Thursday, December 06, 2012
Venezuela é o país mais corrupto, diz relatório - EXAME.com
- Levantamento
- 05/12/2012 05:45
Venezuela é o país mais corrupto, diz relatório
Além do país liderado por Hugo Chávez, pesquisa de ONG aponta o Paraguai com um dos mais corruptos da América Latina
Berlim - Venezuela e Paraguai seguem como os países mais corruptos da América Latina, enquanto Chile e Uruguai se mantêm entre os mais transparentes, aponta um relatório publicado nesta quarta-feira pela ONG alemã Transparência Internacional (TI).
A edição de 2012 do já tradicional Índice de Percepção da Corrupção oferece um ranking regional com poucas variações na comparação com os relatórios dos últimos dois anos, mas faz uma advertência.
'A região saiu bem da crise mundial. Seu modelo econômico dá bons resultados macroeconômicos, mas não se traduz em uma melhora da qualidade de vida dos cidadãos. A América Latina é a região mais violenta, onde a desigualdade é maior', assegurou à Agência Efe o diretor da TI para as Américas, Alejandro Salas.
Figuram entre os mais transparentes Chile (72 pontos), Uruguai (72), Porto Rico (63), Costa Rica (54), Cuba (48) e Brasil (43). Na outra ponta da lista, aparecem Venezuela (19), Paraguai (25), Honduras (28), Nicarágua (29) e Equador (32).
Entre uns e outros, em ordem decrescente quanto à transparência, estão El Salvador (38), Panamá (38), Peru (38), Colômbia (36), Argentina (35), Bolívia (34), México (34), Guatemala (33) e República Dominicana (32).
Na escala global, Somália (8), Coreia do Norte (8), Afeganistão (8), Sudão (13) e Mianmar (15) são os países mais corruptos; e Dinamarca (90), Finlândia (90), Nova Zelândia (90), Suécia (88) e Cingapura (87), os menos castigados por este tipo de prática.
A TI, referência global na análise da transparência, adverte em seu informe que só um terço dos 176 países passou no exame, apesar do clamor cidadão contra estas práticas ter ganhado impulso no mundo todo por causa da Primavera Árabe.
'Após um ano no qual a atenção esteve sobre a corrupção, esperamos que os Governos adotem uma postura mais firme contra o abuso de poder. Os resultados do TPI demonstram que as sociedades continuam pagando o alto custo que representa a corrupção', afirmou em comunicado a presidente da TI, Huguette Labelle.
Venezuela é o país mais corrupto, diz relatório - EXAME.com
Wednesday, December 05, 2012
Sociedade civil e educação na América Latina
Sociedade civil e educação na América Latina
04 de dezembro de 2012 | 2h 07
ANDREA BERGAMASCHI
Uma revolução das boas está ocorrendo no mundo. Quem acompanha as notícias pela imprensa vai concordar que ultimamente não há um só dia em que não leiamos ou ouçamos algum novo dado ou opinião sobre educação. A sociedade espera mais da educação hoje, e isso é uma excelente notícia.
Recente pesquisa da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) mostrou o otimismo dos brasileiros com relação à educação no País para os próximos anos e deixou claro para os governos da América Latina aquilo que vimos considerando importante e prioritário: a questão educacional para o futuro da região. Já sabemos, por exemplo, que não conseguiremos potencializar o crescimento brasileiro e proporcionar melhores condições de vida para todos enquanto tivermos problemas de qualidade na educação pública nacional. A educação deve ser um tema prioritário no Brasil e nos demais países da América Latina que ainda figuram entre os mais desiguais do mundo.
A nova campanha mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), anunciada no fim de setembro em Nova York, reforça essa ideia. A Education First, uma iniciativa do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, coloca a educação no centro de todas as demais metas de desenvolvimento e chama a atenção para o fato de que sem que todas as crianças e todos os jovens estejam na escola, aprendendo e consolidando valores para a cidadania, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, também lançadas pela ONU, no ano 2000, estarão comprometidas.
De fato, a própria meta que trata da universalização da educação básica até 2015 está em risco. Em 2010 - ou seja, a apenas cinco anos desse prazo -, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apontou que 61 milhões de crianças em idade de ingresso no ensino fundamental estavam fora da escola no mundo.
