica em arcar com mudanças de regras no meio do campeonato.
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PETROBRAS QUER DUPLICAR SUA REFINARIA NO TEXAS
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta terça-feira que a empresa espera que sua refinaria na região de Houston dobre a capacidade para 200.000 barris por dia até 2010. Ele acrescentou que a unidade, uma joint-venture que tem a participação da Petrobras, será configurada para processar petróleo de alta densidade. A Pasadena Refining System Inc. opera a unidade, localizada em Pasadena, no Texas, ao longo do canal naval de Houston. Gabrielli disse ainda que a Petrobras não está preocupada com seu acordo de desenvolvimento conjunto com a Venezuela no campo de petróleo de Carabobo, no qual a estatal venezuelana PDVSA tem 60% de participação. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, está pressionando petrolíferas estrangeiras para que entreguem à PDVSA o controle de 60% dos projetos nos campos de petróleo do Orinoco. No Brasil, a Petrobras tem 60% de uma refinaria que está sendo construída para processar o petróleo extraído de Carabobo. A PDVSA tem os 40% de participação restantes na unidade.
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Aleluia! Se depender do Ibama, vamos aos lampiões! Parece que quem governa o país de fato são só empresas.
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USINA ANTECIPA OPERAÇÃO E VAI GERAL 815 MW A PARTIR DE 2010
A hidrelétrica de Estreito, entre Maranhão e Tocantins, deverá entrar em operação em agosto de 2010 (...) Originalmente, a usina deveria iniciar sua operação entre 2008 e 2010, com nove unidades, mas a demora no licenciamento ambiental fez com que o cronograma fosse atualizado para 2012 (com a entrada de uma máquina a cada três meses), e agora antecipado, a pedido do consórcio formado pelas empresas Tractebel/Suez, a Alcoa, a Vale do Rio Doce e a Camargo Corrêa.
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O que mais emPACa a produção:
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INVESTIDORES CRITICAM QUE PAC NÃO TRATA DAS GRANDES QUESTÕES ENERGÉTICAS
Apesar da lista de obras de infra-estrutura energética, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deixou de contemplar "grandes questões" do setor elétrico, segundo avaliação do presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales. A instituição representa os investidores do setor elétrico no País. "Na linha geral, todas as propostas do PAC vão em direção à contribuição", disse Sales, referindo-se, por exemplo, à redução do custo do financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que terá um impacto positivo em novos empreendimentos. Entretanto, Sales avaliou que faltou ao programa tratar de questões tributárias e medidas para melhorar o ambiente de investimentos no setor. Segundo o executivo, a carga tributária (impostos e encargos) do setor elétrico corresponde hoje a 43,7% em média da conta paga pelos consumidores. Ele também destacou como indispensável para estimular investimentos, a criação de melhores condições para o investimento privado, ou seja, condições mais competitivas e transparentes em relação às estatais, um ambiente de transparência e isonomia. Para os investidores, o ideal seria que as estatais abrissem seu capital e entrassem no Novo Mercado, de forma que tivessem compromissos de governança corporativa com a transparência, por exemplo. Outro problema tratado timidamente no PAC, segundo ele, foi o processo de obtenção de licenciamento ambiental, que atrasa o processo de investimento no setor elétrico. Sales afirmou que no caso de licenças prévias, o prazo chega a dois anos, enquanto o previsto pelo próprio Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) prevê até 12 meses. Para licenças de instalação, o tempo de espera tem superado em sete a oito meses "o que seria razoável", o que pode comprometer o planejamento e as projeções de oferta de energia ao longo dos anos.
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Coisa bonita... quando se fala de energia e entrave burocrático no país, o presidente boliviano opina. Analogamente, sem entender que não bastam medidas econômicas ou liberação de fundos para o setor de energia, nosso presidente não só aceita declarações espúrias como espera que o problema educacional se resolva sem planejamento e ordem?
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LULA DIZ QUE LICENÇA AMBIENTAL PARA USINA NO RIO MADEIRA SAI EM 15 DIAS
O presidente Lula anunciou na reunião do Conselho Político, no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, que em 15 dias estará concluído o licenciamento ambiental para a construção da hidrelétrica do Rio Madeira. Segundo o líder do PSB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Márcio França, Lula disse que essa medida é importante, porque a geração de energia elétrica é o "cerne" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ele, o presidente avaliou que quando começarem os procedimentos para a obra da hidrelétrica será uma forte sinalização para os investidores, e que isso poderá produzir efeitos maiores que os esperados no PAC. Ainda na reunião, Lula disse que estava decepcionado com o resultado final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), porque apesar dos investimentos no setor, os números de rendimento dos alunos não foram positivos. Lula, segundo relato do líder do PSB, disse que pretende tomar providências com relação a isso. É sintomático que Lula tenha anunciado a emissão da licença ambiental para a usina hidrelétrica no Rio Madeira na véspera da chegada ao Brasil, em visita oficial, do presidente da Bolívia, Evo Morales. Ele se opõe à construção desta usina.
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Quando o preço do barril cai no exterior, parece uma boa saída a alta no mercado interno... assim, para que investir na produção e atingir auto-suficiência? Para derrubar preços? Isto não interessa a "maior empresa brasileira".
