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a.h

Friday, December 28, 2007

Desenvolvimento e Dependência, uma falsa questão



Charges tolas como esta expressam a ignorância terceiro-mundista sobre os mecanismos de desenvolvimento ao enfatizar uma teoria simplista do "jogo de soma zero" onde alguém tem que perder para outro ganhar.

A crítica que se faz a Cuba pré-Castro como sendo um “bordel” para usufruto americano é tola. A Malásia, por exemplo, incentiva o turismo ao lado da projeção que adota na exportação de manufaturados. Esta visão de que uma coisa exclui a outra, ou é uma ou é outra é típica da leitura terceiro-mundista de cepa marxista na qual para se desenvolver, um país tem que ser, eminentemente, industrial. Tolice aguda, a indústria é apenas mais um dos setores que têm que se desenvolver, mas o desenvolvimento econômico se constitui em um conjunto de setores bem articulados cujo resultado final tem que ser mercadológico. Do contrário, desenvolver a indústria sem considerar o destino final: o mercado consumidor, só serve para requerer a formação de uma mão de obra industrial que insuflará os ânimos revolucionários.

Para os teóricos desta autoproclamada visão “estruturalista”, mais conhecida como “da dependência”, o Brasil seria uma prova incontestável de diversificação econômica perante seus vizinhos sul-americanos, um “gigante pela própria natureza”. Claro que se a comparação for entre um “remediado” e um vizinho miserável, esta visão passa batida... Mas, se a comparação for em termos de diversificação na cadeia produtiva, nossas commodities só são suficientes como uma pauta de exportações e não como produtos de maior valor agregado.

Já ouvi risos asseverando que o PIB de Minas Gerais é equivalente ao do Chile inteiro, mas sem considerar outros dados como o próprio IDH de ambos territórios numa vã tentativa de menosprezar o sucesso do país andino. Nada igualmente sobre as moradias ou infra-estrutura básica atingida pelo mesmo.

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