interceptor

Novas mensagens, análises etc. irão se concentrar a partir de agora em interceptor.
O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Sunday, September 04, 2005

Segurança

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Na Inglaterra, agora, quem assaltar casa vai levar chumbo do morador
Clique no blog do publicitário gaúcho Tadeu Viapiana, um dos Diretores da NovaCentro: www.tadeuviapiana.ecn.br. Hoje, por exemplo, ele está contando que o governo inglês, o campeão do "desarmamento", está autorizando seus cidadãos a usar a força, inclusive armas de fogo, para se defender de assaltos e invasões de residências. Como? É isso mesmo. Leia e confira. . Mais do que isto: o publicitário mostra que o País que desarmou sua população em 1997, tem mais roubos, assaltos e arrombamentos do que os EUA, onde praticamente cada cidadão tem uma arma. Como assim? Isto mesmo: na Inglaterra existem mais roubos, assaltos e arrombamentos do que nos EUA.
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Segurança
Inglaterra autoriza legítima defesa e uso de armas

Em fevereiro deste ano, o governo inglês adotou nova orientação sobre a legítima defesa. Autorizou os cidadãos a usarem a força, inclusive armas de fogo, na defesa de suas vidas. A medida é surpreendente, pois em 1997 o governo baniu as armas de fogo e, desde então, processou cidadãos que defendiam-se usando armas e outros meios. Quando se discute a proibição ou não da venda de armas de fogo no Brasil, vale a pena pensar sobre o exemplo ingles. Os dados sobre a criminalidade na Inglaterra mostram que, desde 1997, ano em que foram banidas as armas, os homicídios cresceram 25% e os roubos 36%. Hoje, a Inglaterra possui taxas por 100 mil habitantes mais altas do que os Estados Unidos em roubos, assaltos e arrombamentos. As taxas são as seguintes para 2003:
Roubos:
Inglaterra: 191,7 casos por 100 mil habitantes Estados Unidos: 142 casos por 100 mil habitantes
Assaltos:
Inglaterra: 450 casos por 100 mil habitantes Estados Unidos: 295 casos por 100 mil habitantes
Arrombamentos:
Inglaterra: 1550 casos por 100 mil habitantes Estados Unidos: 740 casos por 100 mil habitantes
Os números acima são uma prova definitiva e inegável que o "desarmamento inglês", ao contrário do que se imagina, não reduziu a violência e a criminalidade no país. Os EUA, "infestados" de armas de fogo, têm menos roubos, assaltos e arrombamentos. Isso tudo dá o que pensar!
Leia abaixo, a integra do documento que expressa a nova orientação do governo inglês.
Declaração pública conjunta do Serviço Jurídico da Coroa e da Associação dos Chefes de Polícia
Qual é o objetivo da declaração?
É uma rara e assustadora situação ser surpreendido por um intruso em sua própria casa. O Serviço Jurídico da Coroa e os Chefes de Polícia estão respondendo à preocupação pública acerca do que a lei prevê e da polêmica sobre proprietários agirem em defesa própria. Nós queremos um sistema de justiça criminal que tome decisões justas, tenha a confiança dos cidadãos protegidos pela lei e os encoraje a apoiar ativamente a polícia e promotores de justiça na luta contra o crime.Sempre que possível, você deve ligar para a polícia. O material que segue resume a situação em que você se depara com um invasor em sua casa e oferece uma visão geral de como a polícia e o Serviço Jurídico da Coroa tratarão qualquer desses eventos.
A lei me protege? O que é ‘força racional’?
Qualquer um pode usar uma força racional para se proteger ou proteger outros, ou proceder uma prisão para prevenir crimes. Não se espera que você faça um julgamento preciso do nível de força que você usa no calor do momento. Desde que você faça somente o que honesta e instintivamente acredita ser necessário no calor do momento, isso seria a evidência mais forte de sua ação legítima e em defesa própria. Esse ainda é o caso se você utiliza para tanto um objeto com uma arma. Como regra geral, quanto mais extremos as circunstâncias e o medo sentido, mais força você pode legalmente usar em legítima defesa.
Eu tenho que esperar para ser atacado?
Não, não se você estiver em sua própria casa e teme por si ou por outros. Nessas circunstâncias, a lei não exige que você espere para ser atacado antes de começar a usar de força defensiva.
E se o invasor morre?
Se você age em racional legítima defesa, como descrito acima, e o invasor morre, você ainda assim terá agido legalmente. De fato, existem muitos casos do tipo em que o proprietário não foi condenado. Entretanto, se, por exemplo:• alguém inconsciente bater em sua porta e você então decidir feri-lo ou matá-lo para puni-lo; ou • você sabe de um pretenso invasor e prepara uma armadilha para machucá-lo ou matá-lo ao invés de envolver a polícia, você estará agindo com força excessiva e voluntária e poderá ser condenado.E se eu persegui-lo quando ele fugir?
Essa situação é diferente no sentido de que você não estará mais agindo em legítima defesa e então o mesmo grau de força poderá não ser razoável. Todavia, ainda é permitido que você use força racional para recuperar a sua propriedade e realizar a prisão de um cidadão. Você deve considerar a sua própria segurança e, por exemplo, se a polícia foi chamada. Uma agressão para derrubar o intruso ou um único disparo seria provavelmente plausível. Agir com maldade ou por vingança com a intenção de infligir punição através de agressão or morte não seria.
Você acreditará no intruso ao invés de em mim?
A polícia pesa todos os fatos quando investiga um incidente. Isso inclui o fato de que o invasor causou a situação em primeira instância. Nós esperamos que todos entendam que a polícia tem o dever de investigar incidentes envolvendo mortes ou agressões. As coisas não são sempre como parecem. Há momentos em que pessoas fingem que um assalto aconteceu para acobertar outros crimes como uma disputa entre traficantes de drogas.Como a polícia e o Serviço Jurídico da Corte conduzirá a investigação e me tratará?
Considerando esses casos, os Chefes de Polícia e o Procurador Geral têm a obrigação de investigá-los e revisá-los o mais rápido e o mais compreensivamente possível. Em alguns casos, em que, por exemplo, os fatos são bem claros ou nos quais agressões menos graves estão envolvidas, a investigação será concluída muito rapidamente, sem a necessidade de prisão. Em casos mais complicados, nos quais mortes ou agressões sérias ocorrem, questionamentos mais detalhados serão necessárias. A polícia pode precisar realizar um exame de corpo delito ou obter a sua versão dos fatos.Para assegurar que tais casos sejam tratados o mais rápido e o mais compreensivamente possível, a polícia e o Serviço Jurídico da Coroa adotarão medidas especiais como: • um investigador experiente irá comandar o caso; e• se chegar ao ponto de o Serviço Jurídico da Coroa considerar a evidência, o caso será priorizado para assegurar que um advogado experiente tome uma decisão rápida. É fato que pouquíssimos proprietários já foram condenados por ações resultantes do uso de força contra invasores. (Tradução de Vanessa Alessandri)
Veja aqui matéria da
Times a respeito.
http://www.tadeuviapiana.ecn.br/blog/

Thursday, September 01, 2005

É a matemática, companheiro!

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Distribuindo renda

por Carlos Reis em 30 de agosto de 2005
Resumo: O marketing infeliz que fez de um idiota convencido Presidente da República é a marca mais típica do que é capaz a corrupção socialista.
© 2005 MidiaSemMascara.org

