interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Wednesday, February 28, 2007

Uma seleção de gases conveniente

.
.
O texto a seguir atenta para o maniqueísmo político de Al Gore que, seleciona uma dentre tantas substâncias que causam males ao ambiente, convenientemente, para traçar seus planos futuros na carreira. Dos quais, um de seus objetivos é reduzir a perpetuação dos Republicanos no poder.

Este não é o principal problema, mas sim a massificação da ignorância que visa ocultar sob o manto de "cientificidade" processos mais complexos que não tem a ver com a simples recusa em assinar o Protocolo de Kyoto.


Assim, os dados que oferece sobre a situação actual do aquecimento global do planeta provém dos "cientistas" em que ele confia e que dizem a verdade, e não dos maus que a escondem por dinheiro. Al Gore de modo algum cita os cientistas (cerca de 2500) que desde 2001 e com mandato da ONU trabalham no Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC na sigla inglesa) que, certamente, oferecem uma informação mais rigorosa e menos catastrofista que a expressa pelo ex–vice-presidente. Al Gore só nos fala do CO 2 (anidrido carbónico ou dióxido de carbono) como o único gás com efeito de estufa, ignorando deliberadamente os outros gases, como o metano, responsáveis por um efeito muito maior ainda que estejam presentes em menor quantidade. Este esquecimento terá algo a ver com a política do presidente Bush de desprestígio da ONU e da recusa de ratificação do Protocolo de Quioto?

O senhor Gore parece que gosta mais do simples CO 2 do que das dioxinas, dos furanos, dos PCB e outras de substâncias complexas, de reciclagem impossível na natureza – ao contrário do CO 2 (que poderia ser convertido em biomassa, se não desflorestassem o planeta) –, sobre os quais existe um acordo absoluto quanto à sua extrema periculosidade. Por esta razão, identificadas as doze substâncias mais letais existentes na atmosfera, nos solos, nos nossos corpos e na maioria dos seres vivos, que hão-de manter-se durante gerações, se assinou em 2001 e se ratificou em 2004 a Convenção de Estocolmo. Mas nos processos de incineração, nos quais se geram a maioria destes compostos, para além do CO 2 em que só se fixa o discurso de Al Gore, continuam e pouco ou nada sabemos da sua evolução, se exceptuarmos a informação dos investigadores médicos, sobre a sua maior presença nos tecidos e órgãos humanos.


Para quem continuar lendo o restante do texto (clicando sobre os parágrafos acima), só não é dispensável como exercício de conhecimento sobre um discurso terceiro-mundista que acusa Al Gore, como político americano, de falar para americanos acusando toda a humanidade pelos desmandos ambientais. Como se os EUA fossem os únicos a corromper o ambiente e como se os outros países não quisessem usufruir dos benefícios da própria globalização. É interessante observar como os terceiro-mundistas responsabilizam a globalização pela maior parte dos males da humanidade, mas ao mesmo tempo identificam-na como sendo uma maquiavélica obra de um único país e governo. Mais conspiratório que isto, só mesmo o insano Olavo de Carvalho.


Acho que o post abaixo, retirado do blog Dissidência já diz tudo:


O consumo de energia na mansão de Al Gore no Tennessee é VINTE VEZES maior que a média americana. Gore paga em média 1.359,00 dólares de conta de luz por mês. Isso sem contar os gastos de mais de 1080 dólares com gás de cozinha e calefação.(Como se sabe, nos EUA, a geração de energia é em grande parte feita por usinas termoelétricas, bastante poluentes).

Isto, claro, considerando que o consumo de energia percapita dos americanos é bem maior que a média mundial. (Via Lew Rockwell Blog, again)]

ATUALIZAÇÂO: A informação, lançada pelo Drudge Report, causou polêmica na blogoseira americana. Gore responde no Think Progress que utiliza energia renovável, que compra créditos de carbono, utiliza células-solares e que trocou as lâmpadas da casa por lâmpadas fluorescentes. Ed Morrisey responde que células-solares deveriam DIMINUIR, não aumentar a conta de luz, e que Gore propõe um método em que os ricos poderiam comprar créditos de carbono, enquanto os pobres seriam obrigados a fazer sacrifícios pessoais, num esquema regressivo que seria escandaloso para a esquerda se a aplicado aos impostos. I do agree.

Mas acho que o problema é a hipocrisia. Não só seu gasto de energia é absurdo como seu recorde ambiental como vice-presidente é decepcionante.


Não há nada melhor do que avaliar alguém por seus atos. Já, as palavras podem ser inscritas até no papel higiênico que nem sempre é lembrado como objeto de reciclagem por políticos que se esmeram em falar m****, digo, "detritos orgânicos".

.
.

Tuesday, February 27, 2007

Brasil, país do passado

.
.

