interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Sunday, May 11, 2008

História mal contada

Vejamos esta matéria do site do Estadão:

(...)
No outono passado, em resposta a ataques com lançamento de foguetes por militantes palestinos, o governo de Israel declarou Gaza uma "entidade hostil" e restringiu o fornecimento de combustível.
A Justiça israelense estabeleceu uma quantidade mínima de combustível que deveria ser entregue, mas organizações como Oxfam dizem que isso não tem sido respeitado.
Autoridades israelenses dizem que a entrega de combustível foi interrompida por questões de segurança e que será retomada logo.
Tem havido uma série de ataques por militantes palestinos em postos da fronteira nas últimas semanas.
A ONU condenou os ataques, mas também classificou a resposta israelense de "injusta", já que os 1,5 milhão de moradores de Gaza enfrentam constante falta de produtos básicos.

Porém...

Hamas vs. Gaza


Qual a razão para um grupo que se diz representante do povo palestino tem para embargar recursos básicos para este mesmo povo?

O combustível em questão seria enviado para hospitais administrados pela ONU em atendimento e à população da Faixa de Gaza. Os pára-brisas dos caminhões foram quebrados por pedras e tiros disparados por dúzias de soldados do Hamas. O envio da carga de 250.000 litros de combustível foi liberado após acordo feito entre a Autoridade Palestina e Israel.

A ação do Hamas prejudicou meio milhão de palestinos que dependiam de seu fornecimento. Quem acusa o Hamas não é um “agente sionista” ou um wasp com o qual sonham os terceiro-mundistas, mas o próprio Ministro da Saúde da Autoridade Palestina que apontou o grupo de prejudicar hospitais e clínicas da Faixa de Gaza.

Não foi um fato ou caso isolado. A tática insana já ocorreu por 4 vezes em poucas semanas. Conseqüentemente, alguns hospitais tiveram que parar com seu serviço de ambulância.

Quem mata seu próprio povo a conta-gotas?

A crise gerada pelo Hamas tem feito com que alguns dos próprios oficiais da Autoridade Palestina em Ramallah têm como única esperança, a intervenção da comunidade internacional.

Esta obstrução do fornecimento cria um mercado negro de combustível que favorece, obviamente, a quem o tem: o Hamas.

Frentistas e donos de postos de gasolina também são ameaçados de morte pelos terroristas do Hamas, diga-se de passagem.

Adaptado de: Hamas disrupts fuel supplies to Gaza

O que se pode dizer de gente assim que faz isto contra seu próprio povo?

1 comment:

Anonymous said...

Interessante seu artigo e creio que demonstrou o que realmente acontece entre Israel e Palestina.A mídia brasileira quando se pronuncia sobre o assunto (complexo por sinal)dá uma visão superficial e enviesada do ocorrido, fazendo com que nossa visão se volte contra os EUA (o vilão da história moderna).
Defender Israel não é ser necessariamente sionista. Aliás, sionista é mais um rótulo que um conceito ou visão política. E de modo geral, ser sionista (para nossa sociedade e nossa intelectualidade) é defender incondicionalmente as ações do Estado de Israel, o que não é verdade.
Seu artigo até poder ser rotulado de sionista, mesmo não sendo. O que você fez foi simplesmente uma análise lógica e real de um fato.

Post a Comment