interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Friday, March 30, 2007

EVO MORALES AMEAÇA ROMPER ACORDO DO GÁS ACERTADO COM LULA

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O governo Evo Morales, da Bolívia, ameaça descumprir um dos acordos fechados com a Petrobrás durante a sua visita ao presidente Lula, em fevereiro, quando os dois países acertaram o aumento do preço do gás. Em nota divulgada nesta quinta-feira, o Ministério dos Hidrocarbonetos boliviano reforçou a sua posição a favor do cumprimento da resolução ministerial 255, que desloca parte da produção dos Campos de San Alberto e San Antonio, operados pela Petrobras, para o mercado interno. No encontro entre Lula e Evo, ficou acertado que a Petrobrás teria um prazo para se adaptar à resolução 255. A empresa alega que a medida passa por cima do contrato de exportações para o Brasil, assinado em 1996. Esse acordo garante à estatal fornecer 23 milhões dos 30 milhões de metros cúbicos enviados por dia ao Brasil. Segundo as regras estabelecidas pela resolução 255, porém, a fatia de San Alberto e San Antonio no abastecimento interno subiria dos atuais 300 mil para 3 milhões de metros cúbicos por dia. Como os projetos têm uma capacidade diária máxima de 25 milhões de metros cúbicos, Petrobrás e seus sócios (a francesa Total e a espanhola Repsol) teriam de reduzir suas vendas ao Brasil a um máximo de 22 milhões de metros cúbicos por dia. “Isso representa um descumprimento do contrato anterior, além de perdas econômicas para os projetos”, reclamou o presidente da Petrobrás Bolívia, José Fernando de Freitas. As perdas são resultado da diferença entre os US$ 4 por milhão de BTUs (unidade de medida do gás) pagos pelo contrato de exportações e o US$ 1 por milhão de BTUs pago pelo mercado interno. Isso significa que a Petrobrás e seus parceiros perderiam US$ 3 por cada milhão de BTUs realocados para o mercado boliviano. Freitas diz que a medida não afetará o mercado brasileiro, uma vez que a fatia da Petrobrás será suprida por outras empresas com operações na Bolívia. Segundo os termos do contrato, a maior beneficiada será a companhia Chaco, controlada pela britânica British Petroleum (BP), que deslocará parte do volume destinado ao mercado interno para exportar para ao Brasil por preços maiores. No encontro de Brasília, a Petrobrás sugeriu que a resolução só entrasse em vigor a partir de 2010, prazo necessário para a empresa colocar novos poços em operação em San Alberto e San Antonio, ampliando em 3 milhões de metros cúbicos por dia a capacidade de produção.

Porto Alegre, 30 de março de 2007 - Videversus nº 680

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Thursday, March 29, 2007

Hidrovias

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PROPRIEDADE

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O mundo atual não cessa de nos surpreender. E não se trata apenas do mundo lulista, em que os antigos partidários e ministros do ex-presidente Fernando Henrique se tornaram fervorosos defensores do governo petista. Os fernandistas se tornaram lulistas de carteirinha. Refiro-me, na verdade, a outro tipo de metamorfose, particularmente intrigante, pois produz uma reviravolta no imaginário político que guiara, durante décadas, um certo tipo de mentalidade. Os herdeiros do maoísmo, na China comunista, se tornaram francos adeptos da economia de mercado, inscrevendo na Constituição a defesa da propriedade privada. Enquanto isto, na Venezuela, na contramão da história, a propriedade privada começa a ser destruída em nome de uma suposta “propriedade social” administrada pelo Estado. No universo petista mais radical, junto com os seus adeptos do MST e organizações similares, a China estaria traindo a “causa”, enquanto a Venezuela estaria no “bom” caminho.
A China deve ser compreendida desde uma perspectiva história. De um Estado totalitário, liderado por Mao, ela está abrindo o caminho para uma economia de mercado, estando atualmente no estágio de liberalização econômica conduzida por um governo autoritário. A etapa atual é a do autoritarismo, herdeiro de uma transição do totalitarismo para uma nova forma de organização sócio-econômica. Em sua estrutura totalitária anterior, os maoístas, que chegaram a ser incensados por Sartre, que distribuía nas ruas de Paris o jornal maoísta/totalitário “La cause du Peuple”, dizimaram 60 milhões de pessoas, em campos ditos eufemisticamente “Campos de reeducação”. Reeducar o cidadão, formar o novo homem, significava, na verdade, eliminar todo aquele que se opunha ao regime, ou melhor, aquele que era considerado enquanto tal pelos detentores do poder.
No entanto, no lado de cá do planeta, na América Latina, observamos um processo que percorre o sentido contrário. Na Venezuela, sob o comando do ditador-presidente Hugo Chávez, a propriedade privada está sendo questionada, e fortemente. Sob o signo de uma suposta desapropriação de terras improdutivas, o tão propalado latifúndio, foi promulgada uma nova lei, relativa à “propriedade social”. Embora o palavreado seja pomposo, como se se estivesse reparando uma injustiça histórica, como se o social fosse enfim prioritário, o governo está estatizando a propriedade. Em vez da propriedade privada, surge uma forma de propriedade estatal, que se apresenta sob a bandeira do coletivo. O alvo mais imediato, evidentemente, é a propriedade privada, associada ao lucro, à ambição e à ganância. Na verdade, o objetivo perseguido consiste em fazer voltar a roda da história, rumo ao socialismo que caracterizou o século XX, batizado, agora, de socialismo do século XXI. O seu corolário já se faz sentir no sufocamento das liberdades individuais, manifesto, por exemplo, na lei que coíbe a livre expressão e a liberdade de imprensa. Na esteira da estatização que se faz igualmente presente nos setores das telecomunicações e do petróleo, a independência dos Poderes é abolida, com a sua subordinação ao Poder Executivo e, mais especificamente, a um ditador-presidente que legisla por decretos.
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Wednesday, March 28, 2007

