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Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, October 08, 2005

Mineração na Amazônia

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Mineração, hoje em dia, tem processos muito mais rigorosos do que se conhecia no passado recente. A obstrução desse tipo de atividade parte muito mais da ignorância de como é feita do que o conhecimento científico sobre o meio ambiente.

a.h

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Jornal O LIBERAL - 01.10.2005 (Domingo)
Geólogos questionam restrições à atividade mineira sustentável


Geólogos são contrários a reservas em áreas com potencial para mineração
A Sociedade Brasileira de Geologia, através do seu Núcleo Norte, faz severas restrições às propostas do Ministério do Meio Ambiente com vistas à criação de novas unidades de conservação no Pará, em especial abrangendo as áreas com potencial para a atividade mineradora. “Será um contra-senso pré-inviabilizar a exploração mineral por meio da criação de unidades de conservação impeditivas a essa atividade. O nível tecnológico do setor demonstra que a mineração pode ser uma atividade absolutamente sustentável (considerados os aspectos social, econômico e ambiental), sendo, por isso, estratégica sob o ponto de vista político”, afirma a SBG.
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Esta posição foi tornada pública através de boletim produzido pelo Núcleo Norte da SBG para marcar a participação da entidade na audiência pública promovida em Belém pelo Ministério do Meio Ambiente, no dia 16 de setembro, para discussão das propostas de criação de sete novas unidades de conservação no Pará, sendo sete delas na região do Tapajós. O documento foi assinado pelos geólogos Nélio Rezende e Eduardo Paim Viglio, respectivamente presidente e vice da Sociedade Brasileira de Geologia para a Região Norte.
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Em suas considerações, a entidade observou que a área abrangida pelas unidades de conservação propostas “engloba grandes extensões de domínios metalogenéticos importantes para diversos bens minerais”. Assinalou ainda que, apesar de a Reserva Garimpeira do Tapajós estar contemplada numa APA (Área de Proteção Ambiental, a menos restritiva de todas as unidades de conservação) - o que permite a continuidade de empreendimentos mineiros -, a favorabilidade geoeconômica da área extrapola os limites da reserva.
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Além disso - advertiu ainda a SBG -, o nível do conhecimento geológico regional ainda não permite delinear-se o contorno da área potencialmente favorável (à ocorrência de bens minerais). O documento sustenta, ainda, que mesmo admitindo-se as propostas de criação de algumas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral, “a serem analisadas caso a caso”, considera-se injustificável a criação de UC’s tipo Floresta em áreas potencialmente favoráveis à explotação mineral, “exceto se essas unidades de conservação contemplarem a possibilidade da atividade mineira sustentável”.
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No fecho de suas considerações, o Núcleo Norte da SBG destacou: “Há que se ter bom senso na caracterização das unidades de conservação a serem criadas. Louva-se, por exemplo, a mudança de categoria aventada de Floresta Nacional para APA, no Amana (na província mineral do Tapajós), com base na constatação do grande potencial mineiro da área”.
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Por trás de todos os questionamentos feitos pela área de geologia à criação em série de novas unidades de conservação, aparentemente sem estudos prévios que pudessem embasar as decisões, está uma questão de fundo: está o Brasil em condições de prescindir de suas riquezas minerais? Para os geólogos, a resposta é não. “É um contra-senso e ato pouco inteligente transformar em reservas áreas dotadas de potencial para a mineração”, afirma outro documento que vem circulando entre os membros da categoria. (F. S.)
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Novas descobertas, incluindo quatro depósitos na região do Tapajós, levam geólogos a questionar as restrições impostas por controles ambientais

