Países “mais protegidos” são, via de regra, mais atrasados economicamente, como a Índia com uns 60% de tributos em média e o Egito, com uns 100%. O Brasil gira em 30% e os EUA algo por 12% para produtos agrícolas e uns 3% para manufaturados.
Agora, a questão da Embraer é importante. Não acho que seja por tarifas que a empresa tenha se desenvolvido. Seu produto já é caro e o importado também deve ser equivalente. O que fez diferença, diversamente a tantos outro setores “protegidos” é a existência de um ITA. Portanto, é ilusão achar que a tributação elevada sobre um notebook vá, como que por encanto, nos levar a dominar esta tecnologia.
Enquanto brincamos com isto, companhias de hardware preferem produzir na Costa Rica ao Brasil porque levam apenas 3 horas para terem suas exportações autorizadas e aqui, 3 dias. Não vejo estratégia nisto.
Dizem que deveríamos dar ênfase ao comércio continental, com nossos "irmãos latino-americanos"... Quanto à infra-estrutura na América Latina, estou de pleno acordo. É um absurdo que não façamos uso de nossos recursos, especialmente rios desenvolvendo uma rede inter-modal (estradas-rios-ferrovias). Quem ensaiou, mas inexplicavelmente deu pra trás, foi o governo FHC que tinha um projeto de integrar a Hidrovia do Paraná a do Paraguai e, posteriormente, ao Rio Madeira. Se tal se concretizasse teríamos uma passagem de Buenos Aires ao Orinoco, pois este se liga ao Negro. Fantástico! Imagine o desenvolvimento regional... Hotéis, pesca, aventura, turismo, empregos, empregos e mais e mais comércio. Mas, nestas horas se vê a falta que um Sérgio Mota faz.
Para dizer a verdade, não foi “inexplicavelmente”, não... Parece que o obstáculo jurídico veio dos ambientalistas e o financeiro por recursos destinados às termoelétricas em função do apagão de 2001.
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