interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Monday, June 28, 2010

Agora 'guenta o tufo!


Nelson Düring
O Palácio do Planalto através da domesticada imprensa nacional lançou a versão de que o Presidente Luiz Inácio não viajaria às reuniões do G-8 e G20, realizadas na cidade de Toronto, Canadá, para acompanhar os esforços dos auxílios aos atingido pelo “tsunami de águas doces”, que afligiu vários estados do Nordeste.

A viagem prevista para o dia 25 (sexta-feira) não aconteceu. Ao verificar-se a agenda presidencial emitida pelo próprio Palácio do Planalto, para os dias 25, 26 e 27, temos para a sexta ver o jogo do Brasil contra Portugal e no fim de semana “Nenhum Compromisso Oficial”.

Assim, o não comparecimento à reunião do G20, em Toronto, tem outra explicação. É a fuga ao protagonismo internacional em apoio ao Irã. A retirada dos últimos dias do chanceler Celso Amorim do affair iraniano não é o bastante para a comunidade internacional.

O Itamaraty liderado por Celso Amorim e agora secundado pelo Secretário-Geral Antonio de Aguiar Patriota, que mostram um irrealismo diplomático que muito custará ao Brasil.

O ônus já acontece. Na recente exposição EUROSATORY (14-18 Junho), empresários brasileiros ligados ao setor de defesa foram comunicados por fornecedores ou parceiros, que seus governos estavam reavaliando as licenças de exportação de componentes sensíveis para o Brasil.
Motivos, a posição do Brasil em apoio ao Programa Nuclear Iraniano e também dúvidas sobre a própria ação das políticas nucleares do Brasil.

O Ministro da Defesa e a troika Militar poderão ter em futuro próximo muitos programas de equipamentos militares afetad
os por embargos tanto por países europeus, como Estados Unidos e até a Rússia.
Boletim DN - Increva-se para receber o DN que é enviado sem custo
http://www.defesanet.com.br/cadastro.htm

Sunday, June 27, 2010

A Colômbia que o Brasil não conhece


Sobre:
A Colômbia que o Brasil não conhece

OC, novamente criando seu mundo dicotomizado em preto-e-branco. O terrorismo latino-americano não é de exclusividade da esquerda. Direitistas como a AUC colombiana também se apoderaram do narcotráfico e agem ilegalmente contra o estado de direito.

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O padrão duplo



Esta matéria do jornal Folha de S. Paulo é importante para que os brasileiros compreendam as atitudes de Israel e a forma como são deformadas no mundo ocidental as suas iniciativas, em benefício direto para o mundo islâmico, cuja pretensão explícita é derrotar e dominar o Ocidente. Como se vê, os ocidentais têm uma postura bem esquizofrênica. Diz a matéria da Folha de S. Paulo:
O filósofo Asa Kasher, autor do Código de Ética das Forças Armadas de Israel, acha que as críticas mundiais à conduta dos soldados de seu país são fruto do desconhecimento das circunstâncias em que atuam. 

A Convenção de Genebra trata de guerra entre Estados, diz ele. "Mas Israel luta contra organizações terroristas."