FRANK SIQUEIRA
A região do Tapajós, no Oeste do Pará, produziu ao longo dos últimos 50 anos mais de 500 toneladas de ouro, segundo cálculos aproximados feitos por profissionais da área de geologia e aceitas sem questionamentos pelos organismos oficiais ligados ao setor de mineração. Essas estimativas, tidas ainda por alguns como bastante modestas, consideram tanto os números oficiais, relativos à produção, quanto os não oficiais, decorrentes da atividade garimpeira, exercida intensamente durante cinco décadas praticamente sob nenhum controle dos organismos governamentais. Naquela região, que cobre uma superfície equivalente à do Estado de Pernambuco, chegaram a funcionar mais de 2 mil pontos de garimpagem. Hoje, grande parte deles se acha desativada. Contam-se ainda às centenas, porém, os que permanecem ativos.
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O declínio da atividade garimpeira e a conseqüente redução da produção significam que está encerrado o ciclo do ouro na região? Longe disso. Entre os geólogos e pesquisadores, é unânime o entendimento de que a área do Tapajós continua sendo, como tem sido desde meados da década de 1950, uma das maiores regiões produtoras de ouro do Brasil. Aliás, embora o conhecimento geológico que se tem da Amazônia se encontre ainda hoje em estágio muito embrionário, os profissionais da área de geologia não têm dúvida em afirmar que o Tapajós é uma das regiões potencialmente mais ricas do mundo em relação ao ouro. Sem descartar, também, a provável existência de outros bens minerais.
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De acordo com Elton Pereira, um geólogo atuante na área do Tapajós há mais de dez anos, a região tem potencial também para cobre, molibdênio, estanho e eventualmente diamante e outras pedras preciosas. O molibdênio, por sua grande resistência à corrosão, é usado em aços e ligas e também como componente de mísseis, foguetes e aviões. E em relação ao cobre, já existe pelo menos um caso concreto. Em 1998, duas importantes descobertas ocorridas no interflúvio dos rios Tapajós e Jamanxim chamaram a atenção da comunidade geológica nacional e internacional. Hoje, estes dois prospectos estão inseridos dentro das Florestas Nacionais de Itaituba I e II . Este foi um fato novo que veio surpreender a comunidade geológica da região, pois desde então não tem sido possível acesso a essas áreas para a pesquisa mineral, porque o Ibama não concede as licenças para tanto. Esse fato levou uma grande empresa de mineração, que atuava nestas áreas, a desistir das mesmas.
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Modelo - “Nesta região tivemos a ocorrência de uma significativa descoberta de ouro associada a um modelo geológico epitermal, o que é absolutamente novo no Tapajós”, disse Elton Pereira, acrescentando: “É um modelo característico de ambientes geológicos recentes, a exemplo da Cordilheira dos Andes. É a primeira (ocorrência) que se conhece com essa característica no Escudo Cristalino da Amazônia”. Assinalou ainda o geólogo que, na mesma Floresta Nacional, ocorreu também a descoberta de uma ocorrência de cobre do tipo pórfiro, que é igualmente característico da cordilheira andina. “Os grandes depósitos de cobre do Chile são todos desse modelo”, aduziu.
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Em qualquer país do mundo, uma região como a do Tapajós seria objeto de pesquisas e estudos geológicos com vistas ao aproveitamento de seus bens minerais. Seria este, naturalmente, o tratamento devido a uma região que abriga riquezas incalculáveis em depósitos de ouro, fato comprovado pela explotação das camadas superficiais ao longo de mais de meio século de contínua atividade garimpeira. Reforça esse entendimento, além disso, a própria conformação geológica da área do Tapajós, toda ela com características reconhecidamente favoráveis às mineralizações.
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Como, porém, no Brasil costuma-se muitas vezes subverter as regras do bom senso, vem acontecendo no Tapajós exatamente o contrário do que recomenda a inteligência. Sentindo-se talvez acuado pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, em Anapu, e na obrigação de oferecer ao governo instrumentos para tentar neutralizar a pressão da opinião pública internacional, o Ministério do Meio Ambiente optou pelo pior caminho. Sem ter conhecimento pleno da área e sem realizar detalhados estudos prévios, passou a criar ali uma série de áreas de preservação ambiental. Ao amparo do que seria uma causa nobre, o governo federal, agindo de forma errática e desastrada, está engessando e imobilizando economicamente uma das mais ricas regiões brasileiras.
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Pontilhada de equívocos, a intervenção do Ministério do Meio Ambiente na região, além disso, está ocorrendo numa hora errada. Primeiro porque, naquela área, vêm trabalhando hoje, em projetos de pesquisa - alguns deles em fase já bastante adiantada -, não menos que dez empresas de mineração. E em segundo lugar porque o bloqueio econômico da região está se processando exatamente às vésperas de novas e importantes descobertas.
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Entre essas descobertas, em número de quatro, pelo menos uma, cujo anúncio deverá ocorrer ainda este ano, já está perfeitamente caracterizada como de classe mundial - classificação dada a reservas de grande porte, com volume superior a mais de 50 toneladas de ouro contido. Incluem-se nesta classificação, por exemplo, as maiores minas de ouro já operadas ou em operação no Brasil, como Igarapé Bahia (Carajás), Fazenda Brasileiro (Bahia), Morro Velho (Minas Gerais) e Crixás (Goiás). Os outros três depósitos são, no mínimo, de médio porte - podendo ainda alcançar um deles ou mais a classificação mundial.
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Mais da metade da província mineral está condenada ao engessamento
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A província mineral do Tapajós cobre uma superfície de aproximadamente 10 milhões de hectares. Atualmente, parte dessa área - 647.500 hectares - já se acha interditada por conta da criação de duas unidades de conservação, as Florestas Nacionais (Flona) I e II de Itaituba. Mas isso é só o começo. Por iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, estão sendo criadas no momento outras seis unidades. São dois Parques - do Jamanxim e do Rio Novo - quatro Florestas Nacionais: do Crepori, Jamanxim, Amana e Trairão. Os dois parques e as quatro florestas nacionais, somados, cobrem uma área de 4.530.020 hectares. Acrescentando-se a estes os 647.500 hectares das Flonas de Itaituba, tem-se uma área total ambientalmente engessada de 5.177.620 hectares, ou 52% de toda a província mineral do Tapajós.
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Quatro audiências públicas foram realizadas este mês para discutir a criação dessas novas unidades. A primeira delas em Belém, no dia 16, a segunda em Novo Progresso, no dia 20, a terceira em Itaituba, no dia 22, e a última em Jacareacanga, no dia 23. Em todas elas, sem exceção, as propostas do Ministério do Meio Ambiente foram alvo de severos questionamentos.
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Um dos críticos é Elton Pereira, geólogo com mestrado em Geologia Estrutural pela Universidade Federal de Ouro Preto e que há mais de dez anos vem atuando em pesquisa mineral na província do Tapajós. Além de haver reconhecido in loco dezenas de ocorrências, ele teve participação direta na descoberta de pelo menos quatro significativos depósitos de ouro na região. Além de ouro no Tapajós, pesquisou também metais básicos, bauxita e caulim em outras regiões da Amazônia, à qual tem dedicado até hoje mais de 80% de sua vida profissional. Com toda a experiência que acumulou sobre a região, Elton faz uma veemente defesa da Amazônia, mas ressalta que ela precisa ser preservada com conhecimento e responsabilidade.
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Infelizmente, porém, não é isso o que vem acontecendo, pelo que foi possível notar nas exposições dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente a quando das audiências públicas de que participaram para discutir o assunto. Em todas essas ocasiões, ficou evidente a quase ignorância da vocação mineira e do potencial mínero-econômico da província mineral do Tapajós. Para os burocratas do Ministério, praticamente só é levado em conta o potencial florestal da região. Aqui mesmo, em Belém, ficou demonstrada a completa omissão a respeito da importância das riquezas minerais e de seu aproveitamento responsável para a economia do Estado e do país.
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Para ilustrar seu raciocínio, Elton Pereira observou que uma área de apenas 50 hectares (500 por mil metros) contendo, por exemplo, 95 toneladas de ouro, abriga no seu subsolo um tesouro em valor equivalente a US$ 1,35 bilhão.
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Danos - “Não existe outra atividade econômica que possa gerar tanta riqueza em tão pequena área”. Outro aspecto que precisa ser observado, conforme frisou, é o que diz respeito aos impactos ambientais. “Considerando-se ainda as duas áreas, em qual delas ocorreria maiores danos à floresta”? “O fato” - completou - “é que o desmatamento e os danos causados pela mineração industrial são muito pequenos e pontuais, quando comparados com os da agropecuária, por exemplo”.
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Segundo ele, é reconhecido pela própria comunidade científica que o conhecimento geológico do Brasil, hoje, é equivalente ao conhecimento geológico de países como o Canadá e Austrália nos anos 1960. Os dois são países com forte tradição mineira e com substrato geológico semelhante ao do Brasil. “Em que estágio se encontra hoje o conhecimento geológico da Amazônia? Te garanto que num estágio muito embrionário”, observou. “Temos que assegurar que o conhecimento geológico da Amazônia possa avançar para o futuro, da mesma forma como o Ministério do Meio Ambiente quer assegurar o avanço do conhecimento biológico”.
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Os questionamentos de Elton Pereira são os mesmos de muitos outros profissionais da área de geologia. Ele defende a idéia de que a preservação da Amazônia não é apenas desejável, mas absolutamente necessária. Além disso, conforme enfatizou, a atividade mineradora, desenvolvida de forma responsável e sob as regras impostas por uma legislação bastante severa, reduz ao mínimo os impactos sobre o meio ambiente e ainda resgata os passivos ambientais decorrentes da garimpagem.
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Outro dado preocupante é o fato de que mesmo com a criação de APA (área de proteção ambiental), a menos restritiva das unidades de conservação, toda e qualquer atividade econômica - seja pesquisa mineral, agronegócio ou madeira - estará condicionada à obtenção de licença prévia do Ibama. Pode-se apostar que se criará aí mais um obstáculo quase intransponível, já que o Ibama não tem pessoal, não tem estrutura e, pior, não tem boa vontade para gerir montanhas de processos cujo número chegará aos milhares, apenas no que diz respeito à pesquisa mineral. E isto sem considerar ainda as dificuldades impostas muitas vezes pela burocracia por motivações menos nobres, para dizer o mínimo. A única conclusão possível é a de que o setor mineral acabará mesmo irremediavelmente engessado. (F. S.)
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Friday, October 07, 2005

IRAQUE 3

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E se os Estados Unidos não tivessem invadido o Iraque?


por Daniel Pipes em 07 de outubro de 2005
Resumo: De maneira geral, os benefícios da guerra no Iraque relacionam-se principalmente às questões de segurança, e os prejuízos, às de posicionamento.
© 2005 MidiaSemMascara.org

