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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Friday, February 02, 2007

Sumidos, assumidos e assombrados

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Alguns assumem seus atos:

ALMIRANTE RECONHECE QUE ORDENOU MORTES NA DITADURA ARGENTINA

Pela primeira vez desde a volta da democracia argentina, há 23 anos, um dos líderes da repressão (1976-1983) assumiu, pessoalmente, a responsabilidade pelas torturas e mortes de opositores ao regime militar e eximiu de culpa os seus subordinados. Em um longo depoimento à Justiça Federal, o vice-almirante reformado Luis María Mendía, de 82 anos, que cumpre prisão domiciliar, disse: "Sou o único responsável pelos atos do meu batalhão. E acho injusto e ilegal que muitos deles hoje estejam presos". No depoimento de 40 páginas Mendía chama opositores daquela época de "terroristas". Diz que era "uma guerra contra a subversão" e que todas as medidas obedeceram ordens do governo. Mendía foi acusado pelo capitão de corveta Adolfo Scilingo, nos anos 1990, de planejar os chamados "vôos da morte", quando as vítimas da ditadura eram lançadas ao rio da Prata. Atualmente, Scilingo cumpre 640 anos de prisão. "Em nenhum momento meus subordinados excederam ordens superiores", afirmou Mendía nesta quinta-feira. Mendía era comandante das operações navais quando a Escola de Mecânica da Armada (ESMA, ligada à Marinha) foi transformada em centro de tortura. Estima-se que cerca de 5 mil pessoas passaram por ali, como recordou Carolina Varsky, diretora do Programa Memoria e Luta contra a Impunidade do Terrorismo de Estado, do CELS (Centro de Estudos Legais e Sociais). A "causa ESMA", como ficou conhecida, é o principal braço da atual investigação sobre os crimes cometidos durante a ditadura argentina, com cerca de 30 mil desaparecidos, de acordo com as entidades de direitos humanos. Nos últimos meses, o juiz federal Sérgio Torres voltou a interrogar militares acusados de participação direta naqueles crimes da que foi batizada de "mega-causa da ESMA". Nesta quinta-feira, ao citar nomes dos que estiveram naquele campo de tortura, o juiz Torres lembrou de mais de 600 pessoas, incluindo uma menina de quatro anos, presa, na época, com a mãe, Miriam Dvatman.
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Outros, assumem posições...

O governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, está financiando bases militares e entregando armas à Bolívia, disse um alto funcionário de uma instituição britânica especializada em conflitos político-militares no mundo. Christopher Langton, coronel aposentado e diretor da publicação "The Military Balance", anualmente elaborada pelo IISS, o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos britânico. "Dada a quantidade de armas que a Venezuela está comprando e suas relações estreitas com a Bolívia, assim como problemas internos bolivianos e seu desejo de aumentar sua capacidade militar, deve considerar-se como lógica e real a possibilidade de intercâmbio de armas", declarou o especialista. O informe de 2007 assinala que "há informes de que a Venezuela também estava entregando fuzis AK-103 às forças armadas bolivianas". Em uma coletiva de imprensa em Washington, Langton não revelou a fonte das informações, mas disse que a afirmação se baseia nas condições políticas de Venezuela e Bolívia, na aspiração de Chávez em consolidar sua "revolução bolivariana" e na compra de armas feita pela Venezuela, que excede as necessidades do país. Segundo o informe, a Venezuela recebeu ano passado os primeiros 30 mil fuzis de assalto AK-103 Kalashnikov, dos 100.000 que comprou por 54 milhões de dólares; 15 helicópteros russos Mi-17/-26/-35 para o exército por U$ 201 milhões; três helicópteros russos Mi-172 SAR para o serviço de segurança por 26 milhões de dólares e três radares chinós JYL-1 para a defesa aérea no valor de 150 milhões de dólares. Segundo o IISS, a Venezuela está construindo um porto sobre o rio Paraguay e uma base militar, de El Prado, próxima à fronteira com o Brasil, que abrigará 2.500 soldados. A publicação diz ainda que a Venezuela também transferiu à Força Aérea Boliviana dois helicópteros Cougar. Morales e seu vice-presidente estão acostumados a usarem os helicópteros para suas viagens internas.
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E eu só espero que nós não deixamos esta oportunidade sumir!

A redução de 20% na utilização de gasolina (um corte de 165 bilhões de litros) até 2017, nos Estados Unidos, e sua substituição pelo etanol, vai provocar uma demanda adicional de 132 bilhões de litros do biocombustível, volume que exigirá a construção de 792 destilarias de álcool a partir de cana-de-açúcar, conforme Tarciso Angelo Mascarim, presidente corporativo do Grupo Dedini, líder mundial no fornecimento de plantas completas. Luiz Carlos Correa Carvalho, diretor da consultoria Canaplan, destacou que a meta para os próximos dez anos, anunciada pelo próprio presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, significa um “negócio fantástico” para o Brasil, país mais competitivo em relação à produção do etanol e que detém alta tecnologia do setor sucroalcooleiro. Mascarim comenta a futura demanda norte-americana: “Para fazer no Brasil mais 100 bilhões de litros de álcool precisaríamos de mais umas 600 usinas novas. Para os norte-americanos plantarem toda essa matéria-prima, a fim de suprir tal necessidade, seria necessário uma área quase três vezes maior do que a nossa para garantir tal produção”. Frente ao cenário, que impossibilita os Estados Unidos chegarem à auto-suficiência em etanol, o caminho, de acordo com Mascarim, para que Bush consiga suprir a necessidade de seu país, seria a compra do combustível: “Eu entendo que eles vão ter que importar álcool”. Da mesma forma que Tarcísio Mascarim acredita em maior volume de exportação para os Estados Unidos, o presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Eduardo Pereira de Carvalho, disse que “o discurso de Bush indica que o Brasil pode ampliar as vendas de etanol para os Estados Unidos". O ex-presidente da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool, Luiz Carvalho, também aposta que os louros da necessidade norte-americana serão colhidos pelos brasileiros: “Nunca tivemos uma oportunidade tão grande de substituição do petróleo”. Para Carvalho, “o discurso de Bush é um convite para países competitivos como o Brasil a participar ativamente do processo global de substituição do petróleo‘, acrescentou, lembrando que a União Européia também anunciou este mês planos para aumentar o uso de biocombustíveis, com mesmo objetivo dos EUA: limitar as emissões de carbono. Porém, para o presidente corporativo da Dedini, o Brasil vai esbarrar num obstáculo para se consumar como o maior exportador mundial do álcool. “O país está dependendo de condições de logística para que o álcool saia de tudo quanto é lugar do nosso território. Na atual condição fica difícil exportar”, avalia. Na opinião de Tarcísio Mascarim, nem mesmo o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) –– que contemplou investimentos em infra-estruturas –– vislumbra um horizonte melhor em relação à logística brasileira. “O governo têm que ter essa noção de logística. O PAC, que poderia trazer uma solução para o problema nessa questão, ficou mais na conversa. Sobre a Petrobras, o plano também está diminuindo os investimentos no álcool e passando para investimentos no gás, num momento em que o governo deveria incentivar, e bastante, a produção de álcool”, critica. No Brasil, os investimentos em novas usinas de álcool devem atingir cerca de US$ 12 bilhões (R$ 25,63 bilhões) até 2010, dos quais cerca de US$ 5 bilhões (R$ 10,68 bilhões) já foram aplicados. Os EUA foram o maior importador do álcool brasileiro em 2006, consumindo 1,76 bilhão dos 3 bilhões de litros exportados no ano passado.

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