interceptor

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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Saturday, July 07, 2007

Rotativos: espaço público ou privado?

27 de Junho de 2007.
com Ari F.de Araujo Jr e Marcio A. Salvato
A prefeitura de Belo Horizonte e a Câmara dos Vereadores encontram-se em um debate que diz respeito ao bem-estar de todos os cidadãos: a questão do seguro contra roubo nos estacionamentos públicos (os famosos "rotativos"). O teor da discussão é saber se a prefeitura é co-responsável pela segurança do seu veículo ao cobrar pelo uso de um espaço público.
Para ilustrar a questão, observe o que aconteceu recentemente no Japão: a prefeitura de Tochigi foi condenada a pagar 47 milhões de ienes para os familiares de duas vítimas de um tiroteio. A causa? Esta mesma prefeitura havia autorizado o porte de arma para o - agora - assassino.
A condenação da prefeitura no Japão faz sentido pelo princípio mais simples em economia (e não menos óbvio): que cada qual arque com o peso de suas decisões, seja este um benefício ou um custo. Quando uma arma é disparada contra outras pessoas, claro, o dono da arma deve arcar com os custos desta ação. A lei japonesa diz que ele será punido. Mas não apenas isto. Sabe-se que para um civil sair por aí com uma arma é necessário ter autorização governamental. Bem, o governo é responsável pela autorização, logo, deve arcar com os custos de não ter se preocupado mais seriamente com as consequências possíveis disto. Pode parecer estranho, mas o que este caso e a questão dos rotativos em Belo Horizonte têm em comum? A resposta é simples: a questão dos direitos de propriedade sobre espaços públicos.
Recentemente, na cidade de São Paulo, tentou-se criar uma lei para que estacionamentos privados fossem obrigados a comprar seguros contra roubos e furtos de automóveis, mas a mesma foi considerada inconstitucional. Em Belo Horizonte, a lei 7.562 do município obriga os estacionamentos privados a se responsabilizarem por danos causados aos veículos estacionados. Talvez pareça estranho mas, em fevereiro deste ano, em BH, um indivíduo que teve seu veículo roubado no estacionamento de um supermercado ganhou o direito à indenização por parte do mesmo. Nestes casos, a cobrança por um serviço de estacionamento implicou na responsabilidade pela segurança do veículo pelo dono do estacionamento.
Percebe-se, pois, que o assunto é polêmico no âmbito da lei. Mas e sob a ótica econômica? O valor da fração (preço por hora) cobrado do serviço privado e do "rotativo" é comparável. A discussão sobre a utilização dos recursos não é importante. Em um caso compõe o lucro do empresário do estacionamento privado; no outro, a receita usada pelo governo para melhorias viárias etc. O importante, na verdade, é que se tenha, como já dito, uma definição clara dos direitos de propriedade sobre espaços públicos. Afinal, em um estacionamento privado exige-se carteira assinada dos empregados. A lei é cumprida, goste-se ou não. E nas ruas? Quem vigia o estacionamento rotativo com um imenso símbolo da prefeitura na camisa? É um funcionário público? Ou é um informal que, inclusive, risca seu carro em retaliação caso você não pague por um serviço ilegal que ele lhe oferece? Se o governo é quem gerencia (cobra) pelo uso dos espaços "rotativos" , não é estranho imaginar que seja responsável por eventuais danos aos automóveis.

http://www.institutomillenium.org/index3.php?on=artigo&in=assunto&artigo_id=536

Por Anselmo Heidrich Política , ecologia

Se preparem, com este calor extemporâneo, logo, logo teremos tempestades, vendavais e, como subproduto, aparecerão os profetas do apocalipse chamando a atenção para mais uma “prova” do aquecimento global com mais bobagens lançadas ao vento como a última palavra em ciência. Mas, como se obtém “provas” neste âmbito?

A EXXON pode financiar uma pesquisa sobre mudanças climáticas? Ela teria “isenção”, ou melhor, o pesquisador pago por ela teria tal traço sobre-humano em sua personalidade? Não, mas isto não impede que a pesquisa tenha papel relevante e objetividade... Uma grande empresa petrolífera, realmente, é parte interessada em justificar sua atividade como não agressora do meio ambiente e, por extensão, não influente em qualquer mudança climática, atualmente mal vista. Mas, uma pergunta, o principal agenciador de pesquisas e divulgações sobre o alardeado aquecimento global, a ONU, através do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tem tal isenção? A bem da verdade, quem mais recebe recursos para “provar sua verdade”?[1]

