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Friday, November 23, 2012

Sul e Sudeste perderam participação no PIB em 2010 - economia - brasil - Estadão


Sul e Sudeste perderam participação no PIB em 2010

Segundo o IBGE, apesar da redução, somente o Estado de São Paulo respondeu por 33,1% da geração de riqueza no País

23 de novembro de 2012 | 11h 09
RIO - As regiões Sul e Sudeste perderam participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010. A região Norte ganhou em 0,06 ponto porcentual sua fatia no PIB, seguida por Centro-Oeste (0,05 ponto porcentual) e Nordeste (0,05 ponto porcentual), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dessa forma, o montante do Sudeste recuou 1,3 ponto porcentual, enquanto a participação do Sul caiu 0,4 ponto porcentual. No entanto, as contas nacionais regionais mostram que a riqueza ainda é muito concentrada em poucas regiões. Apenas oito Estados responderam 77,8% de todo o PIB nacional. O Estado de São Paulo foi responsável por 33,1% da geração de riqueza.
A desconcentração industrial explica esse desempenho. "Houve uma desconcentração industrial. Algumas indústrias receberam incentivos para se instalar em outras regiões. São Paulo ainda concentra a indústria pesada, mas alguns setores têm recebido incentivos. Goiás, por exemplo, já tem 10% do valor adicionado da indústria automobilística. Tem também Bahia, Paraná", citou Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais do IBGE.
Entre 2002 e 2010, os Estados do Sudeste que mais perderam participação foram São Paulo, com uma queda de 1,5 ponto porcentual entre, e Rio de Janeiro, com recuo de 0,8 ponto porcentual no período. Em São Paulo, houve queda na participação nas atividades de geração de bens, agropecuária e indústria total. O setor industrial paulista perdeu participação nas quatro atividades: -0,7 ponto porcentual na indústria extrativa, -1,6 ponto porcentual na indústria de transformação, -5,3 ponto porcentual na construção civil e -3,7 ponto porcentual na geração e distribuição de energia elétrica.
Já o Rio de Janeiro reduziu sua fatia no PIB devido às oscilações no preço do petróleo no período. Segundo o IBGE, o estado também tem grande peso da administração pública, que costuma manter-se próxima da estabilidade em épocas de grandes oscilações do PIB.
"Nos estados que têm a administração pública muito pesada, ela tende a amortecer o resultado quando PIB cai ou quando cresce. Porque esses serviços e produtos da administração pública só crescem junto com a população, a menos que você esteja implementando um grande projeto de educação, por exemplo", explicou Cunha.
Nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, houve ganho de participação no PIB, de 0,4 ponto porcentual e 0,7 ponto porcentual, respectivamente, em relação a 2002. O avanço foi causado pelo aumento do preço do minério, que tem grande importância sobre as economias dessas regiões.
A região Sul também reduziu sua participação no PIB entre 2002 e 2010, de 16,9% para 16,5%, com perdas na agropecuária do Rio Grande do Sul e do Paraná, onde também houve queda de participação na geração e distribuição de energia elétrica.
Em 2010, o PIB do Brasil cresceu 7,5% em relação a 2009. "O ano de 2010 para 18 Estados da federação foi o melhor ano em relação a volume. Apenas a região Centro-Oeste não teve o melhor resultado, porque Distrito federal não teve o melhor resultado", apontou Cunha.

Fonte: Sul e Sudeste perderam participação no PIB em 2010 - economia - brasil - Estadão

Diário da Rússia - Internacional - Rússia é contra mísseis da OTAN na fronteira entre Síria e Turquia


INTERNACIONAL

Rússia é contra mísseis da OTAN na fronteira entre Síria e Turquia

Aliança considerou pedido turco para a instalação de Patriots na divisa dos países



