Hidrovia do Rio Madeira construída pelos próprios produtores da região.
Já ouvi dizer que o MST “foi fundamental para que a reforma agrária começasse”, mas quem o diz, também costuma afirmar que “não há infra-estrutura para o campo para o desenvolvimento das pequenas propriedades”. Quanto à infra-estrutura, depende. Se estivermos próximos aos grandes centros, a implantação de silos de armazenamento de grãos ou estradas em áreas isoladas não é tão simples. Mais fácil seria que projetos se estabelecessem onde já é viável, o que não poderia ser feito de modo voluntarista “toma a terra e some”. Alguma contrapartida/cobrança teria que ser estipulada.
Caso tais projetos induzidos de fronteira agrícola existissem, a terra se valorizaria muito e daí, depois de 10 anos segundo a lei, não haveria como segurar o sem terra tornando-o uma espécie de servo da gleba. E ele vai se sentir compelido a vendê-la, pois é mais fácil de se capitalizar deste modo.
Nos anos 90, se eu não estiver enganado, quando Blairo Maggi ainda não era político, ele e um grupo de empresários construíram a Hidrovia do Madeira. Esta obra, por si só, viabilizou a exportação de soja do estado do Mato Grosso, o que serviu de estímulo à produção. Apóio esta forma de política liberal e garanto que outros empreendimentos similares ajudariam a tirar massas da miséria, ao contrário da relação de dependência sem geração de riquezas perpetrada pela reforma agrária desde FHC. Onde estava o estado neste momento? É melhor que nem esteja... É melhor que suma, se for para manter os programas que mantém sem sucesso. Por que não dar isenção ou redução de impostos para grupos que tomem tais iniciativas de modo autônomo. Graças ao Maggi, hoje o Mato Grosso (se eu não estiver desatualizado) ostenta a maior produção de soja do país.
[continua...]
1 comment:
É loucura afirmar que uma Reforma Agrária resultará em um desenvolvimento econômico.
Minha cidade (Cunha – SP) possui uma estrutura agrária equânime e, no entanto, é um dos municípios mais pobres do Estado. Há uma significativa população rural, porém paupérrima e sem perspectivas. O êxodo rural é constante e a estrutura agrária não foi capaz fixar o homem ao campo.
Até o momento, a Reforma Agrária tem sido apenas um discurso político e um mecanismo para grupos revolucionários angariar recursos públicos para subsidiar suas ações subversivas.
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