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Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Wednesday, October 12, 2005

Economia burra

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Economia burra
Antônio Mello
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A descoberta de um foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul levou todos os membros da União Européia, mais Rússia, Israel, África do Sul, num total de 28 países, a embargar total ou parcialmente a compra de carne brasileira.
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A febre aftosa é fruto direto do "sucesso" da política econômica brasileira, que privilegia o pagamento de juros, a amortização da dívida e remunera o capital especulativo com a maior taxa de juros do mundo. Para a prevenção das doenças bovinas, no entanto, foram liberados este ano apenas 0,24% dos recursos destinados no orçamento.
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Está acontecendo agora com a criação de gado o mesmo que vem acontecendo com os hospitais públicos, sem remédios, sem médicos, caindo aos pedaços; o mesmo que vem acontecendo com a educação pública, com os professores mal remunerados, as escolas e universidades também caindo aos pedaços, com laboratórios fechados; na segurança pública, com os índices de violência aumentando em todos os estados; nas estradas esburacadas e semidestruídas...
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Para usar uma imagem popular, tão ao gosto de nosso presidente, a política econômica brasileira é como um pai de família que deixa a casa cair, as crianças sem escola, sem remédios, sem comida, mas mostra, orgulhoso, que está em dia com o pagamento do carnê do Baú da Felicidade.
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Todos os dias lemos analistas econômicos daqui e do exterior dizendo que a economia vai bem.
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Bem para quem, cara pálida?
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Tuesday, October 11, 2005

Quem trabalha, quem deve parar de trabalhar e quem não trabalha

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Da mesma forma que o Governador Rigotto, o Sindicato da Indústria de Adubos do RS, o Siargs, resolveu apostar no plantio e industrialização da cana-de-açúcar no Estado. Como o Governo não tem dinheiro, o Siargs resolveu contratar o Professor Godofredo César Vitti, da USP, para produzir um estudo técnico sobre a viabilidade do plantio no RS.. No final da década de 50, o então Governador Brizola chegou a criar a Agasa (Açúcar Gaúcho S/A), que produziu açúcar e cachaça na usina que montou em Osório, utilizando a cana-de-açucar disseminada por todo o Litoral Norte. É desta época a fama de Santo Antonio da Patrulha na produção de melado, puxa-puxas e rapaduras.
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Rigotto e o Siargs acham que a demanda mundial por álcool viabiliza o plantio da cana no RS.
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As principais lideranças gaúchas do agronegócio acham que o Ministro Roberto Rodrigues vai renunciar.
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Até gostariam que ele fizesse isto.
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É a melhor maneira de o apoiarem.
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Os peemedebistas gostaram do grito de guerra do economista Carlos Lessa, ontem a tarde, na Faculdade de Economia, quando concitou o candidato do PMDB a Presidente a repetir o que fez Kirchner na Argentina: "Nós devemos dizer aos credores quanto podemos pagar, porque esta dívida já foi paga". Lessa foi Presidente do BNDES no Governo Lula. Ele apresentou seu Programa de Governo em Porto Alegre. É a quarta de uma série de 20 reuniões do PMDB. Lessa almoçou com Rigotto e 20 dirigentes do PMDB no Palácio Piratini. Rigotto deve ter gostado da tese de Lessa, porque ela também se aplica às dívidas dos Estados para com a União. Ela é impagável. Renegociá-la é vital para os interesses do RS, mesmo que para isto seja necessário um ato de força.
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Também vieram a Porto Alegre o ex-Governador Garotinho, que disputará com Rigotto as prévias no PMDB. Com ele, viajou Rosinha, sua mulher. Ele participou da apresentação de Lessa.
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CLIQUE no site www.polibiobraga.com.br e vá em Dossiê para ler todo o texto do programa desenhado por Carlos Lessa para o PMDB.
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Como podem ver, o empresariado cria e procura se adaptar aos novos tempos, como é o caso dos agricultores gaúchos. Já, o ministro da agricultura, incompetente como seus companheiros, faria por bem não só sair do cargo, mas abandonar o país que deixou sem política agrícola. E o Lessa lunático ou seria 'lulático'? Com a velha tese terceiro-mundista acha que já pagamos a dívida... Quer que se consume o calote? Pare de tomar mais dinheiro emprestado e pague o pegou. Já fizeram esta asneira nos tempos do Sarney e o resultado está aí, a maior taxa de juros do mundo.

