Hu Jintao e Lula
A China prepara seu zoneamento agrícola para possibilitar a produção do etanol e diversificar seu abastecimento energético. O principal conselheiro do governo de Pequim para assuntos relacionados a mudanças climáticas, Zou Li, afirma que o país irá preparar um plano agrícola para a produção e selecionará terras específicas que serão destinadas à plantação da cana-de-açúcar e outros produtos que possam ser transformados em biocombustível. Ele admite que os chineses terão de importar não apenas o etanol do Brasil, mas também as tecnologias desenvolvidas pelo país. Pequim está sob pressão da comunidade internacional para que adote medidas para frear as emissões de CO2, que já seriam as maiores do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os países emergentes praticamente emitem o mesmo volume de gases que geram mudanças climáticas do que os países ricos. Dados recentes das Nações Unidas indicam que o consumo de energia na China sofreu um aumento que corresponde a todo o consumo anual da França nos últimos dez anos.
Segundo Zou Li, portanto, o etanol é de fato uma opção que o governo chinês está avaliando. "Certamente o etanol fará parte do mix de combustíveis que iremos adotar nos próximos anos", disse o consultor e professor da Universidade Renmin.
Dificuldade – Mas a introdução do biocombustível não será tão fácil como os próprios chineses esperavam. "Fizemos estudos e notamos que não podemos simplesmente passar a produzir no campo matéria-prima para combustível sem ver o impacto que isso poderá ter no fornecimento de alimentos. Com 1,3 bilhão de pessoas, nosso equilíbrio entre terras destinadas ao cultivo de alimentos e garantir que a fome não aumente é algo fundamental", disse. Segundo o chinês, a falta de terras aráveis na China é um sério obstáculo para o etanol. (Jamil Chade)
Newsletter diária n.º 992 - 09/07/2007
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