interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Thursday, June 22, 2006

Região curda do Iraque vira oásis em meio à violência, diz jornal

.
.


O jornal inglês The Independent afirma em reportagem especial que o Curdistão iraquiano se tornou um oásis de calma num Iraque tomado pela violência e instabilidade.
"Uma vez a Casa Branca e Downing Street (governo britânico) ignoraram a sua existência, mas agora eles são recebidos com aclamação como importantes aliados por George Bush e Tony Blair", escreve o correspondente Patrick Cockburn.
Para o repórter, a região - cujo movimento por autonomia foi "o mais longo e mais sangrento" depois do Vietnã - tornou-se a grande beneficiária por acidente da invasão americana em 2003, que poderia ter sido um "desastre" para os curdos.
Enquanto a guerra toma conta do resto do Iraque, diz Cockburn, as únicas áreas pacíficas do país são as três províncias curdas de Arbil, Sulaimaniyah e Dohuk. Além disso, diz o correspondente, refugiados abastados de Bagdá, Basra e Mosul vão para lá para escapar dos sequestros e assassinatos correntes nessas cidades.

Médicos e prostitutas
"Médicos que não ousam trabalhar em outras partes do Iraque estão abrindo novas clínicas", diz a reportagem. "Mesmo prostitutas de Bagdá estão se mudando para o Curdistão, reclamando que (a capital) é muito perigosa."
Segundo Cockburn, a área geográfica sob controle curdo é hoje bem maior do que em 2003, com o avanço de cidades antes dominadas por outras etnias, como a minoria tem hoje grande força política, o que se vê pelo fato de o presidente, Jalal Talabani, e o ministro do Exterior, Hoshyae Talabani, serem curdos.
A reportagem do Independent, no entanto, também fala dos temores dos curdos de que a eventual retirada americana ou um acordo entre sunitas e xiitas (que juntos compõem 80% da população do Iraque) poderiam comprometer a liberdade conquistada a duras penas.
Satélite humanista
O jornal americano The Christian Science Monitor destaca o uso, ainda incipiente, de satélites para monitorar abusos de direitos humanos.
Segundo o diário do Texas, muitas organizações humanitárias, incapazes ou proibidas de estar fisicamente no país, tentam usar satélites para saber o que está acontecendo. As principais áreas em foco agora seriam Darfur (Sudão), Chade e Mianmar - país que o ativista Jeremy Woodrum define como um "buraco negro".
"A mídia e as agências humanitárias podem entrar em Darfur, no Sudão, mas não podem entrar no leste de Mianmar, é completamente inacessível", disse Woodrum ao Monitor.
"Mesmo em países tão fechados, satélites podem detectar destruição militar, movimento de refugiados, mesmo as condições em que eles vivem", diz o jornal.
De acordo com a reportagem, embora seja muito cara para a maior parte das agências, a tecnologia já é adotada em alguns casos. O primeiro exemplo bem-sucedido surgiu em maio, quando a Anistia Internacional e AAAS divulgaram fotos de um assentamento no Zimbábue destruído pelo governo, antes e depois da ação oficial.
As imagens interiors mostraram um assentamento habitado por milhares de pessoas e cheio de escolas, com um centro infantil e uma mesquita, segundo a Anistia. A segunda leva de imagens revelou uma acampamento inteiramente destruído e abandonado, diz o Monitor.

França e Argentina
O jornal francês Libération questiona em editorial por que o presidente Jacques Chitrac insiste em manter o primeiro-ministro Dominique de Villepin no cargo.
"Apesar dos fracassos, os erros e a deserção da maioria, o presidente persiste em apoiar o homem que tem sido seu companheiro mais próximo desde 1995", afirma o Libération.
Quaisquer que sejam as razões, prossegue o jornal, a manutenção de Villepin está condenando Chirac a um recorde de baixa popularidade que está "estragando o final do seu (segundo) mandato de cinco anos".
O jornal argentino Clarín destaca o "fracasso" das negociações no Rio de Janeiro sobre o acordo automotivo entre Brasil e Argentina.
A nove dias do fim do prazo para um acordo, diz o Clarín, continuam as divergências, depois que os negociadores argentinos rejeitaram qualquer redução das tarifas para autopeças importadas e não aceitaram o pedido do Brasil de estabelecer uma data para o início da liberalização do comércio bilateral.

.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/06/060622_pressreview.shtml
.

No comments:

Post a Comment