Vejamos por que não. A ECO-92 foi um prosseguimento da Conferência de Estocolmo de 1972, na qual o Relatório Meadows – que levou a publicação de um famoso e exagerado livro Os Limites do Crescimento – enfatizara a questão ambiental pela óptica de que os recursos naturais estavam se esgotando. Ou seja, o meio ambiente passou a fazer parte da agenda internacional, justamente através de uma preocupação eminentemente econômica. E daí, alguém poderia dizer, o que isto tem a ver com a “necessária” isenção? E eu replicaria com outra pergunta, que leitura a ONU faria disto? A mesma organização internacional que criou organismos como a Cepal, cuja teoria desenvolvimentista foi seu principal esteio teórico-metodológico não poderia deixar de assegurar que para se desenvolver, faz-se necessário economizar os ditos recursos. Agora eu pergunto, o que seria melhor, que a economia do principal recurso econômico (na década de 70 e agora no século XXI igualmente), que o petróleo fosse economizado ou que sua escassez seria bem vinda, pois já teria forçado a uma mudança da matriz energética anteriormente? Em outras palavras, tal suposta isenção só nos levou a empurrar com a barriga um problema que já era latente.

E não se enganem, muitos dos que falam em “ecologia” e fazem desta retórica seu ganha-pão são, na verdade, arautos tributaristas que, tal como foi a Cepal, têm no meio ambiente e na Mamãe Gaia um pretexto para sua sanha estatista. Sua prioridade não reside no avanço tecnológico, mas sim no alcance das garras estatais via aumento da tributação.

Agora, pensemos um pouco, Al Gore foi vice de Bill Clinton, um membro dos Democratas americanos que, tradicionalmente, têm uma visão mais próxima do Welfare State europeu, isto é, uma visão em que o estado deve atuar mais, propositivamente, dirigindo a economia. E, para tanto, ele tem que, obrigatoriamente arrecadar em maior grau. Nesta linhagem política, a “solução” passa pelas multas, sanções e impostos para daí, quem sabe, obter fundos para a resolução de impactos ambientais. Uma observação: não sou contra as multas, caso haja desrespeito com alguma lei em vigor, mas sou, obviamente, contra altas cargas tributárias permanentes que mais se assemelham a uma guerra preventiva em que nada ficou provado contra um agente econômico acusado de agressão ao meio ambiente.

Outra pergunta, não haveria aí, uma forte compulsão para incentivar pesquisas de cientistas que são a priori simpáticos à idéia do aquecimento global por ação antrópica, sem que a controvérsia tenha deixado de existir? Ninguém tem dúvidas sobre o mesmo, dir-se-ia... Outro engano. Há sim, muitas dúvidas...[2]

“Não há fatos, apenas interpretações” disse um tal Nietzsche, mas, por que não algumas observações? A premissa pós-moderna herdade do filósofo alemão serve como passaporte para que muitos releguem a busca da verdade, que desdenhem da mesma em nome de uma “vontade de poder”. Tudo não passa de um jogo, mas se dinheiro por dinheiro, recurso por recurso, ambas fontes (Petrolíferas vs. Governos) nenhuma têm isenção, então prefiro “faço ciência para saber quanto posso suportar” do não menos ilustre Weber. Seja lá qual for a fonte, o debate científico existe e deve continuar com base em regras de inquirição propriamente científicas, aquelas que procuram, sistematicamente, refutar as hipóteses mais bem aceitas. Maioria não é critério para verdade em ciência.

Se X recebe recursos de quem polui, isto não impede Y de questionar a pesquisa de X, óbvio. Não tão óbvio, mas igualmente legítimo, no entanto, é que X também pode questionar a pesquisa de Y, sem necessariamente focalizar os laços políticos de X (que também existem). O que deveria estar em foco é a pesquisa, não um laço, uma amizade ou uma “concha psicológica”.[3] Recebeste financiamento de algum grupo econômico? Ou de um governo interessado em abocanhar mais do esforço de meu trabalho? Não tem problema, me passe aí teu paper que quero ver se porta erros de procedimento internos a busca objetiva de alguma explicação.

A questão do vínculo econômico não seria, portanto, objeto do debate físico-químico sobre o suposto aquecimento global antrópico, mas sim de outro debate científico, o da sociologia da ciência. Ninguém é neutro, mas isto não serve de desculpas para a falta de coerência metodológica. Dizer que todos são parte interessada não exime ninguém de aceitar as regras do “jogo de pesquisa”, estas sim, isentas.


[1] "The 12 biggest environmental pressure groups in the United States enjoy combined annual revenues of $1.9 billion, according to the latest Internal Revenue Service figures. Only 725 of the United States' 20 million companies can boast such magnificent cash flow."