Idiota...
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Monday, October 10, 2005

Flores no Nordeste: um caso de verdadeiro 'desenvolvimento sustentável'

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Desenvolvimento
Variedades tropicais como antúrios e tipos de orquídeas já são exportadas
Cresce cultivo de flores no Nordeste
Paulo Emílio Do Recife Valor Econômico - 10/10/2005 - edicão nº 1363

Tradicionalmente praticado em regiões de clima temperado, o cultivo de flores começa a ganhar destaque também no Nordeste, onde a produção é crescente e os produtores agora tentam partir para o comércio internacional.
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Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais alcançaram US$ 23,5 milhões em 2004, e parte do valor já advém de um segmento novo no país, a floricultura tropical.
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"Em função do clima, o Nordeste é a região do país que apresenta o maior potencial para o cultivo de flores tropicais. O potencial da atividade ainda não foi devidamente dimensionado, e mesmo a floricultura tradicional [temperada] vem crescendo em alguns Estados", diz Juarez Silva, presidente da Comissão de Floricultura da Federação Agrícola de Pernambuco (Faepe).
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Para os nordestinos, um dos termômetros do potencial econômico das flores tropicais é a disputa de tradicionais produtores, como Costa Rica, Equador e Colômbia, por clientes no exterior. E eles confiam no produto da região brasileira em grande parte por conta da maior exposição das plantas ao sol em comparação com os outros países exportadores citados.
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"A maior insolação resulta em colorações mais vivas e tonalidades inexistentes em outros países", explica Silva. Mas, mesmo com tais características, as exportações do Nordeste ainda são tímidas. Pernambuco, por exemplo, exportou pouco mais de US$ 65,3 mil em 2004 em flores, enquanto em Alagoas as vendas externas chegaram a US$ 51,3 mil.
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Com uma área - ainda pequena - de 150 hectares cultivados com flores tropicais, 50% em plena produção segundo a Faepe, e outros 150 hectares com fores temperadas, Pernambuco foi um dos Estados pioneiros na produção de plantas e folhagens tropicais.
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Segundo Silva, produtor em uma área de 12 hectares, o volume enviado semanalmente para compradores da Holanda, EUA, Inglaterra, Alemanha, França, Portugal, Suíça e Espanha chega a uma tonelada. A haste é comercializada por preços médios que atingem US$ 2,70, dependendo do tipo, do tamanho e da espécie cultivada.
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O custo relativamente baixo do negócio vem atraindo novos produtores. A estruturação de um hectare custa, em média, R$ 28 mil. Já uma estrutura voltada para a produção de flores temperadas costuma custar R$ 200 mil, mas pode chegar a R$ 500 mil dependendo da montagem das estufas.
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Mas há problemas. Entre eles, o tempo necessário para que a produção ganhe escala comercial. No caso das flores tropicais, a espera para iniciar as exportações pode chegar a dois anos, ante os 90 dias das flores tradicionais.
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Apesar de ser um mercado ainda incipiente, seu potencial de crescimento já levou as flores tropicais para a região do vale do submédio São Francisco, no alto Sertão pernambucano, local com tradição na fruticultura irrigada.
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Ali, segundo dados da associação local, a Florexport, há cerca de 20 hectares cultivados por 12 produtores. "Vendemos tudo o que produzimos. Mas a produção não é para quem quer. O mercado externo quer garantia de volumes e qualidade. Qualidade nós temos, mas nos falta escala", diz Armando Malul, presidente da Florexport.
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Segundo ele, a produção no vale chega a 2 mil hastes por semana. Executivos da rede francesa Carrefour visitaram a região há dois anos em busca de interessados em exportar para a Europa. E negócios não foram fechados em função do baixo volume. Também atrapalham, segundo os produtores, os altos custos dos fretes aéreos e a falta de embalagens apropriadas. A carência de marketing também é considerada um empecilho.

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