O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia se opôs à intenção da Turquia de implantar mísseis Patriot da OTAN na fronteira com a Síria. O porta-voz da pasta, Alexander Lukashevich, afirmou que a militarização da divisa turco-síria representaria um “sinal alarmante” que promoveria a instabilidade na região. “O que a Turquia deveria fazer seria usar sua influência sobre a oposição síria para trazê-la ao diálogo.” Embaixadores da OTAN se reuniram para considerar o pedido de Ancara de instalar o sistema de defesa antiaérea em seu território, depois de semanas de conversações sobre como proteger a fronteira de 900 quilômetros contra o transbordamento da guerra civil na Síria. A Turquia, que tem sido uma das mais duras críticas do Presidente da Síria, Bashar al-Assad, durante os quase 17 meses da rebelião, abriu fogo repetidamente contra Damasco nas últimas semanas, em retaliação aos bombardeios vindos do outro lado da fronteira. Lukashevich também negou relatos da mídia russa que afirmavam que o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, estaria planejando se encontrar com representantes da oposição síria no final de novembro.
A Rússia, assim como a China, já vetou três resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra o regime de Assad. O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu no início deste ano que não permitiria a repetição do que aconteceu na Líbia, quando o ditador Muammar Khadafi foi morto após uma campanha militar da OTAN. Moscou, porém, nega estar apoiando o presidente sírio e diz que irá respeitar a vontade do povo do país.

Diário da Rússia - Internacional - Rússia é contra mísseis da OTAN na fronteira entre Síria e Turquia

Por que a Turquia precisa dos sistemas de mísseis da Otan? | Internacional | DW.DE | 23.11.2012


MUNDO

Por que a Turquia precisa dos sistemas de mísseis da Otan?