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Nesta semana a revista Veja fez uma matéria mostrando matematicamente o esquema corrupto do PT e seus operadores, dentre eles, Duda Mendonça. A revista fez a seguinte equação, uma equação da corrupção em termos financeiros e econômicos: x - 3x = y, onde (x) é a quantia que os políticos declaram pagar a seus marqueteiros; (3x) a quantia que especialistas afirmam ser o valor real pago em campanhas; e (y), a diferença entre o valor declarado e o real.
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Se (x) é igual ao que foi pago ao marqueteiro, e 3(x) o valor real da campanha, a diferença, y, sempre a maior para o marqueteiro, é o algoritmo da corrupção econômica petista. Y é a diferença que será paga ao marqueteiro com dinheiro do contribuinte; no caso de Lula, por culpa de 53 milhões de otários que colaboraram ou foram enganados por um espertalhão, e que nos fizeram receber um produto fora das especificações mínimas para a Presidência da República, isso custou 18 milhões de reais; um caso para o detetive Monsieur Procom, sem dúvida - diga-se de passagem, infinitamente mais confiável e inteligente do que qualquer TRE que faz vistas grossas ou olho branco para crimes eleitorais há anos.
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Sim, nessa equação a diferença a receber da parte do marqueteiro é custeada com o dinheiro do contribuinte, dinheiro que está enterrado em contratos publicitários milionários, fundos de pensão administrados temerariamente, e o velho golpe das licitações superfaturadas. Nesse último caso, a roubalheira mais tradicional, a mais facilmente detectada pelos Tribunais de Faz de Contas costuma dar grandes incomodações a políticos e a partidos outros que o PT. O Partido dos Trabalhadores, o partido de mais de 20 anos da Velhinha de Taubaté, está acima disso tudo. Segundo a Revista Veja, Duda Mendonça ganhou absurdos 258 milhões de reais, somando propaganda eleitoral e contas milionárias do governo e do partido de Lula, coisa de amigo para amigo. Nem Nossa Senhora Aparecida vai tirar da cabeça de Lula que isso é distribuição de renda, companheiro!
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Aproveitando a definição de democracia de Karl Popper, citado por Gaudêncio Torquato na mesma revista:"a democracia é um sistema que, se não garante a escolha dos melhores, impede que os piores se perpetuem no poder", aduzo sem surpresa nenhuma que o produto defeituoso, imoral, corrupto e mentiroso, em uma palavra, o socialismo, é o produto mais provável desse regime. Tentativas incansáveis de implantação de suas regras de obediência ao pensamento, a um determinado fim, em detrimento da implantação de regras de obediência política, a teleocracia no lugar da nomocracia de Michael Oakeshott, têm demonstrado que eles não permanecem para sempre. Cedo ou tarde seus golpes aparecem.
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Mas aduzo também ao professor, que as idéias não são facilmente retiradas de circulação como os políticos, após crises como a que vivemos. A democracia não é um bom removedor de sujeiras ideológicas socialistas; não as enxerga, nem se percebe enganada por elas, como pode ser eficiente contra elas?
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Por isso mesmo se perdoa a cegueira do povo em identificar produtos defeituosos, imorais, corruptos e mentirosos. Se lhe desculpa unicamente por desconhecer o que seja o socialismo, hoje matéria muda do “silêncio dos intelectuais”, mas não de análises abertas e honestas. O socialismo não é assunto no Brasil há mais de 30 anos. Pois está mais do que na hora de se desconfiar desse silêncio todo. Falta honestidade no tratamento desse tema. Nisso até a classe política tem culpa: ou finge que o tema não é com ela, ou dá diploma de burrice ao demonstrar que nada sabe desse tema. Ambos, intelectuais e políticos, esqueceram há muito do bom debate – ficamos sem conhecer se são inteligentes ou não -; no impasse, mentem.
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Por causa dessa gente devemos ao povo brasileiro uma equação que mostre cabal e claramente a situação vexatória em que o PT socialista meteu o Brasil; uma equação do tipo: A+B - C = S, onde (A), é a cultura histórica do povo brasileiro; (B), é o tamanho da mentira contada há anos pelos intelectuais de esquerda ao povo brasileiro; (C), o conhecimento ou informação de que dispõe o povo em determinado momento de sua vidinha democrática; (S), é o resultado fatal: a ideologia socialista, porque nunca ocorre que (C) seja maior do que a soma de (A) e (B). Em outras palavras, a mentira socialista sempre prevalece. E de que ela é feita? Por que é mentira? Por qual agenda socialista ou social-democrata a reconhecemos? Mainardi dá a pista.
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Diogo Mainardi na última Veja afirma que o “petismo corrompeu todos os ambientes em que se instalou: a administração local, a igreja, o sindicato, o movimento social, a cultura, a escola. A imprensa também foi contaminada. A reação dos jornalistas à entrevista de Palocci foi mais uma prova de seu vexaminoso sectarismo. A morte do petismo será boa para o jornalismo. Será boa para todo mundo”. Digo eu que corromper é mentir; é pregar e fazer socialismo o tempo todo, full time, com dedicação exclusiva, ganhando bem para isso e trabalhando até de graça, como convém a um bom escravo dessa causa. O meu medo maior é que essas CPIs passem ao largo dessa equação, que desconheçam que a cultura socialista, essa sim, ao contrário da economia, é sólida, mesmo não se deixando ver.
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O marketing infeliz que fez de um idiota convencido, Presidente da República, é a marca mais típica do que é capaz a corrupção socialista. O socialismo nasceu da inveja e do ressentimento, os piores e mais degradantes sentimentos humanos; é vício desde então, não pode ser piorado. Quando sentimentos como esses se nutrem da ignorância histórica de um povo, e uma idéia infeliz de se tirar dinheiro ou renda de quem já a tem para dá-la a quem não a mereceu por obra, esforço sincero, ou mérito - aquilo que os socialistas chamam justiça social -, o resultado não pode ser bom, maus sentimentos se atraem e a renda do Estado tende a ser distribuída por operadores simpáticos e chegados ao governo.
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Não conheço melhor definição de distribuição de renda do que esta.
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Carlos Alberto Reis Lima é médico e formado em História e Ciência Política na UFRGS em nível de Mestrado.

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Dança do capital

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Que tal um imóvel em 24 meses sem juros e correção ?
O arquiteto Renato Turquenitch e o engenheiro Mauro Touguinha de Oliveira são dois empreendedores com enorme experiência no mercado gaúcho de construção civil, porque por 23 anos um e 22 anos o outro, foram sócios respectivamente da TGD e da Estádio 3. Eles saíram da TGD e da Estádio 3, assinaram um novo contrato social e criaram a Capitânia.. A Capitânia está agora lançando um belo edifício no bairro top de Porto Alegre, a Bela Vista, na confluência das ruas Tito Livio e Pedro Chaves Barcellos. "Trata-se do Porto Mirador, 12 apartamentos, um por andar, área privativa de 142 m2, três a quatro garagens, com valor de venda a partir de R$ 540 mil", avisaram Turquenitch e Oliveira. . Um apartamento deste tipo, no entorno do Bela Vista, custa mais de R$ 800 mil.. O segredo ? "É do negócio da Capitânia, que usou princípios da Toyota para tocar suas construções, o Lean Construction", disse Turquenitch ontem de manhã. Isto se explica a seguir.. Outra novidade é que as vendas desse empreendimento podem ser feitas com prazo de dois anos, sem juros e correção. É o Plano Zero. O cliente pagará 20% na compra, 20% nas chaves e depois o restante em 22 meses. . Ao lançar o empreendimento para os corretores de imóveis, a Capitânia aproveitou para entregar os convites para a entrega do prédio aos moradores, daqui a um ano, exatamente as 19h do dia 29 de setembro do ano que vem. . Um edifício deste tipo costuma ser construído e entregue em três anos.. No caso do Porto Mirador, entrou de sócio, com 50%, a Terramar, que é a holding de negócios da família Ling, também proprietária do grupo Petropar.. A Capitânia está chegando com métodos enxutos de gestão, de tecnologia e de finanças. São os três pilares da empresa. A tecnologia utilizada é até mais cara, como o conreto protendido e a maior abundância de aço, mas ela permite melhor qualidade e maior velocidade. O prazo produz vantagens financeiras que reequilibram os custos.. A proposta desta empresa é invulgar no mercado gaúcho.
E-mail: renato@capitania.com.br
Site: www.capitania.com.br
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Gol, depois da Caxiense, continua comprando empresas gaúchas
A Gol, a companhia aérea que pertence ao grupo goiano Áurea, é compradora de empresas gaúchas de ônibus. Ela continua assediando os empresários do RS.. Ela não se satisfez com a compra do Expresso Caxiense, pelo qual pagou alguma coisa entre R$ 20 e R$ 30 milhões. . A Gol tem uma frota de 4 mil ônibus no Brasil. No RS, somando-se todos os ônibus que fazem o transporte de passageiros entre os municípios, a frota é de apenas 3.700 ônibus.
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Empresas gaúchas de ônibus perdem força
Além da necessidade de obter ganhos de escala, empresas como a Gol e a Itapemirim resolveram prestar atenção ao mercado do RS, já que as empresas locais se fragilizaram por causa da continuada resistência do governo estadual de cumprir os prazos e os reajustes previstos nos contratos de concessão.. Descapitalizadas, as empresas locais são assediadas por grupos de fora.. As passgens intermunicipais de ônibus do RS são as mais baratas do Brasil. . Há três anos, a revisão tarifária que contratualmente deve ocorrer em julho, é postergada para dezembro, o que já produziu perdas equivalentes a um ano dos três anos examinados.
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Gaúchos compram multinacional de vinhos
A partir de hoje, a Vinícola Perini assumirá o controle da De Lantier. Ao vender a vinícola, a Bacardi-Martini não transferiu, contudo, o controle das marcas De Gréville, Baron de Lantier e Chateu Duvalier. . As duas vinícolas operam na Serra do RS. . A Perini aumentará sua produção em 30milhões de garrafas por ano.


www.polibiobraga.com.br


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Notas Quentes
RS fecha acordo com província chinesa
O Rio Grande do Sul acaba de estreitar laços com a província de Shaanxi, no oeste da China. Nesta quinta-feira (01), Germano Rigotto, governador gaúcho, assinou dois acordos de cooperação comercial com a região chinesa, envolvendo os setores de gás natural, petróleo e agricultura. O evento ocorreu na Expointer, que ocorre em Esteio (RS). Assim como o Rio Grande do Sul, Shaanxi é forte no segmento agrícola: frutas, cereais e carnes são alguns dos gêneros que ela produz em larga escala. "Esse relacionamento é importante para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e de Shaanxi", comemorou Sheng Deming, governador da província.
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Para se modernizar, Banrisul recorre ao pregão eletrônico
Ainda nesta quinta-feira, a Expointer serviu de palco para um anúncio do presidente do Banrisul, Fernando Lemos: a partir de segunda-feira (05), o banco abrirá uma licitação por meio de pregão eletrônico para renovar seus terminais de informações. A instituição pretende adquirir 7300 computadores, por um custo de cerca de R$ 40 milhões. "Os novos equipamentos nos darão mais agilidade e possibilitarão um melhor atendimento aos nossos clientes", explicou Lemos. Durante o pregão eletrônico, que ocorre pela da Internet, ganha o vendedor que oferecer o menor preço. (Erik Farina)
Links relacionados:

Expointer
Banrisul
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Empresas gaúchas entram no mercado de créditos de carbono
Até o final de setembro, três projetos de usinas de biomassa serão validados no Rio Grande do Sul. A beneficiadora de arroz Josapar construirá uma unidade em Pelotas e outra em Itaqui, com capacidades de 8,3 megawatts e 6 megawatts, respectivamente. A terceira usina é um projeto da Cooperativa Agroindustrial de Alegrete Ltda. (CAAL) e poderá gerar até 3,8 megawatts de energia. As três plantas funcionarão à base de casca de arroz, dispensando o uso de combustíveis poluentes. Por isso, as empresas passarão a receber créditos de carbono e, em seguida, poderão vendê-los a países como Japão e Holanda, que precisam diminuir seus níveis de poluição, conforme o previsto no Protocolo de Kyoto. "A empresa holandesa Biomass Tecnology Group (BTG) já garantiu a compra das cerca de 200 mil toneladas equivalentes de carbono das usinas", afirma Ricardo Pretz, diretor da PTZ Fontes Alternativas - consultoria gaúcha responsável pela elaboração dos três projetos. Segundo Pretz, a BTG pagará, no mínimo, US$ 5 dólares por tonelada. As plantas começarão a ser erguidas em agosto de 2006 e entrarão em funcionamento em outubro de 2006. O investimento total, segundo Pretz, será de R$ 50 milhões. (Guilherme Damo)
Link relacionado:
Josapar
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Depois de mais uma década, CCGL voltará a industrializar leite
Desde 1996, a Cooperativa Central Gaúcha do Leite (CCGL) estava afastada da atividade que lhe deu nome. Por causa da crise econômica, a companhia abandonou a industrialização de leite e passou a trabalhar exclusivamente com o setor portuário. Controlando os terminais de Rio Grande, ela escoa boa parte da soja produzida no Estado. Nesta terça-feira (30), no entanto, a situação mudou. A companhia anunciou que, até maio de 2007, construirá uma planta de industrialização de leite em Cruz Alta. A escolha do município é estratégica para o grupo, pois 17 das 19 cooperativas associadas estão localizadas num raio de 150 quilômetros da cidade. "Outro fator que nos levou a escolher Cruz Alta foi a presença da ferrovia, que passa pela cidade", explica Caio Vianna, presidente da CCGL. A planta terá capacidade instalada de 1,6 milhão de litros e custará cerca de R$ 90 milhões. Desse montante, R$ 66, 6 milhões serão financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Segundo estimativas da própria CCGL, a fábrica deve faturar cerca de R$ 600 milhões no primeiro ano de funcionamento. Além disso, deve gerar 248 empregos diretos e aproximadamente 8 mil indiretos. (Marcos Graciani)
Link relacionado:

BRDE


http://amanha.terra.com.br/
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Ambientalismo de resultados

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Florestadores individuais já conseguem dinheiro na Caixa RS
A Caixa RS já concedeu financiamento para 270 produtores individuais de florestas da Metade Sul. . "O RS é a última fronteira com escala suficiente para produzir florestas baratas", disse ontem a esta página o Presidente da Caixa RS, Dagoberto Godoy. . Godoy até gostaria que a madeira ajudasse a mudar o paradigma da economia gaúcha. Ele aponta para os exemplos da Finlândia, Suécia e Noruega, que tiram das suas florestas a maior parte dos ganhos obtidos pela economia. Metade do PIB da Finlândia vem do negócio da madeira.
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Uruguai ajudará investimentos em florestas no RS
VCP e Votorantim poderão até antecipar seus planos milionários de florestas e de indústrias de celulose e papel no RS.. As empresas deram-se conta de que o Uruguai faz extensão natural com o RS e o País possui áreas enormes de florestamento que não consegue explorar comercialmente.. Um achado para os gaúchos.
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Soja transgênica

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Advogado avisa os agricultores: "Não paguem pela semente transgênica"
Aprovada em março, a Lei de Biossegurança, que garantiria o plantio de soja transgênica pelos agricultores brasileiros, prossegue no limbo.. Como ela não foi regulamentada, o plantio de soja transgênica continua proibido no RS.. Como das outras duas vezes anteriores, ao agricultores, sobretudo gaúchos, desobedecerão a proibição e plantarão soja transgênica. 90% da safra gaúcha é transgênica. . Só que desta vez a Monsanto, dona da tecnologia, não quer apenas 0,5% do valor da safra para si, mas 2%. . O Advogado João Scalzilli, de Porto Alegre, recomenda que os produtores plantem e não paguem, depositando o valor em juízo, porque "a comercialização da semente e o plantio são ilegais e portanto a cobrança de royaltie também é ilegal".
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Farsul avisa: a soja transgência é legal
O advogado da Farsul, Nestor Hein, estava furioso com seu colega e também advogado. João Scalzilli, que avisou a esta página que irá na semana a Buenos Aires defender a tese de que os produtores não devem pagar pelo uso de sementes transgênicas de soja. "Existem duas leis autorizando o plantio e a comercialização da semente, e alem disto o Governo acaba de autorizar o uso das sementes em circulação, mesmo não certificadas, porque 100% da lavoura gaúcha de soja já é transgênica", esclareceu Nestor Hein. Trocando em miúdos: a Farsul atesta a legalidade do plantio, da comercialização e da cobrança de royalties por parte da rica Monsanto, a dona da patente no mundo. . A entrevista do advogado Scalzilli a esta página deixou muita gente em polvorosa, ontem, na Expointer, que vem a ser a maior feira agropecuária da América Latina. O evento abriu no final da semana passada em Esteio, 22 kms de Porto Alegre, e desde lá não pára de chover. Os mega-estacionamentos viraram um lodaçal e o tráfego de pessoas entre as centenas de estandes tornou-se inviável. Quase 6 mil animais da melhor linhagem do mundo estão em exposição. . Hoje chegará a Esteio o Ministro da Agricultura, que não pode anunciar a liberação do plantio da soja transgênica, porque seu colega do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o gaúcho Miguel Rosseto, pulou na frente. Rosseto, como se sabe, quer ver a propriedade privada e os capitalistas, inclusive a Monsanto, pelas costas, mas é provável que tenha mudado tanto quanto mudou o Governo Lula.
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Friday, August 26, 2005

Lixo: 104 municípios já são clientes da SIL

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Já somam 104 os municípios que passaram a integrar o rol de clientes da SIL (Soluções Ambientais Ltda.), empresa do grupo Copelmi que trata dos serviços de destinação final do lixo. . O contrato mais recente foi o da Prefeitura de Novo Hamburgo. . 60% do lixo de Porto Alegre, 800 toneladas por dia, vão para as covas da empresa no município de Minas do Leão. A empresa tem ali 500 hectares, mas as primeiras unidades são de 40 hectares e terão vida útil de 14 anos. Ali desembarcam 80 carretas durante as 24 horas do dia. Cada cova possui 11 metros de profundidade e a cada 5 metros há compactação. "É a Central de Resíduos do Recreio", esclareceu ao editor, o Diretor da SIL, Antonio Saldanha Nunes, que almoçou em Porto Alegre com o editor Polibio Braga, a convite desta página. . A empresa é a pioneira na área. Seus serviços foram aprovados pela Fepam.
E-mail: saldanha.sil@terra.com.br
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Copelmi: o problema e a oportunidade
A criação da SIL (Soluções Ambientais Ltda.) resultou de uma dificuldade enfrentada pela Copelmi, uma empresa que há 100 anos extrai carvão da região carbonífera do RS.. A solução para as covas abertas pela extração do carvão a céu aberto, acabou se transformando num novo negócio.
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Trânsito

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Bogotá é a nova inspiração para o trânsito de Porto Alegre.

Porto Alegre ainda não terá um sistema viário revolucionário, o que já poderia ter acontecido se as administrações dos 16 anos de reinado do PT não tivessem considerado os automóveis um "meio de transporte egoísta, individual e capitalista", mas a partir deste ano as ações para revolucionar o sistema de transporte da Capital começarão a ser implementadas. . Não é mais possível tolerar que todo o sistema de transportes convirja para um centro degradado, afunilado numa ponta geográfica da cidade e sem escapes viáveis. Diariamente ocorrem 33 mil viagens para o centro de Porto Alegre e 85% delas terminam ali. A região central virou uma grande rodoviária. Ela está enfartando. . A cara da cidade vai mudar.. Os Secretários Municipais de Porto Alegre, Clóvis Magalhães e Luís Afonso Sena, que respondem pelas áreas de Gestão Estratégica e Transportes, respectivamente, receberam a delegação de mudar a cara da cidade, transformando-a numa metrópole de verdade. Eles acabam de voltar de Bogotá. Bogotá é a capital latinoamericana que melhores e mais modernas soluções implementaram para seus sistemas de transporte coletivo. "Em1995 estive lá, no âmbito de estudos que estava fazendo para o Projeto Transmilênio, justamente nessa área, e o que encontrei foi um sistema atrasadíssimo", foi o que disse ontem a esta página o Secretário Clóvis Magalhães. Tudo mudou. Bogotá é agora fonte de inspiração e exemplo.. Um exemplo comparativo com Porto Alegre ? O sistema de ônibus por canaletas (corredores de ônibus) foi introduzido pioneiramente em Porto Alegre, mas ficou nisso, ao contrário de Bogotá. "Eles avançaram enormente na interação entre as plataformas e os veículos, introduzindo sofisticada tecnologia, que não se resume a bilhetagem eletrônica", contou o Secretário Clóvis Magalhães.. O Projeto Transmilênio, desenvolvido pelo Banco Mundial, trata justamente do sistema de corredores de ônibus. É quase um metrô, envolvendo veículos comuns e articulados, correndo em regimes expresso, semi expresso e convencional. É o que funciona em Bogotá. A Prefeitura de Porto Alegre quer implementá-lo em Porto Alegre. . A viagem de Magalhães e Sena a Bogotá deu-se no âmbito de um workshop organizado pelas Diretorias de Transporte e de Meio Ambiente do Banco Mundial. O banco tem linhas de créditos para projetos nessas áreas.
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Sul

O impressionante da matéria abaixo é que se diga, com franqueza, que estamos atrás de outros estados próximos. Isto lá é matéria que se apresente?

