“O governo e os empresários brasileiros precisam trabalhar de forma mais ofensiva pelo mercado norte-americano”. A afirmação é do ex-embaixador do Brasil em Washington, Roberto Abdenur. Para ele, é “exagerada” a prioridade dada pelos brasileiros ao comércio com países emergentes. “Com isso, o Brasil acaba perdendo muito espaço nos Estados Unidos, que é um mercado importante”, lamenta o ex-embaixador, que esteve em Porto Alegre, nesta quarta-feira (27), para uma palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham). Uma das vantagens é o valor adicionado das compras: cerca de 70% do que é comprado pelos norte-americanos são manufaturados – que incluem, têxteis, calçados, móveis e artigos tecnológicos. Trata-se de um dos mercados em que os manufaturados brasileiros têm maior penetração. Na União Européia, por exemplo, apenas 40% das compras oriundas do Brasil são de manufaturados. Na Ásia, o índice cai para 20%.
Abdenur acredita que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos evolui de forma positiva nos últimos vinte anos – embora a participação brasileira nas importações norte-americanas tenha decrescido de 2% para 1,4% do total nesse período. Hoje, não há uma “supremacia americana” nas negociações, e sim um equilíbrio. “Atualmente, temos empresas daqui investindo algo em torno de US$ 3 bilhões nos Estados Unidos. Isso mostra a força do nosso empresariado”, entusiasma-se.
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