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a.h

Monday, September 11, 2006

Governo gaúcho economiza R$ 123 milhões com programa de qualidade

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As empresas não devem seguir sozinhas a cartilha da excelência em gestão. O setor público também precisa adotar a eficiência como um mantra para permitir que a economia – e a sociedade – se desenvolvam. É o que defende o secretário da Fazenda gaúcho, Ario Zimmermann. “O setor público não é uma ilha. Faz parte da sociedade”, explicou ele, ao apresentar, nesta segunda-feira (11), os primeiros resultados de uma parceria firmada há três anos entre o governo do Rio Grande do Sul e o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), que é referência nacional na difusão dos conceitos de eficiência em gestão.
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O presidente do Conselho Diretor do PGQP, Joal Teitelbaum, explicou que a entidade contratou uma consultoria – o Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial (INDG) – para identificar as despesas que poderiam ser extirpadas das estruturas do governo gaúcho. Ao mesmo tempo, foram levantadas alternativas para se aumentar as receitas do Estado. Resultado: entre 2005 e 2006, o Piratini deixou de gastar R$ 123 milhões e elevou sua arrecadação em R$ 360 milhões. “Não há mais espaço para se aumentar imposto. Logo, o caminho é fazer mais com os mesmos recursos”, argumenta Teitelbaum. De acordo com o secretário Zimmermann, as maiores economias foram feitas em energia, água, telefonia, combustíveis e diárias. Até agora, foram integrados ao projeto 14 órgãos da administração pública do Rio Grande do Sul. Outros 21 devem ser incluídos até o fim deste ano.
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Para o empresário Jorge Gerdau Johanpeter, presidente do Conselho do PGQP, o grande mérito da iniciativa é o de provocar uma mudança cultural nas instituições públicas. “Nós conseguimos dar o primeiro grande passo: o de mostrar que é possível. Qualquer atividade pode ser gerenciada com os conceitos da qualidade”, afirmou.
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Em agosto deste ano, o governo do Rio Grande do Sul estendeu o prazo da parceria com o PGQP até dezembro. O governador Germano Rigotto acredita que o projeto continuará evoluindo – independentemente de quem vier a comandar o Palácio Piratini a partir de 2007. “O método está estabelecido. As pessoas estão treinadas. Tomamos algumas atitudes para garantir a continuidade do projeto. Mas eu acho difícil que o próximo governador vá desfazer, porque é uma coisa positiva”, enfatiza. O Rio Grande do Sul teve superávit primário de R$ 680 milhões em 2005. O déficit foi causado pelo comprometimento de 19% das receitas – ou R$ 1,7 bilhão – com o pagamento de dívidas. (Simone Fernandes)
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