Muitas coisas seriam diferentes se George W. Bush não tivesse tomado a decisão de invadir o Iraque.
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Em alguns aspectos, a situação seria pior:
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A população do Iraque ainda estaria sofrendo sob o jugo totalitário de Saddam Hussein. A economia precária, os carros-bomba e os conflitos étnicos que os iraquianos enfrentam atualmente são de longe males de menor gravidade se comparados à pobreza, à injustiça, à brutalidade e ao barbarismo que lhes determinava o destino entre 1970 e 2003.
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A segurança da região estaria em risco. Saddam Hussein invadiu dois países (o Irã em 1980, o Kuwait em 1990) e lançou mísseis contra dois outros (Arábia Saudita e Israel); eram grandes as possibilidades de que ele voltasse a atacar, dessa vez, quem sabe, para interromper as rotas de petróleo do Golfo Pérsico. Além disso, ele patrocinava o terrorismo contra Israel e mantinha ligações com o regime facínora de Bashar al-Assad, da Síria.
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A segurança dos Estados Unidos estaria ameaçada enquanto um megalomaníaco governasse o Iraque com os recursos para construir e a vontade de usar armas de destruição em massa. Saddam Hussein revelou tal disposição já em 1988, quando utilizou gases químicos inúmeras vezes, até mesmo contra o seu próprio povo (em um vilarejo nesse mesmo ano, matando 5 mil pessoas). Seus laços com a Al-Qaeda podem tê-lo decidido a cooperar com a organização para usar armas de destruição em massa contra os Estados Unidos.
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Sob outros aspectos, porém, a situação poderia ser melhor se a guerra não tivesse acontecido:
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As relações dos europeus com os Estados Unidos seriam mais satisfatórias hoje. Pesquisas e outros dados demonstram que a guerra do Iraque acirrou a hostilidade internacional contra os americanos como nunca desde 1945.
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A guerra exacerbou as divergências entre os muçulmanos. Um poderoso processo de radicalização tornou-se visível não apenas na maioria dos países muçulmanos (Turquia, Jordânia e Paquistão são bons exemplos disso), mas também em países ocidentais (como o Reino Unido).
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A política interna dos Estados Unidos seria menos irascível sem a guerra. A solidariedade que emergira do 11 de Setembro tinha-se dissipado antes que a guerra do Iraque começasse em março de 2003, mas a decisão de lhe dar início agravou as tensões, simbolizadas pela mordacidade evidente nas eleições presidenciais de 2004.
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De maneira geral, os benefícios da guerra relacionam-se principalmente às questões de segurança, e os prejuízos, às de posicionamento. O mundo está mais seguro com Saddam à espera da sentença preso em uma cela, e também está mais dividido. A administração Bush prevaleceu militarmente, mas fracassou no plano político.
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Feitas as contas, o saldo da guerra é mais positivo que negativo; a impopularidade e a acrimônia valem o preço de um governo que já não seja uma ameaça aos iraquianos e ao resto do mundo.
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Publicado pelo Philadelphia Inquirer. Também disponível em danielpipes.org
Tradução: Márcia Leal.

Daniel Pipes é um dos maiores especialistas em Oriente Médio, Islã e terrorismo islamista da atualidade. Historiador (Harvard), arabista, ex-professor (universidades de Chicago e Harvard; U.S. Naval War College), Pipes mantém seu próprio
site e dirige o Middle East Forum, que concebeu junto com Al Wood e Amy Shargel — enquanto conversavam à mesa da cozinha de sua casa, na Filadélfia — e que hoje, dez anos mais tarde, tem escritórios em Boston, Cleveland e Nova York. Depois do MEF, vieram o Middle East Quartely, o Middle East Intelligence Bulletin e o Campus Watch, dos quais ele participa ativamente. Juntos, esses websites recebem mais de 300 mil visitantes por mês. Por fazer a distinção sistemática entre muçulmanos não-islamistas e extremistas islâmicos, Daniel Pipes tem sido alvo de ataques contundentes. A polêmica gerada por sua nomeação, em 2003, para o Institute of Peace pelo presidente George Bush apenas confirmou o quanto as idéias de Pipes incomodam as organizações islamistas e outros interessados em misturar muçulmanos e terrorismo. Daniel Pipes é autor de 12 livros, entre eles, Militant Islam Reaches America, Conspiracy, The Hidden Hand e Miniatures, coletânea lançada em 2003.

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A ocasião fez os ladrões

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[Apesar de discordar, parcialmente, da opinião do entrevistado, particularmente quanto ao tamanho do estado brasileiro e a lógica da sonegação de impostos, bem o peso destes na economia, acho importante alguns dos pontos de vista elaborados...]
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Para o diretor executivo da ONG Transparência Brasil, a onda de corrupção que varre o governo não se deve à desonestidade dos políticos – e sim ao fato de que é fácil fazer farra com o dinheiro público
Andreas Müller e Marcos Graciani

No dia em que concedeu entrevista a AMANHÃ, Cláudio Weber Abramo acabara de despachar documentos que já repousavam em sua mesa havia quatro meses. “Não tinha tempo mental para cuidar disso antes”, explicou ele. Desde maio, Abramo dedica quase toda sua rotina a monitorar os desdobramentos da crise política. Como diretor executivo da Transparência Brasil – uma ONG que busca meios de combater a corrupção –, ele não pode deixar escapar uma vírgula das revelações que surgem nas CPIs dos Correios e do Mensalão. A trabalheira compensa. Abramo tem sido cada vez mais requisitado para palestrar, e já pleiteia a presidência da Transparência Internacional, a maior ONG de combate à corrupção do mundo. O problema é que a tarefa é cansativa. “Só penso em mensalão. Fiquei monomaníaco”, brinca. Nesta entrevista, Abramo usa adjetivos ainda menos honrosos para criticar a maneira como o governo vem gerenciando a crise. Confira:
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Como a crise está afetando a imagem do Brasil lá fora?

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Depende. Se estivermos falando dos investimentos de curto prazo, esses que o Brasil vive captando com elevadas taxas de juros, aí não tem nenhum efeito. O cara decide comprar uns títulos e, no dia seguinte, ele vende. Os escândalos não exercem nenhuma influência, é efeito-zero. A corrupção só afeta os investimentos de longo prazo. Mesmo assim, não dá para chegar em uma multinacional e perguntar: “Você deixaria de investir num país cuja percepção de corrupção é alta?”. Antes de responder isso, o cara calcularia os riscos de se fazer o tal investimento. Ele avaliaria se a percepção de corrupção poderia aumentar seus custos de operação, ou fazer com que um contrato deixasse de ser honrado etc. Isso sim, é um problema.
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O Brasil vinha evoluindo no Índice de Percepção de Corrupção, o CPI. Depois dos episódios deflagrados em Brasília, quanto o país deverá recuar?

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Olha, na verdade, não se deve levar excessivamente a sério esse índice de corrupção.
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Não?

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Não, simplesmente porque é impossível distinguir os países desta maneira. O ranking da Transparência Internacional é feito a partir de percepções, de opiniões subjetivas a respeito da corrupção em certos países. Essas opiniões são dadas por pessoas ligadas aos negócios internacionais. Mas não há uma medição objetiva. Não é possível ter uma lista com a discriminação de quem é mais corrupto. Como você vai saber se o Brasil é mais corrupto do que a República do Congo, por exemplo?
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De qualquer forma, você percebe alguma mudança nos níveis de corrupção do Brasil? Estamos piorando?

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O Brasil tem permanecido no mesmo nível nos últimos seis anos, não mudou nada. Não melhorou e nem piorou: ficou no mesmo nível. A corrupção é uma característica definida. Os países não ficam mais corruptos ou menos corruptos de um ano para o outro.
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Nos últimos anos, tivemos uma overdose de escândalos políticos e CPIs. Isso não acaba banalizando a corrupção?

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De forma alguma. Todas as pesquisas a respeito da maneira como o brasileiro encara a corrupção resultam em rejeição. O brasileiro não aceita isso. Ele considera que é um mal a ser combatido. Para o empresário, é mais um fator de custo. Em qualquer um dos casos, a corrupção é rejeitada.
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Mas sempre se falou que o Brasil é o país do “jeitinho”. A corrupção não poderia ser considerada um problema intrínseco, ou cultural?