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LUCRO DA PETROBRAS ATINGE RECORDE DE R$ 25,9 BILHÕES
A Petrobras, maior empresa brasileira, anunciou nesta terça-feira que obteve lucro recorde de R$ 25,9 bilhões no ano passado, o que representa alta de 9% em relação a 2005 (R$ 23,7 bilhões). Nos nove primeiros meses do ano os ganhos haviam atingido R$ 20,7 bilhões. O lucro do quarto trimestre alcançou R$ 5,2 bilhões, uma queda de 27% em relação ao terceiro trimestre. Segundo a Petrobras, o resultado foi prejudicado pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional, que tiveram uma redução média de preços de 14%. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse que no fim do ano os custos foram mais elevados em razão de estoques adquiridos no terceiro trimestre. Além disso, ele afirmou que as exportações líquidas subiram particularmente nos últimos três meses do ano. Elas foram de 93 mil barris de óleo equivalente por dia no período e ficaram prejudicadas pela queda da cotação internacional da commodity. No ano, a Petrobras obteve superávit de 128 mil barris de óleo equivalente. No ano, o maior preço de venda de petróleo e de derivados (que subiu em média 20,45% ante 2006) foi o principal fator a explicar o lucro recorde. A produção de petróleo subiu 6% e a de derivados 2% em 2006. O volume de vendas internas registrou um incremento de 3%. A comercialização da gasolina cresceu 7% com a redução do percentual de álcool no combustível no ano passado e graças ao crescimento da frota de veículos. o lucro da Petrobras sofreu uma retração de R$ 1,450 bilhão, em 2005, para R$ 350 milhões, em 2006. Segundo Barbassa, as perdas são fruto de gastos na áreas de Exploração e Produção (poços secos e sísmica), sobretudo, nos Estados Unidos, além da elevação de impostos na Bolívia e redução de participação na Venezuela. Na Bolívia, o lucro da Petrobras caiu de R$ 250 milhões em 2005 para R$ 57 milhões em 2006. Na Venezuela, ele sofreu um decréscimo de R$ 164 milhões para R$ 94 milhões. "A valorização do real representou perdas de 9% nos ativos internacionais", afirmou Almir Barbassa. Com o resultado, a Petrobras vai propor aos acionistas dividendos que totalizam R$ 7,9 bilhões, o que equivale a R$ 1,80 por ação. No ano passado, a receita da Petrobras alcançou R$ 158,2 bilhões, o que representa um aumento de 16% sobre 2005. Já os investimentos da empresa atingiram R$ 33,7 bilhões, uma alta de 31% sobre 2005. Em 2007, eles são estimados em R$ 55 bilhões. A produção média de petróleo e gás da Petrobras no Brasil em 2006 foi de 1,777 milhão de barris por dia e o País não conseguiu atingir a auto-suficiência sustentável no ano passado. No ano anterior, a média ficou em 1,684 milhão de barris por dia. No mês de dezembro, a produção cresceu 1% sobre o volume produzido no mesmo mês do ano anterior e chegou a 1,832 milhão de barris por dia. Segundo a estatal, as principais razões para o aumento da produção são a entrada em operação dos poços ABL-68 e ABL-11, interligados à plataforma P-50 (Albacora Leste), e à entrada em operação da plataforma P-34, no Campo de Jubarte.
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Concordo com o possível sucesso do etanol no longo prazo, mas contar com a alta do preço do barril de petróleo para isso é, no mínimo, medíocre. Nunca é demais lembrar que se, para uma OPEP, as reservas já deveriam ter acabado (por que esta mentira sensacionalista inflaciona preços), para uma AIE ainda há petróleo para, pelo menos, um século. E, também não custa lembrar que quando se diz que um poço tem capacidade de extração para 10 anos, ele acaba produzindo por mais algumas décadas.
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DEMANDA DE ETANOL PODERÁ INFLACIONAR O PREÇO DOS GRÃOS
A União Européia, como os Estados Unidos e o Brasil, deseja que os biocombustíveis sejam incluídos na composição de boa parte dos combustíveis produzidos por seus países membros em proporção de até 85%, no caso do etanol. Essa tendência tem um efeito perverso: ela pode fazer crescer o preço dos cereais, porque cria uma fonte de procura alternativa, além dos alimentos para animais e seres humanos. O preço do milho mais que duplicou na bolsa de mercadorias de Chicago, em quatro meses, e arrastou com ele o da soja e os dos demais grãos. O problema é que em um momento no qual as matérias-primas das quais o etanol é extraído estão se valorizando, o preço do petróleo voltou a cair para entre US$ 50 e US$ 60 por barril, cotação à qual o etanol, ainda que subsidiado, não consegue equilibrar suas contas. Presos em um dilema que envolve custos em uma ponta e o mercado na ponta oposta, os biocombustíveis correm o risco de perder sua atratividade. Mas, Alain d'Anselme, presidente do Sindico Nacional dos Produtores de Álcool Agrícola (SNPAA) da França, não acredita nessa hipótese. A tendência de longo prazo do petróleo é de alta, devido ao inevitável esgotamento dos recursos fósseis. O preço dos grãos não aumentará em proporção semelhante, porque é possível elevar as áreas de produção e a produtividade agrícola de maneira extraordinária, e é possível substituir os vegetais usados como base para a produção do etanol (o milho, a cevada, a beterraba e, por fim, a biomassa). Rodolphe Roche, analista de matérias-primas na Schroders, uma administradora de fundos de investimento em Londres, acredita que o etanol resistirá a esses problemas. O custo não se compara ao do petróleo, mas "é preciso olhar além do preço", diz ele. Devido à confusão de tendências políticas vigente, os Estados Unidos desejam reconstruir sua independência energética. E o etanol representa uma maneira esplêndida de subsidiar a agricultura em um momento no qual as negociações da Organização Mundial de Comércio acarretam o risco de um corte obrigatório na assistência que eles propiciam a seus agricultores.
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Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2007 - Videversus nº 649
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Tuesday, February 13, 2007

