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O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, já garantiu que não haverá um “apagão” de gás no país – decorrente da nacionalização dos campos de petróleo da Bolívia. Mesmo assim, um possível aumento no preço do insumo é encarado como um risco para a indústria da Região Sul. Não por acaso, os representantes das Federações das Indústrias dos três estados do Sul vão se reunir na próxima sexta-feira (05), na sede da Fiesc, em Florianópolis, para debater as perspectivas de abastecimento de gás. “Não há perspectiva de interrupção no fornecimento. No entanto, estamos em permanente contato com o Ministério das Minas e Energia e com a Diretoria da Petrobras para acompanhar o desdobramento da medida do governo boliviano”, afirmou Walter Fernando Piazza Júnior, presidente interino da SC Gás, em nota à imprensa. No Rio Grande do Sul, cerca de 75 indústrias e 28 postos de GNV sofreriam o impacto imediato de um aumento nos preços ou de uma eventual paralisação no abastecimento. Segundo dados da Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, o estado importa 2,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia da Bolívia. No Paraná, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) depende integralmente do gás boliviano. A empresa distribui 750 mil metros cúbicos de gás natural por dia, tendo 90 indústrias como clientes. “O momento é de cautela. O fato mais importante é que a Petrobras garantirá o abastecimento normal do gás natural", destaca Luiz Carlos Meinert, presidente da Compagas.Tranqüilidade na Refap – Para a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas (RS), os efeitos de uma crise do gás seriam sentidos apenas na fabricação dos solventes – que representam menos de 1% do total de derivados produzidos pela empresa. Foi o que garantiu Hildo Henz, diretor-presidente da Refap, em um reunião-almoço realizada nesta quarta-feira (03), na sede da Federasul, em Porto Alegre. "Não é algo que nos preocupe, pois não dependemos dessa fonte energética", destacou Henz. "Por outro lado, o gás natural já é responsável por 10% da energia gerada no Brasil", completou. (Guilherme Damo)
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O Grupo Gerdau encerrou o primeiro trimestre de 2006 com uma receita líquida de R$ 5,6 bilhões. O valor é 3,7% inferior ao registrado no mesmo período de 2005. Em audioconferência realizada nesta quarta-feira (03), o vice-presidente executivo de finanças e diretor de relações com investidores da empresa, Osvaldo Schirmer, explicou que a redução foi causada, principalmente, pela desvalorização do dólar – que acumula queda de 10% nos três primeiros meses do ano. O lucro líquido da companhia ficou em R$ 832,5 milhões, 2,7% superior ao verificado no primeiro trimestre de 2005. As vendas internas do grupo cresceram 13%, influenciadas, principalmente, pelo aquecimento da construção civil no Brasil. “Entre os fatores que motivaram esse crescimento estão a MP do Bem, o aumento da oferta de emprego, a redução das taxas de juros e a redução do IPI”, destaca Schirmer. Neste ano, a Gerdau também deu mais um passo importante na consolidação de sua governança corporativa. No final de abril, os acionistas minoritários da Gerdau elegeram um representante para o Conselho de Administração da companhia. Desta forma, dos sete conselheiros eleitos, um passa a ser o representante dos minoritários.Produção de minério de ferro – O vice-presidente da Gerdau também lembrou que a empresa já atua de forma discreta na exploração de minério de ferro – uma de suas matérias-primas – em uma mina localizada no município de Miguel Bournier, em Minas Gerais. Segundo o executivo, a mina tem capacidade para gerar apenas 50 mil toneladas de minério, volume insignificante perto da demanda da Gerdau, que é de 4 milhões de toneladas por ano. Porém, a expectativa da empresa é que a exploração própria abasteça 40% de suas necessidades no futuro.
Investimentos – Schirmer destacou que a companhia está de olho na movimentação no continente asiático. “Não temos nada em vista, mas estamos estudando o mercado. Estaremos atentos a qualquer oportunidade aberta”, declarou Schirmer. Ele relembrou que o plano de investimentos do Grupo até 2008 conta com um orçamento de US$ 3,8 bilhões. Neste ano, a empresa deve aplicar US$ 1,7 bilhão. Em 2007, serão US$ 1,4 bilhão, e em 2008, US$ 700 milhões.
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