interceptor

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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, March 08, 2007

pró-FRANKENETANOL

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http://data.dmregister.com/duffy/details.php?id=2007-03-07



No link acima há uma charge do maior jornal de Iowa, o Des Moines Register, em que se satiriza o "definhamento da produção de milho", uma vez que os planos da Casa Branca para produção de etanol reduziriam a produção nacional de outros derivados. Na verdade, este tipo de argumento é exatamente o mesmo que, quando da produção de álcool combustível no Brasil em 1979, dizia que não valia a pena devido a redução da área para produção de gêneros alimentícios. Ou seja, açúcar e rapadura. O Brasil do passado e os EUA do futuro deveriam, segundo a sagacidade de mula destes críticos, abandonar a viabilidade de produzir a commodity para um mega-projeto de energia alternativa por que a produção não poderia se adaptar.


Além de uma brutal incompreensão dos mecanismos da economia de mercado, que na falta de oferta abre inúmeras possibilidades para inserção de novos produtores mundo afora, descarta o bônus de reduzir nossa dependência (e a deles) dos produtores de petróleo, da OPEP e muitos de seus governos despóticos (toma Chávez!). Não passa de um suspiro do protecionismo moribundo que, diferente do que muitos pensam, também encontra eco nos Estados Unidos da América. Mas lá, muito diferentemente daqui, o país tem líderes que traçam suas estratégias combinando a integração comercial à política de estado. As razões de estado prevalecem sobre a pura ideologia que, isoladamente, perde força. Este projeto da integração alcooleira tem mais probabilidades de alavancar que qualquer fundamentalismo cristão neocon.


Derek Bacon

Um bravo novo mundo se avizinha, a possibilidade desta evolução tecnológica aponta para a produção de etanol a partir de árvores - o Frankentreethanol - que combina a produção energética com o reflorestamento (e este, por sua vez, tem como bônus o seqüestro de carbono da atmosfera).


A criação de um mercado internacional estável para nosso derivado de cana, a possibilidade da reativação da Alca, um convênio para transferência tecnológica, o desenvolvimento da pesquisa, parcerias público-privadas internacionais, exportações brasileiras de matéria-prima, equipamentos, tecnologia em ascensão, prestações de serviços brasileiros etc. são o que lutam contra imbecis que se auto-intitulam "movimentos sociais organizados".


Em que pese todo o progresso tecnológico e institucional alcançado em outras latitudes, nossa América Latina parece mesmo ter uma alma perdedora: a província argentina de Entre Ríos proíbe venda de madeira ao Uruguai devido a construção de uma fábrica de celulose neste país pela empresa finlandesa Botnia. A razão: o temor de contaminação dos rios fronteiriços. Duvido que se fosse na Argentina, algum boicote uruguaio seria aceito de bom grado. Mas, latino-americano não passa de "macho de fôlego curto", tal e qual aqueles poodles que latem sem parar até que se abre o portão e o totó sai em disparada para dentro de casa, junto ao aconchego das pantufas de sua dona. Se há risco de poluição, o mais acertado não é um boicote comercial e sim a avaliação dos mesmos riscos, planejamento de medidas preventivas e de emergência, caso haja algum acidente de percurso, bem como a criação de uma jurisdição internacional cautelar.


O que são 23 mil de vagais (que se estivessem trabalhando não teriam tempo para bestagem) em um país de mais de 280 milhões sedentos por empregos? Abaixo à direita, um "trabalhador" passeia na Av. Paulista junto a mais 5.999 débeis-mentais que entendem de economia e tem plena consciência das necessidades de seu país.

Bruno Miranda/Folha Imagem

Realmente, o cérebro dessa gente deve apresentar uma inescrutável química indecifrável para mim. Só sinto um cheiro estranho quando ouço o que dizem.


Não há panacéia global que se dê através de um processo revolucionário, mas sim reformas graduais, cujo esteio tecnológico vão pouco a pouco criando possibilidades de substituição de recursos que delegam muito poder a poucos. E é isto que o capitalismo, na sua forma mais pura faz, destrói e constrói.







Lembre-se, caro perfeito idiota comunista antiamericano ressentido playboy vagabundo, tudo neste mundo real é comercializável, tudo. Até seu sonho nada vale além de um ícone corrompido.



Após aqueles tiros no peito, isto foi o que sobrou dele.
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