Folha - Como o sr. encara as críticas à falta de ética das Forças Armadas de Israel?
Asa Kasher - O código de ética menciona valores supremos da ética militar, mas não é um manual de regras de combate. Fala de princípios que estão acima de qualquer disputa e que a maioria das democracia inclui em seus códigos de ética militares, como a santidade da vida, a proteção da dignidade humana, a pureza das armas e a contenção do uso da força.
A questão mais complexa é a doutrina militar, que é particular de cada país. Em relação a isso, há algo que as pessoas deveriam entender: quando olhamos para a 4ª Convenção de Genebra, vemos que todo o seu arcabouço é destinado a tratar de guerra convencional, ou seja: forças militares de um Estado em choque com forças militares de outro Estado. Essas eram as regras em vigor nas guerras convencionais que Israel travou no passado, contra países vizinhos.
No entanto, hoje estamos numa situação bem diferente. Israel não enfrenta Estados, mas organizações terroristas. Como o Hizbollah, que é uma força semimilitarizada libanesa, mas não é o Exército do Líbano. E o Hamas, outra força semimilitarizada que controla um território que não é um Estado, mas onde atua como governo de facto. São circunstâncias novas. Quando enfrentamos o Hamas, estamos diante de uma força militar que não veste farda nem usa armas de forma convencional. Comete todo tipo de ato hostil, como lançamento de foguetes contra populações civis de Israel, e depois se esconde atrás de populações civis palestinas.
Há uma distinção na Convenção de Genebra entre combatentes e não-combatentes, mas o Hamas mantém essa fronteira vaga de propósito. Seus militantes agem frequentemente como se fossem civis, a partir de áreas residenciais, perto de civis reais e inocentes. Atacam civis e confundem totalmente a distinção entre combatentes e não-combatentes. O que devemos fazer diante de tais atividades? Continuar observando a simples distinção, enquanto nosso inimigo a ignora? Temos as nossas doutrinas, elas estão no espírito da doutrina da "guerra justa", no espírito da 4ª Convenção de Genebra, mas elas tem que ser aplicadas diferentemente, porque nosso inimigo age de forma diferente.
Veja a faixa de Gaza: o Hamas coloca seus lançadores de foguetes e esconde munição perto de civis. Não podemos atacar essas casas, porque há risco de atingir civis. Mas se não podemos reagir aos ataques, perdemos nossa capacidade de autodefesa. Não podemos nos defender, porque eles colocam civis nos telhados das casas de onde disparam. É por isso que adotamos novas doutrinas, e isso o mundo não entende. Há muitos inimigos de Israel que fazem uso propagandístico dessa complexidade. Mas mesmo os que não são nossos inimigos tem dificuldade em entender e acham que podem nos dar lições de moral. Exigem que apliquemos princípios que são impraticáveis, dentro das atuais circunstâncias.
O sr. quer dizer que a falta de ética dos inimigos levou ao relaxamento do código de ética israelense?
Depende de que nível você fala. Se falamos do nível geral da doutrina, das teorias das regras de combate, há evidências de que a situação em Israel não é diferente da de americanos, britânicos ou alemães no Iraque e no Afeganistão. Olhando o soldado israelense individualmente, entende-se que a maioria faz parte do alistamento obrigatório, e isso significa que dificilmente são profissionais. São jovens, e não surpreende que aqui e ali um deles comporte de forma inadequada. Mas temos evidência de que esse não é um fenômeno generalizado, mas uma raridade, que ocorre em situações extraordinárias. E, quando ocorre, vai a julgamento em corte marcial.
Se houvesse uma política de "dedo leve" no gatilho, haveria dezenas de milhares de palestinos mortos, e metade seria mulheres e crianças. Mas mesmo a lista de vítimas da última operação israelense em Gaza apresentada pelo Hamas, que não é totalmente confiável, mostra que não houve um número significativo de mulheres e crianças. A maioria era de homens que participaram de atividades terroristas contra Israel. Você pode ter certeza de que não há uma política de atirar em qualquer coisa que se mova. Na guerra de Gaza houve alguns casos excepcionais, e eles são investigados. Mas não passam de 30 ou 40.
Durante a ofensiva em Gaza, o sr. foi criticado por apoiar o uso de força em áreas civis para não colocar os soldados em risco. Como o Exército resolve esse dilema?
Esta é uma parte essencial da doutrina e precisa ser esclarecida. Fazemos distinção entre territórios que estão sob nosso controle efetivo e os que não estão. Nos primeiros, temos mais responsabilidade sobre o que acontece. E temos que proteger a população que reside neles. O Estado de Israel tem controle efetivo sobre Jerusalém Oriental e Golã, além de alguns territórios palestinos. Nessas áreas, os soldados arriscam suas vidas para fazer a distinção entre terroristas e civis.
Mas há outros territórios, como Gaza, em que não temos controle efetivo. Temos controle sobre as fronteiras, o mar e o espaço aéreo, mas não no que está acontecendo nas ruas e prédios dentro de Gaza. Por isso, não é nosso dever proteger as pessoas inocentes em Gaza. Essa é a obrigação do Hamas, que não é cumprida. O nosso dever é minimizar danos a inocentes. Para isso, nós advertimos eles constantemente sobre o que acontecerá. Na ofensiva em Gaza, distribuímos panfletos, fizemos milhares de telefonemas e o mesmo número de mensagens via celular alertando quando aconteceria um ataque. É algo sem precedentes na história das guerras.
Temos toda uma variedade de meios para avisar aos civis que saiam dos prédios porque ele se tornou um alvo. Alguns se recusam a sair. Dentro dessas circunstancias, nós não arriscamos a vida dos soldados. Tentamos minimizar os danos colaterais, mas, se eles se recusam a sair, há pouco o que fazer. Quem fica é terrorista ou pessoas que se recusam a sair e assumem o risco. Para defender essas pessoas, não arriscamos nossos soldados.
