Durante muito tempo, o prestigioso geógrafo alemão Friedrich Ratzel influenciou o mundo acadêmico com suas idéias. Antes de tudo, nada contra alguém acreditar em determinações físicas entre ambiente e sociedade, mas querer formular uma “teoria geral do desenvolvimento” a partir disto não passa de uma negação da incomensurável adaptabilidade e criatividade capitalistas que produz e sustenta uma comunidade em qualquer ambiente.
Há que distinguir “determinismo” de aspecto favorável que é o que podemos, eventualmente, encontrar em certos territórios. Cuba, por exemplo, pode ser favorável ao turismo, devido aos seus balneários e proximidade do maior mercado consumidor do planeta. Mas, nenhum aspecto ambiental é suficiente para barrar a insânia política como a de Fidel Castro que relegou sua ilha a condição de “cárcere” de toda liberdade de iniciativa e opinião.
Um argumento limitado do passado consistia em definir qualquer área da Zona Intertropical como fadada ao subdesenvolvimento devido ao clima desestimulador e presença de solos frágeis. Mas, uma rápida passada de olhos no mapa-múndi desmente isto. Se fosse verdade, a Austrália nada mais seria do que outra típica “republica das bananas”, pois cerca de 1/3 de seu gigantesco território encontra-se nesta faixa climática. O fato de 66% de o país ser constituído por desertos também não é suficiente para barrar a ascensão aos elevados índices de desenvolvimento humano que ostenta.
A cultura é a chave para entendermos o desenvolvimento.
2 comments:
Você é lablachiano?
Depende... Gosto da Geografia Pragmática e de Hartshorne.
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