Também se argumenta que a reforma agrária tem méritos indiretos, como reduzir a migração campo-cidade e, consequentemente, aliviar a pressão sobre os serviços sociais urbanos que já estariam um caos. A demanda pela saúde cresceu sim, mas não está em estado crítico como dizem. Exceto por algumas capitais bem específicas, a situação no país não está de “mal a pior”. Graças ao PSF – Programa Saúde da Família – criado pelo FHC (e mantido pelo Lula...), vários médicos bem remunerados nos municípios (com repasse de verbas federal) atacam na raiz dos problemas evitando a superlotação em postos de saúde ou hospitais. Neste ponto, eu defendo o estado intervencionista. Agora, para melhorar o quadro temos que investir mais nas redes urbanas regionais de modo que a migração reduza. Uma vez que não é do meio rural que diretamente se migra para a metrópole. A migração interna ocorre de forma escalonada, isto é, de centro menor para maior e, por gerações.
Quem migra de Cabaceiras, PB para fora não vai direto para o Rio de Janeiro, sem antes ficar em João Pessoa. A sensação geralmente é boa, se não voltavam... E daí, talvez seus filhos que mudarão de região. Da década e meia que vivi em São Paulo nunca conheci um retirante da seca sequer, mas vários nordestinos urbanos. E que faziam seu pé de meia para voltar.
No entanto, as favelas persistem porque são lucrativas e, justamente, devido à redução da oferta de imóvel para aluguel, através da estúpida lei do período Vargas que congelou seus valores, este interessante mercado não mais se expandiu. Culpa de nosso irracional estado.
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