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Biocombustíveis não são "uma panacéia", diz BID, mas é um "novo paradigma", diz Itamaraty...
Bush e Lula voltam a se encontrar em Camp David no sábado
Ninguém crê que o programa do etanol e o comércio externo sejam em si uma solução definitiva para problemas sociais e ambientais. Isto seria uma tolice acreditar, mas que trata-se de excelente oportunidade para dar um impulso à economias regionais estagnadas e ainda contar com a possibilidade de termos um novo grande item em nossa pauta de exportações não há dúvida. Sem contar com todo o desenvolvimento técnico e científico que isto acarretará... E os empregos indiretos, claro. Quanto aos alimentos "que deixarão de ser produzidos", isto revela uma miopia econômica: o que importa é a renda gerada que, por sua vez, também gera demanda por alimentos a ser produzidos em outras áreas do próprio país ou do exterior. Só mesmo numa visão estatista em que o estado tudo coordena é que não se atribui esta capacidade ao mercado.
Quanto a questão ambiental, o velho tom crítico dos petistas parece ter mudado... radicalmente: Lula disse que etanol não ameaça florestas nem segurança alimentar.
Usina de etanol
Em suma, para alavancar o acordo, as alíquotas de importação americanas terão que cair. Além do benefício direto aos produtores e trabalhadores brasileiros existe a possibilidade de redução de nossas tarifas às importações. Mas, é óbvio que é preciso mais, como cortar as taxas incidentes sobre nossa produção.
Se não é uma panacéia, com certeza um novo paradigma para uma América Latina desgastada pelo caudilhismo.
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