Até pouco tempo atrás, os modelos de desenvolvimento socioeconômico atribuíam aos governos toda a responsabilidade de buscar soluções para a educação. Hoje, impulsionada pelos ideais do desenvolvimento sustentável, a sociedade civil se entende como parte de um processo que envolve vários atores. Há um sentimento de corresponsabilidade. Atualmente sabemos que o tal "efeito cascata" sugerido nos anos 1980 e 1990 nem sempre se verifica, pois o desenvolvimento social não vem instantaneamente como consequência do econômico. É preciso agir intencionalmente e investir em áreas que garantam essa combinação, e a educação é uma delas.
Na América Latina, com o fortalecimento da democracia, surgiram organizações da sociedade civil para trabalhar com seus governos a fim de garantir uma educação de qualidade para todos e, mais recentemente, de monitorar os avanços e desafios educacionais em seus países. Além do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México são exemplos dessa tendência.
O Educar 2050 realizou neste ano seu 4.º Fórum de Qualidade Educativa, promovendo importantes reflexões sobre a situação da educação na Argentina. O Educación 2020, nascido do movimento estudantil de 2008 que iniciou os debates sobre a desigualdade educacional do sistema chileno, é hoje umas das vozes mais fortes na busca pela qualidade com equidade na educação do país. O Mexicanos Primero, que trabalha com campanhas e mobilização desde 2005, acaba de lançar o relatório Ahora es Cuando, que propõe metas e estratégias para o enfrentamento dos desafios no México. No ano passado, a Colômbia reuniu líderes do setor privado, gestores públicos e imprensa para lançar a campanha Colombia, un País Unido por la Educación! para mobilizar a população em torno dos indicadores educacionais, inspirada no modelo brasileiro do Todos Pela Educação.
Em 2010, essas organizações se uniram a outras da região e formaram a Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação (Reduca), uma iniciativa apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para somar esforços e lançar uma voz regional para aumentar a participação da sociedade civil no acompanhamento dos indicadores educacionais e na busca de soluções para a educação em conjunto com seus governos. El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana são os outros países da rede. E Nicarágua, Uruguai e Venezuela já demonstraram interesse em participar.
Segundo a Unesco, em 2009 a região deixava 23 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola ou em risco de abandoná-la. No Brasil, são 3,7 milhões de crianças e jovens nessa situação. Por enfrentarem desafios parecidos os países latino-americanos têm a possibilidade de aprender uns com os outros e de promover uma consciência regional que coloque a educação em primeiro lugar.
No último encontro anual da Reduca, em agosto, foi aprovado o lançamento de uma campanha regional em 2013 para aumentar o interesse da sociedade civil pela qualidade da educação e mobilizar mais atores na agenda educativa, para que possamos dar o salto de que a América Latina precisa.
Os países que estão no topo das avaliações internacionais demonstram que é preciso transformar a educação num tema urgente. Em algum momento da História essas nações a colocaram em primeiro lugar, e em cada um delas a sociedade passou a acompanhar a sua evolução. Tratou-se de uma estratégia de longo prazo, contínua e consistente, que hoje reflete uma sociedade mais justa, com bons índices de saúde, renda e participação social.
As organizações da Reduca entendem essa urgência e estão comprometidas em garantir que em seus países a sociedade coloque a educação em primeiro lugar, para que a América Latina cresça de forma sustentável e com justiça social para todos.
* GERENTE DE PROJETOS ESTRATÉGICOS DO MOVIMENTO TODOS PELA EDUCAÇÃO
Sociedade civil e educação na América Latina - opiniao - versaoimpressa - Estadão
Tuesday, December 04, 2012
Egypt and the Strategic Balance
By George Friedman
Founder and Chief Executive Officer
Founder and Chief Executive Officer
Immediately following the declaration of a cease-fire in Gaza, Egypt was plunged into a massive domestic crisis. Mohammed Morsi, elected in the first presidential election after the fall of Hosni Mubarak, passed a decree that would essentially neuter the independent judiciary by placing his executive powers above the high court and proposed changes to the constitution that would institutionalize the Muslim Brotherhood's power. Following the decree, Morsi's political opponents launched massive demonstrations that threw Egypt into domestic instability and uncertainty.
In the case of most countries, this would not be a matter of international note. But Egypt is not just another country. It is the largest Arab country and one that has been the traditional center of the Arab world. Equally important, if Egypt's domestic changes translate into shifts in its foreign policy, it could affect the regional balance of power for decades to come.
Folha de S.Paulo - Opinião - Editoriais: Tragédia anunciada - 04/12/2012
Folha de S.Paulo - Opinião - Editoriais: Tragédia anunciada - 04/12/2012