.
.
A indústria calçadista é oportunista e migra continuamente
Falar em crise calçadista é algo retrógado, como já se viu de forma muito clara, com grandes altos e baixos, a partir dos anos 60. Nunca foi um setor consolidado. Sempre viveu de oportunidades, deslocando-se do seu pólo original em busca de mão-de-obra mais barata, além de benefícios materiais e incentivos fiscais, bom câmbio e juros baixos. De Novo Hamburgo as indústrias migraram para Campo Bom, Sapiranga, Parobé e depois para o Nordeste e a China. O RS já teve empresas com capital em bolsa, a Calçados Erno. Nós gaúchos já tivemos a maior indústria de calçados ortopédicos creio que da América do Sul, a Ortopé, cujo dono foi Secretário de Estado e Deputado. Outro ícone, o empresário que abriu as exportações para a Inglaterra, Claúdio Strasburguer, foi Deputado e Vice-Governador. Grupos financeiros, como o Sibisa, fizeram furor no setor. Todos quebraram. Os que não quebraram, migram a tempo para o Nordeste e para a China. Estão aí os casos mais emblemáticos dos Grendene (Ceará) e Ernesto Correia (China). Estados como o RS e São Paulo só conseguem manter a indústria calçadista que apostou alto na modernização, incluindo aí design de última geração, equipamentos sofisticados, tecnologia de ponta e qualidade total, capazes de produzir calçados de alto valor agregado.
.
A razão do permanente do periódico insucesso, é sempre a mesma: custo de mão-de-obra, cujo uso é necessariamente intensivo. Isto gerou o deslocamento para regiões vizinhas, e que por sua vez, na roda econômica gerou um brutal acréscimo de renda regional e demandas. Na busca de redução de custos, os - ¨empresários ¨optaram pela -mão de obra- e não pela modernização.
A razão do permanente do periódico insucesso, é sempre a mesma: custo de mão-de-obra, cujo uso é necessariamente intensivo. Isto gerou o deslocamento para regiões vizinhas, e que por sua vez, na roda econômica gerou um brutal acréscimo de renda regional e demandas. Na busca de redução de custos, os - ¨empresários ¨optaram pela -mão de obra- e não pela modernização.
.
Novo Hamburgo e vizinhança ainda concentram o maior número de Galaxys do Brasil. Suas mansões são exuberantes. As fábricas até quebraram, mas os empresários permaneceram ricos.
Novo Hamburgo e vizinhança ainda concentram o maior número de Galaxys do Brasil. Suas mansões são exuberantes. As fábricas até quebraram, mas os empresários permaneceram ricos.
.
Artigo a quatro mãos: Edmundo Gardolinski e Políbio Braga
.
.
No comments:
Post a Comment