[2] Cf.: Cientistas criticam relatório do IPCC, dentre muitos outros sites, links e bibliografia a serem discutidos no momento oportuno.

[3] Um psicólogo obcecado por casos de maus tratos na infância não pode ter sua pesquisa, previamente, invalidada só por que sofreu abuso sexual na infância, mas sim por que a mesma pesquisa, eventualmente, não tenha cumprido passos necessários na obtenção, objetiva, de seus resultados. Isto é, o que se critica em um debate coerente é a metodologia adotada e não os motivos (subjetivos) que levaram alguém a se interessar por seu objeto de análise.


Friday, July 06, 2007

Futuro pólo de celulose atrai empresa finlandesa para o RS



Os investimentos das empresas de celulose na Metade Sul do Rio Grande do Sul já começam a atrair outras companhias. A finlandesa Metso Automation inaugura nesta terça-feira (26) um centro de serviços em Guaíba, na Grande Porto Alegre. A multinacional – especializada em automação, sistemas de gerenciamento de informações e tecnologia de controle de campo e serviços – já prevê que uma boa demanda de seus serviços vai acompanhar a consolidação do segmento no Estado. “Nós temos convicção de que o pólo vai se concretizar. Hoje, o Rio Grande do Sul tem as melhores oportunidades de negócio para o nosso segmento no Brasil”, pontua Silvano Oliveira, gerente regional da Metso.

A indústria de celulose e papel representa metade dos negócios da Metso, que também atua nos mercados de petroquímica e energia. A unidade em Guaíba vai ser um grande centro de vendas e de prestação de serviços de manutenção, recuperação, testes, configurações, análises de instalações e diagnósticos de válvulas. “Vamos aportar a tecnologia desenvolvida na Finlândia e focar na oferta de novos softwares para o setor”, adianta Oliveira. A Metso montou uma estrutura de 700 metros quadrados para atuar em solo gaúcho. A cidade de Guaíba foi escolhida por abrigar uma planta recém ampliada da Aracruz, parceira da Metso há mais de 20 anos. A cidade também é considerada um ponto estratégico de contato com empresas do setor petroquímico, químico e de refino de petróleo. “Estamos acreditando nas possíveis ampliações de Votorantim, Stora Enso e Aracruz”, comenta Oliveira. (Luiza Piffero)

Link relacionado:


http://amanha.terra.com.br/ - Newsletter diária n.º 982 - 25/06/2007

Thursday, July 05, 2007

Economia da Europa Oriental

Eastern Europe's economies
Worrying about a crash
Jul 5th 2007 RIGA

From The Economist print edition


Peter Schrank


IMAGINE some souped-up old bangers driven confidently but not expertly on a smooth road in fine weather. That is the economic picture of the ten east European countries that are now in the European Union. If the road gets wet or slippery, bad brakes and bald tyres make a crash, even a pile-up, horribly likely.

The country that most troubles outsiders is Latvia. It has a whopping current-account deficit: some 21% of GDP in 2006, and bigger still so far this year. That reflects soaring consumption and household debt, financed mainly by foreign-owned banks. Wages are rocketing—up by a third year-on-year. Inflation is over 8%.