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Essa concepção é muito deletéria para a compreensão do problema e sua resolução. Se a corrupção fosse cultural, as pessoas aceitariam, certo? Elas considerariam isso normal. Mas não é o que constatamos. O brasileiro não gosta de corrupção, essa é a verdade. A idéia de que é um problema cultural se baseia numa noção equivocada: a de que corrupção é causada por uma falha moral. As pessoas pensam que isso só acontece porque existem pessoas “más” na política brasileira. É o que ouvimos: que precisamos de uma liderança, de um choque ético etc. Ocorre que essa perspectiva é meramente moral. Nesse raciocínio, a corrupção só acontece quando há pessoas desonestas. É meio trivial, não?
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É um raciocínio lógico.

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É lógico, mas também é tautológico. Não ganhamos nada com isso. Raciocinar dessa maneira não resolve. Você tem de pensar o seguinte: por que existem oportunidades para o indivíduo desonesto agir? Essa é a pergunta que tem de ser feita. Por que um indivíduo que ocupa uma diretoria dos Correios tem oportunidade de manipular uma licitação? Ora, não é somente por desonestidade. É porque o mecanismo permite. A corrupção só existe porque há falhas estruturais no Estado e em suas instituições. Não adianta dizer que é feio. Não adianta fazer vigília contra a corrupção, incluir noções de ética no ensino e tal. Para resolver esse problema, é preciso mexer na estrutura. Tem de agir na gestão. Só é possível consertar a corrupção alterando as condições que a propiciam.
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Quanto à criação desses mecanismos, você acha que o governo brasileiro...(Interrompendo)

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Vem falhando gravemente.
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Historicamente? Afinal, houve escândalos de corrupção em governos anteriores.

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As falhas são históricas, mas este governo, em particular, vem falhando gravemente. Em 2002, durante a campanha eleitoral, Lula se comprometeu publicamente com o combate à corrupção. Ele assinou um documento com a Transparência Brasil, comprometendo-se a adotar estratégias que seguiam esta linha: a de procurar as raízes institucionais e administrativas do problema. Mas não fez absolutamente nada. E agora fica dizendo por aí que “eu prendo, mato e arrebento”. É tudo conversa.
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Como você avalia a reação de Lula à crise?

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Você sabe melhor do que eu. Foi unanimemente um fracasso. Por vários motivos, Lula não está reagindo como deveria, e nem tampouco como poderia. Lula não identificou que há problemas na estrutura: em algumas áreas cruciais, em cargos de confiança, nos métodos de orçamento etc. O caso dos Correios escancarou isso. Deixou claro que as causas da corrupção são institucionais. O sistema, por exemplo, dá liberdade para se nomear pessoas para cargos de confiança. Ocorrem problemas nas leis de licitações de contratos, falta uma legislação que regulamente o direito de acesso à informação... E essas são as fontes da corrupção. Mas o governo preferiu não agir nas fontes. O que o governo fez? Simples: uma reforma ministerial calcada nos mesmos critérios que deram origem à crise.
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Quais critérios?

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O de loteamento. Lula fez um loteamento nos ministérios, redistribuiu o poder, inclusive envolvendo uma pasta crítica para as emendas parlamentares, que é o Ministério das Cidades. Não vai resolver nada.
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A crise pode agravar outros problemas crônicos, como a sonegação? Afinal, tem contribuinte que pensa não valer a pena financiar um governo que gasta mal o dinheiro.

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Isso não é um raciocínio, é o pretexto. Não é por isso que se sonega impostos no Brasil. Os indivíduos assalariados, por exemplo, não sonegam impostos. Os tributos são descontados direto do holerite, eles sequer têm chance de sonegar. Já as empresas privadas sonegam impostos. Por quê? Porque existe muita vulnerabilidade no processo de arrecadação. Não tem nada a ver com esta justificativa de que o Estado gasta mal o dinheiro. Isso é conversa fiada de mau empresário. Ele sonega porque pode, porque o Estado é ineficiente na arrecadação.
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Não seria pelo fato de a carga tributária brasileira ser pesada demais?

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Quem é que considera pesada?
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Empresários e contribuintes em geral. Quase todo mundo reclama.

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Eu não considero. Eu não acho. É empresário que diz isso. Não é a minha opinião.
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Qual é o aspecto da corrupção que mais preocupa: a sonegação de impostos ou o desvio de dinheiro público?

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Veja bem: o que é corrupção? É o conluio de um agente público com um agente privado em detrimento do interesse público. Isso é corrupção. Público e privado estão sempre envolvidos. Sempre. Especialmente quando não há controles eficientes. A falta de supervisão é um convite à corrupção. Essa é a vulnerabilidade.
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Hoje, exige-se transparência total das empresas. Muitas companhias brasileiras já adotam até padrões internacionais de governança. Há como adotar essa cultura no Estado?

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É muito diferente. O acionista de uma empresa privada, o stakeholder, tem um interesse direto, material. Ele quer ver os dividendos dele aparecer. Ele cobra: “Olha, esse negócio aqui está dando muito pouco. O que vocês estão fazendo aí?”. Nesse processo, ele consegue acompanhar a gestão do negócio. No Estado não é assim. Nós não somos acionistas do governo. Nosso direito de influir no que os deputados fazem, no que os vereadores gastam, é muito mais restrito.
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Existe algum país que possa ser tomado como modelo pelo Brasil no combate à corrupção?

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Qualquer país rico. Todos os países ricos têm uma percepção de corrupção baixa. Aliás, a renda per capita é o indicador que se relaciona mais diretamente com os níveis de corrupção. Quanto mais pobre é o país, mais alto é o nível de corrupção percebida. O que é fácil de explicar. Um país pobre tem menos dinheiro para investir no aparelhamento do Estado. Já os países ricos têm mecanismos regulatórios e de aperfeiçoamento da máquina administrativa que são bem mais avançados. O setor público é bem aparelhado. Sabia que, em média, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, entidade que congrega os 30 países mais ricos), 7% da população está empregada no poder público? Veja bem, são os países da OCDE: Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa Ocidental, etc. A média é de 7%, exceto nos setores de saúde e educação. Agora, sabe qual a média brasileira? É a metade disso. Apenas 3,6% da população está empregada no setor público.
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Mas dá para aumentar o tamanho do Estado? Há quem diga que a corrupção ocorre justamente porque o Estado brasileiro está inchado demais.

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Isso é que os empresários, esses neoliberais querem fazer crer. Esse pessoalzinho que pede para diminuir o Estado não sabe o que está falando. O Estado brasileiro é mal aparelhado. Tem menos gente do que seria necessário. Os servidores não têm qualificação, porque sofrem interferência na carreira pública. Só cresce quem entra no jogo político, como vimos neste escândalo do mensalão, dos Correios. Os países ricos têm um corpo funcional muito mais aperfeiçoado no Estado. Nós também precisamos disso. O Brasil é um país grande, com quase 200 milhões de habitantes. Não é a Lituânia. Veja: temos 5.652 municípios, e todos eles são administrados de forma autônoma. Hoje, no organograma do governo, o município de Cabrobó da Serra, no interior do Piauí, tem tanta autonomia quanto Porto Alegre, por exemplo. É completamente absurdo. As condições de administração são muito diferentes.
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O governo deveria mudar a maneira como repassa verbas aos municípios?

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Isso não é só uma questão de governo, é de Constituição. A Constituição obriga o governo a lidar com os municípios dessa maneira. Não se enxerga que a maioria dos Estados e municípios brasileiros são um horror de eficiência administrativa.

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Por isso temos tanta desigualdade.
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E com esse cenário pela frente, existe alguma esperança de que o Brasil consiga extirpar a corrupção da máquina pública?

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Existe. Mas desde que sejam feitas alterações institucionais na máquina, além de melhorias de eficiência na gestão do Estado. Isso até tem acontecido, só que timidamente. Há progresso. Se não houvesse progresso, nós ainda estaríamos divididos em capitanias hereditárias. O progresso acontece. Mas fica difícil de enxergar, porque é muito lento.
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A reforma política pode resolver o problema?