Giro latino-americano

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Enquanto a América Latina cresce e avança rumo a Globalização...
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Chile-EE.UU.:
Intercambio comercial crece un 32% en 2006
El comercio entre ambos países totalizó los US$ 14.510 millones, divididos en US$ 8.940 millones en exportaciones chilenas y US$ 5.570 millones en importaciones estadounidenses. Leer Artículo
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Uruguay:
Consorcio capitalizará aerolínea Pluna
El gobierno y la sociedad Leadgate Investment firmaron un acuerdo preliminar con el que comienza a concretarse la reprivatización y capitalización de la línea aérea uruguaya.
México:
Las plantas de 230 MW proveen energía eléctrica a las industrias Cemex y Peñoles bajo un contrato por 20 años.
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Brasil:
En enero, Lan prestó a Varig US$ 17,1 millones, canjeables en acciones, que permitirían a la aerolínea chilena ingresar al mercado brasileño.

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Uma outra América Latina afunda no populismo de ocasião:

Bolivia:
En duda viaje de Evo Morales a Brasil

El canciller boliviano, David Choquehuanca, señaló que el encuentro oficial en Brasilia entre el mandatario y su par brasileño Lula da Silva – a realizarse mañana – aún no está confirmado porque no han concluido la negociación de algunos temas como el precio del gas natural.

Leer Artículo

Eis o meliante:

Evo Morales,presidente de Bolivia
(Foto: Archivo)