This points to a need for tough restraining measures. But the currency, the lats, is pegged to the euro, so the central bank's ability to raise interest rates is constrained. Although the IMF issued a sharp warning in May about the need for a fiscal squeeze, the government is keener on harvesting the dividends of double-digit GDP growth than on acting to avert the risk of a crash.
Aware of the dangers, the banks, mainly Swedish-owned, are reining in lending. Their share prices wobbled during a brief financial crisis in February. Prudent behaviour by the banks may amount to a monetary tightening on its own. Other modest measures include making tax declarations a mandatory part of loan applications, deterring those with undeclared wealth. A speculative attack on the lats may tempt some, but it is tricky to organise in Latvia's puny financial markets.
Latvia is a financial pipsqueak, with only 0.2% of the euro area's GDP. If it does run off the road—for example, if it is forced to unpeg its currency—the main victims will be local borrowers and foreigners who have lent to them (in theory, but probably not in practice, Western banks could refuse to bail out local subsidiaries, even if their loan books shrivelled). Any crash in the Baltics is unlikely to affect outsiders' views of other regional economies. The likeliest route for contagion would be to next-door Estonia. It is also overheating, but its somewhat more responsible government has a modest budget surplus.
The other early candidate for a crash has long been Hungary, which admitted last year that it had been running a budget deficit of 10% of GDP. But a combination of tax rises and modest spending cuts has trimmed the deficit. Exports and industrial production have risen. The central bank has begun to cut interest rates. Hungary has been “disgustingly lucky”, says Juliet Sampson of HSBC, a bank.
Even if a pile-up is avoided, overheating is still undesirable. As euro members like Portugal have found, a boom stoked by low interest rates and a fixed exchange rate can lead to a long period of uncompetitiveness and slow growth. Except for Slovenia, which is now in, none of the east European countries is likely to join the euro for some time—but they have mostly been able to borrow as cheaply as if they were already members.
So how to cool things down? For countries that can do it, keeping their interest rates above the euro's and letting their currencies appreciate helps. So does bringing in foreign workers from places such as Ukraine in order to reduce upward wage pressures. Slovakia is a prime example of how to pull off both tricks.
The only long-term answer is not to add coolant or to drive more slowly, but to fix up the car. Unfortunately the process of structural reform in the region has largely stopped. Fast growth in tax revenues plus weak political leadership makes for less pressure to get a grip on public finances. Poland and Romania, in particular, have proved alarmingly ready to make expensive spending pledges for political reasons.
A new World Bank study of public spending (see chart below) highlights the bad bargain that the region's taxpayers are getting. Almost everywhere, public spending is higher than it should be for middle-income developing economies. In Albania, the study finds that overstaffing, poor debt collection and wasteful management at the state-run water industry alone costs 1% of GDP. Despite the spread of flat taxes, the “tax wedge”, which includes social-security and other charges, can be as much as 40% of wages.
Changing this is a political matter, not an economic one. But the evidence is that voters do not much like reform. Reforming governments have usually lost the next elections. A report from the European Bank for Reconstruction and Development shows that, in most of the region, only minorities of voters, and sometimes not even a plurality, support both a democracy and a market economy (many choose the “don't care” option instead).
Nor is there any obvious punishment for a failure to reform. Romania and Bulgaria have been backsliding ever since they joined the EU in January, and yet there have been only mild complaints from Brussels, which has lost the leverage that it had before the two countries' entry. Capital markets are accommodating too. The lesson that other countries take from Hungary's financial shenanigans is that it is possible to spend like crazy to win an election and then sober up afterwards.
That will change when global conditions make growth a hard scrabble, rather than a bonanza, and borrowing money means dealing with flinty-eyed sceptics, not rosy-eyed thrill-seekers. The politicians may then have to concentrate on the real sources of competitiveness: brains, hard work and clean government.

'Consenso científico' do aquecimento global começa a desmoronar

Por isso mesmo, o ponto alto do seminário foi o painel científico onde Carlos Nobre, (Pesquisador do INMET e Presidente do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera) e Pedro Dias (Professor Titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP) apresentaram as conclusões do último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) que não deixariam dúvidas sobre a causa antropogênica do aquecimento global, bem como as suas catastróficas conseqüências para a humanidade caso não sejam adotadas medidas 'mitigadoras' recomendadas. Luís Carlos Molion (Professor Titular da Universidade Federal de Alagoas) contestou não apenas as conclusões do relatório mas a metodologia utilizada pelos cientistas que o elaboraram, fundamentados em modelos matemáticos que estão muito longe de representar as complexas e interconectadas variáveis reais que condicionam as mudanças climáticas. Molion ressaltou que o IPCC é uma entidade formada por cientistas mas é também 'intergovernamental', o que implica em fortes ingerências políticas na sua dinâmica de trabalho e conclusões. 'Conspiração?', diz a última transparência apresentada por Molion.
Nota: O editor deste Alerta foi um dos palestrantes do painel 'O papel da comunicação social'.
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VideVersus

Comentando o http://www.videversus.com.br/ -
Porto Alegre, 5 de julho de 2007 - Videversus nº 746


CONSTRUTORA PAULISTA GAFISA FECHA PARCERIA COM BANCO ITÁU PARA FINANCIAR IMÓVEIS
A incorporadora Gafisa lançou um financiamento, em parceria com o Itaú, de imóveis na planta. O acordo vai permitir que os compradores parcelem a entrada de 10% e financiem 90% do preço do imóvel com o banco, em 25 anos, antes da construção. De acordo com a empresa, compradores sem histórico de crédito estabelecido obterão qualificação à medida que pagarem em dia suas prestações mensais. leiamais

Enfim, uma boa notícia. Em um país que o estado prefere (através de seu governo) garantir bolsas, eufemismo para esmolas, o financiamento de moradia vai passando para a iniciativa privada.



