interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Wednesday, September 24, 2008

Aquecimento ad hoc

"-É uma fábula o que tu nos contaste", disse com desprezo o pastor peul
(etnia do Senegal).

"-Sim, respondeu o caçador de crocodilos, mas uma
fábula que todo mundo repete parece muito com a verdade!".


(J. e J. Tharaud, La randonée de Samba Diouf, Fayard, 1927)



Na figura acima, no início do século, temos a Oscilação do Atlântico-Norte (ONA, na sigla em inglês) sofrendo atenuação, com aumento da temperatura média.

Quando a oscilação é baixa, os anticiclones móveis polares (AMP, na sigla em inglês) reduzem a potência; os AMPs se tornam menos potentes, menos rápidos e menos freqüentes; o Ártico está menos frio – o que leva a redução da quantidade de gelo; isto ocorre, normalmente, no verão.

Quando a oscilação é alta, os AMPs são, inversamente, mais potentes, mais rápidos e mais freqüentes; isto ocorre, normalmente, no inverno; o Ártico está mais frio e temos a expansão do gelo, como se pode observar na figura abaixo:

Fonte: http://www.newsweekly.com.au/articles/2008aug30_cover.html


O detalhe é que o ocorrido acima se deu no verão boreal! Ou seja, o ‘aquecimento’ é tanto que o gelo se expandiu no verão!

De acordo com o IPCC (e com a boa e velha climatologia), a baixa oscilação do ONA deveria incrementar o cenário do aquecimento global. Dito de outra forma, o verão deveria reduzir a calota de gelo polar e vimos o contrário acontecer.

Para não parecer contraditório, o que dizem os teóricos aquecimentistas? Que as alterações climáticas ocorrem em ambas as fases.

Um ‘milagre’ da física...

[Conferir mais a respeito em: http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/04/relao-emprica-entre-ona-e-o-estado-do.html]


De acordo com o gráfico acima, em meados do século, o índice ONA é moderado e, por vezes, negativo com baixos contrastes térmicos e temperatura média próxima da normal.

O cenário muda a partir do final dos anos 70, com intensificação do índice ONA. No entanto, não se trata de aquecimento a partir do AMP, mas da intensificação do choque com as massas de ar quente provenientes de sudoeste, no caso europeu. Confira:

Fonte: http://resistir.info/climatologia/impostura_cientifica.html#cap_5

Tuesday, September 23, 2008

EUA e Rússia: a nova militância

Militância na Nova Ordem*


Durante a Guerra Fria, a justificativa soviética para o apoio a forças revolucionárias era condizente com a teoria marxista de que a classe operária necessitava expandir-se para além fronteiras. Fossem em movimentos no México, Porto Rico ou Filipinas – ao que os EUA apoiavam anti-marxistas em Angola ou Nicarágua -, os soviéticos chegaram a influenciar os movimentos anti-guerra como o caso do Vietnã.

Além de Cuba e Alemanha Oriental, também havia campos de treinamento de guerrilha e terrorismo urbano para os insurgentes no Iêmen do Sul, Vale do Beka no Líbano, Iraque, Síria e Líbia. Mas, o maior motivador disto não era a ideologia. Esta era apenas tolerada em troca de armamento e treinamento russo.

Qual a ligação de membros do Exército Vermelho Japonês treinando em frente popular para libertação de acampamentos palestinos no Líbano? Ou de membros do IRA ensinando alemães-orientais? Italianos ministrando explosivos em acampamentos líbios ou sul-iemenitas?

Os cubanos eram muito ativos na África, América do Sul e Caribe, mas o que mais lhes interessavam não era a “teoria da revolução permanente” ou outras bobagens correlatas e sim, o dinheiro russo comprando açúcar subsidiado ou este açúcar enviado ao Vietnã via Comecon. Em contrapartida, mão-de-obra mercenária vietcong foi enviada a América Latina. Muitos ataques (dos 70 aos 90) foram feitos contra alvos americanos e seus aliados latino-americanos, graças às granadas e foguetes abandonados no Vietnã capturados e devidamente aproveitados pelos vietcongs.

O que vocês esperavam que os EUA fizessem? Ficassem de braços cruzados?


Ambiente atual

Retornando a 2008, já não temos uma república soviética com seus estados-vassalos na periferia amorfa. Tecnicamente, a Federação Russa é uma democracia constitucional com um sistema econômico semi-capitalista. Só o fato de ter se libertado de suas amarras marxistas já é um grande feito, mas os imperativos geopolíticos que conduziram ao embate na corrida armamentista entre EUA e URSS ainda permanecem. Isto é óbvio para quem procura entender a lógica de funcionamento dos estados. O que não se pode dizer daqueles que, toscamente, ainda crêem que ideologias movem as ações de estado.

