A possibilidade de sedimentação de um governo de coalizão em Bagdá é extremamente pequena. O que fazer? Manter a estratégia corrente? O que é mais cômodo, mas não configura uma saída detectável, tampouco um Norte a longo prazo. Ou um cancelamento gradativo? Estratégia endossada pelos democratas centristas e por um número crescente de republicanos. Se, por outro lado, a opção for um rápido e brusco aborto de operações, conseqüências fatais sobrevierão. Todas opções, no entanto, têm conseqüências negativas.
A continuação do atual estado de coisas, sem uma alteração de percurso parece ser a única alternativa que nega, taxativamente, algum insucesso. Como se quisesse provar que há "sucesso" na empreitada. Bush prevê reduzir tropas no Iraque se 'sucesso continuar' é a manchete da BBC. Interpreto-a como "apesar do insucesso, não podemos admitir como tal, sob risco de perdermos mais politicamente". Mas, sair rápido ou lentamente, sem assegurar alguma força em Bagdá significa deixar um vácuo que será, rapidamente, preenchida pelo Irã. O custo da presença americana é de cerca de 1.000 a 2.000 vidas de soldados ao ano, em média. Arcar com isto tem como efeito um outro custo... político. O maior número de forças em terras árabes significa também um enfraquecimento americano em outras regiões do globo. Ficar no Iraque para que milícias jihadistas não tenham chance de evoluir já corrobora a realidade de que há um processo em recrudescimento no país.
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