CUBA ANALISA ESTIMULAR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM SETORES ESTRATÉGICOS
Cuba está analisando a possibilidade de promover a presença de investidores estrangeiros em setores estratégicos. O governo cubano buscaria aumentar o investimento estrangeiro "de forma seletiva" em setores que possam contribuir para o crescimento e para reduzir a excessiva dependência do país em relação às importações. Estariam entre esses setores o turismo, a mineração e a construção. leiamais

Do jeito que vai a economia (e sociedade) cubana, não vai demorar muito para que digam que todos os setores são "estratégicos"...



LULA DIZ QUE, PARA SAIR DO MERCOSUL, É SÓ QUERER
O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira, em Lisboa, que, se o presidente-ditador Hugo Chávez não quiser entrar no Mercosul, basta manifestar isso oficialmente. Questionado sobre a ameaça do presidente-ditador venezuelano de retirar sua candidatura ao bloco econômico caso o Senado brasileiro não aprove a entrada do país em três meses, Lula disse: "Obviamente que para entrar tem que ter a aprovação dos quatro membros do Mercosul leiamais


Até que enfim, uma resposta merecida. Mas, na política externa são necessárias as respostas diplomáticas:


"Não quer, não fica", diz Lula sobre ultimato de Chávez
04.07, 17h48
O presidente Lula comentou nesta quarta-feira o ultimato dado por Chávez ao Congresso brasileiro para aprovar a entrada da Venezuela no Mercosul até setembro. "Para entrar tem de ter as regras. Para sair, não tem regra. Se não quiser ficar, não fica", disse o presidente, em viagem a Portugal.Depois Lula amenizou as declarações, dizendo que é "difícil" fazer política externa comentando declarações de terceiros. Ele ainda reafirmou que é amigo de Chávez. "Não faltarão momento nem oportunidade para uma boa prosa", disse.




RELATÓRIO DIZ QUE PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS PODE ENCARECER ALIMENTOS
A crescente demanda por biocombustíveis no mundo vem provocando mudanças nos mercados agrícolas mundiais e podem levar a aumentos de preços dos alimentos, segundo o relatório "Panorama Agrícola 2007-2016", elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e divulgado nesta quarta-feira. leiamais


PETROBRAS E PORTUGUESA GALP ASSINAM ACORDO PARA PRODUZIR BIODIESEL
A Petrobras e a empresa portuguesa Galp Energia assinaram nesta quarta-feira, em Lisboa, um acordo que irá resultar na produção de 600 mil toneladas por ano de óleos vegetais no Brasil e a comercialização e distribuição do biodiesel resultante no mercado português e europeu. Segundo comunicado da Petrobras, para a condução do projeto será criada uma sociedade com participação de 50% de cada uma das empresas. leiamais


Enquanto que os derrotistas de plantão choram a possibilidade de efetivação de uma nova matriz energética, o capital estatal se alia a outros grupos internacionais. Quem vai perdurar? Parece óbvio que a energia é um setor muito mais difícil de incrementar que o alimentício e se áreas serão perdidas para a produção de cana, isto criará uma demanda pela produção de alimentos em outras. Nenhum problema, na verdade, mas sim soluções.



INVASORES DAS OBRAS DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO SAEM DA ÁREA
Após uma semana de ocupação, invasores de diversos movimentos sociais começaram a deixar nesta quarta-feira o canteiro de obras da transposição das águas do rio São Francisco, no quilômetro 29 da BR-428, em Cabrobó (PE). A desocupação ocorre após o juiz Georgius Luis Argentini Principe Credidio, da 20 Vara Federal em Salgueiro (PE), determinar na sexta-passada a devolução da área ocupada à União.
leiamais



MATO GROSSO DESMONTA ESQUEMA DE FRAUDE DE MADEIREIRAS
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu na terça-feira 32 mandados de prisão contra integrantes de uma quadrilha que explorava e vendia madeira ilegalmente no Estado. Ao menos 101 madeireiras foram fechadas na ação, batizada Operação Guilhotina. Ao todo, 75 mandados de prisão temporária foram expedidos. Três servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente estão entre os suspeitos de envolvimento no esquema. leiamais


ATORES DA GLOBO ACUSADOS DE AGREDIR UMA GAROTA DE PROGRAMA
Rômulo Arantes Neto e Lui Mendes, atores da Rede Globo, são acusados de terem roubado e agredido uma prostituta. Eles podem ser indiciados ainda por exposição a perigo de vida, já que a moça contou que foi jogada do carro por Mendes. O caso ocorreu na madrugada desta quarta-feira, na zona sul do Rio de Janeiro. leiamais


Parece que o recente caso dos meliantes que agrediram uma empregada doméstica no Rio de Janeiro serviu de exemplo para alguém...



