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a.h

Thursday, January 18, 2007

Desperdício de água na cidade da "qualidade de vida"

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Em Ribeirão da Ilha, na Ilha de Santa Catarina, parte integrante do município de Florianópolis/SC, o aposentado Alberto Jorge da Silva de 47 anos perdeu sua plantação de cana-de-açúcar devido a um vazamento de água da Casan, a distribuidora de água. A causa: uma válvula estragada. Se faz campanha para economizar água tratada, se combate, publicitariamente, o desperdício incentivando os consumidores a encurtarem o período do banho etc., mas o excesso d'água em sua várzea já dura cinco anos![1]

E a companhia de saneamento e águas da capital – CASAN – perde 40% da arrecadação devido a fraudes, os chamados “gatos”. Some a isto os vazamentos que não são, durante meses ou até anos, consertados. Mas, parece que as fraudes são o fator que mais pesa. Chegam a ser 50 ocorrências mensais de adulterações nos hidrômetros. Dificuldades de acesso pelos fiscais, particularmente em áreas violentas e a venda de água a terceiros são comuns.[2]

Culpar só o governo pelo descaso não é justo. A prefeitura de São José, cidade vizinha a Florianópolis, está limpando o Rio Araújo. Máquinas retroescavadeiras foram utilizadas para limpar e desobstruir a tubulação de drenagem. Até agora já foram retirados entulhos em 50 caminhões (!), com todo o tipo de tralha que se pode imaginar: pneus, sofás velhos, madeira, geladeiras, fogões e vasos sanitários.[3] Daí, a população não tem direito nenhum a reclamar pela nova canalização do rio, pois ela própria é porca.


[1] Hora de Santa Catarina, 17 de janeiro de 07.

[2] Notícias do Dia, 19 de janeiro de 2007.

[3] Idem.

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