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a.h

Monday, July 06, 2009

Obama vai à Rússia

Obama, um novo Kennedy?

Obama tem que provar aos russos que não é nenhum Kennedy[1]. De certa forma, esta viagem contém uma cilada: se Obama se mostrar fraco, ele poderá perder sua influência na Europa, particularmente com a Alemanha; se ele se mostrar forte, os russos o acusarão de agressividade ao levar ambos os países a uma nova Guerra Fria.

Um dos tópicos delicados é a presença de mísseis balísticos em solo polonês. Para Moscou, eles configuram uma clara ameaça, ao passo que para a OTAN, eles visam à segurança regional contra as ameaças iranianas. No entanto, o problema persiste sob a óptica russa não porque estejam apontados para Teerã, mas porque estão na Polônia. Isto é suficiente para acirrar a competição entre as potências pela hegemonia regional.

O que não se pode dizer é que os russos não estejam abrindo as portas para negociação. Recentemente, eles permitiram que os EUA venham transportar armas por seu território com destino às tropas no Afeganistão. Embora, os EUA não sejam dependentes desta passagem e nem querem ficar dependentes de rotas que seriam facilmente fechadas, há três temas importantes que suplantam o valor desta oferta:

1) As relações dos EUA com membros da antiga URSS (p.ex., a Geórgia);

2) O status da Polônia como base para ações dos EUA ou de uma zona neutra;

3) O apoio russo aos EUA em relação ao Irã.


Adaptado de Obama Goes to Moscow.




[1] Assim como Kruschev entendeu o ex-presidente americano e levou a ofensiva que desencadearia a Crise dos Mísseis em Cuba.

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