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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, September 27, 2007

Só espero que nenhum político demagogo ao estilo de Olívio Dutra acabe com este processo produtivo...
Porto Alegre, quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Walter Lídio, diretor da Aracruz no RS, disse nesta quarta-feira ao editor desta página, durante café da manhã no Blue Tree, que em dólares de hoje os investimentos do grupo de celulose e papel no RS poderão chegar facilmente a R$ 2 bilhões. É muito dinheiro. O valor equivale a duas GMs.
O leitor precisa saber que dois concorrentes da Aracruz, no caso a StoraEnzo e a VCP, programaram investimentos no mínimo iguais. Se as duas incluírem fábrica de papel no pacote, coisa que a Aracruz não fez, o valor será de R$ 3,6 bilhões cada um.
Pode-se dizer que se fala de algo como R$ 8,2 bilhões no total.
Não há nada parecido com isto na história do RS.
Não existe nada parecido com isto previsto para o Brasil na área de celulose e papel.
A economia gaúcha passará por novo paradigma.
Anote aí um senão: esses portentosos investimentos exigirão infraestrutura física fantástica para suportar a demarragem econômica que provocarão (só a Aracruz empregará 6 mil trabalhadores para tocar seus investimentos no ano que vem): portos fluviais e hidrovias modernas, energia abundante, saneamento, saúde e água, escolas técnicas de primeiro mundo.
Se o governo gaúcho não der respostas (quebrado, como vai dar respostas com dinheiro próprio ?) isto tudo irá por água abaixo, inclusive o que está por vir.
Assim, a ordem é parar a discussão sobre o que não existe e nem existirá, buscando conjugar esforços públicos federais, estaduais e municipais para somar-se aos investidores estrangeiros e nacionais e tratar de fazer rapidamente a lição de casa.
É pegar ou largar.
Em outras ocasiões, o RS perdeu o bonde e até hoje chora pelos cantos.
Esta é a hora de conversar menos e agir mais.
As áreas de florestamento no RS já alcançam 32.783 hectares, mas vão dobrar até o ano que vem.. A Votorantim Celulose, a VCP, possui o maior número de lotes. São 31 áreas destinadas à silvicultura, em 3,9 mil hectares.
A maior extensão é da norte-americana Boise Cascade, com 10,5 mil hectares em 26 áreas. A principal, localizada em Butiá, tem 2,3 mil ha.
Eis as outras empresas da lista: Tanagro (5.652 ha), Granflor (5.101 ha), Aracruz (3.423 ha) e Stora Enzo (2.436 ha). Pequenas empresas somam 1.652 hectares de florestamento.
Outros 30,6 mil hectares já receberam licença prévia da Fepam, o que vai dobrar a área gaúcha até 2008.
E como eu dizia...
A Brigada Militar não tem mais dúvida de que o MST está em marcha rumo à Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, na zona norte do Estado. A Secretaria de Segurança entregou um relatório de mais de 100 páginas ao Ministério Público, com todas as informações sobre a marcha do MST.
Cerca de 3 mil pessoas estão se dirigindo à propriedade de 7,1 mil hectares, altamente produtiva, da família Guerra. Os sem-terra saíram, desde o início de setembro, de três lugares diferentes, segundo o subcomandante geral da BM, coronel Paulo Roberto Mendes. As marchas partiram de Eldorado do Sul, Caxias do Sul, São Gabriel, São Sepé, Bossoroca e Panambi. A BM está mobilizando cerca de mil policiais para a região de Coqueiros do Sul. "O custo para o Estado é enorme", comenta Mendes. A equipe desta página apurou que o custo pode chegar a R$ 1 milhão.
O proprietário da Fazenda Coqueiros, Félix Guerra, diz que "a tática do MST é fabricar vítimas para usar na mídia". Seu filho, Paulo Guerra, afirma que não é por falta de aviso que um possível confronto possa ser evitado. Segundo ele, o Ministério Público é quem tem de conter a marcha do MST. "A polícia não vai deixar os sem-terra entrarem na fazenda, pois vão cumprir a lei. Por que o Ministério Público não pára a marcha, evitando um confronto?", pergunta. "Tenho medo de que ocorra uma nova Carajás", alerta. Paulo Guerra observa que o MP tem a responsabilidade legal de estancar a marcha.
No MST, segundo fontes ligadas a esta página, a motivação é de "agora, ou vai, ou racha".
De Porto Alegre, Coqueiros do Sul fica distante 290 Km, trajeto que se faz em torno de três horas de viagem. Por que a demora? Para conseguir a atenção da mídia.

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