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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, March 21, 2009

Rússia vende mísseis avançados para o Irã

http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowVideos.action?destaque.idGuidSelect=CB9878B9415C48F18B3AB684E5EFF2FD


TV Estadão 19.3.2009

O jornalista Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo, comenta a venda de mísseis de última geração russos para o Irã, negócio que deve criar ainda mais instabilidade na região do Oriente Médio

Tags: TV Estadao, Mundo, Russia, Ira, Oriente Medio, Ameaca nuclear, guerra

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Friday, March 20, 2009

As rotas de caça ao Talebã



O Talebã persiste atacando ferrovias afegãs, o que forçou o uso de rotas alternativas pelos EUA ao norte. Adicionalmente, acordos têm sido feitos com a Geórgia e países como Azerbaidjão, Cazaquistão e Uzbequistão. Além destas rotas no Cáucaso e na Ásia Central a partir da Europa, o Paquistão também é avaliado como possível rota, mas a tarefa de enviar alimentos, combustível e munição às tropas da Otan por este país têm sido difícil. ¾ da carga dos EUA e Europa vão até Karachi para depois prosseguir rumo ao Afeganistão. A menor rota por terra é paquistanesa. De Karachi, a maior cidade paquistanesa partem duas rotas:

1. Por Chaman, no sudoeste, na região de Kandahar;
2. Por Torkham, no noroeste, na passagem de Khyber.

Ainda há a facilidade política, pois se trata de um governo apenas, ao passo que as alternativas envolvem a costura com vários. Apesar da instabilidade atual, o Paquistão mostrou-se um importante aliado desde a campanha do Afeganistão em 2001. O fator energético também pesa: as refinarias paquistanesas abastecem as forças da Otan em operação na região, ao passo que o combustível de Baku no Azerbaidjão tem que passar pelo Cáspio e pelo Turcomenistão. Estas, por sua vez, se tornam mais importantes na medida em que as tropas da Otan se encontram mais afastadas da fronteira paquistanesa.

Até 2007, não se viu revoltas insufladas pelo Talebã no Paquistão. Mas, a ambigüidade do apoio de Musharraf, quem estendia uma mão para Washington e outra aos fundamentalistas deve ter forçado sua queda. A opção, consequentemente, é diminuir esta dependência logística. E isto, evidentemente, encarece a operação que precisa passar pelos portos da Geórgia e pelos europeus no Mar Negro. Dali prosseguem por ferrovias até o Azerbaidjão no Cáspio e depois até o Turcomenistão para então seguir por estrada ou até o Cazaquistão e Uzbequistão para a área ocupada.

Como se não bastasse a enorme dificuldade logística adicional, ainda há a possível interferência da Rússia nas operações. A Rússia trava uma queda de braço com as forças da Otan e os russos deverão exigir algo para garantir sua segurança regional. Após a invasão da Geórgia, a Rússia já insinuou, sutilmente, mas insinuou sobre a viabilidade das rotas utilizadas pela Otan em direção ao Afeganistão. E os governos uzbeque e turcomeno ainda são muito ligados a Moscou e, igualmente receosos da interferência americana na região. Uma alternativa pouco provável seria traçar um acordo com o Irã, rival do Talebã, mas nem tanto ao ponto de favorecer os interesses de Washington no Afeganistão.

As três seguranças do Estado


O Brasil é, atualmente, um dos maiores fornecedores de carnes para a Rússia. No caso de bovinos, parece não haver plano russo de aumentar a produção doméstica, mas, quanto a suínos e frangos, há uma política declarada de substituição de importações. E isso é algo compreensível, já que a Rússia importa quase 50% de tudo que sua população come.

Há, grosso modo, três áreas de segurança vital dos Estados: energética, militar e alimentar. Os EUA têm segurança militar e alimentar, mas não energética, que não por acaso foi um dos temas centrais da campanha de B. Obama. Já China e Índia têm segurança militar, mas não energética e alimentar. A UE tem somente a alimentar (e, ainda assim, à base de subsídios bilionários para o setor agrícola) e está buscando reduzir sua perigosa dependência energética de terceiros (a começar pelo gás russo) e reequacionar sua moldura de segurança herdada da Guerra Fria. O Brasil tem segurança energética (se considerarmos que a dependência do gás boliviano não afeta a segurança nacional) e alimentar, mas não militar. Enfim, a Rússia tem segurança energética e militar, mas não alimentar.

