interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, December 22, 2005

Protocolo de Kyoto Parcial nos EUA

.
.

Sete estados norte-americanos assinam plano para reduzir emissões de CO2

Sete estados do nordeste dos Estados Unidos assinaram o primeiro plano norte-americano para criar um mercado para gases do efeito estufa (GEE), reduzindo as emissões destes gases em usinas de energia, declarou na terça-feira (20) o Governador de Nova York, George Pataki.

Em oposição ao Presidente George W. Bush, Pataki ajudou a criar o RGGI - Regional Greenhouse Gas Initiative, no qual os estados participantes concordam em reduzir as suas emissões, iniciando em 2009, com metas que iniciam em 2016.

Bush se retirou do Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas em 2001, alegando que poderia prejudicar a economia do país. Ele apóia reduções voluntárias, não obrigatórias, na produção dos GEE.

Ambientalistas e brokers da área de carbono esperam que um dia os estados do nordeste se juntem com os estados do oeste, como a Califórnia, para criar um mercado de emissões nacional.Pataki, iniciou o RGGI em 2003, e deve se candidatar a presidência em 2008, pelo partido Republicano. “Com a recusa de Bush de reduzir a poluição que causa o aquecimento global, este é um ato muito corajoso”, disse o especialista climático da Union of Concerned Scientists, Dr. Peter Frumhoff.

Pataki declarou na segunda-feira (19) que o RGGI irá limitar as emissões de CO2 e incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias para reduzir a dependência do país em relação ao petróleo importado.Os outros membros do RGGI são: Conecticut, Delaware, Maine, New Hampshire, New Jersey e Vermont. Outros estados dos EUA podem se tornar membros do plano.

No início de 2006, os estados irão publicar um memorandum de entendimento do plano que foi assinado na segunda-feira. A partir de então, cada estado deve proceder com a legislação ou com as medidas aprovadas para adotar o programa.Mercado - Os EUA, o maior produtor mundial de GEE, criou a idéia dos mercados de emissões, mas fica atrás de outras nações ricas no seu desenvolvimento.

O Protocolo de Kyoto, ratificado por 156 nações, criou um mercado de GEE na União Européia (EU ETS) no início do ano. Neste mercado, unidades industriais que conseguiram reduzir as suas emissões de CO2 além da sua meta, podem vender créditos para aquelas que não atingiram as suas metas. Um mercado similar será lançado no próximo ano no Canadá.

Os brokers de emissões dos EUA dizem que o RGGI deveria criar um mercado vibrante, permitindo que usinas de energia invistam em projetos de energia limpa, como a queima do metano nos aterros sanitários e as fazendas eólicas.

“Praticamente todas (as usinas) precisarão de créditos”, disse o presidente da Evolution Markets, Andy Ertel, um broker de emissões de Nova York. “Isto fará com que o mercado seja mais orientado para o desenvolvimento de projetos do que para uma versão doméstica do EU ETS, no qual os participantes negociam muito as ‘permissões’ de emissão”.

Uma regra presente no RGGI é que ao menos 25% das ‘permissões’ de CO2 dos estados sejam dedicadas a eficiência energética e novas tecnologias limpas.

As emissões de CO2 das usinas de energia presentes nos sete estados em 2009 seriam limitadas ao nível atual, de cerca de 121 milhões de toneladas até 2015. A partir disso, os estados iniciariam as reduções lentamente, com o objetivo de reduzir em 10% as emissões em 2019.No início do mês os estados de Massachusetts e Rhode Island desistiram do programa, alegando que o RGGI aumentará o preço da energia. Mas algumas indústrias, talvez se preparando para reduções maiores no futuro, aplaudiram o plano. Os estudos feitos para o RGGI sugerem que o plano poderá aumentar as contas energéticas em no máximo $30 ao ano, mas as contas poderão eventualmente diminuir devido ao aumento da eficiência dos projetos de energia limpa.

(Fernanda B Muller/ CarbonoBrasil)

Ver notícias relacionadas

Veja outras notícias no ambiente carbono



Comente esta notícia no espaço do leitor

.
.
www.ambientebrasil.com.br

.

No comments:

Post a Comment