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A reforma política precisa ser feita. É importante. Mas só vai conter a corrupção se mexer na estrutura político-partidária brasileira. Do contrário, não vai resolver nada. Vai ser só mais um elemento na Operação-Abafa. Tem gente dizendo aí na praça que tudo vai se resolver com a reforma política. Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Sem mudanças estruturais, não tem nada a ver. Trata-se o problema como se tudo derivasse de uma certa maneira de financiar partidos. Logo, se a gente resolver isso, resolve tudo, não é? Conversa...
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Você acha que as CPIs terão um resultado concreto? Será que desta vez ficará a sensação de que a corrupção foi combatida?

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Seguramente, os marquetólogos do Congresso vão jogar isso na panela: “Combatemos a corrupção porque cassamos não sei quantos deputados”. Mas é preciso diferenciar as coisas. Se a CPI funcionar, os culpados serão punidos, e ponto. Isso não significa que se combateu a corrupção. Punir culpado não é a mesma coisa que combater corrupção. O Congresso precisa procurar de onde saiu este dinheiro. Dinheiro não nasce em árvore. Esse dinheiro todo saiu da onde? Cresceu porque o Marcos Valério plantou no quintal dele? Tem de olhar isso. Se não olhar, a corrupção vai continuar acontecendo.
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Afinal, qual deve ser o primeiro passo do governo para acabar com a crise?

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O primeiro passo é se despir: dispensar os conselheiros que estão agindo junto ao presidente. Entre eles, aquele advogado criminalista que pensa com cabeça de advogado. Ora, o problema que estamos enfrentando, e que o presidente precisa solucionar, é político. Não é uma questão jurídica.
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Você está se referindo ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos?

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Claro. As orientações políticas dele são péssimas. Não só o presidente da República, mas todos os depoentes da Comissão de Ética, das CPIs, todos eles agem como se estivessem em um tribunal. Esqueceram que estão em um território político. Isso vai sair pela culatra, não vai dar certo. Infelizmente, o que se pode concluir disso daí é que o país pára. Eu aqui já nem trabalho mais. Só penso em mensalão. 

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Stan

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Viernes 07 de octubre, 2005
Estados Unidos se compromete a ayudar a México por huracán Stan(AméricaEconomía.com)
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Observação

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Comparem estes dois informes. Eles são sintomáticos. O brasileiro no exterior arrebenta, é campeão, mas no próprio país, o setor em que atua é um fracasso. Por quê?

A resposta óbvia é que nosso ambiente econômico não favorece o empreendedor.

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Calçados: crise demitirá 60 mil trabalhadores no RS

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O Governo Lula está acabando com a indústria calçadista do Rio Grande do Sul. Já vão a 20 mil o total de trabalhadores desempregados na cadeia coureiro-calçadista gaúcha, mas o número irá frouxo a 60 mil. A crise de 2005 já é maior do que a crise de 1995. . A crise de 1995 foi tão devastadora que somente agora, 10 anos depois, o valor total exportado voltou aos níveis daquele ano: US$ 1,8 bilhão. . Se nada for feito, a crise produzirá um retrocesso tão grande quanto o de 1995, que derrubou as exportações de calçados para US$ 1,2 bilhão em apenas dois anos.. Os calçadistas gaúchos organizaram-se no recém criado "Brasil Compete Já !", que emplacou de cara o apoio de 47 entidades, inclusive Fiergs, Federasul e Abicalçados. O Governo do RS pode fazer mais, porém está fazendo menos. Rigotto poderia montar um Gabinete da Crise do Calçado para ajudar a pressionar Brasília, que é o epicentro da crise. Os Deputados do PT movimentam-se melhor do que Rigotto, porque apóiam os trabalhadores da boca para fora, sabendo muito bem que o pai da crise é a troika Palocci-Meirelles-Lula.. Por trás da crise está a concorrência chinesa nos mercados que costumam comprar do RS, no caso Europa e Estados Unidos. "Eles querem comprar da gente, preferem o nosso produto, mas a diferença de preços já chega a 40% (US$ 8,50 pelo par chinês e US$ 13 pelo par brasileiro) e com isto não dá para fazer negócio", contou ontem ao editor desta página um dos líderes do movimento "Brasil Compete Já !", Jorge Faccioni, também dono da Pummer, de Lajeado. . O que querem os calçadistas gaúchos ? Na prática, o mesmo que reivindicou, ontem, nesta página, o novo Presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca: 1) juros civilizados (2% a 3% ao ano e não 19%). 2) câmbio realista (R$ 3,20 no mínimo e não R$ 2,20). 3) fuzilamento dos impostos e encargos sociais. 4) limitações para as exportações do couro wet blue.
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Site: www.movimentobrasilcompeteja.com.br
E-mail: jorge@faccioni.com.br
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Maior exportador da China é um gaúcho

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O maior exportador de calçados da China, curiosamente, não é um chinês, mas um brasileiro, um gaúcho do Vale do Sinos. . Trata-se de Ernesto Correia (ex-Ana Paula), que há 15 anos desconfiou que o RS e o Brasil já eram e foi fazer negócios na China. Seus escritórios centrais ficam em Dong Guang, ao lado de Hong Kong. No ano passado, o editor desta página esteve em Hong Kong, Xangai e Pequim, onde conheceu gente que trabalha para Correia. Milhares (fala-se em 5 mil) de empreendedores e técnicos gaúchos foram ensinar os chineses a fabricar calçados. . Em Xangai, o colunista almoçou com 20 executivos que tocam empresas brasileiras na China. No total, na China são 300 executivos do Brasil. São pessoas como Ernesto Correia, mas também profissionais como o também gaúcho João Carlos Lemos, que dirige a fábrica da Embraco (compressores, de Joinville).
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Thursday, October 06, 2005

Gás natural

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Nova lei do gás acaba com 'monopólio' da Petrobras

Leila Coimbra De São Paulo Valor Econômico - 06/10/2005 - edicão nº 1361
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Controle de armas no México

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To add to this: Mexico has now beat out Columbia in the world cup of kidnapping (sequester)
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Strict Mexican gun laws creating black market for U.S. weapons
By SERGIO CHAPA

The Brownsville Herald
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BROWNSVILLE, August 16, 2005 — Mexico’s strict gun control laws are contributing to an illegal gun market and easier access to weapons, according to U.S. law enforcement officials that are close observers of a recent upswing in border violence.
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Since January, more than 600 people have been killed in an ongoing war between rival drug cartels using high-powered handguns and assault rifles fighting for control of drug smuggling routes on the Texas-Mexico border.
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Federal gun seizures show that a majority of weapons used in violent crimes in Mexico were smuggled into the country from the United States or bought through other sources in a lucrative black market.
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Mexican law requires its citizens to apply for a permit from the Secretary of National Defense (SEDENA) before they can buy a handgun or rifle for hunting or self-defense.
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SEDENA officials could not be reached for comment. The agency’s Web site shows applicants must submit to a background check as well as provide verification of employment and several references.
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Federal agents that asked not to be identified for security reasons said the permitting process in Mexico is expensive and approval to buy a handgun or rifle (that must be .22-caliber or smaller) can take up to a year. In the United States, the Brady law requires federally licensed gun dealers to run background checks on all buyers; the process usually takes seven days or less.
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At the same time, Mexican law also prohibits gun owners from carrying their weapons in public. Texas gun owners can carry weapons if they have a concealed handgun permit.According to SEDENA, Mexico has only two licensed gun manufacturers, compared to almost 200 in the United States.
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The U.S. Bureau of Alcohol, Tobacco and Firearms reports the U.S. arms industry is worth $1.2 billion and exports more than 141,000 guns per year.
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Limited distribution in Mexico makes legal guns and ammunition more expensive than those smuggled in from the United States.
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Ignacio Corona, a Mexican and Latin American Cultures professor at Ohio State University, said those and other gun laws put Mexico’s honest citizens at a disadvantage.
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“All the weapons are in the hands of the bad guys,” he said.
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But at the same time, Corona said it is difficult to predict how changes in Mexico’s gun laws would change the situation.
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“If it was more lax,” he said, “perhaps it would be worse because there is no education in the culture on how to use the guns properly.”
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Wednesday, October 05, 2005