Mas, há outro dado interessante: o protesto vai no sentido da competição entre estados, não da integração econômica (estradas de ligação, ferrovias, portos) que viabilizaria a competição entre empresas. Não, nada disto. O que se vê é um sentimento de 'isto não pode estar acontecendo', 'eles nos passaram!'

Que sejamos provincianos eu até entendo, mas tão mesquinhos assim... mesquinhos mesmo ao ponto do jornalista não se aperceber do fato de estar lamuriando!

a.h


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O ciúme gaúcho diante da inveja catarinense e paranaense

A perda da Superinendência do INSS para Santa Catarina apenas exemplifica com maior dose de dramaticidade a perda da importância econômica e política do RS. . O RS não consegue parar de olhar o próprio umbigo, enquanto o Paraná e Santa Catarina avançam a galope. . Diz-se que o RS é movido a ciúme, enquanto que PR e SC são movidos a inveja. É que o ciúme mata, mas a inveja constrói. . Comprovação disto é a piada sobre o caranquejo gaúcho, que é o único dos caranguejos do Brasil que não precisa de tampa no balaio para não escapar. Isto porque o exemplar gaúcho sempre é puxado para baixo quando tenta subir.

Thursday, August 25, 2005

Crime econômico: Gás

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A Justiça paulista recebeu ontem a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo contra dirigentes das empresas White Martins Gases Industriais, Air Products, Air Liquide Brasil e AGA. Eles serão processados criminalmente por formação de quadrilha e de cartel. O juiz da 15ª Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Semer, marcou interrogatório para o dia 18 de outubro. As empresas já estavam sendo investigadas pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça em parceria com o Ministério Público (MP) de São Paulo desde o ano passado, mas na área administrativa o caso ainda não foi encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Essa é a segunda ação penal proposta na Justiça brasileira por formação de cartel. A primeira delas foi recebida pela Justiça no início deste ano contra sócios de empresas de mineração de pedra brita do Estado de São Paulo e dirigentes do Sindicato do setor (Sindipedras). Também nesse caso houve uma ação conjunta da SDE e do MP e resultou, na esfera administrativa, na aplicação pelo Cade da maior multa de sua história: 15% a 20% do faturamento das empresas. A novidade nessa nova empreitada do Ministério Público, comandada pelo promotor de Justiça, Marcelo Mendroni, é a acusação de formação de quadrilha, além da cartelização.
O promotor Mendroni acusa as empresas de terem feito acordos, convênios, ajustes e alianças visando à fixação artificial de preços e quantidades vendidas e produzidas, principalmente no Estado de São Paulo e na região metropolitana da capital. Diz a denúncia que elas "assenhoreavam-se" de cada contrato, sabendo previamente qual empresa seria a vencedora em cada licitação ou requerimento de orçamento de empresa privada. Juntas, segundo o promotor, elas dominam 90% do mercado de fabricação e comercialização de gases industriais. Mendroni diz que as provas para a denúncia foram feitas com base em interceptação de ligações telefônicas e em documentos apreendidos nas dependências das empresas, desde 1999.
O promotor diz que será difícil propor um acordo para a retirada da denúncia porque a soma das penas de formação de quadrilha - de um a três anos de prisão - e de cartel - de um a quatro anos - ultrapassa a pena mínima exigida pela lei para que se proponha a suspensão do processo. Não é o mesmo que ocorre com o cartel das britas.
Mendroni fez uma proposta inicial aos dirigentes da indústria das britas de que suspenderia a ação com o pagamento de R$ 2 milhões por cada um dos acusados a instituições de caridade. Como os dirigentes disseram que seria difícil cumprir tal acordo, uma nova proposta será apresentada no dia 1º de setembro, em nova audiência marcada na Justiça. O promotor vai propor o pagamento de R$ 600 mil para cada um dos denunciados que eram sócios cotistas. Aqueles denunciados que eram funcionários contratados, a proposta é de um pagamento de R$ 200 mil para se livrar da acusação criminal. Além disso, o promotor impõe a condição de que os dirigentes forneçam bimestralmente planilhas de vendas mensais de suas empresas identificando volume de vendas, preços praticados, compradoras e data das vendas.
Na denúncia apresentada ontem pelo MP, foram nominados José Antonio Bortoleto de Campos, da White Martins; Vitor de Andrade Perez, Gilberto Gallo e Carlos Alberto Cerezine, da Air Products; Helio de Franceschi Junior e Walter Pilão da Air Liquide; e Moacyr de Almeida Netto, da AGA. Todas as empresas foram procuradas pelo Valor e disseram que vão prestar todas as informações que a Justiça julgue necessário, como já vêm fazendo com a SDE. O caso corre agora em segredo de Justiça.

Brazil and China

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Falling out of love

Aug 4th 2005 SÃO PAULO From The Economist print edition
Brazil's affair with China is going off the boil
Get article background

THE high point came last November, when Hu Jintao, China's president, arrived in Latin America to sign a series of trade and investment deals that heralded a new relationship between a rising superpower and a continent eager for economic growth. Nowhere was he greeted more warmly than in Brazil. Its left-leaning president, Luiz Inácio Lula da Silva, sees China as the country's most promising business partner and an ally in boosting Brazil's global influence.
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Toasting their “strategic partnership”, Lula predicted that trade with China would more than double to $20 billion in three years. China promised to invest $10 billion in Brazil, mostly in infrastructure. Brazil, along with Argentina and Chile, recognised China as a “market economy”, thereby constraining their ability to retaliate against imports. Brazil hoped for Chinese backing for its bid for a permanent seat on the UN Security Council.
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But the euphoria has already given way to a rising fear of Chinese imports, disappointment at the pace of investment and Brazilian anger that their government has weakened the country's trade defences without getting much in return. China is “not a strategic partner”, says Roberto Giannetti da Fonseca, head of trade issues at FIESP, which represents industry in the state of São Paulo: it merely “wants to buy raw materials with no value added and to export consumer goods.” As for infrastructure investment, Paulo Fleury, a specialist in the subject, detects “lots of smoke and little fire”. Meanwhile, on the diplomatic front, China is opposing Brazil's joint bid (along with Japan, German and India) for permanent membership of the Security Council, though this is to block Japan, its arch rival, rather than Brazil.
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If the euphoria was overdone, so is the despair. China is likely to remain an engine of Brazil's economy, though more as a customer than as an investor. The threat from imports is certainly growing, but so are export opportunities. China, like the United States, is becoming an indispensable partner, to be handled with care.
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The two countries are often described as “complementary economies”. Therein lies much of the terror and promise of their relationship. China's breakneck pace of development requires commodities that Brazil is well placed to supply. It also gives China an incentive to invest in Brazil's infrastructure, opening bottlenecks that hinder growth. Yet no big developing country is content merely to complement China, which seems unbeatable in the sort of manufacturing that generates lots of jobs. And the synergy that looks good on paper is proving hard to put into practice.
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For an economy vulnerable to financial panics, trade with China has been a boon. According to government figures, Brazil's exports to China jumped from $676m in 1999 to $5.4 billion in 2004. Although imports surged too, Brazil ran a surplus of $1.7 billion with China last year. But, as FIESP points out, such trade mainly involves swapping commodities for more sophisticated products. Nearly 60% of Brazil's exports to China are primary goods, largely soya and iron ore. Imports from China are higher-tech and more varied, with electronics, machines and chemicals in the lead. Now China is making inroads into such labour-intensive sectors as textiles, shoes and toys, too.
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Judging by official data, the Chinese threat looks small. In shoes, for example, total imports account for about 1% of Brazilian production. In other cases, China appears often simply to be replacing traditional suppliers. But such statistics omit goods that are smuggled into Brazil or are “under-invoiced” to dodge taxes. Some two-thirds of Brazil's pirated products are produced in China. More than a newly paved motorway, the symbol of Sino-Brazilian relations is a cache of 66,000 Brazilian army uniforms, which tax authorities recently discovered being smuggled into the country. Though labelled “Made in Brazil”, they were actually made in China.
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Even where Brazil is competitive, it faces obstacles. Brazilian farmers still seethe over last year's rejection by China of soya shipments costing hundreds of millions of dollars. China claims they were contaminated; Brazilians spy a ruse to back out of costly contracts. Embraer, a Brazilian aircraft manufacturer, recently set up a joint venture to build short-haul jets in China, but sales have not measured up to expectations.
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Blame for the slow pace of Chinese investment in Brazil lies with both countries. Brazil has yet to publish rules that would activate public-private investments in infrastructure. China imagined that it could build Brazilian railroads with Chinese labour in exchange for long-term contracts to buy commodities at fixed prices—two delusions in one.
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From all this, a new realism is likely to emerge, including tougher diplomacy on both sides. In conceding market-economy status to China, Brazil “could have driven a harder bargain” than it did—for example, by securing an expansion of meat exports, says Renato Amorim of the Brazil-China Business Council. Under pressure from textile manufacturers and others, Brazil's government has now drafted rules for “safeguards” directed specifically at China, which has threatened to retaliate.
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But realism does not ignore opportunities. With China set to expand its textile exports, Brazil could increase its 1% share of the cotton market dramatically, says Marcos Jank of ICONE, a think-tank. China's urbanising population will soon be demanding more Brazilian pork and poultry, too. According to the Inter-American Development Bank, China's trade barriers are generally in line with those of other developing countries and are gradually being lowered.
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The result is likely to be a reshaping of Brazilian industry, not its destruction, says José Roberto Mendonça de Barros of MB Associados, a consultancy. He reckons that Brazil will retain its edge in a wide range of industries, including small cars, T-shirts, bathing suits and machinery for energy and mining. The country's remoteness and high transport costs will protect other industries, he adds.
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Brazil will get its $10 billion of investment eventually, if investors are confident of turning a profit. Chinese companies do not want to become “the World Bank” of Brazil, says Charles Tang, president of the Brazil-China Chamber of Industry and Commerce. Both countries are better off without such illusions.
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The IMF and the World Bank report on Brazil. The Inter-American Development Bank publishes two recent reports on China (click here and here).
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Ou seja, 'tomamos' de novo, graças a esta 'política de afinidades ideológicas' proposta pelo imbecil do Amorim. Tá pensando que todo mundo é lerdo? Até as fardas militares 'made in Brazil' são pirataria chinesa... e o que mais quer o gigante é matéria-prima baratinha para nos retornar mais bugiganga.
Tudo bem, se houvesse a contrapartida. Mas...

Monday, August 22, 2005

Rio Grande do Sul pode ganhar mais uma fábrica de celulose



AMANHÃ, Newsletter diária n.º 542 - 22/08/2005

Em breve, o Rio Grande do Sul pode ganhar mais uma fábrica de celulose. Foi o que afirmou Luis Roberto Ponte, secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Estado, em entrevista a AMANHÃ. “O anúncio oficial será feito até o final do ano, embora a data ainda não tenha sido escolhida”, declara. Outra incógnita é o nome da empresa responsável pelo projeto. Sem desmanchar o suspense, Ponte dá uma pista: a Votorantim Celulose e Papel (VCP) e a Aracruz estão entre as candidatas. Em 2003, a VCP adquiriu 36 mil hectares de terra na Metade Sul do Estado, onde passou a plantar eucaliptos – cuja madeira pode ser utilizada como matéria-prima para celulose. Procurado por AMANHÃ, Sergio Vaz, diretor de negócios da VCP, jogou um balde de água fria nas especulações. “Não há possibilidade de abrirmos uma fábrica no Estado antes de 2001(!), quando colheremos nossa primeira safra de eucaliptos”, explica. A Aracruz, por outro lado, é uma aposta bem mais sólida. Desde o início do ano, a empresa vem realizando estudos nas regiões Sul, Sudeste e Norte, para escolher o local de sua nova planta. “O Rio Grande do Sul está bem no páreo”, adianta Walter Lídio Nunes, diretor de Operações da Aracruz. “As perspectivas de abrirmos uma unidade em território gaúcho são grandes. Mas nossa escolha só será divulgada no final do ano, quando os estudos estiverem completos”. A nova fábrica da companhia contará com um investimento de cerca de US$ 1 bilhão. (Redação de Amanhã)


Links relacionados:
Aracruz
Votorantim Celulose e Papel

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Este tipo de empreendimento tem maior valor para o meio ambiente que todas as falácias ambientalistas que nada produzem...

Cf. http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=2396

Saiba quem mais sonega no Brasil

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Pelo menos 1/3 das empresas brasileiras sonegaram no ano passado. Os dados são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), segundo informe que passou para esta página ontem a tarde. O IBPT constatou que a sonegação está aumentando, porque no ano anterior apurou problemas em 27,53% das empresas, fatia que aumentou para 29,45%. . A sonegação maior verifica-se no setor industrial, mas em valor, porque em número o comércio ganha a parada com muita folga. . As empresas pequenas são as que mais sonegam (63,66%). . O IBPT sabe a que se deve tanta sonegação no Brasil.. Aliás, eu, você, todos nós, também sabemos: cobra-se impostos demais no Brasil. Os números do IBPT apontam que 40% de toda a riqueza gerada pelos brasileiros vai para as mãos do governo.

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Está claro que sonegar é uma estratégia de sobrevivência e eu diria mais: é PATRIOTISMO! Pois, não fosse assim a atividade produtiva neste bizarro país diminuiria mais ainda!

Não se deixe enganar: ou tem pedágio ou é a barbárie nas estradas

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Os preços dos pedágios das estradas estaduais do RS são iguais ou menores do que os das estradas dos outros Estados, inclusive Nova Dutra e Via Lagos, por exemplo. A tarifa do pedágio para caminhões é o menor do Brasil. As pesquisas, mesmo da Agergs, indicam grau de satisfação média superior a 95% no RS. A Agergs está aí para vigiar e fiscalizar, e os clientes também. . Nós não estamos falando dos pedágios estaduais (Rincão do Cascalho, Campo Bom e Getúlio Vargas), nem nos pedágios federais de Pelotas e Freeway. Alias, os pedágios estaduais tiveram a tarifa congelada por anos, recebendo subsídinho vindo do dinheiro dos contribuintes, que por isto não chiam. Em compensação, as obras nunca acabam numa estrada como a que liga Novo Hamburgo a Taquara (apenas 40 quilômetros, dez anos de obras). . O mais grave é que o Governo não tem dinheiro para investir em estradas. É isto e ponto final. Não adianta ficar com conversa. O Governo do Estado tem investido R$ 43 milhões por ano nas suas estradas (80% do total), enquanto que as concessionárias investem anualmente R$ 120 milhões nas estradas sob o seu comando (20% do total).
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Não é engraçado que se proteste contra pedágios, enquanto que o IPVA ou o DPVAT é que não funcionam?!

Por que sempre se elege uma empresa privada como bode expiatório, ao passo que o órgão público, inchado e corrupto é deixado de fora da mira das críticas???

Saturday, August 20, 2005

Taleban e EUA

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20/08/2005 - 16h28
EUA e Taleban discutiram sobre assassinato de Bin Laden


da EFE, em WashingtonOs Estados Unidos e o regime Taleban [regime afegão que foi deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001] discutiram em 1998 sobre a possibilidade de assassinar ou expulsar Osama bin Laden do Afeganistão, segundo documentos do Departamento de Estado citados neste sábado pela rede CNN.Os documentos secretos, desqualificados recentemente pelos Arquivos Nacionais dos EUA, indicam que Washington manteve uma intensa atividade diplomática após os atentados terroristas contra suas embaixadas em Quênia e Tanzânia, em agosto de 1998, que causaram a morte de mais de 200 pessoas.O embaixador-adjunto dos EUA no Paquistão, Alan Eastham, reuniu-se em novembro e dezembro daquele ano com Wakil Ahmed, um dos principais colaboradores do líder máximo do Taleban, o mulá Omar.Sobre os atentados da África, segundo os documentos, Ahmed disse ao diplomata americano: "É incrível o que esse homem fez", informou a CNN em seu site.No entanto, o enviado taleban afirma que a Eastham que tinha falado com Omar sobre o assunto e que os talebans ainda consideram Bin Laden inocente dos crimes de terrorismo.Ahmed informou que uma possibilidade de colocar fim às atividades do líder da rede terrorista Al Qaeda era que os Estados Unidos "matassem ou organizassem o assassinato de Bin Laden".Os EUA, "se assim decidirem", podiam organizar o assassinato de Bin Laden, já que os talebans não poderiam fazer nada para evitar", acrescentou.Wakil Ahmed também sugeriu a possibilidade de que Washington entregasse mísseis aos talebans para que eles mesmos matassem o milionário saudita.Em troca, pediu aos EUA que não voltassem a bombardear o Afeganistão, como fez em agosto em represália após os atentados na África, e solicitou a Washington que fizesse uma nova proposta "para resolver o assunto", acrescentam os documentos.No entanto, a Suprema Corte talebans declarou Bin Laden inocente dos crimes de terrorismo, e Ahmed reconheceu a Eastham que a liderança taleban tinha dificultado a entrega do líder da Al Qaeda, já que o povo afegão "não entenderia" essa medida, por se tratar de uma figura destacada da luta contra a invasão soviética do Afeganistão nos anos 80.Os documentos divulgados incluem comunicações de Washington com missões diplomáticas em Arábia Saudita, Paquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Nações Unidas.Em um deles insiste na possibilidade de exercer pressão através do governo saudita, de grande influência religiosa sobre Paquistão e Afeganistão, para que pressionasse as autoridades paquistanesas, que apoiavam o Taleban.


Especial
Leia o que já foi publicado o Taleban
Leia o que já foi publicado sobre Osama bin Laden

Monday, August 15, 2005

Israel 2

FSP. São Paulo, segunda-feira, 15 de agosto de 2005


ORIENTE MÉDIO
Fechamento de assentamentos marca início do processo de saída dos colonos, após 38 anos de ocupação; clima é tenso
Israel começa retirada histórica de Gaza

Nicolas Asfouri/France Presse
Soldados de Israel fecham a entrada da faixa de Gaza para os israelenses, em cerimônia que marcou o início da retirada do território palestino, ocupado desde 1967

MICHEL GAWENDO

ENVIADO ESPECIAL A GUSH KATIF (GAZA)

Soldados israelenses baixaram uma cancela ontem à meia-noite (hora local, 18h em Brasília), em cerimônia que marcou o início da histórica retirada de Israel da faixa de Gaza, após 38 anos de ocupação. O fechamento da cancela, no posto de fronteira de Kissufim, significa que nenhum israelense pode entrar no território. Tornou-se ilegal a presença de colonos judeus em Gaza. Eles receberam uma notificação de que têm até amanhã para sair. A partir de quarta, quem resistir será retirado à força.

