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a.h

Monday, February 12, 2007

Economias do Nordeste crescem – e as do Sul encalham

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Da Agência Estado
O contraste que sempre marcou as economias do Sul e Nordeste do país prosseguiu em 2006 – mas a novidade é que, dessa vez, foram os nordestinos que exibiram melhor desempenho. Dados do IBGE sobre a produção industrial nas diferentes regiões no ano passado mostram que, enquanto os Estados do Nordeste cresceram acima da média nacional, o Sul amargou desempenhos medíocres, prejudicado pela crise na agricultura.
A economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, sublinha que os resultados do Nordeste foram impulsionados pelos crescimentos significativos em segmentos produtores de commodities, como siderúrgicos, metalúrgicos e celulose, além de segmentos mais vinculados à renda – beneficiando-se dos programas de transferência de renda do governo –, como o de minerais não metálicos, voltado para construção civil.
Os Estados da Região Sul, por sua vez, foram prejudicados pela crise agrícola que persistiu no ano passado e, ainda, pelos problemas da gripe aviária. O Rio Grande do Sul foi a única região, entre as 14 pesquisadas pelo IBGE, a registrar em 2006 a segunda queda anual consecutiva na produção, com recuo de 2,0%, após uma queda de 3,6% apurada em 2005. A indústria gaúcha sofreu os efeitos das quedas registradas em máquinas e equipamentos (-16,3%, especialmente voltados para o setor agrícola), além de calçados e artigos de couro (-8,9%). Já no Paraná, houve queda de -1,6%, com efeitos do câmbio em veículos automotores (-20,5%) e madeira (-12,7%). O Estado de Santa Catarina resultou crescimento de 0,2% na produção no ano passado, bem abaixo da média nacional e considerado como "estagnação" pelo Iedi.
Segundo Isabella, o desempenho de minerais não metálicos reflete com clareza como os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, beneficiaram o Nordeste, enquanto não tiveram o mesmo efeito no Sul. A produção desses itens, voltados para construção civil, cresceu 7,3% na região Nordeste; 5,1% em Pernambuco e 4,8% na Bahia. Por outro lado, caiu 4,8% no Paraná e recuou 3,5% em Santa Catarina no ano passado. Ela ressalta que não é possível afirmar se o contraste entre os desempenhos do Nordeste e do Sul pode sinalizar uma mudança estrutural na indústria do país. Segundo a economista, é preciso esperar resultados anuais das regiões para checar essa tendência nos próximos anos. (Jacqueline Farid, da Agência Estado)
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Newsletter diária n.º 891 - 12/02/2007
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