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Monday, February 12, 2007

Economias do Nordeste crescem – e as do Sul encalham

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Da Agência Estado
O contraste que sempre marcou as economias do Sul e Nordeste do país prosseguiu em 2006 – mas a novidade é que, dessa vez, foram os nordestinos que exibiram melhor desempenho. Dados do IBGE sobre a produção industrial nas diferentes regiões no ano passado mostram que, enquanto os Estados do Nordeste cresceram acima da média nacional, o Sul amargou desempenhos medíocres, prejudicado pela crise na agricultura.
A economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, sublinha que os resultados do Nordeste foram impulsionados pelos crescimentos significativos em segmentos produtores de commodities, como siderúrgicos, metalúrgicos e celulose, além de segmentos mais vinculados à renda – beneficiando-se dos programas de transferência de renda do governo –, como o de minerais não metálicos, voltado para construção civil.
Os Estados da Região Sul, por sua vez, foram prejudicados pela crise agrícola que persistiu no ano passado e, ainda, pelos problemas da gripe aviária. O Rio Grande do Sul foi a única região, entre as 14 pesquisadas pelo IBGE, a registrar em 2006 a segunda queda anual consecutiva na produção, com recuo de 2,0%, após uma queda de 3,6% apurada em 2005. A indústria gaúcha sofreu os efeitos das quedas registradas em máquinas e equipamentos (-16,3%, especialmente voltados para o setor agrícola), além de calçados e artigos de couro (-8,9%). Já no Paraná, houve queda de -1,6%, com efeitos do câmbio em veículos automotores (-20,5%) e madeira (-12,7%). O Estado de Santa Catarina resultou crescimento de 0,2% na produção no ano passado, bem abaixo da média nacional e considerado como "estagnação" pelo Iedi.
Segundo Isabella, o desempenho de minerais não metálicos reflete com clareza como os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, beneficiaram o Nordeste, enquanto não tiveram o mesmo efeito no Sul. A produção desses itens, voltados para construção civil, cresceu 7,3% na região Nordeste; 5,1% em Pernambuco e 4,8% na Bahia. Por outro lado, caiu 4,8% no Paraná e recuou 3,5% em Santa Catarina no ano passado. Ela ressalta que não é possível afirmar se o contraste entre os desempenhos do Nordeste e do Sul pode sinalizar uma mudança estrutural na indústria do país. Segundo a economista, é preciso esperar resultados anuais das regiões para checar essa tendência nos próximos anos. (Jacqueline Farid, da Agência Estado)
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Newsletter diária n.º 891 - 12/02/2007
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Cientistas criticam relatório do IPCC

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Em meus mais de 60 anos como membro da comunidade científica estadunidense, inclusive como presidente da Academia Nacional de Ciências e da Sociedade Americana de Física, eu nunca presenciei uma corrupção mais perturbadora do processo de revisão de pares como nos eventos que produziram esse relatório do IPCC... Os cientistas participantes aceitaram "A Ciência das Mudanças Climáticas" em Madri, em novembro último; a plenária do IPCC o aceitou no mês seguinte, em Roma. Mas mais de 15 seções no capítulo 8 do relatório - o capítulo-chave que estabelecia as evidências científicas a favor e contra uma influência humana no clima - foram alteradas ou eliminadas depois que os cientistas encarregados de examinar essa questão haviam aceito o texto supostamente final.
Poucas dessas mudanças foram meramente cosméticas; quase todas removiam as sugestões de ceticismo com as quais muitos cientistas se referem às alegações de que as atividades humanas estão tendo um grande impacto no clima, em geral, e no aquecimento global, em particular.
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Uma fraude escandalosa marcou o terceiro relatório do IPCC, divulgado em 2001. Um dos principais elementos apresentados como evidência irrefutável do papel do homem no aquecimento de 0,6 oC observado ao longo do século XX foi um gráfico produzido pela equipe do paleoclimatologista Michael E. Mann, então na Universidade de Massachussetts. O gráfico, baseado no estudo de anéis de árvores e outras fontes, mostrava um ligeiro resfriamento de 0,2 oC para o Hemisfério Norte, no período 1000-1900, seguido de uma brusca elevação de 0,6 oC, no período 1900-2000. Por sua forma, ficou conhecido como o "bastão de hóquei de Mann" [ver gráfico] e foi extensamente exibido em todo o mundo como uma prova cabal da ação humana no clima. O problema é que, como foi prontamente demonstrado, o gráfico era, simplesmente, falso.
Cada um dos sucessivos resumos (do IPCC) têm sido escritos de forma a parecer um pouco mais certos do que o anterior sobre o fato de o aquecimento global ser um desastre potencial para a Humanidade. A crescente certeza verbal não provém de qualquer avanço particular da ciência. Em vez disto, é uma função de quão fortemente uma declaração sobre o aquecimento global pode ser feita sem incorrer em um rechaço significativo da comunidade científica em geral. Ao longo dos anos, a opinião dessa comunidade tem sido manipulada para chegar a um apoio mais ou menos passivo, por meio de uma campanha deliberada para isolar - e, de fato, denegrir - os cientistas céticos que estão fora da atividade central do IPCC. A platéia tem sido ativamente condicionada para ser receptiva. Por conseguinte, tem se tornado gradativamente mais fácil vender a proposta do desastre do aquecimento.
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