A entrega das notificações foi suspensa, no entanto, em seis assentamentos. Segundo a porta-voz do Exército israelense major Sharon Feingold, os colonos preferem receber as notas pelo correio, e seu desejo será respeitado.

Ao longo do dia, milhares de policiais israelenses bloquearam os acessos a Gaza para manter distantes os manifestantes israelenses contrários à retirada do território, conquistado por Israel na guerra de 1967 e que os palestinos reivindicam. A preocupação do Exército israelense agora é com os religiosos que conseguiram furar os bloqueios e se infiltrar nos assentamentos. O chefe do Estado-Maior do Exército, Dan Halutz, reconheceu que até 5.000 ativistas estão na região.

No assentamento de Kfar Darom, centro da resistência à retirada, os moradores disseram que não vão usar violência. "Eles [os soldados] vão desistir de tirar judeus de suas casas quando virem as mães com seus filhos", disse Sara Fridman, que está acampada, ao lado de centenas de jovens de escolas religiosas, em tendas de lona preta.

Mas nem todos prometem resistência pacífica. A ameaça de distúrbios cresceu e a polícia israelense está em seu alerta máximo. "Nós definitivamente não vamos deixar que nos expulsem assim facilmente", disse Avner Shimoni, um dos líderes dos colonos. "Eu diria que 50% ou 60% de nós vão ficar."

Em um raro acordo com Israel, 7.500 agentes de segurança palestinos em Gaza foram mobilizados para impedir que terroristas palestinos atirem contra os colonos em retirada. "Queremos que o Exército e os colonos saiam em paz e segurança", disse o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

Israel mobilizou 50 mil soldados para a retirada, prevista para acabar em 4 de setembro.

Cada vez mais vip: Florianópolis ganha condomínio com campo de golfe


Fernando Marcondes, proprietário do Costão do Santinho Resort - um dos pontos mais badalados de Florianópolis - resolveu deixar seu negócio ainda mais chique. Na semana passada, ele abriu o Costão Golf - condomínio localizado dentro de um campo de golfe. A nova estrutura fica bem ao lado do resort antigo e se comunica com ele por um teleférico de 1,2 quilômetros de extensão. "O estabelecimento teria seu futuro comprometido se não dispusesse de um campo de golfe", avalia Marcondes. Hoje, existem cerca de 3 mil hotéis com estruturas do gênero no mundo - 14 deles no Brasil. "E deve haver outros dez em fase de construção", calcula o executivo. A construção do condomínio vem confirmar uma tendência cada vez mais clara: Florianópolis está se tornando uma cidade voltada para as classes endinheiradas. "Os serviços que mais crescem na capital catarinense são aqueles dirigidos para o público abastado. É bem provável que isso continue pelos próximos dez anos", assegura Marcondes. (Simone Fernandes)
AMANHÃ - Newsletter diária n.º 537 - 15/08/2005

Sunday, August 07, 2005

Israel

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04/08/2005 - 13h35
Palestinos comemoram plano de retirada de colônias judaicas de Gaza

da Folha Online

Mais de dez mil palestinos participaram de uma manifestação nesta quinta-feira para comemorar a retirada das colônias judaicas de Gaza e da Cisjordânia, que deve começar em 15 de agosto próximo, e que vai resultar na remoção de mais de 9.000 israelenses dessas regiões. A manifestação contou com a presença do primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, e do ministro de Assuntos Civis da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohammed Dahlan.
Em um pronunciamento durante a manifestação, Korei afirmou que "após 38 anos de ocupação, eles [os israelenses] estão saindo, e não vão mais voltar", informou nesta quinta-feira o jornal israelense "Haaretz". O primeiro-ministro também citou o líder palestino Iasser Arafat, morto em novembro, dizendo que "todos os palestinos são filhos" do antigo dirigente da ANP.
Líderes de grupos extremistas palestinos defendem a idéia de que os ataques contra israelenses conseguiram fazer com que o governo de Israel cedesse e saísse desses territórios. A ANP, entretanto, diz que o plano de retirada é "uma vitória" dos negociadores palestinos que trabalham no processo de paz.
Segundo o "Haaretz", manifestantes traziam grandes cartazes com fotos de Gaza e do mar Mediterrâneo, além de imagens da mesquita de Al Aqsa em Jerusalém Oriental --o terceiro lugar santo do islã, depois de Meca e Medina-- e fotos de militantes palestinos mascarados, carregando rifles.
No meio de milhares de manifestantes, o deputado Kamal al Shrafi, responsável pelo Comitê Popular de apoio à retirada de Gaza, disse que "esses dias são históricos porque o povo palestino ficará livre da ocupação israelense".
Bandeiras
"Cerca de 20 mil bandeiras palestinas serão colocadas nas colônias israelenses [a serem desmontadas] e 40 mil camisetas e bonés serão distribuídos ao povo no dia da retirada", afirmou Diana Butto, assessora do ministro Mohammed Dahlan.
Os manifestantes receberam Dahlan calorosamente. O ministro nasceu em Gaza e é o braço direito do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, além de coordenar com os israelenses a implementação do plano de retirada."
Abu Fadi, Abu Fadi [como é Dahlan conhecido entre os palestinos]," gritavam os manifestantes na chegada do ministro.
Durante o discurso de Korei, que durou 45 minutos, dezenas de militantes das Brigadas de Al Aqsa --braço armado do Fatah, maior partido político palestino-- atiraram para o alto, enquanto que pequenos grupos encenavam danças típicas palestinas.
Com agências internacionais

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u86374.shtml

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Thursday, August 04, 2005

Argentina

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Repique
Governo responsabiliza empresários; economistas divergem
Inflação da Argentina vai a 9,6% em 12 meses
Paulo Braga De Buenos Aires Valor Econômico - 04/08/2005 - edicão nº 1317

O índice de preços ao consumidor na Argentina subiu 1% em julho. A alta acumulada nos últimos 12 meses já chega a 9,6%.
A explicação do governo argentino para o aumento da inflação é a de que o empresariado aproveita de maneira oportunista o momento de crescimento econômico para mexer seus preços. A estratégia para conter a escalada da inflação tem sido pressionar por acordos setoriais e ameaçar com aumentos de impostos e aplicação de multas.
Apesar do diagnóstico oficial, economistas dizem que o crescimento dos preços no país é causado por uma lista de fatores que incluem ações do próprio Estado.
Como a moeda desvalorizada tem sido a base do chamado modelo produtivo que permitiu a recuperação da economia, as autoridades se negam a deixar que o dólar se fortaleça, impedindo que a competição dos produtos importados atue como um fator de baixa sobre os preços, no momento em que poucos setores têm capacidade ociosa e não podem ampliar a produção sem realizar mais investimentos.
Ao mesmo tempo, a política de sustentação da divisa americana faz com que o banco central emita mais pesos para comprar dólares no mercado -ontem, foi adquirida a cifra recorde de US$ 172 milhões. Isso gera incremento da liquidez, que também pressiona os preços.
"Terminou o almoço grátis", disse o economista Dante Sica, da consultoria abeceb.com. Segundo ele, o esgotamento da capacidade ociosa faz com que não seja mais possível adotar medidas de estímulo à demanda sem um custo inflacionário.
"A inflação foi contida logo depois da maxidesvalorização simplesmente porque a oferta superava amplamente a demanda", afirmou ao jornal argentino "El Cronista" o analista Walter Molano, da consultoria americana BCP Securities. Ele considerou que a maneira mais fácil de conter a inflação neste momento é permitir uma valorização do peso, o que de alguma maneira está sendo feito com a manutenção de uma cotação nominal do dólar em torno de 2,90 pesos, mas com o valor real da moeda sendo corroído pela inflação.
Outro fator de incremento dos preços é a recomposição das margens de lucro que ficaram deprimidas durante o primeiro período da recuperação. Desde o fim da paridade cambial, em janeiro de 2002, havia ocorrido um baixo nível de transferência dos custos da desvalorização aos preços no varejo, que estavam represados pela baixa demanda.
Do início de 2002 até o final do ano passado, o impacto da desvalorização, que atingiu 197%, foi transferido em 70,8%, para os preços no atacado, e somente em 27,9%, para o varejo, de acordo com a consultoria abeceb.com. No Brasil, por exemplo, o repasse ao varejo dos custos da desvalorização de 1999 chegou a 36%. O fenômeno inflacionário argentino tenderia a compensar esse atraso.
Sica considerou que os acordos setoriais feitos nos últimos meses têm um efeito limitado e de curto prazo para segurar os preços, e a solução de fundo para evitar que o problema inflacionário da Argentina se agrave é ampliar a participação do setor privado no total de investimentos, particularmente de capitais estrangeiros.
De acordo com dados da Cepal, no ano passado o país recebeu apenas 3% do total de investimentos externos diretos destinados à América Latina, em contraste com a média da década de 90, quando a fatia era de 9%.
A previsão de Sica, compartilhada pela maioria dos analistas argentinos, é que a inflação de 2005 chegue a 11%. No ano que vem a taxa cairia para 8%, acompanhando um movimento de diminuição da demanda junto com a "aterrissagem" da economia, que contaria com a ajuda, em um cenário otimista, de um menor ritmo de gasto público. Segundo ele, em 2005 o PIB deve crescer 7,5%, mas no ano que vem a expansão deve ser da ordem de 5%.
O economista Mariano Flores Vidal, da consultoria IBCP, considera que, "no momento, o governo tem a inflação sobre controle", embora considere que não haja razão para celebrar o resultado do mês passado. "A expectativa de que o índice superaria 1% foi transmitida pelo próprio governo, mas não dá para dizer que esse índice seja baixo", afirmou. Na visão dele, as chaves para que o fenômeno inflacionário não se espiralize são conter aumentos salariais que não estejam baseados em incrementos de produtividade e criar um clima propício para a chegada de investimentos.

