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a.h

Sunday, July 19, 2009

O peão polonês



Dia 16 de julho, o presidente russo e a chanceler alemã se encontraram em Munique para discutir planos de desenvolvimento de infra-estrutura entre os dois países. Para uma Europa sedenta por combustíveis russos, que chegam a quase 50% no caso da Alemanha é mais do que mera questão econômica, é segurança nacional mesmo. Mas, entre as necessidades de demanda e oferta de um e de outro há a Europa Central, particularmente a Polônia que já foi campo de invasões e teatro de operações antes e durante a Guerra Fria. Atualmente, o coringa polonês reside no sistema de mísseis balísticos a serem instalados, o "guarda-chuvas da OTAN".


A Alemanha tem sido o pêndulo da política externa dos países na Europa Central, como aliada estável e leal dos EUA na região. Mas, os movimentos russos após o avanço da OTAN (interferência na Ucrânia, ataque à Geórgia etc.) trouxeram complicadores, como a possibilidade do governo de Angela Merkel sofrer algum tipo de pressão do russo Dmitri Medvedev para ir contra à instalação de mísseis balísticos na Polônia.


O governo americano de Barack Hussein Obama tem adotado uma tática de espera, pois se depende da aliança russa para transferência de tropas ao Afeganistão como uma de suas opções, não pode simplesmente jogar no lixo todo apoio que tiveram da Alemanha que, inclusive, mantém tropas no país asiático.


Quem fica na expectativa são os países da Europa Central, ex-comunistas que conhecem bem o tacão russo e do que Moscou é capaz. Turbulência no front dos peões em que Washington e Moscou jogam.


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