Segurança Nacional nos EUA

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Defend the Homeland--Or Lose It
By Newt Gingrich
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Six weeks before September 11, the Central Intelligence Agency informed the Federal Bureau of Investigation that two terrorists had entered the United States. Yet the terrorists were able to board a plane in Boston using their own names.
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Every American must understand the drastic need to transform homeland security. It is not complicated. There are those in the world who know what America is and what it stands for and who are committed to destroying us. They are not open to negotiation. Our very existence threatens the values of the followers of the reactionary form of Islam, principally the Wahabi and Deobandi sects. We must design an enduring strategy, as we did for the defeat of communism, to ensure the victory of our values. The scale of this Islamic challenge is very important for Americans to understand, as is the inevitable violence that will continue to reach us here at home if we choose not to defeat it.
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The concept of a Homeland Security Agency was contained in a March 2001 report by the Hart-Rudman Commission, started by President Bill Clinton and myself in 1997. The most sobering prediction, largely ignored by the media, was the Commission's warning that it is likely that a nuclear, chemical, or biological weapon of mass destruction will be used on an American city in the next 25 years and that the most probable source would be terrorism. The Commission recommended that the United States prepare a homeland security agency that would be able to respond to as many as four cities hit simultaneously with mass-destruction weapons. The Commission's unanimous conclusion was that anything less would be to gravely underestimate the danger and unnecessarily risk lives.
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We must recognize that our cities are always threatened. We are threatened not only by missiles, both ballistic and cruise, but also, and more likely, by terrorists delivering violence in unexpected ways, as 9/11 proved. Yet more than a year later, we still do not have an effective interagency process to enable 22 separate agencies with Congressional oversight by 88 committees to work together effectively. This failing could be a matter of life and death.
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Just as nearly 800 people were taken hostage recently in a Moscow theater by Chechen rebels, Americans should no longer assume that wars take place only in far-off lands. It is the nature of terrorism to disrupt stable societies as a tactic to soften public support for military action. Similarly, if we move to replace Saddam Hussein, we should be aware that reprisals might be attempted on American soil.
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The recent sniper attacks around Washington, D.C. demonstrated the ease with which just two people can terrorize and disrupt the daily routines of millions. We have yet to solve the mystery of the anthrax cases shortly after 9/11. The quality of the anthrax was reportedly of such high grade that the expense and sophistication excludes the possibility of one individual and points to the likelihood that the attack had the support of a government. Despite such threats, it should be possible, with entrepreneurial leadership, to make America the best-defended country in the world with minimum inconvenience to her citizens. But moving forward incrementally is not acceptable: We must accept quick failures to get large breakthroughs.
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The Hart-Rudman Commission called for a homeland security agency that is separate from the Defense Department. If the United States is engaged in a war overseas when an attack occurs at home, the secretary of defense cannot be expected to manage both an offensive campaign abroad and a defensive one at home. So, a Department of Homeland Security must be a serious agency with real power, its own budget, and the ability to hire and fire. The new department should be centered around three major functions: predictive and pre-emptive intelligence capabilities; closing existing vulnerabilities; and coordinating federal, state and local response and recovery.
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The homeland security strategy should also include a domestic anti-terrorism agency that is independent of the FBI and CIA. The CIA, charged with intelligence gathering, can track terrorists worldwide but cannot operate within our own borders. The FBI has historically been a law enforcement agency that investigates crimes that have already been committed. What is absent is the equivalent of the U.K.'s MI-5 Security Service that collects intelligence domestically.
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The fact that we inspect less than 1 percent of the 3.5 million containers that enter our ports every year is one example of a significant vulnerability. And, of course, merely checking ID cards and allowing uninspected luggage to be loaded on commercial planes is nowhere near the level of security needed. It is imperative that we use the newest technology to maximize security while minimizing inconvenience. These are large capital investments, but with relatively low personnel costs--which in the long run will cost less than the current labor-intensive system.
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The greatest threat to the human race over the next 30 to 50 years is an engineered infectious biological weapon. The bubonic plague killed about a third of the population of Europe between 1347 and 1348. In North America, multiple diseases killed up to 96 percent of American Indians in some villages. A genetically engineered retrovirus could render our current vaccines useless, leaving our population utterly defenseless to a deadly and horrific epidemic. We are not prepared to discover the virus as soon as it appears, or develop and deploy a new vaccine in a race against time. The 55,000 drug stores across the country should all be part of a virtual public health service that, in a crisis, could quickly disseminate live-saving information and available treatments.
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And the need for a global missile defense hasn't died. We need a system capable of not only protecting our troops overseas, but also our homeland. Such a system can only work if it is space-based.
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In terms of response and recovery ability, the Federal Emergency Management Agency is the logical base around which to build a response system for a domestic crisis. FEMA deals regularly with disasters and has worked with local civilian emergency service personnel during floods, after hurricanes, tornadoes, and earthquakes, and on the terror sites of 9/11. It will be necessary to allocate and dedicate parts of the National Guard to such service. (For some creative yet common sense thinking on employing the ROTC, see Robert Cottrol's article.)
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The danger from an attack with weapons of mass destruction is greater than many people believe, and the complications of dealing with such an attack, colossal. A prepared America could save hundreds of thousands and possibly millions of lives in the event of such a disaster. This cannot be accomplished without true coordination of the military, FEMA, the Centers for Disease Control, the FBI, and state and local authorities.
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A worldwide economic system and a prosperous free society are inevitably vulnerable to state-supported terrorism. Time is on the side of our enemies. They have the leisure of searching out a single opportunity, because they only have to hit once. They don't have to attack us every day. But we must sustain freedom every day.
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We must remain vigilant and not repeat the historic errors of 1918 or 1945 when we had the same desire that many have today--to streamline our military, to reduce our forces, to withdraw from the world. By 1947, it was clear that that was not possible. Today our military capacity is too small. We will always need more intelligence and a greater ability to project power than we have now. We must steel ourselves for a deadly struggle. Our lives depend on it.
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BIRD'S EYE guest author Newt Gingrich is a former speaker of the House of Representatives and a senior fellow at the American Enterprise Institute.
Published in Homeland Dangers January/February 2003
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Monday, October 03, 2005