Quando o alemão Stefan Zweig escreveu Brasil, país do futuro, ele não se cansava de elogiá-lo. Muitos dirão hoje que esse discurso ufanista já é batido demais e que, justamente, ele impediu que se criasse uma visão crítica acertada sobre nossos problemas no passado. Isto não deixa de ter certa razão. Certa... Não total. Pois, quando deixamos de fazer uma contabilidade dos fatos sociais e passamos a enfatizar apenas um de seus aspectos acabamos por não perceber onde o país acerta e para onde continuar rumando.

Esta análise pode ser transposta para o plano estadual. O Estado do Pará é um “Estado do passado”? Novas formas político-administrativas se imporão exigindo uma nova repartição do território, seus recursos etc.? Repartir algo que em si exige mudanças e adaptações institucionais irá resolver alguma coisa? Bem, como gaúcho que passou quase 1/3 de sua existência em São Paulo e, atualmente, reside em Florianópolis creio que tenho algumas observações pertinentes.

Saí do Rio Grande do Sul justo no momento em que mais se falava em separatismo e havia todo um revival da música gaudéria e suas tradições (em parte, forjadas artificialmente). Eu era o que se poderia chamar de uma “ovelha negra” entre meus amigos que defendiam e/ou simpatizavam com a causa separatista. Para mim, o espírito separatista era provinciano demais. Acaso o estado também não tinha seus bolsões de pobreza e carências específicas? Não só tinha como tem até hoje. Ora, se há regiões mais pobres no país, nada justifica que a situação como tal melhorará para todos, uma vez independentes. Pois, a estrutura que os mantêm pobres em seus estados perdurará se mudanças institucionais internas não forem feitas.

Também se alegava como razão dos separatistas, a transferência de renda entre estados via orçamento da União. Mas, isto é outro problema. A separação em si não é o caminho adequado para resolver isto e sim, a discussão sobre o pacto federativo. Estas são a meu ver as verdadeiras questões: a necessidade de uma reengenharia interna aos estados que avalie, entre outros quesitos, o grau de produtividade de suas burocracias; a funcionalidade e eficácia do pacto federativo e de agências de desenvolvimento regionais.

Apesar de não ser natural do Estado do Pará, como brasileiro devo questionar se a simples separação sequer tangencia os reais problemas que alego. Separar mantendo os mesmo vícios como um ICMS que tolhe atividades produtivas reduzindo a oferta de empregos não me parece solução alguma. Assim como esta, se o objetivo é a melhoria da qualidade de vida da população, outra questão que urge discutir é a mudança de leis trabalhistas que engessam o emprego e, estas não se resolvem sem uma discussão em nível federal. São inúmeras as questões práticas e realmente pertinentes à população, muito superiores em necessidade aos projetos que levariam, em primeiro lugar, a criação de mais e mais cargos públicos bem como a paquidérmica criação de mais sinecuras estaduais para novos políticos e seus apaniguados. Ou pensamos em mudar algo de verdade, vislumbrando o futuro ou mantemos os mesmos vícios do passado ao acreditar que mudanças de limites políticos, por si só, farão alguma diferença.

Em tempo, Zweig e sua esposa decidiram se recolher em Petrópolis/RJ esperando pelo fim da guerra, uma vez que odiavam o racismo e totalitarismo dos nazistas. Impacientes e desesperados se suicidaram em 1942. Só espero que a impaciência em analisar e solucionar problemas econômicos e financeiros em um Estado tão rico como o Pará, não leve seu povo a abortar verdadeiras soluções que sequer estão em fase embrionária.

...

Monday, February 26, 2007

Governo pode antecipar meta para biodiesel | 26.02.2007

.
.
Agência Estado
O Brasil pode antecipar para 2010 a meta de 5% de acréscimo de biodiesel ao diesel comum, estabelecida para 2013. A previsão é do coordenador do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, Arnoldo de Campos. O programa foi lançado em 2005. Hoje existem 11 usinas em operação no País, com capacidade de produção anual de 640 milhões de litros de biodiesel.
Outras 13 usinas estão em fase final de construção, já com pedidos de autorização de funcionamento junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Quando as 24 usinas estiverem operando, o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre, serão 1,3 bilhão de litros de biodiesel disponíveis no mercado de combustíveis.
"Isso é quase o dobro do que é necessário para cumprir os 2% de biodiesel a ser adicionado ao diesel, previstos para janeiro de 2008. E como a produção está num ritmo crescente, isso nos coloca num horizonte de antecipar a meta de 5%, que deveria ser alcançada em 2013, para 2010", calcula Arnaldo de Campos.
Além de produzir um combustível menos poluente, o programa de biodiesel deverá permitir também que o Brasil deixe de importar diesel derivado de petróleo. Hoje, o consumo de diesel no Brasil é de cerca de 40 bilhões de litros, e 5% disso, ou seja, 2 bilhões de litros, são importados.
Até o fim do ano, quando o programa de biodiesel estiver com 24 usinas em operação e com mais um leilão para compra do produto realizado, Campos estima que 60% da produção do biocombustível seja proveniente da soja e 20%, da mamona.
Os 20% restantes terão como matéria-prima oleaginosas como a palma, o dendê, o amendoim, a canola, o girassol, o algodão e ainda o sebo bovino. "A mamona e o girassol vão entrar com maior força a partir do segundo semestre, quando vamos colher a segunda grande safra de mamona e a primeira de girassol, que está sendo plantada neste início de ano." As informações são da Agência Brasil.
.
.

