Quando um atleta supera mais obstáculos, maior é seu crédito. Analogamente, o mesmo se dá com uma teoria que resiste a diversas tentativas de refutá-la.
Pesquisadores do Instituto Leibniz de Ciências Marinhas desenvolveram um modelo de ciclos de temperatura oceânica, cujos resultados diferem do atual ‘consenso’.
Portanto, quando se ‘prova’ que a Terra está esquentando (ou esfriando) depende, tão somente, das fontes utilizadas. Esta é a ‘prova’ que se tem.
Por exemplo, em duas fontes pesquisadas, se concorda com a tendência da temperatura global até 1998, mas se diverge sobre a mesma a partir desta data. O centro meteorológico britânico de Hadley afirma, no entanto, que as temperaturas estão em declínio.
Compare os gráficos de Hadley e da NASA:
O que isto revela? Ou, ao menos, sugere? Se a variação climática não é, claramente, ascendente ou descendente, temos um “efeito elástico”. Isto pode nos indicar um padrão, mesmo como imagem metafórica, de que o clima varia ora subindo, ora descendo suas temperaturas médias. A questão, portanto, é observar o que ocorrerá no longo prazo. E, ainda, o quão longo deverá ser este prazo...
Os dados da NASA, por sua vez, mostram temperaturas ascendentes mais ‘firmes’. Já, outras fontes, como os satélites UAH e RSS revelam redução da média térmica na última década. E as temperaturas atuais ficam pouco acima da média das três últimas décadas.
Observe os gráficos seguintes:
Qual a origem de toda esta divergência? Os cientistas são incapazes de entrar em consenso ou se tratam de premissas ideológicas por trás de tudo poluindo a ciência?
Uma dica do que acontece pode estar na mera apresentação visual do fenômeno. Comparando dois gráficos da própria NASA, um de 1999 e outro de 2007 se observa que no segundo, a imagem está mais ‘apertada’ dando a impressão de que o contraste entre baixas e altas temperaturas é maior do que de fato. Como o dado mais recente revela alta da média térmica tem-se a impressão de que o fenômeno do aquecimento está mais acirrado.
Se intencional ou não, não podemos dizer com propriedade. Mas, talvez seja só um “recurso estilístico”...
Segundo o autor, as tendências pré-1970 foram ajustadas para baixo e as posteriores para cima. Em certos anos, o ‘ajuste’ foi de 0,5 graus. Se isto, em termos globais não significa muito, em termos locais corresponde a vários graus de diferença.
Como os termômetros poderiam estar errados em 1999 e serem, corretamente, ajustados em 2007?
A NASA reeditou dados de 1930 a 1999. Só que a probabilidade de subir ou descer é de 50/50. Segundo o autor da matéria, se priorizou o aumento. Por quê? É a questão.
NASA staff have done some recent bookkeeping and refined the data from 1930-1999. The issues has been discussed extensively at science blog Climate Audit. So what is the probability of this effort consistently increasing recent temperatures and decreasing older temperatures? From a statistical viewpoint, data ecalculation should cause each year to have a 50/50 probability of going either up or down - thus the odds of all 70 adjusted years working in concert to increase the slope of the graph (as seen in the combined version) are an astronomical 2 raised to the power of 70. That is one-thousand-billion-billion to one. This isn't an exact representation of the odds because for some of the years (less than 15) the revisions went against the trend - but even a 55/15 split is about as likely as a room full of chimpanzees eventually typing Hamlet. That would be equivalent to flipping a penny 70 times and having it come up heads 55 times. It will never happen - one trillion to one odds (2 raised to the power 40.)
(…)
Particularly troubling are the years from 1986-1998. In the 2007 version of the graph, the 1986 data was adjusted upwards by 0.4 degrees relative to the 1999 graph. In fact, every year except one from 1986-1998 was adjusted upwards, by an average of 0.2 degrees. If someone wanted to present a case for a lot of recent warming, adjusting data upwards would be an excellent way to do it.
No site da NASA, observamos que o divulgador dos dados é o proeminente Dr. James Hansen – conselheiro científico do advogado mundial do aquecimento global, Al Gore.
Mas, é mais fácil apontar influências econômicas e políticas somente por parte das petroleiras contrárias a teoria aquecimentista...
A maior parte dos dados da NASA é obtida de termômetros. Muitos dos quais ‘contaminados’ pelo aquecimento urbano (“ilhas de calor”). E há uma concentração desproporcional destes instrumentos em cidades.
A NASA também tem um número reduzido de estações no Ártico e ainda menos na África e América do Sul. Nos últimos anos, os dados foram, sistematicamente, ajustados para cima. Observe no gráfico a seguir a diferença entre os dados relatados e os originais da USHCN/NASA:
Por que os dados dos satélites UAH e RSS são mais confiáveis? Por que cobrem quase toda a Terra, exceto pequenas porções próximas aos pólos Norte e Sul.
Sua metodologia também não sofre mudanças. Permanece a mesma todos os anos. E apresentam consenso pouco variando entre si.
Em março de 2008, os dados da NASA indicaram o terceiro mais quente da história. Mas, os dados dos satélites RSS e UAH evidenciaram-no como o mais frio do hemisfério sul e,
No mesmo mês, a Ásia mostrou-se mais quente do que a América do Norte, o que elevou a média do hemisfério norte. Em abril, os dois continentes resfriaram (mesmo avançando ao verão boreal). Aliás, foi um mês excepcionalmente fresco para a maioria do globo.
Os satélites têm demonstrado médias térmicas se comportando abaixo das estimativas do IPCC, próximas ou até mesmo abaixo da média dos últimos 30 anos. A exceção da NASA, cujos prognósticos caminham para o Apocalipse...
E sempre é bom lembrar que mesmo que se acabe com a ‘conveniência’ de ajustar dados, o déficit de estações meteorológicas no globo, da cobertura espacial dos satélites da NASA, ou a superestimação dos centros de pesquisas submetidos às “ilhas de calor” urbanas não inspiram confiança.
Lembremos que interesses sempre existem. Tanto “para cima” como “para baixo” das médias térmicas:
The Arctic ocean is warming up, icebergs are growing scarcer and in some places the seals are finding the water too hot, according to a report to the Commerce Department yesterday from Consul Ifft, at Bergen, Norway. Reports from fishermen, seal hunters and explorers, he declared, all point to a radical change in climate conditions and hitherto unheard-of temperatures in the Arctic zone. Exploration expeditions report that scarcely any ice has been met with as far north as 81 degrees 29 minutes. Soundings to a depth of 3,100 meters showed the gulf stream still very warm. Great masses of ice have been replaced by moraines of earth and stones, the report continued, while at many points well known glaciers have entirely disappeared. Very few seals and no white fish are found in the eastern Arctic, while vast shoals of herring and smelts, which have never before ventured so far north, are being encountered in the old seal fishing grounds.Fonte… Um blog “RealClimate”? Não, apenas US Weather Bureau em 1922.
Em 1924 tivemos um susto do resfriamento global, em 1933, um susto do aquecimento global. Em 1970, outro susto por um novo resfriamento e hoje, mais um susto aquecimentista. O que, realmente vivemos é o entorpecimento global.