Daí podemos inferir o seguinte: para uma empresa estrangeira, uma estratégia de médio e longo prazo na Rússia, na área de alimentos, passa por investir em produção local, além claro de seguir exportando, pois dificilmente o Estado russo vai abrir mão da substituição de importações, no sentido de reduzir sua vulnerabilidade em termos de segurança alimentar. Isto vale para frangos, suínos e produtos alimentares em geral.

Uma segunda conclusão é que a UE vai ter muitas dificuldades em reduzir ou acabar com seus subsídios agrícolas, pois sua agricultura é amplamente não competitiva e, sem os subsídios, a UE corre o risco de virar importador líquido de alimentos e abrir mais esse flanco em matéria de segurança.
Por fim, no setor de defesa, onde o Brasil é vulnerável, não aplicamos raciocínio semelhante? Podem ver que toda compra militar brasileira, sobretudo se for de grande monta, tende a ser casada com transferência de tecnologia e investimento em produção local. E, embora não estejamos muito ativos nisso agora, a ideia de subsidiar a indústria de defesa no Brasil é ideologicamente aceita por quase todo o espectro político.

Corrupção mexicana e narcotráfico cubano[i]



O refugiado cubano que conseguir chegar às praias americanas recebe asilo automático por um ano que se pauta em uma revisão de 1995 da “Lei de Ajuste Cubano de 1966”. Conhecida como “Wet-Foot, Dry-Foot”, a política de refugiados cubanos diz que são devolvidos ao seu país se forem apanhados pela guarda costeira. Mas, se o cubano pisar na praia (dry-foot), normalmente, é concedido asilo político. Assim, lhe é permitido ter residência após um ano e um dia ser processada a lei. Um exame médico completo e uma avaliação de ameaça terrorista iniciada pelo Immigration Customs Enforcement (ICE).

As restrições técnicas da polícia resultam num lucrativo contrabando para o Cartel do Golfo do México (Los Zetas), que oferecem aos cubanos, transporte e função de ‘coiotes’ para envio da droga a partir do resort mexicano de Cancun ao Texas.

Organizações do sul de Miami – Alpha 66 e a Cuban American National Foundation (CANF) – são classificadas como ‘terroristas’ pelo governo cubano, acusadas de pagar taxas de US$ 7.000 por cada imigrante cubano aos Los Zetas.

Ambos os grupos recebem dinheiro de familiares e amigos para ajudar seus compatriotas a ganhar passagem aos EUA através do México. Mas, se capturados, os contrabandistas podem ganhar dez anos de prisão em Cuba.

Proprietários de barcos de alta velocidade que os têm ancorados em uma base regular são alvo de roubo por contrabandistas. Quando estão abastecendo em algum ponto do Golfo do México são interceptados e os contrabandistas são levados à região mexicana de Quintano Roo.

Frequentemente, a marinha mexicana apreende o traficante e os cubanos. O barco é então, confiscado e colocado na base naval em Isla Mujeres.





[i] Adaptação de Cuban Refugees Locked-in with Mexican Corruption de Dave Bertrand.

Entrelinhas da Demografia


Em Cientista britânico prevê 'catástrofe' mundial em 2030 com aumento da população, tem coisa aí que se percebe que é puro chute:

“Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário.”

Como, se nem sabemos qual a extensão e conseqüências da atual crise? E eu ainda acho que um drama de escassez como sugerido é muito pior do que uma crisezinha com volatilidade de capitais como esta que estamos começando a enfrentar.

Dá pra ver que a matéria não prima pela seriedade, ainda mais quando tenta ser ‘lisa’, escorregadia sem definir nada. Desse modo aqui é fácil dizer que algo vai acontecer, sem definir extensão e proporção nenhuma:

“ ‘Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas’, afirma Beddington.”

O que o sujeito disse aí? Que vamos ter uma crise (maior do que já temos?).

Como eu procuro ler nas entrelinhas, percebi uma certa propaganda dos transgênicos. Putz, se for isso não precisa enrolar, basta dizer que querem vender OGMs que já estou na fila.

Wednesday, March 18, 2009

Rússia e narcotráfico


Com 1.000.000 de soropositivos, inclusive devido ao maior índice de consumo de heroína mundial, a pirâmide etária russa não precisará de mais guerras para ficar mais recortada em sua base:






As rotas: