Em um estudo divulgado no começo deste ano, a organização não-governamental alemã Global Nature Fund sugere que o cultivo de cana-de-açúcar para produção de etanol está causando desmatamento na região do Pantanal.
Mas segundo Singer, da WWF, o etanol brasileiro não é a principal causa do desflorestamento. Ele aponta a indústria pecuária como razão do problema e defende a produção sustentável do biocombustível.
“Nós fazemos campanha para que o etanol vendido na Europa tenha um certificado de qualidade atestando que não é proveniente de áreas desmatadas.”
“Se o Brasil se esforçar para produzir etanol de maneira sustentável para o mercado europeu, e ele é capaz disso, acredito que há uma grande oportunidade de se gerar riqueza no Brasil com isso”, conclui Singer.
Em detrimento do americano...
Segundo Stephan Singer, chefe da unidade de políticas energéticas da organização não-governamental WWF, o Fundo Mundial para a Natureza, o etanol proveniente do milho é claramente mais nocivo ao meio ambiente do que o feito da cana.
“A produção do etanol feito do milho depende de agricultura intensa e utiliza muitos pesticidas, fertilizantes, que liberam gases causadores do efeito estufa como N2O (óxido nitroso).”
“Algumas pesquisas tem indicado que em termos de emissões de carbono, na média, o etanol americano produzido do milho pode ser até pior que o petróleo”, disse Singer à BBC Brasil.
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