CPIs DO APAGÃO AÉREO SUGEREM ATÉ PRIVATIZAÇÃO DE AEROPORTOS
As duas CPIs do Apagão Aéreo, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, apresentaram nesta quarta-feira sugestões para solucionar os atuais problemas enfrentados por passageiros nos aeroportos. O relatório do Senado Federal ainda defendeu a privatização dos 11 principais aeroportos do País leiamais


Mas, já não era sem tempo!


ALUNOS INVADEM CASA E INCENDEIAM CARRO0 DE DIRETORA
Dois alunos adolescentes da Escola Estadual Prefeito Quinzinho Camargo, em Piraju, cidade localiza a 330 quilômetros de São Paulo, invadiram a casa da diretora e atearam fogo em seu automóvel. As chamas destruíram o carro, um Logus, e queimaram as madeiras do telhado e da janela da residência. Os bombeiros impediram que o fogo se alastrasse por toda a casa. Os menores, de 15 e 16 anos, confessaram a ação leiamais

O que dirão os advogados do ECA?



PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA PODE SUPERAR A DOS ESTADOS UNIDOS
O Brasil tem condições para se tornar o maior produtor mundial de soja a partir de 2009, afirmou o diretor de Logística e Gestão Empresarial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto. Com a redução do plantio de soja nos Estados Unidos, o Brasil e a Argentina são os países com mais condições para alcançar a dianteira na produção da oleaginosa, explica Porto. leiamais


Isto sem o apoio da intelligentzia ambiental brasileira, claro!



AVIONETAS ROUBADAS NO BRASIL SÃO TROCADAS POR DROGA NA BOLÍVIA
Pequenos aviões roubados no Brasil são levados para a Bolívia para serem trocados por droga ou comprados a preços baixos, informou nesta quarta-feira o jornal "La Razón". Joadel Bravo, coordenador da promotoria antinarcótico de Santa Cruz, leste da Bolívia, revelou que vários aviões roubados no Brasil "são trazidos para a Bolívia para serem trocados por droga ou vendidos por US$ 10.000 ou US$ 15.000" leiamais

ENTRADA DE DÓLARES NO PAÍS SOMA US$ 42 BILHÕES E SUPERA 2006
O saldo da entrada de dólares no Brasil até o dia 15 de junho atingiu US$ 42,887 bilhões, contra US$ 26,376 bilhões nos seis primeiros meses de 2006. Além disso, o volume já supera todo o valor registrado ao longo do ano passado, quando o saldo do ingresso de dólares no País ficou positivo em US$ 37,27 bilhões. leiamais


1+1=...

Economia e política brasileira


Tabaco: Brasil deve tentar superar EUA, e não a China
Concorrer com a China é prejudicial à fumicultura

A indústria fumageira nacional tem dois grandes problemas: a China e os EUA. O gigante asiático fabrica 30% do tabaco produzido no mundo, duas vezes mais do que o Brasil, mas com qualidade muito inferior. E os EUA são considerados os líderes no cultivo do “Full Flavor”, como é conhecido o tabaco de melhor qualidade. “Se o Brasil tentar vender o fumo barato ele não vai ganhar, porque a China já domina o mercado”, afirma Robert Earl Jones, o presidente da Universal Leaf Tobaccos, de Santa Cruz do Sul (RS). Para ele, a melhor saída é agregar valor ao produto nacional. Como? Tentando roubar dos EUA a fama de maior produtor de tabacos de qualidade. A boa notícia é que a indústria brasileira não está longe de realizar a façanha. As últimas safras verde-amarelas atingiram um alto padrão de qualidade, na visão de Jones – que, nesta quarta-feira, foi o palestrante do evento Tá Na Mesa, realizado pela Federasul, em Porto Alegre.


A indústria fumageira, diz ele, tem boas perspectivas para o futuro. As exportações para o Extremo Oriente, que já representam 14% do total das vendas externas brasileiras, estão crescendo bastante. Na China e na Índia, o crescimento econômico está criando uma nova classe média-alta que não quer mais produtos convencionais – e sim, cigarros sofisticados, de qualidade. Eis um nicho interessante a ser preenchido pelos exportadores brasileiros. Jones também chamou atenção para o perfil de fumantes que mais cresce no mundo: mulheres jovens de classe média. Na Europa, os subsídios estão diminuindo e, com isso, os preços devem ficar menos competitivos. E outro importante exportador, o Canadá, vem reduzindo o volume de fumo produzido.

