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a.h

Tuesday, January 16, 2007

Thick as a brick (not smart as a bric)

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Newsletter diária n.º 871 - 15/01/2007


A expectativa de reformas do governo Lula colocou o Brasil entre os “Brics”


O Brasil deve perder o posto entre os “Brics”?

Não é de hoje que se questiona a presença do Brasil na sigla BRIC. Criada por analistas do banco de investimentos Goldman Sachs, em 2003, as iniciais são utilizadas como referência às economias emergentes de Brasil, Rússia, Índia e China. Para eles, em menos de 40 anos, a economia das quatro nações será maior do que a do G6 – reunião dos seis países mais ricos do mundo: Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Itália. Enquanto o PIB de russos e asiáticos crescem a taxas próximas dos dois dígitos, o Brasil não ultrapassou crescimento médio de 3% neste século, tendência que se arrasta desde a década de 1980. O que, então, teria levado os economistas a compor este quarteto de países, e não um trio? Por um lado, mesmo lenta em termos de expansão, a produção brasileira de riquezas ainda é uma das maiores do mundo. “São também economias com mercado interno com muita possibilidade de crescimento. Brasil e Rússia têm commodities para exportação; a Índia e a China acumulam avanços tecnológicos importantes”, justifica Flávio Fligenspan, professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). “Além disso, todos têm mão-de-obra barata e muita capacidade de expansão de vendas externas”, acrescenta Fligenspan. Por outro lado, a análise do Goldman Sachs foi feita alguns meses após o início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. “Há de se considerar uma dose exagerada de entusiasmo”, alerta o acadêmico. Passados os temores de que o governo enveredaria por uma política hostil à economia de mercado, criou-se a expectativa de que ele realizaria as reformas consideradas necessárias para facilitar o desenvolvimento. “Havia otimismo demais. Se os analistas soubessem como efetivamente funciona a sociedade brasileira, muito conservadora, e o quanto a política econômica de Lula não foi pró-crescimento, a análise seria outra”, explica.
Ainda assim, para Fligenspan, nenhum outro país emergente poderia substituir ao “B” da sigla emprestado pelo Brasil. Mesmo com vizinhos como Argentina e Chile crescendo a taxas mais significativas, suas dimensões são muito menores do que a nacional, tornando-as pouco relevantes para compor o quadro desenhado pelos analistas do Goldman Sachs. “Por nossas dimensões continentais, temos um mercado consumidor que nos dá economia de escala para ser um grande competidor mundial”, acrescenta Ardisson Akel, coordenador do Conselho de Comercio Exterior da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). (Eduardo Lorea)

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