Tuesday, August 02, 2005

África

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Aqui temos duas notícias versando sobre o mesmo assunto, mas com visões diametralmente opostas sobre a 'Mãe África'.
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01/08/2005 - 15h57
ONU vai alimentar mais 1,3 milhão de pessoas em Níger
TAHOUA (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) nos últimos dias mais que dobrou o número de pessoas que planeja alimentar em Níger, à medida que os estoques de alimentos nos vilarejos estão acabando e as pessoas estão à beira da inanição.
O Programa Mundial de Alimentos da (ONU) agora tem como meta fornecer alimentos básicos emergenciais para 2,5 milhões de pessoas, e não 1,2 milhão, objetivo anunciado na semana passada.
"Estamos aumentando, pois os recursos de mais e mais pessoas estão escassos," disse a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, Stefanie Savariaud, pelo telefone, da capital de Níger, Niamei.
"Nesse tipo de operação emergencial, é inevitável que o número de beneficiários aumente", afirmou ela.
Agentes humanitários, que tratam as crianças que estão morrendo de fome depois que a seca e pragas arrasaram a colheita do ano passado, afirmam que a ONU, o governo de Níger e outras agências deveriam ter começado uma operação emergencial em maior escala muito antes.
Representantes das Nações Unidas afirmaram no início de julho que uma distribuição mais ampla de comida, como a que se planeja agora, seria o último recurso, pois eles temiam que doações prematuras pudessem prejudicar o mercado de alimentos local e estimular dependência em relação à ajuda humanitária.
Normalmente, a ONU distribui a maior parte da sua ajuda em Níger pelos programas "comida por trabalho", que visam melhorar a infra-estrutura das fazendas, ou oferecendo merenda escolar para as crianças.
Agora, as doações serão usadas para ajudar as pessoas a sobreviverem até a próxima colheita em outubro.
"Para nós, é óbvio que a situação não está sob controle. Populações vulneráveis estão sob um risco muito, muito alto", afirmou o chefe do Programa Mundial de Alimentos em Níger, Gian Carlo Cirri, à Reuters.
Em Tahoua, cidade a 500 km da capital, o descarregamento de caminhões de mantimentos começou neste domingo, mas as chuvas e as condições das estradas podem prejudicar a distribuição, prevista para segunda-feira.
UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s)
ONU
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06/07/2005
"Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!", afirma economista do Quênia

Especialista explica que a ajuda internacional alimenta a corrupção e impede que a economia se desenvolva, o que destrói a produção agrícola e causa desemprego, mais miséria e mais dependência

Thilo Thielke
Em Hamburgo

O especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids.DER SPIEGEL - Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África...James Shikwati - Pelo amor de Deus, parem com isso!DS - Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza.Shikwati - Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.DS - O senhor tem uma explicação para esse paradoxo?Shikwati - Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.DS - Mesmo em um país como o Quênia pessoas morrem de fome todos os anos. Alguém precisa ajudá-las.Shikwati - Mas são os próprios quenianos quem deveria ajudar essas pessoas. Quando há uma seca em uma região do Quênia, nossos políticos corruptos imediatamente pedem mais ajuda. O pedido chega ao Programa Mundial de Alimentação da ONU --que é uma agência maciça de "apparatchiks" que estão na situação absurda de, por um lado, dedicar-se à luta contra a fome, e por outro enfrentar o desemprego onde a fome é eliminada. É muito natural que eles aceitem de bom grado o pedido de mais ajuda. E não é raro que peçam um pouco mais de dinheiro do que o governo africano solicitou originalmente. Então eles enviam esse pedido a seu quartel-general, e em pouco tempo milhares de toneladas de milho são embarcadas para a África...DS - Milho que vem predominantemente de agricultores europeus e americanos altamente subsidiados...Shikwati - ... e em algum momento esse milho acaba no porto de Mombasa. Uma parte do milho em geral vai diretamente para as mãos de políticos inescrupulosos, que então o distribuem em sua própria tribo para ajudar sua próxima campanha eleitoral. Outra parte da carga termina no mercado negro, onde o milho é vendido a preços extremamente baixos. Os agricultores locais também podem guardar seus arados; ninguém consegue concorrer com o programa de alimentação da ONU. E como os agricultores cedem diante dessa pressão o Quênia não terá reservas a que recorrer se houver uma fome no próximo ano. É um ciclo simples mas fatal.DS - Se o Programa Mundial de Alimentação não fizesse nada, as pessoas morreriam de fome.Shikwati - Eu não acredito nisso. Nesse caso, os quenianos, para variar, seriam obrigados a iniciar relações comerciais com Uganda ou Tanzânia, e comprar alimento deles. Esse tipo de comércio é vital para a África. Ele nos obrigaria a melhorar nossa infra-estrutura, enquanto tornaria mais permeáveis as fronteiras nacionais --traçadas pelos europeus, aliás. Também nos obrigaria a estabelecer leis favorecendo a economia de mercado.DS - A África seria realmente capaz de solucionar esses problemas por conta própria?Shikwati - É claro. A fome não deveria ser um problema na maioria dos países ao sul do Saara. Além disso, existem vastos recursos naturais: petróleo, ouro, diamantes. A África é sempre retratada como um continente de sofrimento, mas a maior parte dos números é enormemente exagerada. Nos países industrializados existe a sensação de que a África naufragaria sem a ajuda ao desenvolvimento. Mas, acredite-me, a África já existia antes de vocês europeus aparecerem. E não fizemos tudo isso com pobreza.DS - Mas naquela época não existia a Aids.Shikwati - Se acreditássemos em todos os relatórios horripilantes, todos os quenianos deveriam estar mortos hoje. Mas agora os testes estão sendo realizados em toda parte, e acontece que os números foram enormemente exagerados. Não são 3 milhões de quenianos que estão infectados. De repente eram apenas cerca de um milhão. A malária é um problema equivalente, mas as pessoas raramente falam disso.DS - E por quê?Shikwati - A Aids é um grande negócio, talvez o maior negócio da África. Não há nada capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids. A Aids é uma doença política aqui, e deveríamos ser muito céticos.DS - Os americanos e europeus têm fundos congelados já prometidos para o Quênia. O país é corrupto demais, segundo eles.Shikwati - Temo, porém, que esse dinheiro ainda será transferido em breve. Afinal, ele tem de ir para algum lugar. Infelizmente, a necessidade devastadora dos europeus de fazer o bem não pode mais ser contida pela razão. Não faz qualquer sentido que logo depois da eleição do novo governo queniano --uma mudança de liderança que pôs fim à ditadura de Daniel Arap Mois--, de repente as torneiras se abriram e o dinheiro verteu para o país.DS - Mas essa ajuda geralmente se destina a objetivos específicos.Shikwati - Isso não muda nada. Milhões de dólares destinados ao combate à Aids ainda estão guardados em contas bancárias no Quênia e não foram gastos. Nossos políticos ficaram repletos de dinheiro, e tentam desviar o máximo possível. O falecido tirano da República Centro Africana, Jean Bedel Bokassa, resumiu cinicamente tudo isso dizendo: "O governo francês paga por tudo em nosso país. Nós pedimos dinheiro aos franceses, o recebemos e então o gastamos".DS - No Ocidente há muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África. Todo ano eles doam dinheiro e mandam roupas usadas em sacolas...Shikwati - ... e então inundam nossos mercados com essas coisas. Nós podemos comprar barato essas roupas doadas nos chamados mercados Mitumba. Há alemães que gastam alguns dólares para comprar agasalhos usados do Bayern Munich ou do Werder Bremen. Em outras palavras, roupas que algum garoto alemão mandou para a África por uma boa causa. Depois de comprar esses agasalhos, eles os leiloam na eBay e os mandam de volta à Alemanha -- pelo triplo do preço. Isso é loucura!DS - ... e esperamos que seja uma exceção.Shikwati - Por que recebemos essas montanhas de roupas? Ninguém passa frio aqui. Em vez disso, nossos costureiros perdem seu ganha-pão. Eles estão na mesma situação que nossos agricultores. Ninguém no mundo de baixos salários da África pode ser eficiente o bastante para acompanhar o ritmo de produtos doados. Em 1997 havia 137 mil trabalhadores empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003 o número tinha caído para 57 mil. Os resultados são iguais em todas as outras regiões onde o excesso de ajuda e os frágeis mercados africanos entram em colisão.DS - Depois da Segunda Guerra Mundial a Alemanha só conseguiu se reerguer porque os americanos despejaram dinheiro no país através do Plano Marshall. Isso não se qualificaria como uma ajuda ao desenvolvimento bem-sucedida?Shikwati - No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria. Deve haver uma mudança de mentalidade. Temos de parar de nos considerar mendigos. Hoje em dia os africanos só se vêem como vítimas. Por outro lado, ninguém pode realmente imaginar um africano como um homem de negócios. Para mudar a situação atual, seria útil se as organizações de ajuda saíssem.DS - Se fizessem isso, muitos empregos seriam perdidos imediatamente.Shikwati - Empregos que foram criados artificialmente, para começar, e que distorcem a realidade. Os empregos nas organizações estrangeiras de ajuda são muito apreciados, é claro, e elas podem ser muito seletivas na escolha das melhores pessoas. Quando uma organização de ajuda precisa de um motorista, dezenas de pessoas se candidatam. E como é inaceitável que o motorista só fale sua língua tribal, o candidato também deve falar inglês fluentemente --e, de preferência, ter boas maneiras. Então você acaba com um bioquímico africano dirigindo o carro de um funcionário da ajuda, distribuindo comida européia e forçando os agricultores locais a deixar seu trabalho. É simplesmente loucura!DS - O governo alemão se orgulha exatamente de monitorar os receptores de suas verbas.Shikwati - E qual é o resultado? Um desastre. O governo alemão jogou dinheiro diretamente para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, um homem que tem na consciência a morte de um milhão de pessoas --que seu exército matou no país vizinho, o Congo. DS - O que os alemães deveriam fazer?Shikwati - Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.
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Desemprego
Aids
PetróleoTradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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Sunday, July 31, 2005

