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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Wednesday, November 23, 2005

RS: o ambientalismo que dá certo

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Você acredita que plantar árvore dá mais dinheiro do que criar boi ?
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Pois pode acreditar. Os cálculos que são feitos no interior gaúcho e até entre os técnicos que cuidam do programa Proflora da Caixa RS são os seguintes:
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1) um hectare de pecuária rende 50 kgs de boi, ou seja, R$ 80,00 por ano, calculado o quilo do boi a R$ 1,60.
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2) este mesmo hectare de floresta de acácia, pinus ou eucalipto rende R$ 500,00 ao ano. É claro que a equação levou em conta o prazo para maturação dos dois tipos de investimento.
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O RS descobriu isto muito antes do que os outros Estados. A Caixa RS passou a pilotar um ambicioso programa para a área, usando o Proflora, do Bndes, que ninguém utilizava. O próprio Presidente da Caixa RS, Dagoberto Godoy,comanda o Arranjo Produtivo de Base Florestal do Rio Grande do Sul.
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Os resultados em apenas três anos são espetaculares. Apenas para ficar nos mega-projetos, já foram anunciados investimentos de US$ 1,3 bilhão da Stora Enzo, US$ 300 milhões da Votorantim (se ela decidir por uma planta de celulose, o valor também irá a US$ 1,3 bilhão) e outros US$ 1,3 bilhão que poderão ser anunciados até o final do ano pela Aracruz. A Aracruz, é bem verdade, também está de olho no Espírito Santo, Bahia, Uruguai e Argentina.
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Cada investimento deste equivale a uma montadora. É uma montadora verde.
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O Proflora gaúcho quer dobrar a área de florestas do Estado, que pularia de 400 mil para 800 mil hectares, num prazo de 10 anos. "Sem disputar um só palmo com a agricultura, com a pecuária e preservando como nunca o meio ambiente", avisou, ontem, a esta página, Floriano Isolan, Consultor Florestal que presta serviços para a Caixa RS. Serão 200 mil novos empregos.
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Dá para chegar lá ?
Dos 4 mega-projetos necessários, 3 estão praticamente na mão.
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E-mail de Floriano Isolan: isolan@caixars.com.br
Site da Caixa RS: www.caixars.com.br
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Os anúncios já feitos pela Stora Enzo e pela VCP, mais o iminente anúncio da Aracruz, mexeu com os mercados de trabalho e de terra do interior do RS.
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Os preços da terra, que estavam caindo em função do fracasso das safras no último verão, estabilizaram. Eles não subiram, mas pararam de cair.
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As mudanças mais sensíveis ocorrem no mercado de trabalho, com a procura de agrônomos, biólogos, engenheiros, técnicos de nível médio e trabalhadores comuns. Quem visitar municípios como Encruzilhada do Sul e Piratini, como fez o editor desta página nos últimos dias, perceberá que neles já se importa mão de obra. O Jornalista Adroaldo Streck, que tem florestamento em Encruzilhada e já ganha dinheiro com a atividade, está neste caso. Em Pinheiro Machado e Pedro Osório, avisos sobre busca de mão-de-obra começam a acontecer.
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A Universidade Federal de Santa Maria, que está concluindo o desenho do Programa Floresta e Indústria, possui um cálculo que diz que para cada 20 hectares de florestas novas é gerado um novo emprego.
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O florestamento é o novo Eldorado do RS. Ele sairá todo na Metade Sul, a mais pobre.
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