Império sem apologias



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Robert Kaplan é um jornalista à moda antiga. Para mim, um dos melhores que existe. Seu 'Os Confins da Terra' editado no Brasil já mostrou como se pode discutir temas variados envolvendo sociedades sem ser simplista, tampouco 'academicista'. Kaplan vai no foco, come mal, se empoeira com bloco e caneta, vive a cena realmente e dê-lhe coração. Não basta não ter máscara - diz o que pensa -, mas tem intelecto apurado e arguta visão.
Aqui, uma análise de seu livro 'Império Sem Apologias'.
Robert Kaplan is a writer whose views command attention among movers and shakers. For Clinton-era officials grappling with the crisis of a disintegrating Yugoslavia, Kaplan's Balkan Ghosts, published in 1993, served for a time as holy writ. The essays collected in The Coming Anarchy, released in 2001, offered a bleak but influential depiction of the disorder roiling the planet after the cold war. Restlessly trolling the world for stories, Kaplan has become much more than a reporter; he is a public intellectual who happens to live out of his rucksack.
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With his new book, Kaplan turns from describing the world's ills to proposing a remedy. The antidote to anarchy is empire, policed by American soldiers holding an assault rifle in one hand and offering candy bars with the other.
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Kaplan began Imperial Grunts intending to "take a snapshot for posterity," recording what it was like to be a GI "stationed at remote locations overseas at the beginning of the twenty-first century." The result, however, is less a snapshot than an album of impressions collected during the course of travels that take Kaplan from the jungles of Colombia to the deserts of Iraq, with forays in between to the Philippines, Yemen, Djibouti and Mongolia. At each stop along the way his subject is the American soldier, whom he observes, interviews, explains and venerates.
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A journalist who displays his contempt for phonies and frauds like a badge of honor, Kaplan wants above all for his readers to accept his snapshot as genuine and truthful. He prides himself on reporting that is immediate, personal and even intimate. In this case, tracking US troops across various hot spots obliged Kaplan to endure any number of indignities, all of them carefully enumerated: He subsisted on combat rations, went without showers, jostled around in drafty cargo planes and cramped Humvees and slept on dirt floors using a helmet for a pillow. So this purports to be the real deal.
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Among the effusive endorsements adorning Imperial Grunts is one by Bing West describing Kaplan as "America's Kipling." Like Kipling, Kaplan is smitten with barracks rooms, mess halls and the "world of beer, cigarettes, instant coffee, and chewing tobaccos" that soldiers ostensibly inhabit. In a nation crowded with charlatans, soldiers--"people who hunted, drove pickups, employed profanities as a matter of dialect, and yet had a literal, demonstrable belief in the Almighty"-- retain for Kaplan an authenticity otherwise fast disappearing from American life.
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Authenticity in this context connotes masculinity and self-abnegation. In an age redolent of sham and corruption, soldiers--having "taken a veritable monastic vow of poverty"--retain an "unapologetic, literal belief in God...tempered and uplifted by the democratic experience." As a consequence, they are compassionate as well as brave, rough around the edges but also refreshingly honest.
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If Kaplan is a romantic, he is also a populist and a reactionary. He dotes over the career sergeants who come out of rural America and the "generic working class," in Kaplan's eyes "the Great Preserver of the oldest, simplest virtues." He endorses the muscular Protestant fundamentalism that over the past thirty years has tacitly established itself as the quasi-official religion of America's armed forces, its abiding theme not love thy neighbor but smite thine enemy. He notes approvingly that in today's military the spirit of the Old South lives on, with the very best captains and majors finding their role models in "the gleaming officer corps of the Confederacy." Indeed, Kaplan locates the "true religious soul" of present-day professional soldiers in "the martial evangelicalism of the South."
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Reactionary populists idealize the past because they loathe the present. Kaplan proves no exception. Fawning over soldiers as a virtuous remnant of a lost, better age, he misses no opportunity to express his contempt for his contemporaries who do not share in the austere existence of the classic man-at-arms. The targets of his wrath include, but are by no means limited to, narcissistic intellectuals, risk-averse politicians, micromanaging generals, bean-counting bureaucrats, wimpy journalists who have never visited Djibouti or Mongolia, the entire "policy nomenklatura in Washington and New York--in its cocoon of fine restaurants and theoretical discussions," and all manner of effete civilians, especially those residing in New England, which Kaplan, who makes his home in Massachusetts, describes as awash with pacifists.
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Why are such people worth defending? How is it that a warped and decadent society manages to produce such sturdy warriors? Hovering in the background of his snapshot, these questions do not interest Kaplan. He prefers to focus on the American soldier in the field, where the order of the day has less to do with defending the country per se than with managing a global empire.
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On that empire Kaplan is bullish. He views the global war on terror as an opportunity to push out its boundaries--if the policy-making twits in Washington will simply give dirty-boots soldiers the latitude to do so. "To be an American in the first decade of the twenty-first century," he writes, "was to be present at a grand and fleeting moment." The events of September 11, 2001, inaugurated what Kaplan calls America's "Second Expeditionary Era"--the first had begun with the expansionist surge of 1898--in which US forces once again sally forth to take up "the white man's burden," a phrase that he employs without irony or apology.
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Kaplan laces his narrative with ostentatious references to emperors and adventurers, proconsuls and viceroys, ranging from T.E. Lawrence to "Ligustinus, the Roman centurion." The cumulative effect is to suggest that the United States today is simply doing what empires throughout history have done: shouldering "the righteous responsibility to advance the boundaries of free society and good government into zones of sheer chaos." To imply that other, less exalted considerations just might enter into the equation--power? profit?--becomes unseemly. For Kaplan, the essence of empire is helping those unable to help themselves, creating order out of anarchy and uplifting the downtrodden.
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In this sense, as Kaplan sees it, 9/11 returned the US military to its nineteenth-century roots when advancing the boundaries of free society meant removing any obstacles impeding the westward march of the young Republic. Today's war on terror is "really about taming the frontier," with the frontier now literally without limits. According to Kaplan, the vast swath of Islam, stretching from Africa across the Middle East to Southeast Asia, now qualifies as "Injun Country." The "entire planet" has now become "battle space for the American military."
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Buried in all of this chest-thumping jingoism and celebration of soldierly virtue is an argument of sorts. The essence of the argument is as follows: America's unconventional warriors hold the key to governing its global imperium. On the outer rim of empire, cultural sensitivity and familiarity with the local languages matter more than firepower. The efforts of the guy on the ground sipping tea with the local warlord count for more than airy pronouncements issued by the Pentagon or the White House. Quality outweighs quantity. Rather than the large, fixed installations favored by what Kaplan contemptuously refers to as the "Big Army," better to establish a small, austere footprint. Only the US military has the ability to run the American empire, but "the fewer troops that policed it the better."
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According to Kaplan, the world's sole superpower doesn't especially need tanks and fighter-bombers, artifacts from a military age now past. Instead, it ought to be investing in something akin to a "Peace Corps with guns." During the course of his travels, he discovers that the nation already has this capability in its Special Forces and Marine Corps--elite organizations optimized for imperial policing. All that's required is to turn them loose and to get out of the way. After all, as Kaplan explains in an assertion sure to come as news to the Air Force and the Northern Alliance, a mere handful of special operations troops "conquered Afghanistan by themselves."
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Kaplan's reporting, however, belies his thesis, both as to the imperial past and the military imperatives of the present. Two examples will suffice to make the point.
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Kaplan's chapter on the Philippines details his stay in Zamboanga, where Filipino authorities have been engaged in a never-ending struggle against the Moro Islamic Liberation Front. After 9/11 Washington classified the Moros as part of the global terrorist conspiracy and dispatched a contingent of military advisers to assist the Filipino army. For the Pentagon the southern Philippines became, in Kaplan's words, "a laboratory for drying up an Islamic insurgency, as well as for small-scale nation-building."
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This is not, to put it mildly, the first time that American soldiers have undertaken such an enterprise. For well over a decade during the "First Expeditionary Era," Zamboanga had been the headquarters for khaki-clad Americans tasked with pacifying what was then called the Moro Province. US Army forces, under a succession of famous commanders such as Leonard Wood, Tasker Bliss and John Pershing, employed the "Peace Corps with guns" approach, combining naked coercion with ambitious programs of political reform, social engineering and economic development. Although the phrase "humanitarian intervention" had yet to be invented, the American officers sent to deal with the Moros had no doubt that their own intentions were humane and high-minded.
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The effort yielded a meager harvest. Although the Americans killed plenty of Moros, including notoriously large numbers of women and children, resistance to US rule proved to be inextinguishable. Imaginative and energetically implemented nation-building programs had a negligible impact. Several decades of colonial tutelage produced a present-day Philippine nation that Kaplan himself describes as "dysfunctional, intractable, and poverty-stricken," not to mention "pathetically corrupt." Indeed, Kaplan observes--correctly--that "from 1902 to 1913, America's attempt to impose democracy had led to a more militant Islam." Why will present-day attempts to dry up this perpetual insurgency yield a different result? He does not say.
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Kaplan conceived of his visit to Iraq as an opportunity to witness US Marines, tapping their rich history in "small wars," winning Iraqi hearts and minds. But unforeseen events intervened. When insurgents murdered four American contractors in Falluja on March 31, 2004, priorities changed: Cultural sensitivity suddenly mattered less than brute force. Battering Falluja into submission saw Marines resorting to the "Big Army" methods that Kaplan had earlier disdained, complete with tanks, fighter-bombers and an abundance of firepower. The assault on Falluja was the "classic, immemorial labor of infantry" reminiscent of Vietnam and World War II. It wasn't tea with warlords; it was a bloodbath.
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On whether the effort advanced the boundaries of free society and good governance, Kaplan remains silent. But certainly the successive battles for Falluja--indeed, the mess that is present-day Iraq--calls into question Kaplan's contention that scattering Special Forces teams hither and yon will enable the United States to bring the Injuns to heel. There will always be recalcitrants willing and determined to fight.
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Kaplan introduces Imperial Grunts with this typically bold assertion: "By the turn of the twenty-first century, the United States military had already appropriated the entire earth, and was ready to flood the most obscure areas of it with troops at a moment's notice." Whether such an assessment of US military power was ever accurate is doubtful. By 2005, however, it had become demonstrably false. Hard-pressed to hold on to the new provinces to which today's architects of empire have laid claim, America's armed forces are in no position to appropriate more. As for the Pentagon's ability to flood additional obscure quarters of the earth, the troops required to do so simply do not exist.
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The real story of the present-day US military, which the peripatetic Kaplan somehow has managed to overlook, is one of power squandered--lives lost, dollars wasted, a glittering reputation sullied. It's enough to suggest that a militarized empire might not be such a great idea after all.
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Competitividade Global