A Turquia precisa de mísseis Patriot para se defender de granadas vindas da Síria? Especialistas e críticos veem outros motivos por trás do pedido de ajuda à Otan, incluindo temores de um conflito entre Israel e o Irã.
A Otan deve atender em breve o pedido da Turquia para implementação de sistemas de mísseis do tipo Patriot ao longo da fronteira do país com a Síria. Com o provável envio dos armamentos dentro de algumas semanas, a Otan estará dando o passo mais ousado até agora em relação à crise da Síria e alçando o conflito, que já dura 20 meses, a um novo patamar.
Alguns políticos ocidentais consideram que a aliança está se deixando arrastar para o conflito. Já especialistas em segurança falam em intimidação e veem a medida como um meio de evitar que os combates atinjam o território turco.
"O pedido da Turquia por Patriots é uma tentativa de intimidação", afirma o acadêmico turco Mustafa Kibaroglu, especializado em segurança. "Afinal, será que Síria, Irã ou outro país ainda se atreveriam a lançar um ataque de mísseis contra a Turquia depois de ver que a Otan está claramente apoiando o país?", questiona, ressaltando que a implementação dos mísseis teria principalmente um significado político, mas também reforçaria a proteção da Turquia em caso de o conflito recrudescer ainda mais.
Medo de armas químicas
Abdullah Gül disse temer as armas químicas da Síria
Na semana passada, o presidente turco, Abdullah Gül, disse temer que a Síria use armas químicas contra a Turquia e sugeriu que os mísseis da Otan podem deter a ameaça. Gül disse ao jornal Financial Times que a Síria tem armas químicas e antigos sistemas soviéticos para usá-las. "Tem que ser realizado um planejamento mínimo de emergência, e isso é o que a Otan está fazendo", frisou. O governo sírio anunciou em julho que só usaria armas químicas ou biológicas se o país for atacado por forças externas.
Especialistas em segurança turcos não creem num ataque militar da Síria à Turquia, já que isso significaria um ataque à Otan, embora existam preocupações de que, caso o regime perca o controle da situação, certos grupos possam explorar o vácuo de poder. Os mísseis Patriot seriam uma significativa melhora nas atuais condições de defesa aérea de Ancara. Entretanto, por serem especialmente concebidos para a defesa contra mísseis e aviões, não fornecem proteção contra as atuais ameaças enfrentadas pela Turquia.
O Exército sírio continua sua luta contra os insurgentes na área de fronteira, e projéteis ocasionalmente têm atingido o território turco. Um explosivo disparado na Síria atingiu uma cidade de fronteira turca no início de outubro, matando cinco civis. Desde então, o Exército turco tem respondido a disparos vindos do outro lado, provocando preocupações de que o conflito possa se espalhar.
Zona de exclusão aérea
Devido ao grande alcance dos Patriot, o pedido da Turquia à Otan tem sido interpretado por alguns observadores como a primeira etapa de um plano maior para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Síria. A Turquia tem sido uma defensora da criação de uma zona de exclusão aérea que salvaguarde os refugiados e também forneça aos insurgentes um refúgio seguro contra ataques aéreos sírios. Mas Ancara não conseguiu convencer seus aliados até agora.
Rasmussen sublinha que Patriots são apenas para defesa
Diplomatas ocidentais ressaltam que tal zona teria que ser apoiada por uma força aérea forte e que a sua criação envolveria sérios riscos, já que o regime sírio tem recursos avançados de defesa aérea. Para convencer os aliados europeus da necessidade da instalação dos mísseis Patriot, a Turquia sublinhou, na sua carta de pedido à Otan, que eles terão função apenas defensiva.
"A implementação não apoiará, de maneira alguma, uma zona de exclusão aérea ou qualquer outra operação ofensiva", garantiu na quarta-feira o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. "Ela iria contribuir para o arrefecimento da violência da crise ao longo da fronteira sudoeste da Otan. E seria uma demonstração concreta de solidariedade da aliança", sublinhou.
Fim do isolamento
Muitos observadores turcos veem a implementação como um alívio para o governo de Ancara, que estava ficando cada vez mais isolado devido a sua política agressiva em relação ao regime de Assad.
De acordo com Kibaroglu, os membros da Otan estão avaliando positivamente a implantação dos Patriot como um sinal de solidariedade e como uma medida para intimidar a Síria, mas também esperam que a implementação venha a promover uma cooperação mais estreita com a Turquia e dar à Otan uma maior influência sobre o governo Erdogan em relação à sua política para a Síria.
"Os Patriots podem evitar uma escalada da crise e podem dissuadir qualquer reação descontrolada da Síria em relação a uma medida mais dura tomada pela Turquia", avaliou Kibaroglu. "Mas parece haver também expectativas de que a Turquia atenda às expectativas da Otan com relação à política para a Síria."
Soldados turcos falam com refugiados sírios através de uma cerca na fronteira perto da cidade de Ras al-Ain
Maiores preocupações na região
O pedido de Ancara à Otan tem sido criticado pela oposição turca, que acusa o governo Erdogan de grandes falhas na política externa, que teriam levado a um aumento das tensões na região.
"O governo está escondendo a realidade da população", acusa Faruk Logoglu, ex-embaixador da Turquia em Washington e deputado da principal força de oposição, o Partido Republicano do Povo. Na sua opinião, Erdogan decidiu solicitar os Patriots não devido à crise com a Síria e sim por causa de Israel. "Após a operação israelense em Gaza, aumentou a ameaça iraniana contra Israel. Os Patriots vão defender a nova estação de radar da Otan em Kurecik, que é essencial para a proteção do espaço aéreo de Israel", frisa. "Os Patriots vão servir à segurança de Israel."
Kibaroglu também afirma que preocupações regionais mais amplas desempenharam um papel na decisão da Turquia. "A instalação de mísseis Patriot pode ser vista como uma medida que não se limita a proteger a Turquia da Síria, mas também de uma possível ameaça futura do Irã", observa. "Após as operações de Israel contra Gaza, os próximos acontecimentos na região são imprevisíveis. Existe uma necessidade de se proteger o espaço aéreo da Turquia em caso de um possível confronto futuro entre Israel e o Irã."
Autor: Ayhan Simsek (md)
Revisão: Alexandre Schossler

DW.DE


Fonte: Por que a Turquia precisa dos sistemas de mísseis da Otan? | Internacional | DW.DE | 23.11.2012