Na verdade, há duas dimensões da ecologia. A que nos é dada pela evolução tecnológica, cujas demandas existem por nosso passado urbano que nos deixou solos contaminados, rios poluídos e plantas industriais desocupadas. Cada vez mais, os custos de recuperação e mitigação destes usos passados se avolumam e nos trazem exigências no desenvolvimento de “tecnologias limpas” e técnicas de reciclagem ou minimização de impactos. Por outro lado, a adoção de formas sustentáveis de desenvolvimento urbano é bem mais complexa. Quando falamos em “ecologia urbana” não existem apenas ecossistemas e técnicas neutras, socialmente falando, assunto de exclusiva competência técnica ou instrumentos administrativos e jurídicos que redundem em um planejamento isentos de perspectivas de mudanças sociais e políticas.
Definição de objetivos
O objetivo mais tangível de todos é tentar impedir catástrofes abruptas ou lentas e graduais. Entre eles, o aquecimento local (não, o “global”) através da formação de “ilhas de calor”. E as ciências naturais têm nos enviado sinais, predominantemente, negativos sobre nossas perspectivas de desenvolvimento às expensas do crescente desenvolvimento científico já alcançado.
Por mais que nos desenvolvamos, novas situações ecológicas têm que ser desenvolvidas. As quais nos obrigam a adoção de novos estilos de vida e trabalho. Em suma: a simples explanação dos problemas e situações ambientais não pode, em si só, expor as normativas do desenvolvimento futuro das sociedades se não houver a inclusão de um debate democrático com a sociedade que aponte para um novo modo de vida.
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