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a.h

Sunday, September 30, 2007

Distante perigo

Sobre minha incredulidade com relação à eficácia do Foro de São Paulo: bem, não acho o Foro totalmente inócuo, embora eu já possa ter errado e exagerado ao dizê-lo assim contra os olavetes (só para irritá-los). O que penso é que é uma organização com fins criminosos (contra a soberania, crimes "de estado", anti-Constitucionais etc.). Suas intenções são tenebrosas... Mas, sua efetividade é que são outras. Não vejo aliança eficaz entre muitos dos signatários de peso.
Vejamos, o Brasil perdeu centenas de milhões de reais em faturamento dos dois últimos anos em operações na Bolívia e na Venezuela. Alguém aí faria parte de uma sociedade bancando sozinho outros sócios? Creio que não. E, por mais que a retórica do Celso Amorim seja terceiro-(i)mundista, quando o Bush chega lá pelas bandas do Planalto Central, o Lulalá sai correndo da Argentina para preparar-lhe um churras. E o cerne disto tudo não está o socialismo ou a propriedade privada, mas simplesmente a possibilidade de maior abertura do mercado americano ao etanol brasileiro.
A mesma coisa se pode dizer da China: imagine um chinês consumisse um copo de suco de laranja (commodity da qual o Brasil detém 60% da produção mundial) e um copinho de café por dia? Teríamos que importar bolivianos.
Por outro lado, o que pode Chávez contra os EUA? Nada. Sua corrida armamentista é, num primeiro momento, contra o povo venezuelano e depois contra a Colômbia e a Guiana. Quanto a esta, em discursos, já vi o púlpito de Chávez ostentando um mapa expandido da Venezuela com a Guiana anexada. E toda engrenagem subimperialista chavista depende dos 60% de petróleo exportados aos EUA.
Portanto, se os EUA em um médio prazo, digamos uma década, conseguisse substituir modicamente sua frota de veículos à gasolina por carros a álcool, Chávez estaria ferrado. Quem ganharia com isto senão o Brasil, em um primeiro momento?

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