Incoerências

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Téllez diz que:

"Já no final do século XIX os Estados Unidos eram a maior potência no âmbito regional das Américas. A sua intervenção militar na Europa foi decisiva para o resultado da Primeira Guerra Mundial e o país emergiu desse conflito com o status de maior credor líquido do mundo (posição ocupada, atualmente, pelo Japão). A nova situação dos Estados Unidos, no início do mundo moderno, significava, de imediato, que o país encontrava-se diante de novas responsabilidades para com o sistema internacional."

http://www.if.org.br/?action=doExibirAnalise&inCodigo=122

Só tem um "probleminha": os EUA entraram na I Guerra Mundial em 1917 (o que não foi "decisivo" para o conflito) e o presidente Wilson clamou por sanções leves à Alemanha, no que ajudou em sua reestruturação bélica.

Cf.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_Estados_Unidos_da_Am%C3%A9rica

Isto é o que eu chamo de um raciocínio fanático. Para justificar a posição atual dos EUA no mundo, o autor deturpa fatos históricos, ocultando situações para tirar suas esperadas conclusões.

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Outro dia ouvi de uma professora da USP que "a América Latina está se fortalecendo como bloco" para formar uma verdadeira comunidade, o que até dá vontade de rir...

Mundo:
Chile y Japón firman Tratado de Libre Comercio
"Este acuerdo contribuirá a incrementar el intercambio comercial de bienes y servicios, y a mejorar el clima de los negocios entre ambos países", explicó Alejandro Foxley, ministro de Relaciones Exteriores de Chile.
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Américas:
Demócratas de EE.UU. piden revisar TLCs con países andinos
La iniciativa liderada por los diputados Sander Levin y Charles Rangel busca dar mayor énfasis a temas como acceso a medicamentos, protección laboral y medioambiental en los pactos comerciales de EE.UU. con Perú, Colombia y Panamá.
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O primeiro caso só demonstra que o Chile só está como "membro especial" do Mercosul na medida em que espera aprovação do congresso americano para se tornar um membro efetivo do NAFTA, a virar ALCA. O país não pode esperar pela redução da Tarifa Externa Comum (TEC) no Mercosul para fazer negócios, então incentiva os acordos bi-laterais que desautorizam qualquer compromisso intra-bloco como hierarquicamente superior.


No segundo caso, a ALCA sofre um certo retardo devido a oposição americana interna. Mas, se bem observado, os rigores exigidos pelos democratas nos EUA não são inúteis. Eles podem dar um novo status em qualidade de vida aos latino-americanos.

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Empresa britânica compra usina no Paraná

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A Clean Energy Brazil (CEB), empresa criada com a finalidade exclusiva de investir em usinas de açúcar e álcool no Brasil, anunciou na última terça-feira (27) a compra da participação no grupo Usaciga, de Cidade Gaúcha (PR), por cerca de US$ 130 milhões. "O investimento compreende participações em uma usina produtora de açúcar e etanol, projetos greenfield que começam do zero –, um terminal de açúcar no Paraná Operações Portuárias S/A (Pasa) e uma empresa de trading de etanol (CPA)", disse a CEB num comunicado divulgado em Londres. A companhia lançou ações em Londres em dezembro de 2006, obtendo cerca de US$ 200 milhões. A compra de 49% da Usaciga é o primeiro investimento feito com os recursos obtidos no mercado londrino. O capital restante pertence à família Barea, segundo a assessoria de imprensa da companhia no Brasil. Os valores serão investidos prioritariamente na conclusão de uma usina termoelétrica, que entrará em operação durante a atual safra de cana (2007/08), além da construção de duas novas unidades: Santa Mônica, no Paraná, e a Rio Paraná, em Mato Grosso do Sul. Ambas terão capacidade para moer 2 milhões de toneladas de cana por ano, entrando em operação em 2009. Também será ampliada a capacidade da usina Usaciga, das atuais 1,7 milhão de toneladas/ano para 2,2 milhões até 2008. O grupo tem participação no Pasa, com 13% do capital, na Central Paranaense de Álcool (CPA) e no terminal de líquidos Álcool Paraná.

Outros negócios – A CEB informou ainda que, além da compra de parcela da Usaciga, outros dois negócios estão sendo avaliados e devem ser concluídos nos próximos meses. "A Usaciga agora está preparada para aumentar de modo significativo sua capacidade de esmagamento da cana nos próximos dois ou três anos utilizando o investimento da CEB, a experiência em gerenciamento e refinanciamento de dívidas", disse a CEB.

(Com informações da Agência Estado)


http://www.amanha.com.br/ - Newsletter diária n.º 922 - 28/03/2007

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