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a.h

Monday, February 12, 2007

Cientistas criticam relatório do IPCC

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Em meus mais de 60 anos como membro da comunidade científica estadunidense, inclusive como presidente da Academia Nacional de Ciências e da Sociedade Americana de Física, eu nunca presenciei uma corrupção mais perturbadora do processo de revisão de pares como nos eventos que produziram esse relatório do IPCC... Os cientistas participantes aceitaram "A Ciência das Mudanças Climáticas" em Madri, em novembro último; a plenária do IPCC o aceitou no mês seguinte, em Roma. Mas mais de 15 seções no capítulo 8 do relatório - o capítulo-chave que estabelecia as evidências científicas a favor e contra uma influência humana no clima - foram alteradas ou eliminadas depois que os cientistas encarregados de examinar essa questão haviam aceito o texto supostamente final.
Poucas dessas mudanças foram meramente cosméticas; quase todas removiam as sugestões de ceticismo com as quais muitos cientistas se referem às alegações de que as atividades humanas estão tendo um grande impacto no clima, em geral, e no aquecimento global, em particular.
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Uma fraude escandalosa marcou o terceiro relatório do IPCC, divulgado em 2001. Um dos principais elementos apresentados como evidência irrefutável do papel do homem no aquecimento de 0,6 oC observado ao longo do século XX foi um gráfico produzido pela equipe do paleoclimatologista Michael E. Mann, então na Universidade de Massachussetts. O gráfico, baseado no estudo de anéis de árvores e outras fontes, mostrava um ligeiro resfriamento de 0,2 oC para o Hemisfério Norte, no período 1000-1900, seguido de uma brusca elevação de 0,6 oC, no período 1900-2000. Por sua forma, ficou conhecido como o "bastão de hóquei de Mann" [ver gráfico] e foi extensamente exibido em todo o mundo como uma prova cabal da ação humana no clima. O problema é que, como foi prontamente demonstrado, o gráfico era, simplesmente, falso.
Cada um dos sucessivos resumos (do IPCC) têm sido escritos de forma a parecer um pouco mais certos do que o anterior sobre o fato de o aquecimento global ser um desastre potencial para a Humanidade. A crescente certeza verbal não provém de qualquer avanço particular da ciência. Em vez disto, é uma função de quão fortemente uma declaração sobre o aquecimento global pode ser feita sem incorrer em um rechaço significativo da comunidade científica em geral. Ao longo dos anos, a opinião dessa comunidade tem sido manipulada para chegar a um apoio mais ou menos passivo, por meio de uma campanha deliberada para isolar - e, de fato, denegrir - os cientistas céticos que estão fora da atividade central do IPCC. A platéia tem sido ativamente condicionada para ser receptiva. Por conseguinte, tem se tornado gradativamente mais fácil vender a proposta do desastre do aquecimento.
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