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O Brasil voltou a perder terreno na disputa pela competitividade global - pelo menos de acordo com o relatório divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial. Pelo quarto ano seguido, o país caiu no ranking. O Brasil ficou no 65º lugar, oito postos abaixo da colocação de 2004 no Índice de Crescimento Competitivo, que analisa o ambiente macroeconômico, a qualidade das instituições públicas e questões tecnológicas.
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O Brasil aparece atrás de países como Qatar (19º), Botswana (48º), Gana (59º) e Namíbia (63º), enquanto a China está na 49ª posição. A Finlândia lidera o ranking desde 2003, seguida neste ano por EUA, Suécia, Dinamarca Taiwan.
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Por conta das posições "supreendentes", os resultados do relatório têm sido cada vez mais questionados. Causa estranheza a China aparecer tão mal colocada, avalia o consultor Guilherme Cirne de Toledo. Para ele, um país que atrai mais de US$ 50 bilhões por ano em investimentos estrangeiros diretos (IED) é mais competitivo que um país como o Qatar. Empresas multinacionais levam em conta principalmente o tamanho do mercado e o ritmo de crescimento para definir onde instalar subsidiárias, argumenta Toledo.
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Para o professor Celso Martone, da USP, a qualidade de instituições públicas e a carga tributária são levados em conta pelas empresas, mas, em última instância, é a perspectiva de lucratividade que define uma decisão de investimento. Com isso, um país que cresce 9% ao ano como a China, que tem um mercado interno gigantesco e condições favoráveis à exportação, é o destino preferido dos investimentos para emergentes.
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Por mais competitiva que seja a Finlândia, o país com 5,1 milhões de habitantes tem um mercado pequeno. Martone disse ainda que, embora o Brasil não seja uma "maravilha", o país tem recebido um fluxo anual de US$ 14 bilhões a US$ 15 bilhões de IED, um número razoável. Fica difícil acreditar que o Brasil é menos competitivo que Gana e Botswana.
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A queda do Brasil no ranking se deveu principalmente à piora da percepção dos empresários em relação à eficiência das instituições públicas. A deterioração, porém, não está ligada à atual crise política, uma vez que a pesquisa ocorreu entre janeiro e 14 de maio - antes, portanto, do agravamento dos escândalos, como lembrou Carlos Arruda, diretor de desenvolvimento da Fundação Dom Cabral, uma das responsáveis pela pesquisa no Brasil, que ouviu 212 executivos de 190 empresas. No item instituições públicas, o Brasil caiu do 50º para o 70º lugar.
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Para Arruda, o resultado mostra que mesmo antes da eclosão da crise os empresários já percebiam a piora na eficiência do setor público. Arruda acredita que o caso Waldomiro Diniz, informações de mau uso dos recursos do Bolsa-Família em algumas cidades e a demora para deslanchar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ter contribuído para esse quadro. No fator corrupção, o Brasil caiu do 45º para o 62º lugar. Ele teme que a piora na percepção das instituições públicas afete nos próximos anos o desempenho macroeconômico e tecnológico do país. "Foi o que ocorreu com a Argentina - que ficou em 72º lugar."
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A avaliação negativa em relação à eficiência do governo ofuscou a melhora dos indicadores macroeconômicos brasileiros, notou o economista-chefe do Fórum, Augusto López Claros. Ele elogiou a melhora fiscal, em especial a queda do déficit público - que recuou de 3,6% do PIB em 2003 para 2,5% do PIB no ano passado -, mas destacou que a piora na percepção da eficiência dos gastos atrapalhou. No item desperdício de recursos públicos, o Brasil caiu da 72ª para a 111ª posição no ranking, que dessa vez analisou 117 países, 13 a mais que em 2004.
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Com isso, o maior crescimento do PIB e das exportações e a queda da inflação e do déficit público tiveram pouco impacto sobre a posição geral do país - no item ambiente macroeconômico, o Brasil subiu apenas uma posição, para 79ª. O Brasil se sai melhor no item que analisa tecnologia, ocupando o 50º lugar, mesmo assim oito postos abaixo do ano passado.
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Na América Latina, o grande destaque é o Chile, que aparece em 23º lugar. López-Claros não se cansou de elogiar o país, que tem um ambiente macroeconômico saudável, com uma política fiscal que permitiu o país investir em infra-estrutura, além de contar com instituições públicas confiáveis.
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Mas as estrelas do ranking são os países nórdicos. Além da Finlândia, Suécia, Dinamarca, Islândia e Noruega aparecem entre os dez primeiros colocados. López-Claros ressaltou que os países da região contrariam a idéia de que carga tributária elevada implica em perda de competitividade. O uso eficiente dos recursos arrecadados os torna muito competitivos, assim como a adoção de políticas macroeconômicas sólidas e a existência de instituições públicas transparentes e com pouca corrupção.
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Já no Brasil, a carga tributária elevada é vista como um fardo pelos empresários, que vêem fortes desperdícios dos gastos públicos. Nos itens extensão e efeitos da taxação e eficiência do sistema tributário, o Brasil aparece no último lugar.
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O relatório do Fórum mostrou ainda que o Brasil também foi mal no Índice de Competitividade de Negócios, que leva em conta fatores microeconômicos, como a sofisticação empresarial e a qualidade do ambiente negócios no país. Nesse indicador, liderado pelos EUA o país recuou do 37º para o 49º lugar. No Índice de Competitividade Global, que deverá ser o principal indicador do Fórum nos próximos anos, o Brasil ficou em 57º, oito abaixo de 2004.
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