(Luiza Piffero)


Links relacionados:

Federasul

Universal Leaf Tobaccos


Educação
Bacharel, que nada. Técnico
Com a abertura de 150 novas escolas técnicas federais, o governo quer atingir a meta de criar 1 milhão de vagas até 2010 para atender à demanda das empresas por mão-de-obra qualificada


Frases
“O setor privado pode dar conta dos gargalos de infra-estrutura, desde que o governo e o emaranhado de legislações ambientais não atrapalhem.”
Ricardo Espírito Santo, gerente de projeto da Navegação Norsul.


“Existe algum artigo dizendo que pedir dinheiro emprestado é crime? É ilegal? Quem em sua vida não pediu um empréstimo a um amigo ou a um banco qualquer?”
Senador Joaquim Roriz, que poderá ser investigado por suspeita de recebimento de propina.


“Dinheiro não dá em árvore”.
Governadora Yeda Crusius, em relação ao pedido de suplementação de verba para a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul


"Ninguém marca prazo para país nenhum tomar decisão”.
O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, sobre o ultimato do presidente Hugo Chavez, da Venezuela, para o Congresso brasileiro ratificar o ingresso do seu país no Mercosul.


“É muito preocupante um produto da agroenergia avançando sobre um produto tão importante na alimentação brasileira”.
Silvio Porto, diretor de Logística e Gestão Empresarial da CONAB, sobre o avanço da cana-de-açúcar e do milho sobre área de trigo no Paraná.


Rápidas
(Dirceu Chirivino)
Bovespa bate recorde de negócios diários em junho
Em junho, a média de negócios diários na Bovespa bateu em R$ 5,3 bilhões, um recorde. O total de negócios movimentados no mês também foi inédito, chegando ao acumulado de R$ 105,2 bilhões. A operação de maior relevância realizada foi a oferta de fechamento do capital da Arcelor, efetivada em 4 de junho , que movimentou R$ 10,3 bilhões. As ações que tiveram maior giro financeiro em junho foram preferenciais (PN, sem direito a voto) das seguintes empresas: Petrobras, Vale do Rio Doce, Bradesco e Usiminas.
Soldadores tipo exportação
Salário superior a R$ 11 mil reais líquidos, acrescido de fundo de pensão e direito a acomodações de luxo, aulas de inglês e cursos de capacitação. Não, não se trata de nenhuma carreira glamouriosa. Os benefícios acima estão sendo oferecidos para vinte soldadores gaúchos contratados por uma refinaria de petróleo em Alberta, no Oeste do Canadá. A oportunidade surgiu graças a uma parceria firmada entre o Sindicato dos Soldadores do Canadá e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (STCC) no início deste ano. O acordo é acompanhado pela organização não-governamental Aliança Internacional Sindical Empresarial, com sede nos EUA, que combate o contrabando de trabalhadores. “Eles (os canadenses) têm mais de duas mil vagas para soldadores. Há outras duas mil para encanadores e pedreiros”, informa Ricardo Baldino, presidente do STCC, que estuda a formatação de outras parcerias semelhantes com países europeus.

A escolha dos gaúchos foi definida por dois motivos, segundo Baldino: as semelhanças climáticas entre as regiões e os traços étnicos e culturais dos sul-riograndenses. “Eles entendem que temos um biotipo que se adaptaria mais facilmente às condições do tempo, da cultura e do trabalho”, explica Baldino. Segundo o sindicalista, que visitou as instalações canadenses, trata-se de uma oportunidade única. “Além dos bons salários, não há custo com moradia, que inclui instalações de luxo, com sala de jogos, academia, refeitório e cozinha. Os trabalhadores ainda receberão seguro e fundo de pensão”, conta Baldino. Na primeira seleção realizada pelo sindicato gaúcho, mais de seis mil pessoas se candidataram às vagas disponíveis. (Tércio Saccol)

Florianópolis: superintendente da Floram pede “compromisso” com a preservação
Compromisso: esta é a chave para o desenvolvimento sustentável na ilha de Florianópolis, segundo a avaliação do novo superintendente da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Floram), Itamar Pedro Bevilaqua. O novo líder da instituição – que ainda sofre o abalo de credibilidade causado pelos escândalos da Operação Moeda Verde – questiona a vontade da população em preservar a cidade. Bevilaqua acredita que o meio ambiente da capital catarinense só ficará à salvo se cada setor da sociedade assumir essa responsabilidade. Atualmente, lembra ele, 58% das edificações de Florianópolis têm irregularidades ambientais. O percentual sobe para 72% quando analisadas as instalações comerciais. “Conscientização é uma falácia, é preciso o compromisso de todos os segmentos sociais: empresários, políticos, comunidade”, avalia.