Em sua estratégia, os contatos da Rússia com velhos radicais – al-Bana de Ahmed Jibril e de Sabri – estão inoperantes e outros, dos anos 70 e 80, como Carlos o Chacal e outros do Exército Vermelho Japonês ao grupo grego Novembro 17. Outros se encontram na “ala geriátrica”. Não resta, portanto, outra alternativa se não assediar os novos movimentos terceiro-mundistas. E desses há aos borbotões...

O colapso da insânia soviética foi um duro baque para o financiamento da militância terrorista que ficou a ver navios. Suas alternativas passaram ao rapto, narcotráfico e extorsão pura e simples. Nada de mais para quem já vivia no mundo do crime... Grupos guerrilheiros/terroristas na Colômbia (FARC), Filipinas (NPA) se adaptaram muito bem a esta “nova ordem”. E fizeram de um meio para atingir seus fins em um fim em si mesmo.

Nicarágua, Venezuela e Bolívia são alguns estados que substituíram o antigo papel destinado a Cuba para a Rússia colocar suas patas na região. Há movimentos nesse sentido também no México... Na América do Norte, simpatizantes no Canadá (quebecois) e a esquerda americana (Nancy Pelosi, Noam Chomsky etc.) passam as mãos na cabeça desses meliantes.

No Oriente Médio, o alvo de recente atividade russa é o Líbano e a Turquia. Nesta, a KGB tinha grande envolvimento durante a Guerra Fria sustentando o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão). Engana-se quem vê, toscamente, nisto uma luta pela “revolução proletária”, se trata de uma histórica rivalidade geopolítica entre estados. E a comunidade esquerdista turca agradece pelo apoio/exploração russa.

As penínsulas são lugares, histórica e espacialmente, frágeis. Provavelmente, os incentivos russos irão se dirigir para a Grécia e Itália. Na Ásia, as operações de contra-insurgência americanas contra o NPA indicam uma possível participação russa.

A retórica nacionalista do período Putin na Rússia abrangeu o apoio aos movimentos ‘bolivarianista’ na Venezuela, Bolívia e Equador. Bulgária e Sérvia também têm seus movimentos ultranacionalistas bem organizados que namoram a política externa russa, inclusive com a existência de partidos políticos.

Nesta “Nova Ordem”, a mudança ideológica russa tornou o país mais pragmático não indagando sobre a matriz ideológica do alvo, desde que seja anti-ocidental. O atual Kremlin tem se mostrado mais eficaz neste sentido do que fora a KGB. Não há mais o “divisor de águas marxista” para concessão de apoio externo.

Por exemplo, a Ku Klux Klan é bem conhecida e admirada por muitos nacionalistas russos. Uma verdadeira epidemia. Contatos europeus com grupos neonazistas ajudam a sedimentar skinheads russos. Claro que não se tratam de itens da política oficial (nem poderiam, explicitamente), mas dão idéia da cultura geral que se gesta no país. Esta rede transnacional abarca elementos de extrema-direita nos EUA, Ucrânia, países bálticos e Alemanha.

As possibilidades de capitalização russas são imensas ao pensarmos que, além do relacionamento com as Farc, existe a possibilidade de diálogo com elementos mais radicais do narcotráfico, como os violentos cartéis mexicanos. Por isto mesmo Álvaro Uribe é uma peça-chave para os EUA combaterem este dano. Political shortsightedness é o mínimo que se pode dizer de quem vê uma “luta proletária” ou ideológica neste front.

Na passagem entre a Venezuela/Colômbia e México, não podemos nos esquecer de grupos completamente mercenários como Los Kaibiles na América Central. Com sua bolsa para ataques específicos, estas “máquinas de matar” dariam aos intermediários da máfia russa e ao Kremlin uma grande vantagem comparativa nesta “economia de açougue para covardes”. O esquema de redes pode ser muito mais lucrativo (pois, tem custos bem mais baixos) do que ações diretas entre estados ou financiamento de guerrilha convencional.

Nova estrutura de esconderijos, assessores militares em exercício, ligações potenciais entre a periferia capitalista e a Rússia, acampamentos de treino da militância são alguns itens que o serviço de inteligência americano deverá focalizar. Urge ir além do paradigma de combate ao ‘jihadismo’ nos sete anos que passaram. Há muito mais por vir:




* Adaptado de Militant Possibilities on the New-Old Front. By Fred Burton and Scott Stewart, www.stratfor.com.

Amputando a variabilidade

Vejamos como Al Gore retratou o aquecimento global:


Considere o período de 1880 em diante.


E como o NOAA o representou:

A diferença entre os gráficos é que o de Al Gore – o 1º - mostra uma estabilidade muito maior até o inicio do século XX, enquanto que o da NOAA não, evidenciando uma variabilidade maior e um aquecimento bastante recente a partir dos anos 80.


Se voltarmos mais de 1.000 anos, a temperatura teria sofrido aumentos similares ao atual – 2.500, 4.000, 5.200, 8.700 e 11.000 anos atrás. Lonnie Thompson em seus estudos sobre glaciares identificou muitos desses períodos quentes: http://www-bprc.mps.ohio-state.edu/Icecore/Abstracts/Thompsonetal-climatic-change-2003.pdf .