GEODESE

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Medição faz parte de projeto que revisou tamanho dos picos brasileiros Monte em RR "perde" 5,2 metros

Marcelo Sayão/EFE
Vista do monte Roraima (2.734 m), no Estado de mesmo nome

DA SUCURSAL DO RIO O monte Roraima (RR), sétimo maior do território brasileiro em altitude, é 5,2 metros menor do que se imaginava. A constatação foi feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que, em parceria com o IME (Instituto Militar de Engenharia), está recalculando a altura dos principais pontos culminantes brasileiros. Segundo o IBGE, não há previsão de revisão de outros pontos.

Com isso, a altitude do monte Roraima "diminuiu" de 2.739,3 metros para 2.734,1 metros. O monte fica no meio da floresta amazônica, próximo da fronteira com a Venezuela e com a Guiana.

Nas novas medições, o IME e o IBGE utilizaram o sistema GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global) que, com ajuda de satélites, proporciona muito mais precisão.

As medições antigas eram feitas com barômetro, um instrumento feito para medir a pressão atmosférica e que permitia, com isso, estimar a altitude.

Essa foi a sétima expedição desde que os dois institutos iniciaram o projeto para revisão dos pontos culminantes do território nacional. O ponto mais alto do país continua sendo o pico da Neblina (AM), com 2.993,8 metros. Antes, pensava-se que sua altura era de 3.014,1 metros. O segundo ponto é o pico 31 de Março (AM), que, a exemplo do da Neblina, fica também na serra Imeri.

Os demais pontos culminantes do país estão na região Sudeste, nas serras do Caparaó, Mantiqueira e Itatiaia. O ponto que teve a maior alteração entre as duas medições foi o Pico da Pedra da Mina (MG), que "ganhou" 28,4 metros entre as duas medições.

O IBGE explica que essas alterações aconteceram apenas por causa da mudança do método de cálculo. Além de atualizar as informações cartográficas sobre as montanhas, o cálculo mais preciso ajuda na orientação de aeronaves de médio e pequeno porte que sobrevoam essas regiões.

Folha de S.Paulo, 31/07/05.

Friday, July 29, 2005

Entrevista com Roque Callage, Professor.

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Montreal é o Puerto Madero do Canadá ?
Durante os longos meses de minha experiência recente no Canadá, consegui visitar o porto de Montreal, que passou por amplo processo de revitalização, que é o que se tenta fazer em Porto Alegre neste momento.
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Como saiu a revitalização do porto ?
A área foi entregue a empreendedores privados para a montagem de inúmeras iniciativas de lazer, recreação, construção e reparação imobiliária, flats e lojas de artesanato, museus e também o parque de cinema, centro de culturas e novas tecnologias de lazer, que farão interface com a economia do conhecimento.
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Como está o local ?
O local já está completamente diferente. Ali era a zona velha e decadente da cidade.
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O Canadá seria um bom parceiro para os gaúchos ?
Quebec, onde fica Montreal, é muito parecido com o RS. Existe uma entidade, a Associação Brasileira de Estudos Canadenses, cujo Presidente é gaúcha, a Professora Núbia Hanciau, que pode auxiliar muito uma aproximação entre o Estado e o Canadá. O Canadá é muito rico e nós o conhecemos pouco. O Fórum de Federações, entidade riquíssima, dispõe de programas bem interessantes.
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Terrorismo e Segurança Interna


por Daniel Pipes em 28 de julho de 2005

Resumo: Na guerra a travada contra o terrorismo e o Islã radical, a França é a nação mais firme do Ocidente, ao passo que a Grã-Bretanha é a mais digna de lástima.

© 2005 MidiaSemMascara.org



Graças à guerra no Iraque, boa parte do mundo vê o governo britânico como resoluto e forte, e o francês, conciliador e fraco. Mas em outra guerra, a travada contra o terrorismo e o Islã radical, o oposto é verdadeiro: a França é a nação mais firme do Ocidente, mais que os Estados Unidos, ao passo que a Grã-Bretanha é a mais digna de lástima.
Foi a partir de bases britânicas que terroristas realizaram operações no Paquistão, no Afeganistão, no Quênia, na Tanzânia, na Arábia Saudita, no Iraque, em Israel, no Marrocos, na Espanha e nos Estados Unidos. Muitos governos — jordaniano, egípcio, marroquino, espanhol, francês e americano — protestaram pela recusa de Londres em acabar com as estruturas do terrorismo islamista ou em extraditar terroristas procurados por suas polícias. Movido pela frustração, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, acusou publicamente a Grã-Bretanha de “proteger assassinos”. Um órgão de segurança americano pediu que a Grã-Bretanha fosse incluída na lista de Estados que protegem o terrorismo.
Especialistas em contraterrorismo falam dos britânicos com desdém. Roger Cressey diz que Londres é “o centro jihadista mais importante da Europa Ocidental”. Steven Simon define a capital britânica como “a cantina de Guerra nas Estrelas” para radicais islâmicos. Mais rigoroso, um funcionário da inteligência britânica disse dos ataques da semana passada: “Os terroristas chegaram. É a hora de levar o troco por (...) uma política irresponsável.”
Enquanto Londres dá abrigo a terroristas, Paris acolhe um centro de contraterrorismo ultra-secreto — o Alliance Base, seu nome em código — cuja existência foi revelada recentemente pelo Washington Post. No Alliance Base, seis dos mais importantes governos ocidentais trocam informações e coordenam operações de contraterrorismo desde 2002, e esta última atividade faz do centro um órgão único no mundo.
Para completar, dias após o 11 de Setembro de 2001, o presidente Chirac instruiu os serviços de inteligência franceses a partilharem informações sobre terrorismo com os homólogos americanos “como se eles fossem nossos”. A cooperação está dando certo: John E. McLaughlin, que foi diretor interino da CIA, considerou essa relação bilateral na área de inteligência “uma das melhores do mundo”. Os britânicos podem ter uma “parceria especial” com Washington no Iraque, mas os franceses também desenvolveram uma com os americanos na guerra ao terror.
A França concede menos direitos aos suspeitos de terrorismo que qualquer outro Estado do Ocidente, porquanto admite interrogatórios sem a presença de advogado, longas detenções preventivas e provas obtidas em circunstâncias duvidosas. Se fosse suspeito de terrorismo, o sistema que “menos gostaria de enfrentar” seria o francês, afirmou o autor de Al-Qaida's Jihad in Europe, Evan Kohlmann.
As inúmeras diferenças verificadas entre franceses e britânicos no tratamento ao Islã radical sintetizam-se no exemplo do tipo de roupa que às meninas muçulmanas é permitido vestir nas escolas públicas dos dois países.
Qual a causa de respostas tão diversas? Parece que os britânicos perderam o interesse em sua herança cultural, enquanto os franceses preservam a deles: os britânicos proíbem a caça à raposa; os franceses proíbem o hijab. Os primeiros abraçam o multiculturalismo; os últimos mantém-se orgulhosos de sua cultura histórica. Essa opção em matéria de identidade faz da Grã-Bretanha o país mais vulnerável aos danos provocados pelo Islã radical, mas a França, não obstante as fraquezas políticas, conservou uma auto-estima que lhe pode ser muito útil agora.
Publicado pelo New York Sun em 12/07/2005. Também disponível em danielpipes.org
Tradução: Márcia Leal

Daniel Pipes é um dos maiores especialistas em Oriente Médio, Islã e terrorismo islamista da atualidade. Historiador (Harvard), arabista, ex-professor (universidades de Chicago e Harvard; U.S. Naval War College), Pipes mantém seu próprio
site e dirige o Middle East Forum, que concebeu junto com Al Wood e Amy Shargel — enquanto conversavam à mesa da cozinha de sua casa, na Filadélfia — e que hoje, dez anos mais tarde, tem escritórios em Boston, Cleveland e Nova York. Depois do MEF, vieram o Middle East Quartely, o Middle East Intelligence Bulletin e o Campus Watch, dos quais ele participa ativamente. Juntos, esses websites recebem mais de 300 mil visitantes por mês. Por fazer a distinção sistemática entre muçulmanos não-islamistas e extremistas islâmicos, Daniel Pipes tem sido alvo de ataques contundentes. A polêmica gerada por sua nomeação, em 2003, para o Institute of Peace pelo presidente George Bush apenas confirmou o quanto as idéias de Pipes incomodam as organizações islamistas e outros interessados em misturar muçulmanos e terrorismo. Daniel Pipes é autor de 12 livros, entre eles, Militant Islam Reaches America, Conspiracy, The Hidden Hand e Miniatures, coletânea lançada em 2003.