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a.h

Friday, May 18, 2007

Conflitos ambientais na Amazônia – 1




A Amazônia não é só brasileira. Como se vê no mapa ao lado, a imensa floresta tropical abrange vários países vizinhos ao Brasil no norte da América do Sul. Este bioma apresenta diversos ecossistemas que, ainda não foram profundamente estudados. O desconhecimento que temos a respeito dos diversos processos ecológicos que constituem a floresta leva a temores justificados pela sua destruição. Evidentemente que a posição ambientalista aí se torna um entrave ao desenvolvimento econômico regional na medida que busca desautorizar qualquer plano ou programa que tenha em vistas o aumento da riqueza produzida.


As bases dos conflitos ambientais tendo como cenário a Amazônia estão lançadas há décadas. A questão é saber quais são os interesses, perspectivas e métodos empregados por ambas partes nesse processo.


Redes de ONGs


Como procedem as ONGs?



1. Estabelecem agendas políticas;


2. Negociam resultados previstos;


3. Buscam legitimidade;


4. Implementam soluções



Claro que estou me pautando em uma perspectiva positiva. Nem todas são atuantes a ponto de deterem todas estas características. Há as que surgem como cogumelos do dia para a noite e, com a mesma rapidez somem após a mudança do tempo. Mas, não são estas que detêm perenidade e, por enquanto, não constituem o foco de nossa análise.


ONGs parecem ser uma característica de nosso tempo histórico e, em parte, isto é verdadeiro. Para entender o fenômeno é necessário que se tenha algumas considerações sobre seus condicionantes:


1. O fim da bipolaridade da Guerra Fria ajudou a abrir outros fronts de luta dos chamados “movimentos sociais”;


2. O maior acesso aos meios de comunicação, particularmente a internet, permitiu a formação de redes afins de movimentos ambientalistas e outros a eles associados;


3. A globalização econômica levou a redução, ao menos como retórica em várias regiões do globo, do tamanho do estado, o que levou a um “vácuo institucional” a ser preenchido.



Mas, não existe como muitos gostariam de admitir a formação de um “poder mundial globalista” (capitaneado pela ONU), como um bloco de poder monolítico. Isto é a velha paranóica teoria conspiratória em curso... Na verdade, um novo conflito social se esboça, meio fora de foco é verdade, no qual interesses ambientalistas são confrontados por nacionalistas com grandes doses de xenofobia (“os estrangeiros querem tomar nossa Amazônia”, p.ex.). Conflito este que é expresso, ideologicamente, pela oposição entre a Internacionalização vs. Soberania Nacional.

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