É comum o governo dizer que Israel tem o Exército mais moral do mundo. Mas a imagem externa não é essa, como mostrou o relatório Goldstone. A que o sr. atribui essa dissonância?
Em primeiro lugar, não considero o relatório Goldstone como a imagem de Israel no mundo. Goldstone é tendencioso, profissionalmente ridículo e um escândalo, moralmente. Seu relatório é uma coleção de propaganda palestina. Há vasta quantidade de documentos produzidos por Israel mostrando que cada episódio descrito por Goldstone é simplesmente errado. Dizer que as FDI (Forças de Defesa de Israel) são a força militar mais moral do mundo é uma afirmação problemática, porque é difícil comparar. No nível do código de ética até é possível comparar, porque os códigos de ética, com exceção dos países árabes, são públicos, está na internet. O código de ética das FDI compartilha princípios de outras forças armadas, como a santidade da vida humana, a pureza das armas. Temos muito orgulhoso dele e o mundo reconhece que nosso código tem os mais altos padrões. Já no nível das doutrinas, não é possível comparar, porque todos são secretos. O que pode-se fazer é coletar evidências indiretas.
Podemos comparar a ofensiva israelense em Gaza com a operação "Phantom Fury" dos marines americanos em Fallujah (Iraque), em novembro de 2004. A comparação faz sentido porque as dimensões são parecidas. Na ação americana, houve mais civis mortos, então nossa performance foi melhor. No nível das tropas há problemas em qualquer lugar. Há alguns meses houve uma operação da Otan no Afeganistão, dois caminhões foram atacados e dezenas de civis foram mortos. Não houve nenhum relatório Goldstone, nem criaram qualquer comissão da ONU sobre isso, e Obama também não foi requisitado a fazer uma investigação independente sobre o caso.
Há um padrão duplo na forma como o mundo reage a Israel. E, embora o padrão moral do Exército israelense seja alto, isso não quer dizer que aqui e ali um soldado não cometa alguma atrocidade ou aja de forma imprópria. Mas isso acontece aqui como acontece no Afeganistão e no Iraque ou na Tchetchênia, em todo lugar onde há conflito.
O problema de Israel é só de imagem?
Em primeiro lugar, não sabemos qual é a imagem de Israel. O que sabemos é o que os jornais escrevem, o que alguns meios de propaganda palestinos produzem, sabemos o que alguns políticos dizem, mas podemos ter certeza de que pouco disso é resultado de uma análise honesta, profissional e objetiva do método utilizado. Por que nos atacam? Por que olham com objetividade para a situação, porque se importam com o resultado? Não creio. A Turquia tem seus interesses com Irã, e Síria, e também uma relação problemática com Europa e Estados Unidos.
Há uma rede de interesses. Neste momento interessa aos turcos mentir porque isso serve a sua política. A Comissão [de Direitos Humanos da ONU] que apontou a comissão Goldstone é integrada por países como Cuba, Líbia e Sudão, que tem governos que desrespeitam sistematicamente os direitos de seus cidadãos. Onde estão os relatórios sobre a situação das mulheres nos países árabes? 80% das decisões dessa comissão são sobre Israel, o que prova que sua ação é política, não tem nada a ver com direitos humanos. Só serve para a proteção de interesses políticos.
No caso da frota humanitária que Israel interceptou e nove ativistas foram mortos. O que deu errado?
Com todo o respeito aos países democráticos e às instituições democráticas, nós devemos um comportamento moral em primeiro lugar para nós mesmos. Somos uma democracia comprometida com a a dignidade humana. Temos os nossos princípios e ninguém pode impor padrões que nos impeçam de exercer nosso direito de legítima defesa. O Hamas é um grupo cuja constituição prega a destruição de Israel. O Irã apoia o Hamas e o Hizbollah não apenas politicamente, mas militarmente.
O presidente iraniano não passa praticamente um dia sem pregar a eliminação de Israel. Essa é a natureza de nossos inimigos. Por isso, temos que nos defender. Não podemos permitir qualquer carregamento militar enviado pelo Irã ou pela Síria à faixa de Gaza, porque eles serão usados contra nossos civis. O bloqueio marítimos é algo permitido pela lei internacional, assim como é perfeitamente legítimo uma ação preventiva.
O grupo que estava na flotilha não era homogêneo. Algumas não sabem quase nada sobre Gaza e o Hamas, mas têm inclinações humanitárias. Outras pertencem a uma organização turca ligada ao terrorista que se preparou para um combate. O resultado foi que nove terroristas foram mortos. Não quero que ninguém morra, a aspiração é sempre a paz. Mas quando somos atacados, temos o direito de autodefesa.
Não é uma solução simplista apontar os ativistas mortos como terroristas?
Há um grande mal-entendido. Suponhamos que um policial é atacado violentamente, seja em Tel Aviv ou em São Paulo. Ele tem o direito de se defender. E, quando um policial se defende, algumas vezes eles matam, e as pessoas que o atacaram sofrem as consequências. O que aconteceu nessa flotilha é que esses terroristas atacaram os soldados e foram mortos. Os soldados começaram a ação de forma contida, mas não tiveram alternativa e quando atacados, reagiram.
Já foi dito que o aumento do número de soldados religiosos aumentou o radicalismo do Exército. A fé distorce o seu código de ética?
Houve alguns fenômenos, durante a operação em Gaza, de capelões que pregaram coisas que não me agradam e não são apropriadas a um Estado democrático. Há capelões em todas as forças armadas do mundo, sua função não é só conduzir serviços religiosos, mas também ensinar ética. Os comandantes israelenses são profissionais e sabem o que pode e o que não pode ser feito. Há capelões que falam demais, mas seu efeito é marginal.
Em Mundo usa padrão duplo para julgar Israel, diz autor do código de ética do Exército israelense