Interessante que, com relação ao artigo "Amazônia: Londres promove 'desenvolvimento evitado'"[1] se diga que:
“Nenhum desses países pode resolver sozinho o problema do desmatamento, pois, frequentemente, ele é causado pela demanda de países desenvolvidos por óleo de palma, carne e soja. O ponto aqui é que todos nós - o mundo todo - estamos juntos nisso e é por isso que, juntos, precisamos garantir que todas as medidas necessárias [para conter o desmatamento] sejam empregadas. (...)”
Mas, se proponha como alternativa o mercado de créditos de carbono. Em uma realidade nacional na qual já nos habituamos à diversos tipos de “bolsas” (bolsa isto, bolsa aquilo), nada “melhor” do que esta mega-bolsa-global. Por favor, não me entenda mal, por vezes carrego na ironia.
Comentando com amigos interessados no tema, dizíamos que uma das melhores formas de desenvolver a região amazônica (assim como várias outras) e que pressiona menos o ambiente e seus ecossistemas consiste na própria urbanização. E este é um ponto particularmente interessante, na medida em que os ambientalistas mais utópicos e, por conseqüência, menos pragmáticos vêem na urbanização não uma das soluções, mas sim o símbolo de decadência e caos.
Ora, a urbanização implica em menores densidades no meio rural e menor dependência direta de culturas extensivas predatórias. Se me permite utilizar a própria terminologia deles, o que é mais sustentável é justamente a modernização tecnológica, tão “limpa” quanto possível, mas que não prescinda da indústria e exportação, bem como produção destinada ao mercado interno. Isto é bem melhor do que qualquer “esmola global”.
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