A surpreendente corrida pelo etanol

.
.

Bons sinais da Terra do Sol Nascente brilham nos canaviais brasileiros:


PETROBRAS E MITSUI EXAMINAM 40 PROJETOS PARA EXPORTAR ÁLCOOL
A parceria entre Petrobras, a trading japonesa Mistui e usineiros paulista já avalia mais de 40 projetos de construção de destilarias para a produção do combustível a ser exportado, preferencialmente, para o Japão. "Agora falta a ponta do comprador ser fechada, com a formalização dos contratos de compra de álcool e, pela posição do governo japonês, tudo leva a crer que será em breve", afirmou na sexta-feira o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O governo brasileiro prevê que o projeto garanta uma exportação, em 2011, de 3,5 bilhões de litros de álcool por ano para o Japão e ainda um excedente para ser enviado a outros países. Hoje o Japão compra do Brasil apenas álcool para outras finalidades, e não para o uso como combustível. No ano passado, toda a exportação brasileira de álcool combustível somou 2,5 bilhões de litros, a maioria para os Estados Unidos. O projeto de parceria tripartite para a construção de destilarias de etanol no Brasil tem a finalidade de honrar os contratos de exportação de etanol combustível a serem firmados entre os dois países. A Mitsui financiará a construção das destilarias, os usineiros entrarão com terra e cana e a Petrobras com a logística para o escoamento.


Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2007 - Videversus nº 656

.
E, na terra do Tio Sam, a redução de custos é a meta para alavancar qualquer projeto. Isto, infelizmente, não ouço falar por aqui:

Lunes 26 de febrero, 2007
Bush a la caza de nuevos biocombustibles
(Dow Jones Newswires)
El presidente George W. Bush, quien ha fijado la meta de reducir en un 20% el consumo de gasolina en Estados Unidos en 10 años, dijo que cumplirá ese propósito con la producción de combustibles aunque sea del césped y la educación de los consumidores.
Bush elogió el trabajo de obtener etanol a partir del procesamiento de diversos tipos de pasto y desperdicios de madera que estaba logrando la comunidad científica, como fuentes sustitutivas del maíz, en que se basa la tecnología estadounidense, o la caña de azúcar, desarrollada por Brasil.
A comienzos de la semana, su secretario de Energía, Samuel W. Bodman, dijo que en el empeño de reducir la vulnerabilidad energética de Estados Unidos, los científicos averiguarán incluso cómo “un microbio que ha estado por siglos en los intestinos de las termitas” produce energía de los residuos de madera que éstas comen.“El etanol de celulosa es algo que nos complace y el papel del gobierno es estimular las ideas e inversión”, dijo Bush ante un panel privado de energía alternativa en Carolina del Norte.
El presidente ha anunciado en enero que Estados Unidos va a reducir su consumo de gasolina en un 20% en los próximos 10 años. Para lograrlo, propuso la producción de 35 millones de galones de etanol y combustibles alternativos al año hacia el 2017.
Ese volumen es casi cinco veces más de la meta para el 2012, fijada por una ley vigente, y sacaría del mercado nacional hasta un 20% de la gasolina que consume actualmente Estados Unidos y que en un 60% proviene de fuentes externas cada vez más costosas.
Algunos críticos se han mostrado escépticos afirmando que la meta de Bush no era realista y podría más bien elevar artificialmente los precios del maíz y subsecuentemente de los alimentos ante la persistente demanda de maíz.
El propio Bodman dijo que “la meta era lograble pero no cierta”.
Bush hablando en un panel en la corporación Novozymes North America que investiga las enzimas para producir etanol de los desperdicios del maíz y otras plantas, dijo que “el problema es que tenemos muchos criadores de cerdo en Estados Unidos... que están empezando a sentir los altos precios del maíz”.
“La pregunta es entonces ¿cómo lograr una meta de menor dependencia sin incomodar a los criadores de cerdos? Esta es la forma de hacerlo: desarrollar nuevas tecnologías que faciliten la producción de etanol de virutas, pastizales o desperdicios agrícolas”, dijo.
Emisarios de Bush que han visitado Brasil adelantaron que Estados Unidos y ese país podrían entrar en un acuerdo de difusión tecnológica en el Hemisferio Occidental para reducir la dependencia del petróleo.
.
.
O Brasil não pode desperdiçar mais esta égua selada passando em nossa frente. A coisa está sendo tão incentivada que já está até fazendo parte do imaginário popular: no último episódio de Amazing Race, uma das tarefas desta competição em que duplas concorrem por 1.000.000 de dólares consistia em extrair um litro de álcool a partir de 15 varas de cana em Brotas, interior de São Paulo.

Tomara!

.
.