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a.h

Wednesday, November 23, 2005

França e multiculturalismo

Os distúrbios que começaram na periferia de Paris, se espalharam pelo centro da capital francesa e atingiram outras comunidades em diversas partes do país. Milhares de carros foram queimados e a polícia e até médicos e paramédicos foram atingidos por tiros.


Como muitos outros distúrbios, na França e em outros países, esse começou com um incidente passível de acontecer em qualquer lugar e foi usado para aglutinar ressentimentos e liberar a violência. Dois garotos, num bairro predominantemente islâmico, tentaram fugir da polícia escondendo-se numa subestação de energia elétrica e, acidentalmente, morreram eletrocutados.


Essa foi a centelha que inflamou as emoções voláteis. Mas essas emoções estavam prontas para se inflamar, há muito tempo.


Uma grande população islâmica vive na França, mas não é realmente francesa. A maior parte vive em isolamento social e em conjuntos residenciais longe do centro de Paris, conhecidos tanto dos parisienses quanto dos turistas.


Como nos EUA, muitos desses conjuntos são lugares de degeneração social, ilegalidade e violência. Três anos atrás, o profundo crítico social britânico, Theodore Dalrymple, escreveu sobre “carcaças queimadas de carros saqueados, espalhadas por todos os lugares” nesses conjuntos residenciais, como sinais de degeneração social, dentre outros. Esse comentário apareceu num ensaio intitulado “Os bárbaros às portas de Paris”, reimpresso de seu criterioso livro "Our Culture, What's Left of it".


Enquanto o Dr. Dalrymple chama essa população islâmica de “bárbaros”, um ministro francês a chamou de “escória”, o que provocou, contra ele, uma indignação instantânea, incluindo críticas de, pelo menos, um seu colega de gabinete. Esses escrúpulos nas palavras e nos atos e a recusa em enfrentar as óbvias realidades constituem a maior parte do pano de fundo que possibilita a ruptura da lei e da ordem e a conseqüente degeneração social.


Nada disso é peculiar à França. É um sintoma comum da fuga da realidade e das duras decisões que ela exige, não somente na Europa, mas também nas sociedades derivadas do continente europeu, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia – e os Estados Unidos da América.


Os países europeus, especialmente, têm escancarado suas portas a um amplo influxo de imigrantes islâmicos que não têm nenhuma intenção de se tornar parte das culturas dos países que os acolhem, mas objetivam recriar neles suas próprias culturas.


Em nome da tolerância, esses países têm importado intolerância, da qual o crescente anti-semitismo, na Europa, é apenas um exemplo. Em nome do respeito a todas as culturas, as nações ocidentais têm recebido indivíduos que não respeitam nem as culturas, nem os direitos das populações no seio das quais eles se estabelecem.


Durante as últimas eleições, alguns republicanos que organizavam uma manifestação a favor do presidente Bush, na Universidade Estadual de São Francisco, foram perseguidos por estudantes provenientes do Oriente Médio, incluindo uma mulher que se aproximou de um desses americanos e lhe deu um tapa na cara. Eles sabiam que podiam fazer isso impunemente.


Em Michigan, a comunidade islâmica brada suas preces diversas vezes ao dia, sem se importar se o barulho incomoda os habitantes nativos da comunidade. [Tem é que retaliar, tocando HEAVY METAL em volume MÁXIMO na porta de suas mesquitas!]


O povo holandês ficou chocado quando um de seus cineastas foi assassinado por um extremista islâmico, por se atrever a ter opiniões divergentes daquelas do extremista, num grau maior do que ele poderia tolerar.


Ninguém deve se chocar. Há pessoas que não vão recuar, até que sejam obrigadas a isso – e a maior parte da mídia, da classe política e das elites culturais do Ocidente não conseguem nem sequer criticar, muito menos, enfrentar os perigos e a degeneração desses grupos vistos, com simpatia, como vítimas.


Nem todos os descendentes árabes, nem necessariamente a maioria islâmica, constituem perigo cultural ou físico. Mas, mesmo organizações islâmicas ocidentais moderadas que deploram a violência e tentam desencorajá-la, encorajam, contudo, seus membros a permanecerem estrangeiros, ao invés de se tornarem parte dos países nos quais eles vivem.


Assim também fazem nossa inteligentzyia e a nossa elite política e cultural. O termo balcanização tem sido glorificado como “diversidade”, e diversidade tornou-se excessivamente sagrada para ser manchada com coisas tão grosseiras como os duros fatos da realidade. Mas a realidade não é opcional. Nossa sobrevivência pode estar ameaçada, a longo prazo, pela degeneração interna – proveniente de muitas fontes e em formas diversas – como foi o caso do Império Romano.




Publicado por Townhall


Tradução: Antônio Emílio Angueth de Araújo

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