Bevilaqua assume a Floram após o afastamento do ex-superintendente Francisco Rzatki, apontado pela Polícia Federal como um dos envolvidos no esquema de venda de licenças ambientais desbaratado na Operação Moeda Verde. “Acabei aceitando o cargo porque acredito que o poder público pode e deve fazer o possível para preservar esta cidade”, declara.

A preocupação com o meio ambiente não é recente na vida de Bevilaqua. Ativista do Movimento Ecológico Livre e mestre em direito ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Bevilaqua ingressou na procuradoria municipal justamente para estruturar a sub-procuradoria de urbanismo e meio ambiente. “Conciliar crescimento econômico e preservação ambiental não é fácil, mas é um desafio que precisa ser encarado”, avalia.

Ele admite que a Floram, como a maioria das instituições ambientais que existem no país, não está aparelhada adequadamente. “Uma das minhas metas é estruturar um corpo técnico e de fiscais próprio da Fundação”, diz. Atualmente, a Floram trabalha com técnicos de outros departamentos da prefeitura cedidos e com a contratação de serviços terceirizados. “Os processos não caminham da maneira tão ágil como gostaríamos, mas isto não pode justificar a agressão ao meio ambiente”, declara Bevilaqua.
Um shopping de R$ 100 milhões – em 90 dias
O Balneário Camboriú Shopping, que deve abrir as portas até setembro deste ano, está prestes a se tornar um marco – não necessariamente no setor de varejo, mas no de construção civil. Quando for inaugurado, em 29 de setembro, o empreendimento do grupo Almeida Junior se tornará o recordista em tempo de execução – apenas 11 meses entre o primeiro alicerce e a conclusão. No último sábado (30 de junho), em uma festa realizada na estrutura já armada do complexo comercial, os primeiros espaços foram entregues aos locatários, que ingressam agora em um período de elaboração do projeto arquitetônico e finalização das lojas. “Entramos todos em uma corrida para cumprir o prazo”, diz o empresário Jaime Almeida Júnior, do grupo que já ergueu outros dois centros de compras – o Shopping Center Neumarkt, em Blumenau, e o Shopping Center Santa Ursula, em Ribeirão Preto.
Embora opere há 15 anos em São Paulo, o grupo é catarinense e está de olho na economia regional. Em junho, o empresário Jaime Almeida Júnior apresentou um projeto à Prefeitura de Chapecó para a construção de um shopping no Oeste do Estado. “Santa Catarina está em um momento promissor. Queremos primeiro concluir este empreendimento para depois partirmos para outro projeto”, afirma.
Ao todo, o Balneário Camboriú Shopping recebeu investimentos de R$ 100 milhões do grupo. A expectativa é de recuperar os recursos nos próximos dez anos. As lojas Renner, Centauro, C&A, Lojas Americanas e Marisa serão as cinco âncoras. Também estão previstas lojas de marcas como a francesa Lacoste, a belga Kippling e as nacionais Makenji, Arezzo, TNG e Hering. Ao todo, haverá espaço para duzentas lojas satélites.
Preço das terras no Paraná aumentou até 95% desde 2000
Da Agência Estado
Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná mostra que as terras mecanizáveis do Estado tiveram valorização de 46% a 95% este ano, em relação a 2000. O ajuste, apesar de positivo, representa uma acomodação sobre os valores da terra alcançados em 2004. De acordo com o economista Dizonei Zampieiri, do Deral, em 2004 a valorização foi bem maior em função dos preços da soja, que dispararam por conta das grandes compras da China.
Desde 2004, a cotação da soja voltou aos patamares históricos e os preços da terra recuaram um pouco, mas permaneceram valorizados em relação a 2000. Os valores apresentados pelo Deral foram corrigidos pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI), que mede os preços no atacado, da Fundação Getúlio Vargas. De acordo com Zampieri, os motivos para a valorização estão na qualidade do solo paranaense, proximidade com o porto e na boa infra-estrutura de escoamento da produção. O técnico aponta, ainda, a ausência de oferta de terras à venda e a renegociação das dívidas, que faz os negócios recuarem.
O economista descarta a influência da expansão da cana-de-açúcar sobre a valorização das terras no Paraná, porque o setor sucroalcooleiro não tem como hábito a aquisição de terras, e sim o sistema de arrendamento, que influencia pouco nas transações imobiliárias. "Certamente, está havendo uma migração de áreas parciais de pastagens e, em menor escala, de algumas áreas remanescentes de produção de grãos para a cana-de-açúcar, mas toda essa movimentação está ocorrendo sob o sistema de arrendamento", explicou. Além disso, desde 2004, a cana-de-açúcar subiu apenas 14%, o que não justificaria a valorização.

http://amanha.terra.com.br/ - Newsletter diária n.º 989 - 04/07/2007