interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Friday, December 24, 2010

Conflito na Coréia

Não deixem de reparar no número de idiotas que surgirá após o conflito ser deflagrado com a justificativa de que "foi tudo uma armação dos EUA para atacar a Coréia do Norte". É... Vai ver tem muita riqueza escondida no subsolo daquela península famélica. Idiotas não precisam de lógica, apenas os mesmos motivos que já tem e que justificam independentemente dos fatos existirem ou não.

planobrasil.com
O ministro norte-coreano das Forças Armadas, Kim Yong-chun, disse nesta quinta-feira que o país está preparado para travar uma “guerra santa” contra o Sul, usando sua força nuclear, após o que ele considerou ser uma tentativa sul-coreana de iniciar um conflito.


Tuesday, December 21, 2010

Um mapa inter-urbano


Qual o tipo de cidade ideal? Tamanho ideal? Apesar de toda crítica que se faz às grandes cidades, eu não sei se as pequenas cidades são as melhores... Eu diria que viver em cidades médias ou grandes com até 2 milhões de habitantes é que é a melhor opção, combinando qualidade de vida com oportunidades de trabalho, lazer e fluidez do tráfego. Mas, depende, claro, do estilo de vida que se pretende ter ou manter.
Talvez, uma perspectiva de futuro mais racional não seja uma “cidade ideal”, com tudo, mas uma rede de cidades entremeada por áreas verdes, condomínios com fácil acesso etc. 
No livro Os Confins da Terra, Robert Kaplan fala das cidades constituídas ao longo da Rota da Seda e os mapas da época, que traçavam linhas entre pólos, estradas entre cidades como fato geográfico predominante. Estas foram substituídas pelas linhas de fronteira entre estados, cuja atual realidade (globalizada) parece fazer retornar. Ao invés das redes, o mundo assistiu a colcha de retalhos tomar conta da Terra com a modernidade. Talvez agora, com essa pós-modernidade assistamos, novamente, ao ressurgimento de antigas redes guiadas pelo comércio, com fluxo de pessoas, bens, serviços e idéias.
Não acredito em realização de utopias como harmonia praticável. Conflitos sempre existirão, mas as guerras podem ser bastante reduzidas se esse cenário de integração criar co-dependências que limitam os conflitos sanguinários por puro interesse econômico. Então, é bom que haja dependência e que soframos, eventualmente, com uma crise aqui e ali. Isso é o melhor dos mundos possíveis. Não precisamos de nenhum éden se temos isso, o mais cínico dos mercados Wal-Mart ou Carrefour são melhores do que a fé dos generais.
Mas, para chegarmos a isso, o próprio cenário interno já tem que estar integrado nesta rede. Ou é isto ou o Rio Grande do Sul se integrará a Argentina. Nada contra, mas eu prefiro que seja uma transição ao invés de, simplesmente, se bandear para o outro lado.
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Mito


Alguém ainda pode nos sugerir que Cuba, apesar de todos 'contratempos' conseguiu desenvolver eficazmente um sistema social de saúde realmente popular... Bem, segundo a OMS, a relação médico/habitantes minimamente aceitável deve ser de 1 para 1.000, Cuba tem 1 para 220. Isso nos levaria a uma conclusão imediatista de que a ditadura castrista teria uma notória preocupação com a saúde de seu povo? Vejamos com mais vagar: a Dinamarca que é uma reconhecida nação de primeiríssimo mundo, tem cerca de 1 médico para cada 450 habitantes. O que isto significa? Que Cuba tem um nível social melhor do que a Dinamarca? Será que a Dinamarca teria que fazer uma revolução em direção a um comunismo sanguinário emoldurado pelo paredón para aumentar a oferta de médicos ou Cuba é quem tinha que aprender e aprimorar o conceito de eficácia de seus médicos não inflando a estrutura estatal de funcionários ineficazes? Mas o que se pode esperar de um país que tem como emprego 'entregador de senha' para ser atendido em seus botecos com o pôster de Che Guevara emoldurando as paredes? Insano, simplesmente insano.

Cidades verdes


Em arquitextos 126.08: Áreas Verdes: um elemento chave para a sustentabilidade urbana | vitruvius, as áreas verdes são tratadas como elemento chave para a “sustentabilidade urbana”:
  
Mundialmente, as cidades estão experimentando rápidas mudanças, resultado de um permanente processo de urbanização. O crescimento das cidades é um processo dinâmico e muito diverso, mas tem uma característica comum: é cada vez mais espaco-intensivo (1), isto é, há uma crescente demanda de espaço para usos urbanos: para acomodar moradias, indústrias, serviços públicos e áreas de recreação, infraestrutura (tratamento de água e esgoto, produção de energia) e construção das malhas de transporte, colocando sob crescente pressão paisagens culturais e naturais.
Um atributo importante no desenvolvimento das cidades, muitas vezes negligenciado, é o cuidado com as áreas verdes. Como a transformação da paisagem continua em ritmo acelerado, cada vez mais se perdem importantes espaços naturais ou os ainda restantes tornam-se verdadeiras ilhas nas “cidades-sem-fim” (endless cities) (2). Na Europa, o processo de urbanização, ocasionado pela necessidade de uma adaptação às condicionantes econômicas, demográficas e à situação política (por ex. o declínio populacional e o aumento da longevidade, desindustrialização, liberalização de mercado, etc.), traz implicações significativas, tanto para o ambiente natural como na composição das sociedades urbanas.
Muitos dos atuais programas de desenvolvimento buscam a melhoria da qualidade de vida no meio urbano. Isso significa, necessariamente, a melhoria do meio ambiente e do equilíbrio ambiental. Áreas verdes são elementos cruciais para alcançar estes objetivos. Elas são os elementos per se naturais dentro do ambiente extremamente artificial em que as nossas cidades se transformaram. Áreas verdes são igualmente relevantes para o bem-estar e as condições de saúde da população, por promoverem a biodiversidade, constituírem importante parte da paisagem urbana, por trazerem benefícios econômicos significativos e formar espaços estruturais e funcionais fundamentais para transformar as nossas cidades em áreas mais agradáveis de viver (3). Áreas verdes podem assim assumir um papel primordial nos esforços para melhorar a qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável.
Na maioria das cidades existem, de alguma forma, instrumentos de planejamento que influenciam a quantidade e a qualidade dos espaços verdes, por exemplo, planos diretores. Em muitos casos faltam, entretanto, concepções e visões abrangentes e estratégias apropriadas, que venham a combinar o desenvolvimento e a gestão desses espaços com as políticas mais globais para o desenvolvimento urbano. Frequentes déficits em quantidade ou qualidade em toda a Europa e o baixo valor a eles atribuído exigem estratégias apropriadas para o desenvolvimento e melhoria do sistema verde urbano. Assegurar o desenvolvimento das áreas verdes, mesmo na era do desenvolvimento sustentável, é ainda um árduo trabalho, exigindo muitas vezes um dedicado engajamento pessoal.
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