Sem falar na linha reta genérica que Al Gore retrata para o milênio passado. Irreal, para não dizer picaretagem...

Monday, September 22, 2008

So Much for Global Warming

NewsMax.com 2/20/2008

Are the world's ice caps melting because of climate change, or are the reports just a lot of scare mongering by the advocates of the global warming theory?
Scare mongering appears to be the case, according to reports from the U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) that reveal that almost all the allegedly “lost” ice has come back. A NOAA report shows that ice levels which had shrunk from 5 million square miles in January 2007 to just 1.5 million square miles in October, are almost back to their original levels.
Moreover, a Feb. 18 report in the London Daily Express showed that there is nearly a third more ice in Antarctica than usual, challenging the global warming crusaders and buttressing arguments of skeptics who deny that the world is undergoing global warming.
The Daily express recalls the photograph of polar bears clinging on to a melting iceberg which has been widely hailed as proof of the need to fight climate change and has been used by former Vice President Al Gore during his "Inconvenient Truth" lectures about mankind’s alleged impact on the global climate.
Gore fails to mention that the photograph was taken in the month of August when melting is normal. Or that the polar bear population has soared in recent years.
As winter roars in across the Northern Hemisphere, Mother Nature seems to have joined the ranks of the skeptics.
As the Express notes, scientists are saying the northern Hemisphere has endured its coldest winter in decades, adding that snow cover across the area is at its greatest since 1966. The newspaper cites the one exception — Western Europe, which had, until the weekend when temperatures plunged to as low as -10 C in some places, been basking in unseasonably warm weather.
Around the world, vast areas have been buried under some of the heaviest snowfalls in decades. Central and southern China, the United States, and Canada were hit hard by snowstorms. In China, snowfall was so heavy that over 100,000 houses collapsed under the weight of snow.
Jerusalem, Damascus, Amman, and northern Saudi Arabia report the heaviest falls in years and below-zero temperatures. In Afghanistan, snow and freezing weather killed 120 people. Even Baghdad had a snowstorm, the first in the memory of most residents.
AFP news reports icy temperatures have just swept through south China, stranding 180,000 people and leading to widespread power cuts just as the area was recovering from the worst weather in 50 years, the government said Monday. The latest cold snap has taken a severe toll in usually temperate Yunnan province, which has been struck by heavy snowfalls since Thursday, a government official from the provincial disaster relief office told AFP.
Twelve people have died there, state Xinhua news agency reported, and four remained missing as of Saturday.
An ongoing record-long spell of cold weather in Vietnam's northern region, which started on Jan. 14, has killed nearly 60,000 cattle, mainly bull and buffalo calves, local press reported Monday. By Feb. 17, the spell had killed a total of 59,962 cattle in the region, including 7,349 in the Ha Giang province, 6,400 in Lao Cai, and 5,571 in Bac Can province, said Hoang Kim Giao, director of the Animal Husbandry Department under the Vietnamese Ministry of Agriculture and Rural Development, according to the Pioneer newspaper.
In Britain the temperatures plunged to -10 C in central England, according to the Express, which reports that experts say that February could end up as one of the coldest in Britain in the past 10 years with the freezing night-time conditions expected to stay around a frigid -8 C until at least the middle of the week. And the BBC reports that a bus company's efforts to cut global warming emissions have led to services being disrupted by cold weather.
Meanwhile Athens News reports that a raging snow storm that blanketed most of Greece over the weekend and continued into the early morning hours on Monday, plunging the country into sub-zero temperatures. The agency reported that public transport buses were at a standstill on Monday in the wider Athens area, while ships remained in ports, public services remained closed, and schools and courthouses in the more severely-stricken prefectures were also closed.
Scores of villages, mainly on the island of Crete, and in the prefectures of Evia, Argolida, Arcadia, Lakonia, Viotia, and the Cyclades islands were snowed in.
More than 100 villages were snowed-in on the island of Crete and temperatures in Athens dropped to -6 C before dawn, while the coldest temperatures were recorded in Kozani, Grevena, Kastoria and Florina, where they plunged to -12 C.
Temperatures in Athens dropped to -6 C before dawn, while the coldest temperatures were recorded in Kozani, Grevena, Kastoria and Florina, where they plunged to -12 C.
If global warming gets any worse we'll all freeze to death.
Phil Brennan is a veteran journalist who writes for NewsMax.com. He is editor and publisher of Wednesday on the Web (http://www.pvbr.com) and was Washington columnist for National Review magazine in the 1960s. He also served as a staff aide for the House Republican Policy Committee and helped handle the Washington public relations operation for the Alaska Statehood Committee which won statehood for Alaska. He is a trustee of the Lincoln Heritage Institute. He can be reached at pvb@pvbr.com